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Decididamente disposto a matar Tício, por erro de pontaria o astuto

Caio acerta-lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém,


assustado com o estrondo do estampido, e temendo acordar a
vizinhança que o poderia prender, ao invés de descarregar a munição
restante, Caio estrategicamente decide socorrer o cândido Tício que,
levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba logo liberado com
curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o
tiro ocorrera por acidente, chegando ardilosamente a indenizar de
pronto todos os prejuízos materiais e morais de Tício com o fato, mas
sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida
investigação policial que se segue. Com esses dados já indiscutíveis,
mais precisamente pode-se classificar os fatos como
 A tentativa de homicídio.
 B desistência voluntária.
 C arrependimento eficaz.
 D arrependimento posterior.
 E aberratio ictus.

RESOLVER Você errou... A resposta correta é a letra B 

De acordo com as regras da parte geral do Código Penal:


 A o julgador pode deixar de fixar o regime inicial de cumprimento da pena
privativa de liberdade ao acusado na sentença condenatória para que essa
fixação seja aplicada pelo juízo da execução criminal após análise
criminológica.
 B após iniciada a execução de um crime e ocorrida a interrupção dessa
execução por circunstâncias alheias à vontade do agente, tem-se a chamada
tentativa perfeita.
 C a desistência voluntária consiste na interrupção da execução de um crime
após o agente tê-la iniciado, enquanto que o arrependimento eficaz consiste na
ação do agente para impedir que o resultado do crime ocorra depois de estar
bem mais próximo de todo o processo executório da infração ou tê-lo
percorrido integralmente.
 D são requisitos da legítima defesa: a reação a uma agressão atual ou iminente
e injusta, a defesa de um direito próprio ou alheio e o elemento subjetivo.
RESOLVER Você errou... A resposta correta é a letra C 

Aprovada em Sessão Plenária de 15 de dezembro de 1976, a Súmula


554 do Supremo Tribunal Federal enuncia que O pagamento de
cheque emitido sem suficiente previsão de fundos, após o
recebimento da denúncia, não obsta o prosseguimento da ação
penal. Com o advento da reforma da Parte Geral do Código Penal
pela Lei no 7.209/1984, o sentido normativo dessa súmula passou a
ser, no entanto, tensionado por importantes segmentos da doutrina
brasileira, notadamente à luz do instituto denominado
 A insignificância penal.
 B desistência voluntária.
 C arrependimento eficaz.
 D arrependimento posterior.
 E crime impossível.

RESOLVER Você acertou!


 Gabarito
Comentado

Assinale a alternativa correta:


 A Na desistência voluntária, o agente desiste de prosseguir nos atos de
execução. Neste caso, tem-se a chamada ponte de ouro, que estimula o
agente a retroceder, e ele será apenas punido pela tentativa.
 B A inequívoca e categórica inaptidão do meio empregado pelo agente para a
obtenção do resultado chama à aplicação a forma tentada do delito.
 C O arrependimento eficaz, com a reparação do dano ou restituição da coisa
por ato voluntário do agente, ocorrido até o recebimento da denúncia, enseja a
redução da pena à metade.
 D O erro na execução é o erro ocorrido por inabilidade ou por acidente. O
agente quer atingir A, mas acerta B. Neste caso, o agente responde como se
tivesse acertado a pessoa visada. No caso de também ser atingida a pessoa
que o agente queria ofender, aplica-se a regra do concurso material.
 E O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do agente,
e apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave ameaça à
pessoa.
RESOLVER Você errou... A resposta correta é a letra E

Pra misturar um tiquinho de Direito Penal nesse


blog malacabadomaravilhoso, vamos hoje falar um horror tico da Ponte de
Ouro, um instituto B A B A D O que nos ajuda a entender melhor a
Desistência Voluntária e o Arrependimento Eficaz. Segurem os seus
respectivos corações, e vamos lá:
A “Ponte de Ouro” é uma teoria de Franz Von Liszt, nascido na casa
delecidade de Vienna, capital da Áustria. Essa teoria ensina que, se o
agente (quem comete o crime) estiver ainda passível de desistir
voluntariamente de prosseguir no delito (Desistência Voluntária) ou se
arrepender e impedir que o resultado do crime se
produza (Arrependimento Eficaz), ele só responderá pelos atos já
praticados e pode voltar ao caminho da “licitude” (por isso o nome de
“Ponte”, entendeu? :D).
Como eu suponho que meus leitores inteligentes devam saber, o caminho
do crime (iter criminis) se compõe de: cogitação, atos preparatórios,
atos executórios e consumação do crime. Se o agente percorrer todo esse
caminho, o crime vai estar consumado e produzindo seus efeitos na
sociedade.
A cogitação e os atos preparatórios, em regra, não são punidos (a não ser
que já constituam crime, por exemplo: posse ilegal de arma de fogo [crime do
art. 14 do Estatuto do Desarmamento] como preparação pra se cometer um
crime de Homicídio. É preparação pro crime de Homicídio, mas por si só a lei já
considera crime). Mas os atos executórios e a própria consumação do crime
são puníveis, a título de crime tentado ou consumado, respectivamente.
Enquanto o agente está lá executando o crime, três cenários são possíveis
(excetuando-se a consumação):

1. A tentativa (art. 14, II do CP): o agente está com a arma em punho, pronto pra
atirar e matar azinimiga, só que o revólver “bateu o catolé” (não funcionou). O
agente só não consumou o crime por motivos alheios à sua vontade (ou seja, se o
revólver tivesse funcionado, ele teria consumado o crime com certeza);
2. Desistência voluntária (art. 15, 1ª parte do CP): O agente está lá, começou a
atirar com um revólver, deu apenas dois disparos e resolveu parar e sair do local,
sem “terminar o serviço”. Ele “voluntariamente desistiu de prosseguir na
execução do crime”, ou seja, desistiu de matar e não tem mais o ANIMUS (A
VONTADE, O DOLO) de acabar com o seu inimigo!
3. Arrependimento Eficaz (art. 15, 2ª parte do CP): o agente atirou, terminou os
atos executórios mas se arrependeu profundamente e descobriu que tinha
cometido um erro! Levou a vítima até o hospital e esta não veio a morrer, ou
seja, o homicídio não se consumou! Nesse caso, o agente arrependeu-se e
“impediu que o resultado se produzisse”.
Nesse panorama eu já desenhei todinha a Ponte pra vocês! As três opções
acima são as que constituem a Ponte de Ouro.

Como a gente ama esqueminha, já fiz um aqui pra entender melhor (no
Paint, porque não sou obrigada a nada):
Dessa forma, a gente vê que:

1. Se o agente incorre na Desistência Voluntária, ele já não tem mais o animus de


cometer o delito, ele vai responder pelos atos já praticados (uma lesão corporal,
se for o caso);
2. Já no Arrependimento Eficaz, como ele terminou os atos executórios e
só impediu que o resultado se produzisse, não houve a mudança
do animusantes do fim dos atos de execução, de modo que já se configurou a
tentativa! A única razão de ele não responder pelo crime na forma consumada é
que ele próprio impediu que o crime se consumasse.
Sobre a natureza jurídica da Ponte de Ouro, ela entra como Excludente de
Tipicidade, porque se ocorrer qualquer um dos dois institutos, a conduta
do agente sai de um tipo penal pro outro (nos exemplos de cima, mudou
de Homicídio Tentado pra Lesão Corporal e de Homicídio Consumado
pra Homicídio Tentado).
Eu já falei demais, mas já que entra no assunto, vamos falar rapidinho da
Ponte de Prata: é parecida, só que nela entra o instituto do
Arrependimento Posterior (art. 16 do CP), que atinge somente os crimes
sem violência/grave ameaça (um furto, por exemplo). No arrependimento
posterior, o agente já fez tudo, já até consumou o crime, mas se
arrependeu depois e reparou o dano/restituiu a coisa, então ele faz jus a
uma minorante de 1/3 a 2/3 na pena!
A Ponte de Prata fica então assim:

Observação importante: A Ponte de Prata tem natureza jurídica


de diminuição de pena, que influi apenas na terceira fase da dosimetria
(depois faço um post falando de dosimetria da pena).
Observação importante 2: o agente tem que reparar o dano ou restituir a
coisa antes do recebimento da denúncia (ato do juiz). O Código também
fala que deve ser por ato voluntário do agente, e não espontâneo (ou seja,
ele pode ser convencido a fazer isso por alguém, só não pode ser forçado.
Ainda será considerado ato voluntário).

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