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ALÉM DA CRENÇA PESQUISAR

Metanoia Pessoal e Planetária

De tudo e de todas as coisas: O


legado de Gurdjieff

maio 12, 2018

Por L.C. Dias


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L.C. Dias

Metanoia Coletiva

Metanoia Pessoal

Transição Planetária

"O homem que dorme não pode 'realizar'. Com ele, tudo é feito
no sono. Aqui o sono não é entendido no sentido literal do
nosso sono orgânico, mas no sentido de existência associativa.
Primeiro que tudo, o homem deve estar acordado. Tendo
despertado, verá que, sendo como é, não poderá 'realizar'.
Terá que morrer voluntariamente. Quando estiver morto,
poderá nascer. Todavia, o ser que acabou de nascer precisa
crescer e aprender. Quando tiver crescido e aprendido, então
'realizará'."
G. I. Gurdjieff

George Ivanovich Gurdjieff foi um dos mestres espirituais

mais provocadores, paradoxais e enigmáticos do nosso tempo.

O seu biógrafo o chamou de "enganador, mentiroso,

embusteiro, canalha" - e em seguida passou a descrever a sua


"simpatia, compaixão, caridade" e o seu "excentrico código de

honra. Ele é especialmente lembrado por transmitir, através

dos métodos mais extraordinários e difíceis, os princípios

fundamentais de um sistema esotérico conhecido como o

Quarto Caminho; também chamado, austeramente, de o


Quart

"Trabalho". (1)

O psiquiatra chileno Claudio Naranjo, precursor da psicologia

transpessoal, estudioso e divulgador do Eneagrama -

ferranenta ancestral de autoconhecimento trazida para o


ocidente pelo próprio Gurdjieff - fez o seguinte comentário

sobre esta controvertida personalidade:

"O lugar de Gurdjieff no mundo das doutrinas e dos mestres

espirituais é misterioso, intrigante e, decididamente, muito

importante. De fato, ele foi - tomando emprestada uma

expressão sua, retirada de um opúsculo escrito durante sua

residéncia temporária na França - um anunciador do bem que

está para vir. Hoje, quando aquilo que antes era esotérico
agora está entrando no mercado e, praticamente, na vida de

toda a gente, e quando o barakath está afetando milhares de

pessoas, talvez seja necessário algum esforço de imagição para

nos colocarmos em posição de sentir o transe deste homem,

um iniciado de uma antiga escola esotérica, que tomou a si o

encargo de mostrar ao mundo ocidental que a humanidade

está adormecida, que há níveis de existência mais elevados e

que, em algum lugar, há pessoas que sabem. Ele certamente

teve ambiente e dotes para extrair a essencia de muitas

doutrinas e apresentá-la depurada de adendos e de adereços


culturais, numa forma apropriada para a situação em que o
mundo se encontrava. Um dos enigmas a seu respeito é o

contraste entre sua aparente qualidade de mestre e o fato de

não ter conseguido, durante toda a sua vida, elevar qualquer

um dos seus discípulos até o seu nível e assim fundar uma

doutrina na plena extensão da palavra. Todavia, quando o

julgamos, não pelos ensinamentos que ministrou a alguns

poucos, mas por seu papel na história da cultura e da

espiritualidade, ele não fracassou. Sozinho, conseguiu

ministrar um choque, ao mundo Europeu e Americano, talvez

mais importante do que qualquer outro ocorrido até a onda

cultural do princípio da década de sessenta (do século

passado) ." 

Sobre Gurdjieff, Charles T. Tart, professor de Psicologia da

Universidade da Califórnia, fez a seguinte declaração: 

"A medida que progride o meu conhecimento pessoal e

cienti co da consciência humana, mais me impressiono com o


gênio de Gurdjieff, o qual foi capaz de reunir as tradições

espirituais do Oriente e do Ocidente, numa síntese conceitual

que fala de perto aos ocidentais de hoje." 

Do ponto de vista da evolução que nos é permitida, segundo

Gurdjieff, vivemos num lugar que tem uma posição muito

inferior no universo. Por causa da extrema densidade das leis

mecânicas que operam em nosso planeta, a auto-realização

oferece di culdades quase máximas, de modo que, embora os

seres humanos sejam distinguidos, por assim dizer, com o

potencial para elevar o nível do seu ser, é muito tênue a


probabilidade que tem qualquer indivíduo em particular de ser

bem sucedido nessa realização. Por causa dos fatores que

operam contra todos nós, o individuo pode ter certeza de que

o seu desenvolvimento interior não será fácil; ao contrário,

exigirá grande compreensão e trabalho hábil, e este trabalho

só pode ter início quando percebemos a verdade acerca da

condição humana. Platão comparou o ser humano a alguém

fascinado pelas sombras que estão dançando nas paredes do


fundo de uma caverna; um alguém, tão absorvido naquilo, que

não dá atenção ao mundo que está atrás de si. Gurdjieff

compara o estado humano "normal" àquele de um prisioneiro.

Sendo assim, a libertação depende, primeiramente da

percepção da verdade acerca da nossa condição. Quando esta


compreensão tiver atingido o alvo, para fazer alguma coisa a

respeito não basta ser muito inteligente ou estar

intensamente motivado; instruções precisas, mapas e

conhecimento se fazem necessários daqueles que já se

libertaram, e estas ferramentas devem ser usadas

cooperativamente. (2)

Já para Jacob Needleman, professor de Filoso a da San

Francisco State University, as principais ideias de Gurdjieff

podem ser resumidas da seguinte forma:

"O Homem, Gurdjieff ensinou, é uma criação em


desenvolvimento. Ele não é realmente o Homem, considerado

como um ser cosmicamente único cuja inteligência e poder de


ação é espelhar as energias da fonte da própria vida. Pelo

contrário, o homem como nós somos é um autômato. Seus

pensamentos, sentimentos e ações são pouco mais do que as

reações mecânicas a estímulos externos e internos. Ele não

pode fazer nada. Ao redor dele, tudo acontece sem a

participação de sua própria consciência autêntica. Mas os

seres humanos são ignorantes deste estado de coisas por

causa da in uência penetrante da cultura e da educação, que

gravam neles a ilusão de serem seres conscientes autônomos.

Em suma, o homem está dormindo. Não há autêntica

existência em sua presença, mas apenas um egoísmo que se

disfarça como a própria fé, e cujas maquinações mal imitam as

funções humanas normais de pensamento, sentimento e

vontade.

Muitos fatores reforçam este sono. Cada uma das reações que

procedem em sua presença é acompanhada por uma sensação

enganosa do homem ter muitos eus, cada um imaginando-se

ser o todo, e cada fragmento sem consciência dos outros.


Cada um destes muitos eus representa um processo pelo qual

a energia sutil de consciência é absorvida e degradada, um


processo que Gurdjieff chamou de "identi cação". O homem

identi ca, isto é, desperdiça sua energia consciente, com cada

pensamento passageiro, impulso, e sensação. Este estado de

coisas tem a forma de um auto-engano contínuo e uma

procissão contínua de emoções egoístas, tais como raiva,

auto-piedade, sentimentalismo, e medo que são de uma

natureza tão difusamente dolorosa que o homem está

constantemente dirigindo sua atenção para melhorar esta

condição através da busca incessante de reconhecimento

social, prazer sensorial ou um objetivo vago e irrealizável de

felicidade." 

Continuando com Needleman:

"De acordo com Gurdjieff, a condição humana não pode ser

entendida além de sua participação dentro da função da

humanidade na vida orgânica da terra. O ser humano é


construído para transformar energias de natureza especí ca,

e nem o seu desenvolvimento interno potencial, nem a sua

presente situação real é compreensível para além desta

função. Assim, no ensino de Gurdjieff, a psicologia está

intimamente ligado com a cosmologia e metafísica e até, em

certo sentido, com a biologia. O diagrama conhecido como

"Raio de Criação", fornece uma das chaves conceituais para

abordar esta interligação entre a humanidade e a ordem

universal e, como tal, convida a um repetido estudo a partir de

uma variedade de ângulos e fases de entendimento." 

E mais adiante, falando sobre a nossa responsabilidade frente


a transição planetária, pela perspectiva de Gurdjieff:

"Como os seres humanos irão mudar este estado de coisas e

começar a processar as energias conscienciais universais que

eles foram criados para absorver, mas que agora passam por

eles de forma não transformada? Como é que a humanidade

irá assumir o seu lugar na grande cadeia do ser? A resposta de


Gurdjieff a essas questões realmente circunscreve o objetivo

central de seu ensino, ou seja, que a vida humana na Terra

pode agora estar em um importante ponto de transição

comparável talvez à queda das grandes civilizações do passado

e que o desenvolvimento de todo o ser do homem (em vez de

uma ou outra das funções humanas separadas) é a única coisa

que pode permitir que a humanidade possa passar por essa

transição de maneira digna, em conformidade com a grandeza

do destino humano." (3)

O legado de G. I. Gurdjieff foi organizado em dez livros

distribuídos em três séries intitulado "De tudo e de todas as

coisas":

- Série 1. Três livros sob o título de “Uma Crítica

Objetivamente Imparcial da Vida do Homem,” ou, “Relatos de

Belzebu a Seu Neto.”

- Série 2. Três livros sob o título comum de “Encontros com

Homens Notáveis.”
- Série 3. Quatro livros sob o título comum de “A Vida Só É
Real Quando ‘Eu Sou’”.

Todos os escritos foram dirigidos à solução de três problemas

centrais segundo a visão de Gurdjieff:

- Série 1. Destruir, impiedosamente, sem qualquer

compromisso de qualquer ordem, na mente e no sentimento

do leitor, as crenças e visões, enraizadas por séculos nele,

sobre todas as coisas existentes no mundo.

- Série 2. Familiarizar o leitor com o material necessário para

uma nova criação e provar sua solidez e boa qualidade.

- Série 3. Ajudar o despertar, na mente e no sentimento do

leitor, de uma verdadeira e não fantástica representação, não

do mundo ilusório que ele agora percebe, mas sim, do mundo

que na realidade existe. (4)

Apesar de não ser um especialista do Quarto


Quart Caminho, pude

observar, nos estudos preliminares que z sobre o


pensamento de Gurdjieff, isto já conta uns 10 anos, que três

ideias centrais podem ser destacadas: o Sono, a Prisão e o

Alimento. 

A humanidade vive um sono desperto, um estado de

sonambulismo, e esta vida semi-consciente, com suas

emoções e pensamentos descontrolados, serve como alimento

energético para uma instância superior hiperdimensional

dentro de uma cadeia alimentar cósmica. Neste contexto, a

humanidade, como um rebanho, cumpre sua suposta

destinação, imersa em um cárcere onírico imposto por uma


realidade espaço-temporal fabricada. 

Na minha opinião, este cenário serviu de inspiração para as

ideias que fundamentaram o enredo das novas mitologias

conspiratórias modernas de manipulação global como, por

exemplo, na trilogia cinematográ ca Matrix. 


Portanto, seria a base losó ca do sistema de Gurdjieff um

esforço de atualização do material legado pelas tradições de

sabedoria do passado, visando desvelar o propósito oculto da

vida humana para uma época de grandes transformações

planetárias? 

Neste sentido, todas as técnicas e ensinamentos práticos do

Quarto Caminho, o Trabalho, visam superar esta condição de


Quart

inconsciência servil, como podemos concluir a partir dessas

eloquentes palavras de Gurdjieff:

"Você não percebe sua própria situação. Você está numa

prisão. Se você é um homem sensível, tudo o que pode desejar

é fugir. Mas, como poderá fugir? É preciso cavar um túnel sob

uma parede. Um homem sozinho não poderá fazer nada. Mas

vamos supor que haja dez ou vinte homens - se eles trabalham

em turnos e um encobre o outro, podem completar o túnel e

fugir. Mais ainda, ninguém pode escapar da prisão sem a ajuda

daqueles que escaparam antes. Somente estes podem dizer


qual meio de fuga é possível, ou podem mandar ferramentas,

limas, ou o que quer que possa ser preciso. Mas, um

prisioneiro sozinho não pode encontrar essas pessoas ou

entrar em contato com elas, é preciso uma organização. Nada

pode ser conseguido sem uma organização."

A seguir, a resenha da obra "De tudo e de todas as coisas", feita

por J.G. Bennett para o Riders Review, em outono de 1950.

John G. Bennett (1897-1974), cientista, matemático e lósofo

inglês, integrava pesquisa cientí ca com estudos de idiomas

asiáticos e religiões. Conheceu Gurdjieff e Ouspensky em

1920, na Turquia. Esteve no Prieuré. Depois foi discípulo de

Ouspensky. Restabeleceu contato com Gurdjieff em Paris.

Após a morte de Gurdjieff, ensinou o Trabalho na Inglaterra.

Neste estudo, Bennett busca elucidar a inerente contradição

de um "livro que desa a a análise verbal" e conclui que os

"Contos de Belzebu" são um trabalho memorável que


representa a primeira mitologia inovadora dos últimos 4000

anos.

Um trabalho profundo, maduro e inspirador, desenvolvido de

forma magistral por um dos principais discípulos de Gurdjieff.

Uma apologia lúcida deste legado de sabedoria imortal,

atualizado de forma providencial para a nossa época, que com

certeza poderá auxilar e guiar a nossa humanidade nesses

tempos conturbados de transição planetária. 

L.C. Dias 
Dias

Notas:

(1) Esoterismo e Magia no Mundo Ocidental, Jay Kinney,

Editora Pensamento. 

(2) O Trabalho de Gurdjieff, Kathleen Riordan Speeth, Editora

Pensamento. 

(3) Gurdjieff Electronic Publishing 


(4) www.gurdjieff.org

De tudo e de todas as coisas de Gurdjieff: Um estudo


por J. G. Bennett

Durante o verão de 1916, Ouspensky registrou uma conversa

em São Petersburgo, na qual Gurdjieff tratou do problema da

comunicação e da impossibilidade de transmitir em nossa

linguagem idéias que só são inteligíveis e óbvias para um

estado superior de consciência. Falando da unidade entre o

homem, o Universo e Deus, ele disse que não se pode

expressar em palavras ou em formas lógicas o estado de

conhecimento objetivo necessário para entender essa

unidade. Neste ponto, Gurdjieff fez uma declaração chave para

a compreensão de suas obras subseqüentes. Ele disse:

"Levando em conta a imperfeição e a fraqueza da linguagem

comum, as pessoas que tiveram um conhecimento objetivo

tentaram expressar a idéia de unidade em 'mitos', 'símbolos' e


'fórmulas verbais particulares', que, sendo transmitidas sem

mudança, passaram esta ideia de uma escola para outra e,

frequentemente, de uma era para outra." (1)

Em "Tudo e Todas as Coisas", Gurdjieff usa extensivamente

essas três idéias: símbolo, mito e forma verbal. Hoje em dia,

quando a matemática é importante, não há necessidade de

defender o uso do simbolismo. Muitas escolas do pensamento

moderno consideram o simbolismo como a única forma

segura de linguagem. Wittgenstein (2) trata os símbolos como

algo mais do que os signos convencionais, considerando que

eles correspondem, de algum modo, à realidade a que se

referem. Wittgenstein provavelmente aceitaria a opinião de

Gurdjieff: "Os símbolos não apenas transmitem conhecimento,


mas indicam o caminho para isso".

Embora outros pensadores neguem qualquer referência

objetiva aos símbolos, ninguém nega que o simbolismo tenha

um poder além da linguagem comum. Com a linguagem dos


mitos, isso é diferente, algo que os pensadores super ciais

desprezaram, mas que os melhores lósofos conheceram seu

valor. Whitehead escreveu:

"O pai da loso a européia, em um de seus muitos estados

pensantes, ditava o axioma de que as verdades mais profundas

deveriam ser anunciadas através dos mitos. Certamente, a

história subsequente do pensamento ocidental justi cou sua

intuição." (4)

Toynbee segue a trilha de Platão e diz:

"Vamos fechar os olhos para as fórmulas da ciência para abrir

nossos ouvidos à linguagem da mitologia." (5)

Whitehead atribui o valor das imagens mitológicas ao fato de

não nos envergonharmos das contradições que surgem das

manifestações da realidade traduzidas em palavras lógicas.

Mesmo Cassirer, um exímio sacerdote da linguagem


matemática, considera o pensamento mítico como uma das

formas a priori em que a mente humana trabalha, e um modo

irredutível de interpretar as experiências (6).

Todas essas a rmações são verdadeiras, mas talvez não tanto

quanto seus autores as entendem. A linguagem mítica deriva

seu poder do fato de que ela uni ca o que é

desesperadamente separado do pensamento lógico: o mundo

interior da experiência humana e o mundo externo que

chamamos de Universo.

A importância das "fórmulas verbais" como uma maneira de

transmitir verdades objetivas tem sido negligenciada pelos

pensadores modernos, com a possível exceção de Whitehead,

e ainda assim a forma verbal que Gurdjieff usou em "Tudo e

Todas as Coisas" é precisamente próprio do que muitos vêem

como o ideal mais elevado da linguagem, em que o signi cado

de uma expressão é criado pela força da experiência interna.


Nas mãos de Gurdjieff, essa forma de linguagem adquire

enorme poder.

Comecei a escrever sobre "Tudo e Todas as Coisas" desta

forma porque é, em um aspecto, um experimento em forma

lingüística. Gurdjieff usa todos os dispositivos linguísticos do

simbolismo abstrato ao mito, do aforismo à imagem pictórica,

da simplicidade e franqueza do inglês antigo à reiteração e

exuberância do Oriente. Mas a forma lingüística é sempre o

modo e não o m. Há, então, uma importância especial na

forma de linguagem que Gurdjieff usa para expressar o que

Whitehead chamou de "verdades profundas".

Nas revisões que apareceram no livro, "Tudo e Todas as

Coisas" geralmente tem sido descrito como uma alegoria ou

epopeia cosmológica. Isso ignora a distinção entre alegoria e

mito. (7) Alegoria é uma forma de expressão mais fraca e

so sticada do que o mito. Faz parte da nossa linguagem

comum, na qual podemos apenas expressar idéias familiares.


Os mitos que até hoje são formas simbólicas do nosso

pensamento mais profundo, existem desde o alvorecer da

história. Toynbee disse que nenhum gênio que surgiu nos

últimos quatro mil anos foi capaz de criar um novo mito. Isso

equivale a dizer que, durante quarenta séculos, a humanidade

não descobriu uma nova abordagem para "verdades

profundas".

Acho que ele está certo, e é uma medida do lugar que eu

designaria para o trabalho de Gurdjieff na história do

pensamento humano que encontrei em "Tudo e Todas as

Coisas", uma nova mitologia cujo poder só será compreendido

por gerações que ainda estão por nascer. 

Não é de surpreender que os escritos de Gurdjieff tenham

sido ridicularizados e incompreendidos pelas próprias pessoas

que professam desejar, acima de tudo, que um novo fator de

espiritualidade seja introduzido na vida humana. Com visão


profética, Albert Schweitzer escreveu quase cinquenta anos

atrás:

"Não sabemos qual é o objetivo nal para o qual nos movemos,

nem sabemos o que trará um novo modo de vida que regulará

os princípios dos séculos vindouros. Podemos apenas

imaginar e adivinhar qual será a poderosa ação de algum gênio

poderoso e original, cuja verdade e conveniência serão

evidenciadas pelo fato de que, trabalhando em nossa pobre

medida, nos oporemos a ele com todos os nossos recursos.

Nós, que supostamente desejamos ansiosamente por um gênio

poderoso o su ciente para abrir com autoridade um novo

caminho para o mundo, em vista do fato de que não podemos

seguir adiante por este caminho ao longo do qual tão

laboriosamente preparamos." (8)

Tendo dito tudo isso, eu poderia ser dispensado em seguir

adiante. Se Gurdjieff disse que não pode ser expresso em

linguagem comum, então seria tolice tentar uma tradução.


Isso é verdade, e aqueles que estudaram "Tudo e Todas as

Coisas" durante anos, na forma manuscrita em que estiveram

disponíveis para seus alunos imediatos, estão bem conscientes

sobre seus "conselhos amigáveis" de que o livro deveria ser

lido por três vezes para um benefício especí co "que espero

que você alcance com todo o meu ser". Mesmo com muito

estudo, as verdades mais profundas do ensinamento de

Gurdjieff permanecem intraduzíveis sem empobrecê-las.

Infelizmente eu já fui longe demais e não posso evitar o

desa o de explicar o que quero dizer dizendo que Gurdjieff

disse algo novo que não é expresso em mitos ou loso as dos

últimos quatro mil anos. Toynbee disse, com razão, que a


linguagem da mitologia evita as contradições lógicas inerentes

a cada um dos comentários sobre as relações entre Deus e o

Universo:

"É lógico que se o Universo de Deus é perfeito, não pode haver

um Diabo fora dele, mas se o Demônio existisse, a perfeição


com que consegue estragar deve ter sido incompleta pelo

próprio fato de sua existência." (9)

Toynbee concebe corretamente algum tipo de demônio tão

necessário para o processo de criação, mas permanece

envolvido no dualismo do bem e do mal, de vontades

con itantes, de propósitos antitéticos. Este con ito é

encontrado em todos os nossos mitos, do chinês Yin Yang, no

Livro de Jó ou no Fausto de Goethe, como também, no

moderno mito do materialismo dialético. O dualismo

permanece incorporado em todo o nosso pensamento. Até

mesmo Whitehead, que rejeita o que ele chama de "dualismo

cruel de Descartes", a "bifurcação da Natureza", diz que:

"Em todo o Universo reina a união dos opostos que é a fonte

do dualismo." (10)

Gurdjieff rejeita especi camente o mito do bem e do mal. Ele

coloca em seu lugar um mito da Criação no qual a própria


existência do Universo está sujeita a invalidar e determinar

condições que tornam intrinsecamente impossível o completo

entendimento do Propósito Sagrado. O fato de sucessivas

atualizações ao longo do tempo impõe a cada processo o

preço da incompletude e da imperfeição. Este é o "Heropass"

Impiedoso que:

"Não tem fonte sobre a qual sua aparência deva depender, mas

como o "amor divino" sempre ui ... independentemente por si

mesmo." (11)

Para Gurdjieff, o Tempo tem ao mesmo tempo o caráter

absoluto do Scholium da De nição VIII do Principia de

Newton (12) e a tendência disruptiva da segunda Lei

termodinâmica, que segundo Eddington: "detém a posição

suprema entre as leis do natureza. "(13)

No mito de Gurdjieff, o Heropass desaparece pela in nita

sabedoria do Criador, não como um inimigo ou princípio


antagônico, mas como um fato inelutável, a mesma condição

de possibilidade de existência. Daí segue o princípio

Trogoautoegocratico, segundo o qual a harmonia permanente

do Universo é assegurada pela alimentação recíproca de tudo

o que existe. Penso que essa concepção foi fracamente

entendida pelos autores dos antigos Upanishads e nos mitos

da Serpente de muitas correntes, mas nunca foi entendida

como o remédio exclusivo contra o poder destrutivo do

Tempo.

No mito de Gurdjieff, o Universo passa a existir para assegurar

a perpétua auto-renovação do Sol Absoluto ou Primeiro


Princípio. Essa concepção é tão necessária para a

compreensão do destino humano que Gurdjieff, em seu

capítulo nal, "Do Autor", traduz em linguagem comum. Tudo

o que vive deve servir "a todos os propósitos universais". O

homem não está isento dessa necessidade e deve, por sua vida

ou por sua morte, contribuir com sua cota para a


transformação de energia na qual se processa a manutenção

recíproca toda existência. 

Ao mesmo tempo, a mãe natureza deu ao homem a

possibilidade de não ser apenas uma ferramenta cega a

serviço desses objetivos universais, mas ele a serve realizando

seu próprio destino para trabalhar por si mesmo, por sua

própria individualidade egoísta.

Esta possibilidade também foi dada para o serviço do

propósito comum devido ao fato de que, para o equilíbrio

dessas leis objetivas, essas pessoas relativamente livres são

necessárias.

Embora tal intento seja possível, é difícil, no entanto, dizer se

algum homem em particular é capaz de alcançá-lo.

O homem, então, tem um duplo destino: viver como escravo

inconsciente de um propósito universal ou pagar a dívida de


sua própria existência e assim obter independência individual,

com tudo o que isso acarreta para a possibilidade de auto-

aperfeiçoamento, de libertação. Nos ensinamentos de

Gurdjieff sobre o destino humano, encontramos a concepção

religiosa fundamental do homem como um ser que precisa ser

salvo. Salvação, além disso, só é possível através da redenção

acima. Gurdjieff, embora preservando concepções comunais

para todas as principais religiões, apresenta-as de uma

maneira nova e penetrante. Para mencionar um exemplo, eu

diria que sua doutrina do Pecado Original, expressa no mito

do órgão Kundabuffer, é profundamente mais satisfatória do

que qualquer coisa que possamos encontrar nas teologias

orientais ou ocidentais. Isto recorda o propósito declarado

dos Contos de Belzebu para o seu neto, a saber:

"Destruir a mentalidade e os sentimentos do leitor, de uma

maneira implacável e determinada, as crenças e pontos de

vista (que durante séculos estiveram enraizados nele) sobre

tudo o que existe no mundo." (15)


De um modo super cial, "Tudo e Todas as Coisas" é uma sátira

crua sobre a natureza humana. Ele expõe cruelmente nossa

antiga fraqueza em relação à vaidade, credulidade e amor-

próprio. Em suas descrições da vida moderna, Gurdjieff

baseia-se em suas próprias observações penetrantes coletadas

em seus quarenta anos de viagens em todos os continentes e

na maioria dos países. Sua combinação de inteligência e

compaixão o capacita a falar dos absurdos de nossas vidas

privadas de uma maneira que ofenderá apenas aqueles que

não desejam encarar a verdade. Onde tudo isso nos leva?

Rejeitando o dualismo do bem e do mal, Gurdjieff tem que

colocar em prática algum princípio regulador de validade

universal. Isso nos leva a um tema recorrente do livro que

desa a a análise verbal. É a doutrina de Gurdjieff: "o Sagrado

Impulso da Consciência Divina".

Gurdjieff está preocupado em despertar a convicção de que

não só há algo terrivelmente errado em "nossa existência


comum de ser", mas também há uma maneira de escapar a

uma vida mais adequada para os humanos "criados à imagem

de Deus".

O leitor atento não pode deixar de sentir que está na presença

de alguém que esteve neste mundo superior e sabe como

alcançá-lo. Quando se estuda o livro, a ideia, que se torna

convicção, emerge que o caminho que Gurdjieff chama de

"trabalho consciente e sofrimento intencional" pode

certamente levar à imortalidade e à esperança de se reunir

com a Fonte de Tudo que existe. 

Em "Everything and All Things", Gurdjieff não tenta provar

nada, isto é, não usa nenhum argumento lógico, nem explica o

signi cado de declarações mais importantes. Este signi cado

só pode ser encontrado confrontando passagens em

diferentes contextos. Em muitos casos, o signi cado das

palavras só começa a tomar forma quando as situações a que

correspondem são experimentadas. Como a mera leitura do


livro pode despertar a convicção de que sua tese fundamental

é verdadeira? Uma grande parte, mas não toda, é devida às

"fórmulas verbais" que, para Gurdjieff, são um dos elementos

da linguagem objetiva.

Isso se aplica especialmente à doutrina da Consciência, na

qual Gurdjieff estabelece o "Impulso Sagrado da Consciência

Sagrada" como princípio regulador do comportamento. É a

antítese da moralidade, que nada mais é do que um sistema de

regras externas com apenas um signi cado local e transitório.

Sobre a moralidade, Gurdjieff diz que ela tem:

"Exatamente aquela "propriedade única" que faz parte do ser

que leva o nome camaleão." (16)

A própria ideia de Consciência Objetiva desa a a análise. É tão

perigoso quanto poderoso. A religião institucional rejeita seu

próprio julgamento interior em favor de princípios morais e

normas de conduta, não apenas para garantir um melhor


controle de seus seguidores; Existe um perigo real de que a

ideia de Consciência possa degenerar em auto-su ciência e

licença. Gurdjieff enfrenta o desa o com a fórmula de Ashiata

Shiemash:

"Somente aquele que adquire Consciência de si mesmo será

chamado e se tornará o Filho de Deus." (17)

Esta fórmula é tratada como axiomática, isto é, sem

necessidade de explicação ou discussão. Seu signi cado é

transmitido com a ênfase que Gurdjieff coloca na natureza da

mudança interior que deve ocorrer no homem antes que ele

seja capaz de viver de acordo com os ditames da consciência .

Neste sentido, "Contos de Belzebu para seu neto" é um

comentário sobre a doutrina da Consciência, pois explica o

processo do aparecimento da Consciência no neto de Belzebu,

Hassein, desde o capítulo 7, quando ele vê momentaneamente

o signi cado do dever até o capítulo 46, em que sua


compreensão das leis universais é misturada com uma

compaixão esmagadora pelo sofrimento humano.

Consciência e compaixão são inseparáveis. A cosmogonia de

Ashiata Shiemash, chamada "O Terror da Situação", contém a

quintessência do ensinamento de Gurdjieff sobre a vida

humana no planeta Terra. Se o homem quiser alcançar seu

destino, ele deve se exonerar da mancha do Pecado Original,

expressa como consequência do órgão Kundabuffer. Por isso o

homem deve trabalhar, lutar e sofrer, mas onde está o desejo

su ciente para despertar a necessidade deste trabalho?

A religião ortodoxa responde que deve vir do Impulso Sagrado

da Fé, Amor e Esperança. Mas a história da raça humana

mostrou que esses impulsos são ine cazes contra as Forças do

egoísmo, vaidade, auto-estima, sugestão e assim por diante,

que afetam tudo o que o Homem encontra. Fé, esperança e

amor são tão deformados que não podem mais servir de

impulso para a perfeição pessoal (Libertação).


Gurdjieff nos ensina que apenas e somente permanece puro

um impulso sagrado que reside nas profundezas da psique

humana. Este é o impulso sagrado da Consciência que não

pode ser destruído. É implantado pela graça divina. A respeito

disso, com um toque de delicadeza, Gurdjieff expõe em uma

sentença sua doutrina dos sofrimentos de Deus:

"Os fatores para essa Consciência surgem, nos seres vivos de

"três cérebros", da localização das partículas das "emanações

de tristeza" de nosso criador sempre amoroso e in nitamente

sofredor; esta é a razão pela qual a fonte da manifestação da

consciência genuína nos seres de três centros é às vezes

chamada de representante do criador." (18)

A doutrina da compaixão é encontrada dentro de outra

fórmula verbal que manifesta o pré-requisito para o processo

de puri cação pessoal pelo qual um ser pode se tornar digno

de se reunir com a Primeira Fonte de Tudo Existente. O


purgatório é representado como uma condição de possível

existência apenas para seres que já adquiriram uma

individualidade independente, e foram aperfeiçoados além da

razão objetiva do que pode acontecer, em sua experiência,

além das limitações do sistema planetário em que se nasceu.

Mas essas habilidades não são su cientes. Nem a força

interior do libertado nem a sua aspiração em direção à

perfeição nal é su ciente; Sem compaixão pelos outros seres,

não é possível progredir mais. Tudo isso é expresso em uma

fórmula verbal que consiste nas palavras que encontramos na

entrada principal do Plano do Purgatório Sagrado, decretando

o seguinte:

"Somente aqueles que se colocam no lugar dos outros como

resultado do trabalho podem entrar." (19)

Com isso, chegamos à "cadeia conclusiva" do último capítulo,

"Do Autor", onde:


"Cada um de nós deve propor, como objetivo principal, tornar-

se, no curso de nossa vida coletiva, um Mestre. Mas não um

Mestre no sentido e signi cado que esta palavra implica para o

indivíduo atual, mas no sentido de que qualquer homem,

graças ao seu eu mais profundo, no sentido objetivo, age com

devoção para com àqueles que o rodeiam - isto é, realiza atos

manifestados de acordo com os ditames de sua própria e mais

pura razão - desta forma adquire em si mesmo algo que por si

só restringe a todos os que o rodeam a necessidade para

curvar e executar suas ordens." (20)

A máxima satisfação para o homem é saber que ele pagou a

dívida de sua existência, e ele está livre daquele momento em

diante para servir ao propósito para o qual foi criado.

Isso não signi ca que, para Gurdjieff, a vida seja reduzida a

uma autonegação. A verdadeira felicidade do homem é

possível em todas as fases de sua existência, mas devemos ter


em mente que:
"A verdadeira felicidade do homem só pode vir de uma

infelicidade, também real, que ele tenha experimentado." (21)

Não há nada de novo no conteúdo desta questão. O novo e

necessário para o nosso tempo é a ênfase do pagamento

inevitável; Gurdjieff nos ensinou que a sabedoria está em

pagar antecipadamente. Ao escrever sobre as fórmulas verbais

de Gurdjieff, eu me desviei da tarefa de esclarecer o que quero

dizer ao a rmar que Gurdjieff criou uma nova mitologia.

Em resumo, há pouco de novo. Não é preciso muita pesquisa

para descobrir a a nidade que existe entre a cosmologia de

Gurdjieff e o neoplatonismo do Ocidente ou o Sankhya e o

Abhidharma do Oriente. É fácil ver onde ele foi inspirado por

fontes cristãs (especialmente no Cristianismo Ortodoxo

Grego), budistas (principalmente Mahayana e Zen),

muçulmanos (particularmente Derviche e Su ), e fontes da

antiga sabedoria egípcia e da Assíria. A originalidade de seu


ensino não está em sua matéria-prima, mas em seu uso. Seu

mito sobre a Criação como um cenário universal onde o

esforço da Divindade se manifesta é completamente

permeável às conseqüências do simples fato de sucessivas

atualizações no Tempo. Ao escrever essas palavras, recordo

vigorosamente o " Espaço, tempo e divindade" de Alexander

(22) , e uma comparação dos dois livros é certamente uma

demonstração da incomensurável superioridade da linguagem

do mito e relação a fórmula verbal da análise lógica, mesmo

que sejam Inspirados, da mesma forma, por uma imaginação

poética. O que está faltando em escritores como McTaggart,

(23) Alexander e Whitehead é a sensação de que o sofrimento

e o esforço do Universo realmente importam.

Com Gurdjieff, o drama do Universo se torna uma realidade da

vida presente.

Involução e evolução não são nem boas nem más (24), nem em

oposição nem complementares entre si. Elas são igualmente


necessários para os propósitos divinos.

Elas estão interligadas pelo feedback de toda a existência, que

não é nem evolução nem involução. Aqui e em toda parte, a

mitologia de Gurdjieff é completamente triádica e não

dualista. Os problemas do homem, do Universo e de Deus são

resolvidos em termos de uma real necessidade mútua para a

qual a loso a não encontrou uma expressão adequada. Do

drama cósmico surge o destino miraculoso para o qual o

homem é chamado, se estiver disposto a pagar o preço. Já que

o próprio Universo é um esforço perpétuo; O destino mais alto

do homem não é a felicidade estática, mas o cumprimento

imortal de um propósito eterno.

Notas:

1 P. D. Ouspensky, In Search of the Miraculous, 1949, p. 279. 

2 Ludwig Wittgenstein, Tractatus Logico-Philosophicus, 1922. 

3 In Search of the Miraculous, p. 280. 


4 A. N. Whitehead, Modes of Thought, 1938, p. 14. 

5 Arnold Toynbee, A Study of History, [in 12 Vols. 1934–1961],

Vol. I, p. 271. 

6 E. Cassirer, Die Philosophie der Symbolischon Formen, Bd.

II, pp. 107–111. 

7 See the admirable discussion of this distinction by Dorothy

Emmet, in The Nature of Metaphysical Thinking, Macmillan,

1946, p. 100. 

8 Albert Schweitzer, The Quest of the Historical Jesus, 1906, p.

6. 

9 A. Toynbee, A Study of History, Vol. I, p. 279. 

10 A. N. Whitehead, The Adventures of Ideas, 1933, p. 245. 

11 All and Everything, 1950, p. 124. 

12 Isaac Newton, Mathematical Principles of Natural

Philosophy, 1687. 

13 Sir A. Eddington, The Nature of the Physical World, 1929, p.

74. 

14 All and Everything, 1950, p. 1219. 


15 Ibid, p. V, where Gurdjieff unequivocally states his purpose

in each of the three series of All and Everything. 

16 Ibid, p. 343. 

17 Ibid, p. 368. 

18 Ibid, p. 372. 

19 Ibid, p. 1164. 

20 Ibid, p. 1236. 

21 Ibid, p. 377. 

22 Samuel Alexander, Space, Time and Deity, 2 Vols., 1920. 

23 John McTaggart Ellis, Cambridge atheistic idealist, best

known for Mind, 1908. 

24 All and Everything, 1950, p. 1137–40. It is a wrong use of

words to label either obedience or love as good and the other

as evil. Evolution is ‘against God,’ and yet upon it He has

“placed all His hopes and expectations for the future welfare

of Everything Existing.” Ibid, p. 197.

Nota do Tradutor: O texto foi adaptado e revisado a partir da


versão preliminar fornecida pelo Google Tradutor

(translate.google.com.br).

Fonte na Web

MARCADORES: CRENÇA, ESOTERISMO, ESPIRITUALIDADE, L.C. DIAS, METANOIA


COLETIVA, METANOIA PESSOAL, TRANSIÇÃO PLANETÁRIA
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política. Sua visão de mundo
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Aurobindo e Vicente Merlo.
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