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Revista Brasileira

ISSN 1982-3541 de Terapia Comportamental


2014, Vol. XVII, no. 1 , 23-34 e Cognitiva

O estudo do comportamento psicótico:


contribuições analítico-comportamentais
The study of psychotic behavior: behavior-analytic contributions

Roberta Maia Marcon *


Ilma A. Goulart de Souza Britto **

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Resumo

Esta análise teórica objetivou discorrer sobre a postura do analista do comportamento frente ao comporta-
mento do indivíduo que possui o diagnóstico psiquiátrico de esquizofrenia, apresentando uma possibilidade
de estudo desse fenômeno comportamental e de explicação do mesmo pautadas na ciência da análise do
comportamento. Essa ciência possui uma abordagem empírica para entender e influenciar o comportamento
do indivíduo. Uma breve análise crítica da atribuição causal às variáveis biológicas comumente usadas para
explicação do quadro esquizofrênico é levantada, sem contudo desconsiderar a importância de tais variáveis
para uma ciência do comportamento. Não se pretende com esta apresentação esgotar os temas. O aprofun-
damento das questões postas pode ser feito percorrendo-se a literatura citada.

Palavras-chave: análise do comportamento; esquizofrenia; relação entre eventos naturais; variáveis bio-
lógicas.

* robertamarconpsi@gmail.com
** psyilma@terra.com.br
Parte da Tese de Doutorado da primeira autora sob a orientação da segunda, apresentada a Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

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O estudo do comportamento psicótico: contribuições analítico-comportamentais

Abstract

This theoretical analysis aimed to discuss the stance of the behavior analyst regarding to a behavior of the in-
dividual who owns the psychiatric diagnosis of schizophrenia, presenting a possibility to study this behavioral
phenomenon and explanation of it, guided by focused on the science of behavior analysis. This science has an
empirical approach to understanding and influencing the behavior of the individual. A brief critical analysis
of causal attribution to biological variables commonly used to explain the schizophrenic is lifted without dis-
regarding the importance of these variables for a science of behavior. It is not intended by this presentation,
exhaust the topics. The deepening of the questions posed can be done by scrolling to the literature cited.

Keywords: analysis of behavior; schizophrenia; the relationship between natural events; biological va-
riables.

De início, falar-se-ia como Madden (2013), que a (Rutherford, 2003), posto que os métodos e princí-
análise do comportamento é, ao mesmo tempo, um pios comportamentais poderiam ser aplicados igual-
campo de estudo, uma disciplina e uma ciência que mente a humanos e a não humanos (Lattal, 2005).
possui uma abordagem empírica para entender e in-
fluenciar o comportamento. Suas bases empíricas Nas décadas que se seguem, os analistas de compor-
remontam ao início do século XX e têm suas raízes tamento realizam pesquisas que façam uma transla-
em processos básicos no aprendizado animal, com ção – no inglês, translational research –, ou seja,
foco nos estudos experimentais pioneiros sistemati- pesquisas que aplicam resultados da investigação da
zados por I. Pavlov e B. F. Skinner, nas décadas de pesquisa básica para a pesquisa aplicada que aborda
1920 e 1930 (Millenson, 1967/1975). os comportamentos humanos socialmente impor-
tantes (Baer, Wolf & Risley, 1968; Madden, 2013). 
Em meados da década de 1950, os analistas de
comportamento estenderam os métodos e princí- Na década de 1980, a ciência da análise do com-
pios comportamentais aos ambientes institucionais, portamento ofereceu importante contribuição para
o que pode ser exemplificado com o trabalho pio- pesquisas em áreas da vida cotidiana, relativamente
neiro de O. R. Lindsley e B. F. Skinner, com a co- inexploradas (Lerman, Iwata & Hanley, 2013). Por
laboração de H. Solomon, diretor do Metropolitan exemplo, Iwata, Dorsey, Slifer, Bauman e Richman
State Hospital, em Waltham, Massachusets, abran- (1982/1994) apresentaram uma estratégia de avalia-
gendo um estudo do comportamento de pacientes ção funcional, com a estrutura de um experimen-
psicóticos institucionalizados (Lundin, 1969/1977; to (Carr et al., 1994), denominada metodologia de
Rutherford, 2003; Sidman, 2004; Staats & Staats, análise funcional (functional analysis methodolo-
1966/1973). Esse e outros estudos alcançaram re- gy) para identificar os eventos antecedentes e con-
levância na aplicação da ciência do comportamento sequentes associados ao comportamento-problema,

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tal como o de autoagressão apresentado por crian- mento verbal inapropriado (ou não) deve ser fun-
ças com algum grau de atraso no desenvolvimento. cionalmente analisado, ou seja, visto à luz das con-
dições de estímulo antecedentes e consequentes ao
Desde então, a metodologia de análise funcional comportamento (Skinner, 1957/1978).
tem sido adotada para estudar as vocalizações bi-
zarras de pessoas com diagnóstico de esquizofre- Para examinar essas relações, Britto (2004) sugere
nia (e.g., Britto, Rodrigues, Alves e Quinta, 2010; que ao estudar comportamento de um indivíduo com
Bueno & Britto, 2013; DeLeon, Arnold, Rodriguez- o diagnóstico de esquizofrenia, deve-se investigar a
Catter & Uy, 2003; Dixon, Benedict & Larson, sua história e mensurar algumas dimensões do com-
2001; Lancaster, LeBlanc, Carr, Brenske, Peet & portamento, tal como a topografia (o que ele fala o
Culver, 2004; Marcon & Britto, no prelo; Moura, que ele faz ou deixa de fazer, o que ele vê, ouve e
2012; Santana, 2008; Wilder, Masuda, O’Connor & toca; como se expressa, com que gestos e expressões
Baham, 2001), entre outros. faciais), o controle de estímulo (em quais circunstân-
cias cada um desses eventos ocorre ou não ocorre; a
Em se tratando do comportamento de pessoas com quem ele se dirige, quem o escuta). Além disso, nas
esse diagnóstico, em acordo a uma ciência do com- palavras de Britto (2004), para o entendimento dos
portamento, ênfase deve ser dada a comportamen- fatores que contribuem para a ocorrência desse tipo
tos, nesse caso às vocalizações bizarras, como ver- de comportamento, é necessária uma avaliação fun-
balizar falas falsas (delirar), ou experienciar eventos cional que inclua não só a observação, como também
sensoriais sem o estímulo correspondente, como a manipulação sistemática de variáveis.
‘ouvir’ na ausência de um estímulo (alucinar). Ao
compreender as atividades de delirar e de alucinar Assim sendo, ao estudar empiricamente o compor-
como comportamento operante e ao submetê-las a tamento apresentado por pessoas com diagnóstico
uma análise científica, de modo a ser possível pre- de esquizofrenia, primeiramente, é necessário dis-
dizê-las e controlá-las (Britto et al., 2010; Britto, tinguir duas variáveis: a variável dependente e a
2012; Bueno & Britto, 2011; Miranda & Britto, variável independente (Chiesa, 1994/2006; Lundin,
2011; Skinner, 1956/1979), estar-se-á admitindo o 1969/1977; Skinner, 1953/2007). Considere por va-
comportamento verbal bizarro em si mesmo como riável dependente a frequência das falas, as quanti-
objeto de estudo, o que é cientificamente útil e fun- dades de falas emitidas em uma ocasião, os tipos de
cional (Johnston & Pennypacker, 1993; Skinner, falas apresentadas, entre outros. Por exemplo, Brit-
1974/2006). to e colaboradoras (2010) consideraram como falas
apropriadas as sentenças proferidas por um partici-
Britto et al. (2010) sugerem que o comportamen- pante com diagnóstico de esquizofrenia resultantes
to verbal do esquizofrênico é considerado inapro- de práticas convencionais de reforçamento de uma
priado, simplesmente porque não é característico comunidade verbal. Já as falas inapropriadas foram
do contexto, o que dificulta sua compreensão e dá definidas como uma série de palavras em sequên-
margem a explicações baseadas em processos que cia ou sentenças que inseridas no contexto verbal
ocorrem dentro do indivíduo. Se assim, comporta- do participante eram falsas, incompreensíveis, es-

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tranhas, incoerentes, sem nexo, mágicas ou repetiti- instalações hospitalares eram disponibilizados). Os
vas. A outra variável, a variável independente, refe- participantes foram colocados nas quatro situações
re-se aos eventos ambientais que afetam a variável e suas verbalizações foram registradas. Os resulta-
dependente. dos apontaram que a frequência de falas inapropria-
das (e. g., alucinações, delírios, queixas somáticas,
Um conjunto de operações experimentais que en- fala incoerente e expressões bizarras) variou de am-
fatizam as relações funcionais entre ambiente e biente para ambiente: 324 ocorrências no ambiente
comportamento é utilizado em pesquisas, tais como “médico”, 12 ocorrências nos ambientes “social” e
operações básicas que incluem (1) observar o com- “ocupacional” e apenas 3 ocorrências no ambiente
portamento e (2) apresentar estímulos, assim como “recreativo”.
(3) operações consequenciais que consistem em
programar consequências para as respostas, (4) Em estudos como os de Britto e colaboradoras
operações sinalizadoras ou de controle de estímu- (2010), Bueno e Britto (2013), DeLeon e colabo-
los, nas quais os estímulos possuem efeitos sinaliza- radores (2003), Dixon e colaboradores (2001),
dores ou discriminativos haja vista que sinalizam a Lancaster e colaboradores (2004), Marcon e Britto
apresentação de outros estímulos ou a produção de (no prelo), Moura (2012), Santana (2008), Wilder
consequências e (5) operações estabelecedoras, as e colaboradores (2001) – os quais se utilizaram da
quais mudam os efeitos das consequências (Catania, metodologia de análise funcional que possibilita a
1998/1999). Esta última, a partir da década de 1980, observação direta do comportamento ao longo de
passou a ser denominada de operações motivadoras três breves condições (atenção, fuga de demandas
(Laraway, Snycerski, Michael & Poling, 2003). e sozinho) intercalada com mais uma condição, a
de controle –, pode ser destacada uma operação de
Na tentativa de ilustrar as operações de controle consequenciação, aqui ilustrada pela condição de-
de estímulos, destaca-se o trabalho de Zarlock (em finida como atenção. Nessa condição, atenção no
1966, citado por Todorov, 1985). Durante a realiza- formato contato olho a olho, ou no formato de um
ção de sua pesquisa, um salão de enfermaria, utili- comentário, ou na forma de contato físico, entre ou-
zado como ambiente experimental tinha sua decora- tros, se tornava disponível como uma consequência
ção modificada quatro vezes, resultando em quatro à fala inapropriada. Como resultado dessa operação
ambientes diferentes que assim permaneciam por de consequenciação, a fala inapropriada aumentava
uma hora: ambiente caracterizado por (1) estímulos de frequência.
discriminativos “recreativos” (jogos de salão eram
disponibilizados), (2) estímulos discriminativos Em extensão aos estudos citados, Marcon e Britto
“ocupacionais” (material para realizações de traba- (2011) sugerem que sejam realizadas pesquisas que
lhos de terapia ocupacional eram disponibilizados), incluam em seus procedimentos operações motiva-
(3) estímulos discriminativos “sociais” (móveis e doras para estudar se o valor reforçador de uma con-
objetos de salas para reuniões sociais eram dispo- sequência pode ser alterado por alguma operação
nibilizados) e (4) estímulos discriminativos “médi- motivadora que evocaria um comportamento (e.g.,
cos” (móveis e objetos de consultórios médicos e Michael, 1982, 1993), tal como a resposta verbal

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“falas inapropriadas”, emitida por pessoas com vasos sanguíneos, e respostas neurais, como no dis-
diagnóstico de esquizofrenia em condições onde paro dos neurônios. Ou ainda, respostas glandulares
pode ser notada a escassez de atenção social, como como aquelas que secretam adrenalina na corrente
os ambientes institucionais. sanguínea ao energizar o corpo para a ação (Britto,
2004, 2012; Catania, 1988/1999; Johnston & Pen-
Do exposto, salienta-se que, por meio de operações nypacker, 1993; Martin & Pear, 2007/2009; Millen-
experimentais (Catania, 1998/1999), os analistas son, 1967/1975; Skinner, 1953/2007; 1974/2006).
de comportamento buscam descobrir a relação Portanto, o organismo, em sua totalidade, age so-
entre o fenômeno comportamental em questão e bre o ambiente, o afeta, bem como é afetado por ele
outros fenômenos naturais (Johnston & Pennypa- (Skinner, 1957/1978). Ou seja, o ambiente também
cker, 1993). Logo, o comportamento – até mesmo provoca alterações no organismo incluindo não so-
o comportamento bizarro do indivíduo diagnosti- mente alterações comportamentais, mas também,
cado como esquizofrênico – deve ser compreen- mudanças neurofisiológicas (Mustaca, 2003). Por
dido no contexto de relações funcionais com as exemplo, a alteração da temperatura do ambiente
variáveis ambientais, pois o mesmo é, nas palavras também provoca alteração nas glândulas sudorípa-
de Skinner (1956/1979), parte e parcela do com- ras (Todorov, 2012).
portamento humano.
Por conseguinte, o estudo do comportamento como
Cumpre salientar que para alcançar o alvo de com- objeto científico não deve negar a sua dependência
preender o comportamento, a relação entre o orga- da fisiologia (Catania, 1998/1999). Em uma aná-
nismo como um todo, portanto, com sua base orgâ- lise científica do comportamento, reconhece-se a
nica, e os eventos ambientais deve ser buscada (Tou- importância da pesquisa fisiológica – nas palavras
rinho, Teixeira & Maciel, 2000; Neto & Tourinho, de Skinner (1974/2006), o fisiólogo do futuro nos
1999; Silva, 1988; Skinner, 1953/2007, 1974/2006; dirá tudo quanto pode ser conhecido acerca do que
Todorov, 2012). ocorre no interior do organismo em ação. No entan-
to, as variáveis biológicas não entram como variá-
Isso, pois, decorre da definição de comportamento vel independente (Neto & Tourinho, 1999; Skinner,
atividade muscular, glandular ou elétrica, por meio 1974/2006; Tourinho et al., 2000); são partes da in-
das quais, o comportamento pode ser descrito e teração (Todorov, 2012).
mensurado, de modo direto ou indireto. Respostas
dos músculos esqueléticos, como aquelas envolvi- Em outras palavras, conforme Skinner (1974/2006),
das no andar ou no falar; seja falar em voz alta ou “Os processos cerebrais não são outro “aspecto” do
consigo mesmo (e.g., pensar), seja falar de modo comportamento; eles são outra parte do que o or-
falso ao distorcer uma realidade (e.g., delirar), seja ganismo faz.” (p. 80). Normalmente, o cérebro se
falar que ‘ouve’, ‘vê’ e ‘sente’ na ausência de estí- comporta, tal qual o restante do organismo. Por
mulos (e.g., alucinar) como no imaginar. Compor- exemplo, ao ver, ouvir ou falar uma palavra, dife-
tamento inclui respostas de músculos lisos, como os rentes áreas do cérebro são ativadas (lobo occipital,
envolvidos no trato gastrointestinal e atividade dos lobo temporal superior e área de Wernicke, respec-

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tivamente), o que pode ser observado através de Igualmente relevantes são os achados de O’Connor
tomografia computadorizada por emissão de pósi- e colaboradores (2008) acerca do funcionamento
trons (PET). Assim sendo, uma descrição topográfi- cerebral de pessoas que perderam entes queridos:
ca do comportamento, em outro nível, o fisiológico, regiões cerebrais relacionadas à dor eram ativadas
poder-se-ia complementar com uma descrição fun- durante a exposição a lembranças do ente falecido
cional. Do exposto, ênfase será dada à relação entre quando essas pessoas eram expostas a lembranças
ambiente e alterações no organismo. do mesmo. Uma diferença adicional na resposta
cerebral – ativação do núcleo accumbens – foi ob-
O estudo clássico de Pavlov em 1927 (citado por servada somente no cérebro de pessoas que rela-
Mustaca, 2003) sobre o condicionamento da res- taram lembrar e pensar no ente querido em altas
posta de salivação em cães à presença de estímulos frequências não sendo, pois, observada no cérebro
pareados com comida, exemplifica essa correspon- de pessoas que, apesar de sofrer com a perda, pen-
dência haja vista que foi demonstrada a ocorrência savam e lembravam menos no ente falecido (Cor-
de mudanças fisiológicas – resposta de salivação, chs, 2010).
secreção e motricidade digestiva – associadas ao
condicionamento respondente (Darwich, 2005). Mustaca (2003) afirma que o que pode ser dito de
estudos dessa natureza é que os mesmos apontam
Já Bennett, Diamond, Krech e Rosenzweig (1964) correspondência entre modificações comporta-
foram pioneiros em demonstrar que o cérebro, mentais e biológicas, em vez de relações de causa
além do comportamento, podia ser alterado pela -efeito. Todavia, dentro da cultura de causalidade
aprendizagem por condicionamento operante. Nes- biológica são estabelecidas relações de causa-efei-
sa pesquisa, ratos foram expostos ao longo de três to entre condições biológico-genéticas e compor-
meses, a diferentes ambientes. Em uma condição tamentais. Em apoio à causalidade biológica, os
denominada “típica”, três animais foram colocados estudos recaem sobre duas categorias: estudos de
em uma gaiola atividade que era alternada a cada família e estudos sobre a estrutura e/ou função ce-
dia. Ao final do tempo de exposição, verificou-se rebral (Wyatt, 2009).
alteração na neuroanatomia padrão de laboratório
na qual estava disponibilizada comida e água. Na Sobre as evidências de transmissão genética
condição “isolada”, um único sujeito foi colocado (Wyatt, 2009) observadas em estudos de família,
em uma gaiola. Já na condição “enriquecida”, um convém lembrar que Gottesman em 1991 (citado
grupo de ratos (de 10 a 12 animais) foi colocado em por Barlow & Durand, 2005/2008 e por Wyatt,
uma gaiola grande com brinquedos e atividades que 2009) sintetizou dados de 40 estudos sobre o risco
eram alternadas a cada dia. Ao final do tempo de ex- de uma pessoa desenvolver esquizofrenia em fun-
posição, verificou-se alteração na neuroanatomia e ção de quantos genes ela possui em comum a um
na neuroquímica dos cérebros dos animais expostos familiar com o diagnóstico. Constatou-se que exis-
ao ambiente “enriquecido”: (a) maior peso e espes- te a probabilidade de apenas 48% de uma pessoa
sura do tecido cortical e (b) aumento da atividade da ter esquizofrenia caso o transtorno tenha afetado o
enzima acetilcolina e de neurotransmissores. irmão gêmeo monozigótico que, por sua vez, com-

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partilha 100% das informações genéticas. O risco Em se tratando das influências biológicas, estas es-
diminui (e.g., 17%) no caso de irmãos gêmeos fra- tão em acordo com a visão da pessoa como uma
ternos dizigóticos, cujas informações genéticas em dualidade, exemplificadas pela separação cérebro e
comum são de 50%. E, ainda, possuir um parente corpo. Assim, o chamado dualismo fisicalista atri-
qualquer com esquizofrenia aponta uma probabi- bui a explicação para as desordens comportamen-
lidade de manifestação do transtorno em 1% se tais a um cérebro com problemas (Bennett & Ha-
comparado ao risco apresentado por uma pessoa cker, 2003; Chiesa, 1994/2006; Corchs, 2010; Gra-
sem parente nessa condição. eff, 2006; Lundin, 1969/1977; Skinner, 1990), mais
especificamente, um cérebro com desequilíbrio
À luz de novos estudos revisados por Wyatt (2009) químico por excesso ou insuficiência de neurotrans-
sobre os fatores genéticos, ficou evidenciado que missores (Midkiff, 2006). Decorre dessa postura, a
nas pesquisas com gêmeos os mesmos cresceram adesão ao tratamento por meio de intervenções psi-
em ambientes similares. Em muitos casos, os gê- cofarmacológicas, como um fator de correção para
meos não foram criados em ambientes separados, esse desequilíbrio.
e sim por familiares dos pais biológicos. Noutros,
os gêmeos não foram separados até os 10 anos de Cabe lembrar que atualmente é ausente um método
idade, ou então, foram colocados em instituições de diagnóstico válido – que identifique lesões orgâ-
de adoção que eram obrigadas, por contrato, a lo- nicas, infecções, vírus, sínteses defeituosas dos neu-
calizar famílias adotivas similares às suas famílias rotransmissores, ou algum outro processo biológico
biológicas. Com base nesses resultados, Wyatt le- para um transtorno (Freixa i Baqué, 1978). O diag-
vantou uma questão acerca do controle das variá- nóstico de um transtorno mental – seja esse o de um
veis genéticas e ambientais sugerindo que os fatores transtorno de ansiedade, do humor, da alimentação,
genéticos e ambientais foram confundidos o que, de relacionados a substâncias, ou até mesmo a esqui-
certo modo, compromete os achados dos estudos zofrenia e outros transtornos psicóticos – é inferido
anteriores acerca da etiologia genética. com base nos relatos dos indivíduos (Britto, 2012;
Ross & Pam, 1995; Wilder & Wong, 2007), através
Além disso, estudos posteriores não conseguiram dos quais se observa a presença ou a ausência de um
replicar as correlações apontadas entre esquizofre- conjunto arbitrário de ‘sintomas’ que satisfazem aos
nia e composição genética (Conrad, 2001; Wong, critérios estipulados em manuais diagnósticos para
2006). Tal como esclarece Wyatt (2009), os genes os diferentes transtornos (e.g., DSM-IV-TR, APA,
desempenham um papel importante no comporta- 2000/2002; Andreasen, Flaum & Arndt, 1992).
mento. Entretanto, o comportamento torna-se cada
vez mais complexo e a contribuição dos genes tor- Portanto, os achados que apontam causalidade bio-
na-se menor e o que é atribuído à história de apren- lógica para os transtornos mentais são inconclusi-
dizagem torna-se cada vez mais relevante. A partir vos, haja vista que há pouca evidência que susten-
desses achados uma conclusão possível é a de que a ta teorias dessa natureza, sendo a etiologia desses
suscetibilidade genética, sozinha, não é responsável transtornos desconhecida (Britto, 2004, 2005; Mi-
pela esquizofrenia. dkiff, 2006; Wilder & Wong, 2007). Destaca-se:

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não há um marcador biológico associado aos trans- Considerando que os analistas de comportamento
tornos mentais, incluindo a esquizofrenia (Siebert, não possuem ferramenta metodológico-instrumen-
1999). Do exposto, conclui-se que, no campo da tal para estudar experimentalmente o que ocorre
psicopatologia, uma explicação em termos neuro- dentro do organismo como um todo – incluindo o
biológicos não é uma explicação mais científica sistema nervoso – no momento em que o compor-
(Álvarez & Montes, 2006), mesmo porque os fenô- tamento ocorre (Neto & Tourinho, 1999; Skinner,
menos descritos como psicopatológicos trata-se de 1974/2006), eles confinam-se ao que está ao alcan-
comportamentos (Britto, 1999). ce de uma análise funcional: a relação entre com-
portamento e ambiente que é externo ao indivíduo
Assim sendo, admitir que o comportamento seja (Skinner, 1974/2006; Tourinho et al., 2000).
constituído por processos biológicos, não significa,
para uma ciência do comportamento, admitir que Uma observação a ser feita: para Tourinho (2007), ao
sejam esses processos que determinam o comporta- focalizar apenas as mudanças na fisiologia do orga-
mento. Ao contrário de negar as contribuições gené- nismo, o cientista não está sob controle das relações
ticas, biológicas, entre outros aspectos do organis- comportamentais. Assim sendo, avanços em neuroi-
mo, o modelo analítico-comportamental questiona o magem, que têm tornado possível investigar a ativi-
status explicativo atribuído a tais variáveis (Chiesa, dade do cérebro em relação aos eventos ambientais
1994/2006). Acerca das explicações que apontam (Kennedy, Caruso & Thompson, 2001), ainda são
causalidade biológica, observação feita por Skinner necessários para capturar a função biológica no mo-
(1974/2006) é a de que elas viraram “(...) uma es- mento da interação entre organismo-ambiente. Uma
pécie de quarto de despejo (...)” (p. 41) tornando-se questão que se coloca: ao nível fisiológico não seria
causa de qualquer comportamento anormal que fuja então mais apropriado falar em topografias cerebrais?
à análise em termos de contingências de reforço.
O fato é que, independentemente de haver procedi-
Portanto, admite-se que o organismo como um todo mentos que permitem olhar a atividade do cérebro
é condição necessária, mas o mesmo não assegura quando da interação organismo-ambiente, na prática
a ocorrência ou a ausência do comportamento que clínica tradicional é comumente descrito que as mo-
também depende das condições do meio (Lundin, dificações biológicas e/ou fisiológicas encontradas
1969/1977; Tourinho et al., 2000). Logo, o homem antecedem o comportamento. No entanto, acerca
não pode ser reduzido à sua dimensão biológica, das mudanças observadas no cérebro de uma pessoa
embora também não se constitua somente a partir que apresenta comportamentos-problema não está
da experiência por ele vivida ao longo de sua histó- claro se são causa, se são causadas ou se não estão
ria ambiental (Skinner, 1969). Na perspectiva ana- relacionadas com o comportamento (Midkiff, 2006;
lítico-comportamental, “Não existiria organismo Mustaca, 2003). Ademais, é possível que “algo di-
que não estivesse inserido em um meio e nem exis- ferente”, ou seja, que outro fator esteja causando
tiria comportamento a ser estudado sem a presença ambas as mudanças: em nível cerebral e em nível
de um organismo constituído filogeneticamente.” comportamental (Barlow & Durand, 2005/2008;
(Neto & Tourinho, 1999, pp. 48-49). Midkiff, 2006).

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De todo o exposto, decorre que a explicação Britto, I. A. G. S. (1999). Poder-saber x doença mental.
do comportamento não deve se esgotar em uma (Tese de doutorado não publicada). Pontifícia Universi-
única disciplina científica (Neto & Tourinho, dade Católica de São Paulo, São Paulo, SP.
1999). Segundo Skinner (1974/2006): “A histó- Britto, I. A. G. S. (2004). Sobre delírios e alucinações. Revista
ria completa eventualmente será dada a conhecer Brasileira de Terapia Comportamental e Cog-
pela ação conjunta das ciências da genética, do nitiva, 6(1), 61-71.
comportamento e da cultura.” (p. 80), entendidas
Britto, I. A. G. S. (2005). Esquizofrenia: desafios para a ciência
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Recebido: 15-05-13.
Avaliação: 28-04-2014
Aceite: 14-05-2014

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