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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA ARTE

LICENCIATURA PLENA EM DANÇA

RESISTÊNCIA POÉTICA:

ARTE COMO RESISTÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL EM TEMPOS DE REPRESSÃO

SAMYA DE ASSIS OLIVEIRA

Belém - Pará
2018
Universidade Federal do Pará

Instituto de Ciências da Arte

Licenciatura Plena em Dança

SAMYA DE ASSIS OLIVEIRA

RESISTÊNCIA POÉTICA

ARTE COMO RESISTÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL EM TEMPOS DE


REPRESSÃO

Pré-projeto submetido à Licenciatura Plena em


Dança da Universidade Federal do Pará, como
requisito para avaliação final da disciplina
Metodologia de Pesquisa em Arte.

Docente: Prof. Msc. Arianne Pimentel

Belém – Pará

2018
Sumário

1-INTRODUÇÃO (MENORIAL E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA) .............................................................. 1

2-OBJETIVOS ........................................................................................................................................... 2

2.1-Geral: ............................................................................................................................................ 2

2.2-Específicos: ................................................................................................................................... 2

3-PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO........................................................................................................ 2

4-HIPÓTESE ............................................................................................................................................. 3

5-JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................................... 3

6-REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................................ 4

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................. 6


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1- INTRODUÇÃO (MENORIAL E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA)

Inicialmente eu tinha outro foco como objeto de pesquisa, e durante algum


tempo busquei informações a respeito deste tema, no entanto, diante da atual
conjuntura governamental, das ameaças de censura, e de uma ditadura iminente
que está surgindo, fui tomada por uma crescente comoção, uma vontade intrínseca
de não me calar diante de toda a repressão que já existe, e do que ainda está por
vir. No dia 28 de outubro de 2018 sentimos pela primeira vez o desespero e o medo
de viver em uma ditadura, ser artista durante este período é ser considerado uma
possível ameaça, um terrorista, pois a arte nos faz abrir os olhos, a arte nos tira da
escuridão, arte inspira e renova espíritos, arte move lutas, constrói histórias, e cria
resistências, opressores censuram a arte pois ela liberta os oprimidos, dá voz aos
foram calados, e esperança aos que se sentem fracos. Ser artista em tempos de
repressão é ser resistência, é lutar por direitos, e se recusar a baixar a cabeça
diante das injustiças, é seguir com medo mas acima de tudo com fé, fé que dias
melhores virão, fé que juntos conseguiremos ultrapassar a escuridão e clarear os
dias novamente. Sabe-se que não é a primeira vez em que a censura e a repressão
se instauram em nosso país, a história nos mostra claramente o que foi vivido na
década de 64, um período sangrento que jamais será apagado do coração dos que
tiveram de vive-lo, e que com sorte e muita garra sobreviveram, sabemos também
que a arte não deixou de existir neste tempo, artistas foram mortos, presos, e
torturados, submetidos a censura,e à humilhação, mas não se calaram, e é
justamente isto o que me inspira, o fazer artístico é nossa maior arma de resistência,
pois nós continuaremos a produzir arte mesmo que eles, os opressores, nos digam
para não fazê-lo, nós continuaremos defendendo quem somos, e os nossos iguais,
pelo direito de ter livre expressão, pelo direito de ser oposição, e de não calar ante
qualquer injustiça, não deixaremos que o medo tire nossa voz ou nossa força, hoje
mais do que nunca, sabemos que arte é resistência. E foi inspirada por isso que
decidi voltar minha pesquisa para o atual cenário político e artístico existente em
nosso país, comparando-o com o cenário que existi na década de 60, entender
como o cenário artístico foi afetado, e principalmente como ele afetou aquela
geração, é de vital importância para traçar uma possível trajetória do que está por vir
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em 2019, insto se dá pelo fato de que, no dia 28 de outubro de 2018, todos vestimos
luto, mas não desistimos de lutar.

“...ELE NÃO! ELE NUNCA! ELE JAMAIS!...”

2- OBJETIVOS

2.1- Geral:
Levantar dados sobre a resistência artística durante o golpe de 64, e a ditadura
militar, afim de estruturar estratégias para fundamentar o atual cenário de resistência
política e social através de manifestações artísticas.

2.2- Específicos:

 Pesquisar acerca de como artistas posicionavam-se durante o golpe de 64 e


a ditadura militar.
 Levantar dados sobre resistências políticas atuais.
 Elaborar métodos de resistência para o contexto atual.

3- PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO

Como levantar dados sobre a resistência artística durante o período da ditadura


militar, e elaborar estratégias de resistência atualmente?
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4- HIPÓTESE

A presença de repressão artística não é algo inédito em nossa história, sabe-se que
historicamente o movimento artístico como forma de protesto existiu com força
durante a década de 60, quando vários movimentos sociais também ganharam
força, saber da importância da arte atualmente e de como podemos usa-la como um
ferramenta política é fundamental para o movimento de resistência à censura, e
ameaças que já estamos sofrendo.

5- JUSTIFICATIVA

Fui tomada pelo crescente desejo de aprofundar-me sobre este tema após tomar
consciência das ameaças feitas pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro, de dar
fim ao curso de Dança nas universidades, pois o mesmo afirma ser um curso
desnecessário, e em sua ignorância afirma ainda que o que se aprende dentro do
curso é somente “dançar na boquinha da garrafa”. É evidente o total desprezo do
atual presidente a qualquer assunto artístico, mas o que mais me preocupa
realmente é a sua inclinação a apoiar uma nova ditadura militar, o que por sua vez,
pode ser uma justificativa plausível para a sua insistência em censurar
manifestações artísticas, tendo em vista o poder social constituído por elas. Devido a
isto, julgo extremamente importante dar força ao movimento de resistência política e
social através do fazer artístico, produzir academicamente sobre a pauta mostra não
somente que estamos acordados, mas também que somos parte da comunidade
acadêmica, e nossa existência é tão importante quanto a de um curso de
engenharia, ou medicina, afinal influenciamos diretamente na sociedade, levando
em consideração que a arte é um reflexo direto da sociedade em que se insere.
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6- REFERENCIAL TEÓRICO

Não é de hoje que a arte faz-se reflexo direto do período vivido histórico e
socialmente, segundo Marcos Linhares Mouren cita em seu blog:

“Ao longo do percurso histórico da humanidade arte e política


caminharam juntas, seja por conveniência ou por dependência.
A arte retrata desde a antiguidade as sociedades que se
formaram e registra até a atualidade as inquietações existentes
no nosso cotidiano com o objetivo de causar reflexão por suas
diferentes linguagens.”
(MOUREN, 2015)

Fato este que pode ser constatado em nosso país se analisarmos as


produções artísticas do período de ditadura militar, segundo Francho Barón, escreve
em um artigo para o jornal EL PAÍS:
“Os anos da ditadura e de chumbo no Brasil (1964-
1985) deixaram a impressão indelével da mesquinharia e da
ignomínia do ser humano. Rios de tinta correram para encobrir
a clandestinidade política e a imprensa de resistência, os
movimentos estudantis ou um cenário musical que cobrou um
protagonismo indiscutível entre os jovens da época. Chico
Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Geraldo Vandré
encarnaram a perseguição e o exílio das vanguardas artísticas.
O assassinato do jornalista Vladimir Herzog em 1975 pelas
mãos de militares no interior de um presídio de São Paulo
representou a gota que transbordou o copo, o ponto de inflexão
a partir do qual a ditadura começou a fazer água, pressionada
por um crescente clamor social que exigia anistia e
democracia.”
(BARÓN, 2014)
A partir de minhas vivências e leituras cotidianas, percebo o entrelaçamento diário
entre arte, cultura, sociedade, e política, logo, seria indispensável pensar em arte
sem vincula-la ao ambiente de resistência política e social vivenciado atualmente no
Brasil, em todas as suas manifestações, a arte faz-se um instrumento poderoso de
luta contra o fascismo, e contra qualquer tipo de repressão, por ser um veículo
expressivo ela nos permite posicionarmo-nos ante ao que está por vir.
Logo, o que subsidiará esta pesquisa será um levante histórico do que já ocorreu
anteriormente no país, vinculado à informações acerca do que está acontecendo
atualmente com relação as manifestações artísticas e mobilizações em prol da
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resistência ao autoritarismo. Trarei também à luz de minha pesquisa, minhas


vivências dentro da militância, e o cotidiano artístico onde me insiro.

7. METODOLOGIA

A pesquisa será desenvolvida através do método qualitativo, com base em algumas


etapas pré-estabelecidas, porém seu seguimento será de acordo com as
necessidades da mesma. Inicialmente haverá o levante bibliográfico acerca das
movimentações e manifestações artísticas individuais e coletivas ocorridas na
década de 60, e atualmente entre os anos de 2016 a 2018, suas motivações e
resultados. Após o levante bibliográfico irei para campo observar as manifestações
existentes nas cidades de Belém e São Paulo, neste mesmo período em paralelo,
selecionarei alguns artistas para entrevista e coleta de dados sobre o assunto. Ao
fim destas etapas, farei um novo levante bibliográfico acerca das estratégias usadas
na década de 60 para combater e resistir ao regime militar, em seguida, abrirei
espaço para que outros artistas juntem-se à mim afim de discutirmos e elaborarmos
novas condutas de resistência com base no cenário atual e num possível futuro
regime de repressão.
Os registros da pesquisa serão feitos através de fotos, vídeos, gravações, e
anotações, os registros em audiovisual poderão ser utilizados para a construção
etnográfica da própria.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LINHARES MOUREN, Marcos. Arte e política: Relações e influências com


reflexos na sociedade.. 2015. Disponível em:
<http://blog.cienciasecognicao.org/?p=738>. Acesso em: 19 dez. 2018.
A arte que resistiu à mácula da ditadura. Rio de Janeiro: CULTURA,
2014. Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/25/cultura/1393287113_872843.html>.
Acesso em: 19 dez. 2018.
D-15 - Didática Geral: O ensino e o aprendizado. 2011. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=ILy_PZ1e2y4>. Acesso em: 16 dez. 2018.
RUBEM Alves Fala sobre a Escola da Ponte. 2012. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=MtGyHzIafLc>. Acesso em: 16 dez. 2018.
O QUE é o método de ensino construtivista?. Disponível em:
<https://escoladainteligencia.com.br/o-que-e-o-metodo-de-ensino-construtivista/>.
Acesso em: 16 dez. 2018

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