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ÍNDICE
PAGINA
Folha de Rosto.......................................................................................................... I
Ato de Aprovação..................................................................................................... II
Folha de Registro de Alterações............................................................................... III
Índice......................................................................................................................... IV
Introdução................................................................................................................. X
OSTENSIVO IV ORIGINAL
OSTENSIVO CAAML 1206
CAPÍTULO 3 - HEMORRAGIA
3.1 – Conceito............................................................................................... 3-1
3.2 – Generalidades....................................................................................... 3-1
3.3 - Vasos sangüíneos.................................................................................. 3-2
3.4 – Classificação da hemorragia quanto a localização............................... 3-2
3.4.1 - Hemorragia externa.................................................................. 3-2
3.4.2 - Hemorragia interna................................................................... 3-2
3.5 - Classificação da hemorragia quanto ao tipo do vaso rompido............. 3-2
3.5.1 - Hemorragia arterial................................................................... 3-2
3.5.2 - Hemorragia venosa................................................................... 3-3
3.5.3 - Hemorragia capilar................................................................... 3-3
3.6 - Conseqüências das hemorragias........................................................... 3-3
3.7 - Sinais e sintomas .................................................................................. 3-3
3.8 - Tratamento da hemorragia.................................................................... 3-4
3.8.1 - Tratamento da hemorragia interna............................................ 3-4
3.8.2 - Tratamento da hemorragia externa........................................... 3-4
3.9 - Tipos especiais de hemorragias............................................................ 3-7
3.9.1 – Hemoptise................................................................................ 3-7
3.9.2 – Hematêmese............................................................................. 3-8
3.9.3 – Epistaxe.................................................................................... 3-8
CAPÍTULO 5 - ASFIXIA
5.1 – Generalidades....................................................................................... 5-1
5.2 - Causas da asfixia................................................................................... 5-1
5.2.1 - Obstrução de vias aéreas.......................................................... 5-2
5.2.2 - Insuficiência de oxigênio no ar................................................ 5-2
5.2.3 - Paralisia do centro respiratório................................................. 5-2
5.2.4 - Compressão do tórax................................................................ 5-2
5.3 - Obstrução de vias aéreas por corpo estranho em vítimas consciente... 5-3
5.4 - Manobras para desobstrução de VA causada por corpo estranho......... 5-3
5.4.1 - Golpes dorsais.......................................................................... 5-3
5.4.2 - Compressões abdominais......................................................... 5-3
5.5 - Respiração artificial.............................................................................. 5-5
5.5.1 - Ventilação boca-a-boca............................................................ 5-6
CAPÍTULO 6 - RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
6.1 – Conceito............................................................................................... 6-1
6.2 - Causas de parada cardiopulmonar........................................................ 6-1
a) Causas primárias.................................................................. 6-1
OSTENSIVO V ORIGINAL
OSTENSIVO CAAML 1206
CAPÍTULO 7 – AFOGAMENTO
7.1 – Conceito............................................................................................... 7-1
7.2 - Tipos de afogamento............................................................................. 7-1
7.3 - Natureza do líquido........................................................................ 7-1
7.4 - Mecanismo do afogamento............................................................ 7-2
7.5 - Classificação clínica e conduta na fase aguda do afogamento...... 7-2
7.5.1 - Grau I.......................................................................................... 7-2
7.5.2 - Grau II......................................................................................... 7-2
7.5.3 - Grau III....................................................................................... 7-3
7.5.4 - Grau IV Nível ª........................................................................... 7-3
7.5.5 - Grau IV Nível B.......................................................................... 7-4
CAPÍTULO 8 – TRAUMATISMOS
8.1 – Classificação........................................................................................ 8-1
8.1.1 - Classificação das feridas............................................................. 8-1
a) Quanto ao tempo.................................................................. 8-1
b) Quanto ao objeto causador.................................................. 8-1
c) Quanto ao caminho percorrido pelo agente físico............... 8-1
8.2 - Tratamento das feridas.......................................................................... 8-3
8.2.1 - Cicatrização por primeira intenção............................................. 8-3
8.2.2 - Cicatrização por segunda intenção............................................. 8-3
8.2.3 - Cicatrização por terceira intenção............................................... 8-3
8.3 – Particularidades de alguns tipos especiais de feridas........................... 8-3
8.3.1 - Feridas com objetos fixados ao corpo......................................... 8-3
8.3.2 - Feridas penetrantes de tórax....................................................... 8-4
8.3.3 - Ferida abdominal com evisceração............................................. 8-4
OSTENSIVO VI ORIGINAL
OSTENSIVO CAAML 1206
CAPÍTULO 10 - QUEIMADURAS
10.1 – Conceito............................................................................................. 10-1
10.2 - Classificação das queimaduras........................................................... 10-1
10.2.1 - Quanto a profundidade.............................................................. 10-1
a) Queimaduras de 1º grau....................................................... 10-1
b) Queimaduras de 2º grau....................................................... 10-1
c) Queimaduras de 3º grau....................................................... 10-2
10.2.2 - Quanto a extensão..................................................................... 10-3
10.2.3 - Quanto a localização anatômica............................................... 10-3
10.3 - Cuidados a serem observados com a vítima de queimadura............... 10-4
CAPÍTULO 14 – IMOBILIZAÇÕES
14.1 – Generalidades..................................................................................... 14-1
14.2 - Regras para imobilização.................................................................... 14-1
14.3 - Materiais utilizados na imobilização.................................................. 14-2
14.4 - Técnica de imobilização..................................................................... 14-3
OSTENSIVO IX ORIGINAL
OSTENSIVO CAAML 1206
INTRODUÇÃO
1 – PROPÓSITO
Estabelecer, padronizar e consolidar os procedimentos para administração de
primeiros socorros, no ambiente pré-hospitalar.
2 – DESCRIÇÃO
O CAAML - 1206 está dividido em 18 capítulos: no capítulo 1 são apresentados
características fundamentais ao socorrista; no capítulo 2 é descrita uma sequência
padronizada de procedimentos que visam a eliminação de possíveis riscos encontrados
na cena do acidente e o atendimento a vítima; nos capítulos 3 a 18 são apresentados os
diversos tipos de traumas, procedimentos e intervenções adotadas especificamente a
cada situação.
3 – CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA 411 - Manual de Publicações da
Marinha, em PMB, não controlada, ostensiva, técnica e manual.
4 – SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação, em conjunto com as publicações CAAML 1201, 1202, 1203, 1204 e
1205 substitui o CAAML 1221 – Manual de Controle de Avarias e o CAAML 1222 –
Normas de Controle de Avarias, editados em 2001.
5 – ALTERAÇÃO DA PUBLICAÇÃO
Sugestões de alteração ou dúvidas sobre a publicação deverão ser encaminhadas para a
caixa postal 12 @ CALEAO.MB.
OSTENSIVO X MOD.nº 1
OSTENSIVO CAAML 1206
CAPITULO 1
PRIMEIROS SOCORROS
1.1 - Conceito
É o tratamento imediato e provisório ministrado a uma vítima de trauma ou doença, fora
do ambiente hospitalar, com o objetivo de, prioritariamente, evitar o agravamento das
lesões ou até mesmo a morte, e estende-se até que a vítima esteja sob cuidados médicos.
1.2 - Generalidades
Todos a bordo devem estar habilitados a prestar atendimento de Primeiros Socorros em
situações de emergência.
Em combate, existem alguns militares, especialmente treinados e qualificados a prestar
os primeiros socorros, distribuídos em diversas estações de bordo, e são conhecidos
como socorristas. Porém, a existência desses militares não exime a tripulação em geral
de saber os princípios básicos de primeiros socorros para aplicá-los em eventos
emergenciais, iniciando o tratamento de lesões no próprio corpo ou realizando uma
avaliação inicial de outro acidentado até a chegada de auxílio especializado.
1.3 - O Socorrista
O socorrista é um profissional habilitado e treinado em atendimento médico de
emergência, que tem por objetivo prestar assistência médica inicial à acidentados. O
treinamento e preparação do socorrista é muito importante pois é muito triste ver uma
vida que se perde, especialmente se ocorre por que os cuidados prestados não foram
suficientes, ou aplicados demasiadamente tarde. Para um acidentado com uma lesão
severa, cada minuto é essencial. Estudos realizados mostram que quando uma vítima de
acidente tem acesso a um atendimento mais especializado na primeira hora após o
trauma, sua taxa de sobrevivência aumenta em aproximadamente 85%, o que nos leva a
entender que cada minuto é demais precioso para a vítima.
Lembre-se, você estará utilizando minutos importantes para cada ato realizado antes
do tratamento definitivo, o que significa que cada ação deve ter o propósito de salvar a
vida. Para isto, devemos desenvolver o hábito de tratar todo paciente de trauma de
maneira planejada e com caráter lógico e seqüencial.
Sendo a primeira pessoa a se deparar com um acidentado, você é uma peça
importantíssima no sucesso do tratamento. O prognóstico do paciente dependerá da
velocidade, conhecimento e habilidades de suas ações. O momento crítico, para a
vítima, começa no momento em que esta lesiona-se e não no momento em que
chegamos ao local.
Veremos a seguir os principais aspectos a serem considerados para função de um
socorrista.
1.3.1 - Iniciativa
Às vezes, diante de cenas que não estamos acostumados a ver, ficamos estarrecidos ou
mesmo sem ação. Há uma tendência natural das pessoas se aproximarem de um
acidente, movidas pela curiosidade, sem se disponibilizarem a fazer algo,. talvez pelo
despreparo e falta de conhecimento. Com base nos conhecimentos adquiridos, desde
os primeiros momentos de nossa carreira, devemos e podemos nos voluntariar a agir
em prol da vida de um companheiro.
1.3.2 - Preparo
Para agirmos com confiança é imprescindível que tenhamos conhecimentos e prática
para realizar os procedimentos necessários. O objetivo de nosso curso é exatamente
este: prepará-lo para, quando necessário, pôr em prática os conhecimentos que podem
fazer a diferença entre a vida e a morte.
1.3.3 - Poder de Improvisação
Nem sempre teremos à nossa disposição os materiais tidos como “clássicos”, ou seja,
aqueles apropriados para o atendimento a acidentados. Haverá ocasiões em que
teremos que improvisar usando objetos que podem ser adaptados com segurança. Estes
últimos são tidos como material de “fortuna”, o que deverá ser abordado nos
adestramentos e cursos, sempre que possível.
1.3.4 - Não esperar reconhecimento
Em primeiros socorros, devemos atuar exclusivamente pelo valor que uma vida
possui. Não devemos esperar reconhecimento, principalmente por que, na maioria das
vezes, ele não vem e poderemos nos tornar frustrados, se agirmos com este intuito.
CAPÍTULO 2
AVALIAÇÃO INICIAL NO TRAUMA
antes de atuar! Caso haja perigo iminente no local, deverá ser adotado o
procedimento de extricação rápida, ou seja, retirada rápida da vítima do local do
acidente, observando, se possível, os padrões mínimos de segurança para a vítima.
2.1.3 - Bio-proteção
O socorrista não pode se transformar em uma nova vítima. Todas as precauções
devem ser tomadas durante o exame e a manipulação da vítima para
evitar lesões corporais ao socorrista ou sua contaminação por agentes biológicos ou
substâncias tóxicas.
O socorrista deve sempre fazer uso de luvas de procedimentos durante a manipulação
da vítima, devido ao risco de contaminação com vírus como o da hepatite B, AIDS e
outros. Os óculos de proteção e as máscaras ou protetores faciais são fundamentais
quando do atendimento de politraumatizados graves com hemorragias, principalmente
em vias aéreas.
e/ou outras drogas podem alterar o nível de consciência do paciente, o que não
significa a inexistência de uma lesão mais séria. Não se deixe enganar!
No entanto, se o paciente não responde ou está impossibilitado de falar, devemos
iniciar a avaliação adicional conhecida como “ABC”, que trataremos a seguir
2.2.2 - Avaliação e Manutenção de Vias Aéreas com Proteção da Coluna Cervical (o “A”
do “ABC”)
Durante o exame primário do doente traumatizado, as vias aéreas devem ser avaliadas
em primeiro lugar para assegurar sua permeabilidade, tomando o cuidado para que as
manobras realizadas sejam feitas com a proteção da coluna cervical.
O líder da turma de socorrista deverá designar um socorrista para estabilizar o pescoço
da vítima em posição neutra. Havendo dor ou resistência ao seu alinhamento,
estabilizá-lo na posição que se encontrar. Este socorrista, encarregado desta tarefa,
somente poderá ser liberado após aplicado um dispositivo adequado de
estabilização cervical. Somente podemos considerar uma coluna cervical
imobilizada após o acidentado estar sobre uma maca rígida, fazendo uso de
imobilizador de cabeça.
Estando a vítima inconsciente, abra sua boca a procura de objetos estranhos que
possam obstruir a passagem de ar para os pulmões, como prótese dentária deslocada,
dentes quebrados, balas, etc. A principal causa de asfixia em vítimas inconscientes
é a obstrução pela própria língua.
Lembre-se: uma vítima não poderá respirar se suas vias aéreas não forem
desobstruídas.
Figura 2.1
A manobra para abertura das vias aéreas, revertendo a condição de obstrução pela
língua, pode ser realizada de dois modos:
Figura 2.2
Figura 2.3
Inspeção:
• Deformidade D
• Contusão C
• Abrasão A
• Penetração P
• Queimadura Q
• Laceração L
• Edema E
Palpação:
• Sensibilidade S
• Instabilidade I
• Crepitação C
• Pulso P
• Motricidade M
O exame da cabeça aos pés consiste em uma avaliação mais detalhada, seguindo uma
seqüência lógica, ou seja, iniciando pelas partes mais nobres do corpo.
a) Cabeça
Traumas no crânio podem passar desapercebidos pelo fato dos cabelos poderem
esconder as lesões. Apalpe toda superfície com as pontas dos dedos e observe a
drenagem de sangue ou líquidos pelos ouvidos ou nariz. Observe ainda o diâmetro,
simetria e fotorreação das pupilas.
Traumatismos faciais podem estar associados a obstrução de vias aéreas devido a
edemas e sangramentos. Caso contrário, só devem ser tratados após completa
estabilização do doente, ou seja, após observadas as lesões que trazem riscos de vida.
Fique atento!
b) Coluna Cervical e Pescoço
Vítimas com trauma na cabeça devem ser considerados como portadores de lesão
instável de coluna cervical (fraturas e/ou lesões de ligamentos), e seu pescoço deve ser
imobilizado e cuidadosamente examinado. A ausência de déficit neurológico não
exclui a possibilidade de lesão cervical. 20% das vítimas com traumas na coluna
chegam andando ao hospital.
Em vítimas que fazem uso de dispositivo de proteção de cabeça (capacete) deverão ser
observados cuidados adicionais quando da retirada.
c) Tórax
Por possuir em seu interior órgãos de extrema importância, devemos ser minuciosos à
procura de sinais de lesões internas. Havendo qualquer dificuldade com a respiração,
faça revisão da inspeção em busca de sensibilidade ao tato e instabilidade. Lesões no
tórax normalmente são muito graves exigindo decisões rápidas. O socorrista terá suas
ações limitadas a fazer um curativos de três pontas em perfurações, fixar objetos
empalados, estabilizar um seguimento instável, oferecer oxigênio se disponível e
assistir a ventilação.
d) Abdome
Rapidamente exponha, observe e apalpe o abdome em busca de dor e sensibilidade ao
tato, bem como aos sinais já descritos anteriormente. Dor à palpação e distensão
abdominal podem sugerir lesões internas importantes que deverão ser avaliadas o
quanto antes por um serviço médico.
e) Pelve
Examine de maneira rápida a pelve. Uma fratura nesta área poder conter uma
volumosa hemorragia, pelo fato da pelve possuir grande quantidade de medula óssea
vermelha (tecido formador de sangue) em sua superfície. Fique atento aos sinais de
hemorragia e verifique se há instabilidade neste seguimento.
f) Membros Inferiores e Superiores
Comece examinando os membros inferiores seguido pelos superiores. Faça uma busca
a procura dos sinais citados anteriormente, observando a simetria entre eles e ainda
apalpe-os em busca de crepitação. Verifique se existe pulsação, função motora,
sensibilidade e esteja atento aos sinais de insuficiência circulatória. Por ocasião do
exame dos membros superiores, não esqueça de observar as axilas.
g) Dorso
É comum encontrar socorristas que não atentam para esta etapa do exame, deixando-a
passar despercebida. Para examinar esta área, você deverá movimentar a vítima como
um todo, ou seja, em bloco, lateralizando-a, o que se torna muito difícil quando se está
só. Deve-se aproveitar este momento para transferir a vítima para uma maca ou
prancha previamente preparada por um dos socorristas auxiliares.
A avaliação secundária nada mais é que revisar todos os pontos observados por ocasião
da avaliação primária, sendo que de uma maneira mais detalhada. Devemos ainda
observar os seguintes pontos:
2.4.1 - Registro
O registro meticuloso com documentação cronológica de todos os eventos é muito
importante para que a equipe médica que irá realizar o tratamento definitivo tenha uma
idéia das causas e possíveis patologias associadas as lesões do acidentado.
O registro deverá conter dados como, o local , o mecanismo do acidente, a posição do
acidentado, seu estado ao ser encontrado, a evolução do doente durante o atendimento,
dados pessoais (nome, tipo sanguíneo, fator Rh) e os sinais vitais básicos (pulso,
respiração e pressão arterial) que devem ser verificados da maneira correta.
2.4.2 - Obtenha um breve histórico da lesão ou trauma
Faça sua observação pessoal; indague aos transeuntes; obtenha informações sobre os
sintomas iniciais da vítima; questione sobre uso de algum medicamento; se possui
alguma enfermidade prévia; e quando foi sua última alimentação (se sólida ou
líquida). Um outro membro da equipe pode se encarregar desta tarefa. Para facilitar
este procedimento, utilizamos a sigla SAMPLE que significa:
S – Sintomas
A – Alergia
M- -Medicamentos
P – Patologias prévias
L – Liquidos/alimentos
E – Eventos que antecederam o trauma
2.4.3 - Reavaliação
Monitorize e reavalie continuamente o paciente, se necessário inicie novamente o
“ABC” uma segunda vez. Em caso de apresentar ou evoluir para uma situação crítica
de trauma, descrita anteriormente, transporte-o imediatamente.
Sempre que possível ofereça oxigênio à vítima. Lembre-se: “Vítima de trauma é
igual a O2”.
AVALIAÇÃO
PRIMÁRIA
HÁ SEGURANÇA
NO LOCAL ?
SIM NÃO
MECANISMO ESTRICAÇÃO
DE TRAUMA RÁPIDA
NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA
INCONSCIENTE CONSCIENTE
ESTABILIZAR ESTABILIZAR
COLUNA COLUNA
VERTEBRAL VERTEBRAL
"A"
VIAS AÉREAS
"B"
RESPIRAÇÃO
"C"
CIRCULAÇÃO
TRATAR
HEMORRAGIAS
ARTERIAIS
EXAME DA
VÍTIMA
MOVIMENTAÇÃO
PARA MACA
CAPÍTULO 03
HEMORRAGIA
3.1 - Conceito ..........................................................................................................................3-1
3.2 - Generalidades ..................................................................................................................3-1
3.3 - Vasos sangüíneos ............................................................................................................3-2
3.4 - Classificação da hemorragia quanto a localização ..........................................................3-2
3.4.1 - Hemorragia externa ......................................................................................................3-2
3.4.2 - Hemorragia interna.......................................................................................................3-2
3.5 - Classificação da hemorragia quanto ao tipo do vaso rompido........................................3-2
3.5.1 - Hemorragia arterial ......................................................................................................3-2
3.5.2 - Hemorragia venosa.......................................................................................................3-3
3.5.3 - Hemorragia capilar.......................................................................................................3-3
3.6 - Conseqüências das hemorragias......................................................................................3-3
3.7 - Sinais e sintomas .............................................................................................................3-3
3.8 - Tratamento de uma hemorragia.......................................................................................3-4
3.8.1 - Tratamento da hemorragia interna ...............................................................................3-4
3.8.2 - Tratamento da hemorragia externa...............................................................................3-4
3.9 - Tipos especiais de hemorragias.......................................................................................3-7
3.9.1 - Hemoptise.....................................................................................................................3-7
3.9.2 - Hematêmese .................................................................................................................3-8
3.9.3 - Epistaxe ........................................................................................................................3-8
3.1 - Conceito
É o derramamento de sangue para fora dos vasos que devem contê-lo.
3.2 - Generalidades
Sendo utilizado para transportar oxigênio, nutrientes para as células, bem como gás
carbônico e outras excretas para os órgãos de eliminação, o sangue constitui-se como o
meio de inquestionável importância, tanto na respiração, nutrição e excreção, como na
regulação corpórea, transportando hormônios, água e sais minerais para a manutenção
de seu equilíbrio.
O volume circulante em um adulto varia em torno de 5 a 6 litros, levados em conta a
relação de 70ml por Kg de peso corporal, o que corresponde, por exemplo, a 4.900ml de
sangue em uma pessoa de 70Kg.
Havendo uma diminuição brusca do volume circulante, como a que ocorre em uma
grande hemorragia, o coração poderá ter sua ação como bomba comprometida, o que
chegando a determinados níveis, levará a vítima a um colapso circulatório, podendo
resultar em morte.
Figura 3.1
Observações:
Ao realizar uma compressão direta, fazer o uso de luvas de procedimentos,
evitando assim o contato direto com o sangue da vítima.
Atente para o pulso distal para que a compressão não venha comprometer a
circulação dos tecidos vizinhos. Caso isto ocorra, a compressão exercida deverá
ser diminuída.
Figura 3.2
Figura 3.3
Observação:
A aplicação de pressão sobre uma determinada artéria deve ser vista como uma medida
drástica, que somente deve ser utilizada após os recursos de compressão direta (com ou sem
elevação de membros) não terem sido eficazes.
d) Torniquete - A real necessidade do uso deste método deve ser considerada por se tratar
de um procedimento extremo de último recurso para controlar uma hemorragia grave,
pelos riscos que o cercam. Muitas vezes um curativo compressivo é a melhor opção.
Em uma situação onde ocorra uma amputação traumática, o sangramento pode ser pequeno,
ao contrário do que se espera, pois a artéria envolvida entra em constricção pela ação reflexa
dos nervos simpáticos. Tal fato justifica o uso da compressão direta ao invés de um
torniquete. Sendo inevitável o uso deste procedimento, ou seja, após todos os métodos
citados anteriormente falharem, o socorrista deverá estar atento aos cuidados que envolvem
esta técnica, pois, quando mal realizada, poderá induzir a uma eventual perda do membro
afetado, quando não se tratar de amputação total. Os cuidados são:
• O torniquete deverá ser aplicado entre o ferimento e o coração a uma distância de
aproximadamente 5 cm da lesão.
• Deve-se posicionar um pacote de curativo ou um rolo de pano sobre a artéria a ser
comprimida.
• Utilize um cinto longo, gravata, meia ou outro material que não venha provocar
estrangulamento dos membros, para envolver o local dando um nó sobre o pacote de
curativo.
• Improvise uma haste firme, como um pedaço de madeira ou barra de metal (canetas e lápis
podem se quebrar facilmente) que deve ser colocada sobre o nó onde será aplicado um
outro.
• Gire a haste até que o sangramento pare, fixando-a convenientemente.
• Não solte ou alivie o torniquete até a chegada ao hospital.
• Registre o horário de aplicação do torniquete em local visível., se possível na própria
vítima (exemplo: TQ – 13:20).
• Não cubra o torniquete para que não passe despercebido pelos que darão continuidade aos
cuidados prestados ao paciente.
Figura 3.4
3.9 - Tipos especiais de hemorragias
3.9.1 - Hemoptise
Tipo de hemorragia proveniente do pulmão, caracterizada por acesso de tosse com
eliminação de sangue vermelho rutilante e espumoso por meio de golfadas, onde
deverão ser observados os seguintes procedimentos:
• Coloque a vítima em repouso e recostada
• Acalme-a; não a deixe falar
• Procure auxílio médico
3.9.2 - Hematêmese
Hemorragia proveniente do estômago, manifestando-se através de enjôo, náuseas,
vômitos com sangue tipo “borra de café” e palidez, onde deverão ser observados os
seguintes procedimentos:
• Deite o paciente de costas
• Aplique gelo ou compressas geladas na altura do estômago
• Procure auxílio médico
3.9.3 - Epistaxe
Conhecido como sangramento nasal, onde deverão ser observados os seguintes
procedimentos:
• Sente o paciente com a cabeça para trás
• Aperte a narina que sangra durante cinco minutos
• Aplique compressas geladas ou saco de gelo sobre o nariz
CAPÍTULO 4
ESTADO DE CHOQUE
4.1 - Conceito:................................................................................................................4-1
4.2 - Principais causas do Estado de Choque.................................................................4-1
a) Choque hipovolêmico ......................................................................................4-1
b) Choque cardiogênico .......................................................................................4-1
c) Choque por vasodilatação ................................................................................4-1
4.3 - Sinais e sintomas do Estado de Choque.................................................................4-2
4.4 - Primeiros socorros prestados ao paciente chocado................................................4-2
4.1 - Conceito:
É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular de prover
circulação sangüínea suficiente para os órgãos. O fluxo sangüíneo que chega aos
tecidos periféricos é inadequado para manter a vida tissular. Para que a célula humana
receba o oxigênio, através do sangue, necessita de três elementos: o coração, os vasos
sangüíneos (veias, artérias e capilares) e o sangue. Quando temos uma bomba cardíaca
normal, estando os vasos sangüíneos íntegros e o sangue na sua quantidade e
viscosidade normal, dizemos que o organismo encontra-se num estado de equilíbrio e
boa vitalidade orgânica.
Obs.: não confundir com reação somática decorrente, geralmente, de severa descarga
emocional como as que ocorrem nos sustos, notícias desagradáveis, medo, etc.
CAPÍTULO 5
ASFIXIA
5.1 - Generalidades
Uma pessoa que parou de respirar não está necessariamente morta, mas está
em perigo imediato. O coração pode continuar batendo ainda por algum
tempo após a parada respiratória. O cérebro pode suportar alguns minutos
sem receber oxigenação, período de tempo que varia de acordo com as
circunstâncias. Portanto, por um prazo de alguns minutos, há chances de
salvar a vida da vítima. A importância desta situação justifica sua inclusão,
com papel de destaque, na avaliação primária de trauma. Quando a vítima
deixa de receber um suprimento mínimo necessário de oxigênio (O2), ocorre
uma asfixia.
Figura 5.1
5.4 - Manobras para desobstrução de vias aéreas causada por corpo estranho
Existem algumas manobras a serem utilizadas pelo socorrista ao se deparar com
uma vítima que apresente uma obstrução de vias aéreas. São elas:
Figura 5.2
Caso o paciente com obstrução nas vias aéreas esteja inconsciente ou entrando
no estado de inconsciência, posicioná-lo deitado e realizar a manobra ajoelhado
ao seu lado.
Figura 5.3
Observações:
Pode acontecer o caso da vítima sofrer edema das vias aéreas, como o que
ocorre no caso de algumas queimaduras de face, ou como resultado de doenças
ou lesões traumáticas. Nestes casos, em que há impossibilidade de respirar,
uma das alternativas é a cricotireoidotomia, um procedimento médico.
Uma forma ideal para eliminar a possibilidade de obstrução de vias aéreas pela
própria língua, é fazer uso da “Cânula de Guedel”, também conhecida como
Tubo de Mayo, conforme figura abaixo.
Figura 5.4
5.5 - Respiração artificial
Quando executada a abertura das vias aéreas, o paciente ainda não apresentar
respiração, será necessário instituir uma ventilação sob pressão positiva. Ventilar
é insuflar ar nos pulmões.
A ventilação é feita com o ar exalado pelo socorrista, que contém
aproximadamente 16% de oxigênio, que é uma concentração menor que a do ar
atmosférico, que possui 21%.
As manobras de ventilação, sempre que possível, devem ser realizadas
obedecendo os critérios de proteção individual, devido aos riscos a que se expõe o
socorrista.
Figura 5.5
Observações:
Parte do ar utilizado para a respiração artificial segue o caminho do esôfago,
produzindo a distensão do estômago, situação que só será revertida caso venha a
interferir na respiração, como acontece nos casos em que a vítima vomita,
correndo o risco de broncoaspirar as secreções.
O socorrista deverá estar monitorando a freqüência cardíaca pois, persistindo a
parada respiratória, a situação evoluirá para uma parada cardiopulmonar,
situação que trataremos a seguir.
CAPÍTULO 6
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
6.1 - Conceito ..........................................................................................................................6-1
6.2 - Causas de parada cardiopulmonar...................................................................................6-1
6.3 - Sinais de parada cardiopulmonar ....................................................................................6-2
6.4 - Conseqüências da parada cardiopulmonar ......................................................................6-2
6.5 - Posicionamento da vítima ...............................................................................................6-2
6.6 - Posicionamento do socorrista..........................................................................................6-2
6.7 - Posição das mãos do socorrista .......................................................................................6-3
6.8 - Técnica da Ressuscitação Cardiopulmonar.....................................................................6-3
6.9 - Reavaliação .....................................................................................................................6-4
6.10 - Interrupção da RCP .......................................................................................................6-4
6.1 - Conceito
Ressuscitação Cardiopulmonar, ou RCP, é um procedimento de emergência aplicado
quando as atividades do coração e do pulmão param.
Socorristas do mundo inteiro têm salvo incontáveis vidas utilizando este procedimento.
É pouco provável que você tenha a oportunidade de realizar a RCP, porém, se a ocasião
aparecer, saber o que fazer pode representar a diferença entre a vida e a morte para o
paciente.
Figura 6.1
6.9 - Reavaliação
• Verificar pulso carotídeo após um minuto de RCP e depois a cada três minutos
• Sendo a pulsação restaurada, verificar a eficácia da respiração
• Respiração presente: administrar oxigênio suplementar, se disponível, e observar o
paciente
• Respiração ausente: manter a ventilação com a freqüência de 12/min com oxigênio
suplementar, se disponível
• Se pulso ausente, reiniciar a RCP.
CAPÍTULO 7
AFOGAMENTO
7.1 - Conceito .......................................................................................................7-1
7.2 - Tipos de afogamento ....................................................................................7-1
7.3 - Natureza do líquido .....................................................................................7-1
7.4 - Mecanismo do afogamento ..........................................................................7-2
7.5 - Classificação clínica e conduta na fase aguda do afogamento.....................7-2
7.5.1 - Grau I (discreta gravidade)........................................................................7-2
7 5 2 - Grau II (moderada gravidade) ...................................................................7-2
7.5.3 - Grau III (grave) .........................................................................................7-3
7.5.4 - Grau IV (gravíssimo) nível “A”. ...............................................................7-3
7.5.5 - Grau IV (gravíssimo) nível “B”. ...............................................................7-4
7.1 - Conceito
Trata-se de uma insuficiência respiratória aguda causada pela penetração de
líquido no aparelho respiratório. É uma forma de asfixia obstrutiva, sendo a
prevenção o principal meio de redução de casos de afogamentos em crianças
e adultos jovens.
CAPÍTULO 8
TRAUMATISMOS
8.1 - Classificação....................................................................................................................8-1
8.1.1 - Classificação das feridas: .............................................................................................8-1
8.2 - Tratamento das feridas ....................................................................................................8-3
8.2.1 - Cicatrização por 1ª intenção.........................................................................................8-3
8.2.2 - Cicatrização por 2ª intenção.........................................................................................8-3
8.2.3 - Cicatrização por 3ª intenção.........................................................................................8-3
8.3 - Particularidades de alguns tipos especiais de feridas ......................................................8-3
8.3.1 - Feridas com objetos fixados ao corpo ..........................................................................8-3
8.3.2 - Ferida penetrante de tórax ............................................................................................8-4
8.3.3 Ferida abdominal com evisceração.................................................................................8-4
8.1 - Classificação
Podemos classificar os traumatismos como:
• Contusão – Não há rompimento da pele; encontramos dor e inchaço local.
• Escoriação – São lesões provocadas pela fricção com uma superfície áspera, havendo
uma solução de continuidade da epiderme (arranhão).
• Feridas – São lesões em que há rompimento dos tecidos.
Figura 8.1
Figura 8.2
CAPÍTULO 9
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
9.1 - Generalidades ..................................................................................................................9-1
9.2 - Lesão de couro cabeludo .................................................................................................9-1
9.3 - Fraturas de crânio ............................................................................................................9-1
9.4 - Lesões cerebrais ..............................................................................................................9-2
9.5 - Avaliação e intervenções pré-hospitalares ......................................................................9-2
9.1 - Generalidades
Conhecidos como TCE, são as principais causas de óbitos nas vítimas de acidentes
automobilísticos, compreendendo uma faixa etária entre 15 e 24 anos. Outras causas
são a violência, os acidentes de trabalho e os desportivos.
Os traumatismos da cabeça podem envolver, isoladamente ou em qualquer combinação,
o couro cabeludo, crânio e encéfalo. Estes, quando não levam a morte, podem causar
seqüelas graves, incompatíveis com a vida produtiva.
Sendo este assunto potencialmente vasto e complexo, nosso objetivo é traçar uma linha
de ação que vise manter a vítima com vida, atenuando possíveis seqüelas, até que se
encontre sob cuidados médicos específicos.
Observações:
• A anisocoria é um sinal de lesão cerebral grave com possível indicação de cirurgia.
• A midríase bilateral fixa (pupilas não fotorreagentes) indica hipóxia cerebral.
Anisocoria Midríase
Figura 9.1
CAPÍTULO 10
QUEIMADURAS
10.1 - Conceito
Queimadura é uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo por
agentes térmicos, produtos químicos, radiação ionizante, etc.
A pele tem por finalidade a proteção do corpo contra invasão de microrganismos, a
regulação da temperatura do organismo através da perda de água para o exterior e a
conservação do líquido interno. Desta forma, uma lesão produzida no tecido
tegumentar (pele) irá alterar em maior ou menor grau estes mecanismos, dependendo
da sua extensão (área queimada) e da sua profundidade (grau de queimadura). Poderá
ainda ser decisivo para a constatação da gravidade de uma vítima, a localização
anatômica da queimadura.
Figura 10.1
Figura 10.2
Nota:
Como sabemos, nem sempre a queimadura se apresenta de forma que possamos calcular
a área queimada utilizando a regra dos nove. Para tanto, podemos realizar a mensuração
da queimadura usando a palma da mão da vítima (sem os dedos) que corresponde a 1%
da SCQ.
De uma forma geral, será considerado um grande queimado todo adulto que tiver um
comprometimento de 15% ou mais de superfície corporal queimada.
CAPÍTULO 11
CHOQUE ELÉTRICO
11.1 - Generalidades ..............................................................................................................11-1
11.2 - Condutas gerais ...........................................................................................................11-1
11.1 - Generalidades
Os danos resultam dos efeitos da corrente elétrica e da conversão desta em calor
durante a passagem pelos tecidos. A severidade do trauma depende do tipo de
corrente,da magnitude da energia aplicada, resistência, duração do contato e caminho
percorrido pela eletricidade. A corrente de alta tensão geralmente causa danos mais
graves, porém lesões fatais podem ocorrer mesmo com a baixa voltagem das
residências.
A corrente alternada é mais perigosa que a corrente contínua de mesma intensidade. O
contato com a corrente alternada pode causar contrações da musculatura esquelética
que impedem que a vítima se libere da fonte de eletricidade e prolongando assim a
duração da exposição à corrente.
A PCR é a principal causa de óbito após a lesão elétrica, podendo ocorrer parada
respiratória causada pela passagem da corrente pelo cérebro, levando à inibição da
função do centro respiratório, com consequente paralisia dos músculos respiratórios.
Podem ocorrer queimaduras, principalmente nas extremidades por terem menor
diâmetro e resultarem num maior fluxo de corrente. Podemos citar ainda as lesões
secundárias causadas pela queda ou projeção da vítima contra superfícies rígidas.
CAPÍTULO 12
SÍNDROMES HIPERTÉRMICAS/CONGELAMENTO
12.1.1 - Generalidades
Diz-se que há hipertermia quando a temperatura corporal é superior a 37,2º C.
Quando esta é maior que 40º C, podem ocorrer as síndromes de lesão pelo calor.
Sendo ainda maior que 41º C, indica um mau prognóstico. Ocorre quando o
principal mecanismo de perda de calor (evaporação do suor) está bloqueado. Nas
síndromes de lesão pelo calor, ocorre freqüentemente falência de múltiplos sistemas,
associada a significativas taxas de morbidade e mortalidade. Muitas vezes, pacientes
com doenças causadas pelo calor precisam ser internados em Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
O espasmo doloroso dos principais grupos musculares é característico das câimbras
pelo calor. Estas são vistas tipicamente em atletas ou trabalhadores jovens, não
aclimatados, que se exercitam excessivamente num clima quente. Os pacientes
queixam-se de náuseas, vômitos e fadiga, além de câimbras musculares, podendo
ocorrer alterações no nível de consciência. O início dos sintomas ocorre geralmente
algumas horas depois de o paciente ter sido submetido aos fatores que acarretam a
síndrome.
Há dois tipos principais de lesão pelo calor: a insolação, que é um estado em que
ocorre uma súbita elevação da temperatura corporal, em conseqüência de uma ação
prolongada dos raios solares diretamente sobre o indivíduo e a intermação, que é o
estado decorrente da ação indireta do calor sobre o indivíduo, elevando a temperatura
corporal.
Além da temperatura elevada, a umidade do ar, os exercícios físicos excessivos e a
alimentação exagerada, representam outros fatores que contribuem para a instalação
de uma Síndrome Hipertérmica.
12.1.3 - Tratamento
O objetivo principal do tratamento é a redução da temperatura corporal, evitando
danos cerebrais e até mesmo a morte. Atente para:
• Colocar a vítima em local fresco e arejado
• Afrouxar as roupas da vítima (há casos em que despir o paciente será mais eficaz)
• Utilizar compressas frias visando baixar a temperatura corporal
• Erguer as pernas da vítima ou manter a cabeça mais baixa que o nível do corpo
• Encaminhamento para avaliação médica, caso as medidas acima não surtam efeito
12.2 - Congelamento
É a exposição ao frio seco, ou seja, aquele que atinge temperaturas inferiores à
de congelamento, produzindo lesões ao organismo humano decorrente da grave
diminuição da temperatura corporal.
As extremidades congeladas devem ser aquecidas rapidamente, tendo o cuidado
para não queimar os tecidos anestesiados. Devemos orientar para uma
movimentação de extremidades, visando um aquecimento natural pelo maior
fluxo de sangue. Podemos ainda oferecer bebidas quentes, não alcoólicas, que
auxiliam na recuperação do calor, desde que o paciente esteja consciente
CAPÍTULO 13
TRAUMATISMOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS
13.1 - Generalidades............................................................................................................13-1
13.2 – Fratura ......................................................................................................................13-2
13.2.1 - Conceito .................................................................................................................13-2
13.2.2 - Tipos de fraturas ....................................................................................................13-3
13.2.3 - Classificação quanto a origem ...............................................................................13-4
13.2.4 - Sinais e sintomas de uma fratura ...........................................................................13-4
13.2.5 - Tratamento de emergência.....................................................................................13-4
13.2.6 - Imobilização de uma fratura ..................................................................................13-4
13.2.7 - Observações importantes .......................................................................................13-5
13.3 - Entorse ......................................................................................................................13-5
13.3.1 - Conceito .................................................................................................................13-5
13.3.2 - Sinais e sintomas....................................................................................................13-6
13.3.3 - Tratamento de emergência.....................................................................................13-6
13.4 - Luxação.....................................................................................................................13-6
13.4.1 - Conceito .................................................................................................................13-6
13.4.2 - Classificação quanto a origem ...............................................................................13-7
13.4.3 - Sinais e sintomas de Luxação ................................................................................13-7
13.4.4 - Tratamento de emergência.....................................................................................13-7
13.5 - Distensão...................................................................................................................13-7
13.5.1 - Conceito .................................................................................................................13-7
13.5.2 - Sinas e sintomas.....................................................................................................13-8
13.5.3 - Tratamento de emergência.....................................................................................13-8
13.1 - Generalidades
Nunca deixe que extremidades deformadas ou feridas ocupem sua atenção quando
houver lesões que ameacem a vida. Estas lesões são fácies de identificar ao primeiro
contato com o paciente e raramente apresentam risco de vida imediato. É importante
rever os passos iniciais de atendimento ao acidentado (avaliação primária de trauma) e
só então preocupar-se com o tratamento/imobilização dessas lesões.
O Choque Hipovolêmico é um perigo em potencial em poucas lesões músculo-
esqueléticas. Somente a laceração direta de artérias, como a que ocorre nas amputação
traumática e as fraturas de pelve e/ou de fêmur se associam comumente com suficiente
sangramento para causar um estado de choque.
As lesões dos nervos e vasos sangüíneos que nutrem os pés e as mãos são as
complicações mais comuns de fraturas, entorse e luxação. Sendo assim, a avaliação da
sensibilidade e da circulação distal de tais lesões é de suma importância.
13.2 – Fratura
13.2.1 - Conceito
Fratura é a ruptura de um osso. Esta ruptura pode ser completa, isto é, abranger toda a
espessura do osso, ou incompleta, quando só compreende uma parte do mesmo.
Fratura incompleta pode ser uma simples FISSURA (rachadura).
Uma fratura recebe o nome de SIMPLES OU FECHADA, sempre que os ossos não
perfurarem a pele. Já quando o osso fraturado entra em contato com o meio externo,
seja através do ferimento causado por suas arestas irregulares, seja através de um
trajeto que permita que o osso entre em contato como o meio, recebe o nome de
EXPOSTA OU ABERTA.
Figura 13.1
Figura 13.2
Sempre que imobilizar um membro fraturado, deixe os dedos livres para verificar
qualquer alteração. Estando eles inchados, roxos ou adormecidos, as tiras devem ser
afrouxadas.
No caso de fratura exposta, proteja o ferimento com gaze ou pano limpo antes de
imobilizar, afim de evitar a penetração de poeira ou qualquer outra substância que
favoreça uma infecção.
13.3 - ENTORSE
13.3.1 - Conceito
Os ossos do esqueleto humano estão unidos uns aos outros por meio dos músculos e as
superfícies de contato são mantidas umas às outras através de ligamentos.
Quando um ângulo de determinado movimento é excedido, pode ocorrer um
estiramento ou até mesmo uma ruptura dos ligamentos daquela articulação, ou
seja,uma entorse, que é a perda momentânea das superfícies articulares com lesão
das partes moles.
Observações:
• Onde há uma entorse, pode haver uma fratura. Trate como tal.
• Não permita que outras pessoas movimentem ou “puxem” a articulação afetada.
13.4 - Luxação
13.4.1 - Conceito
Lesão em que as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente,
podendo ser completa, quando há separação total das superfícies articulares, ou
incompleta, quando a articulação ainda mantém algum ponto de contato.
Figura 13.3
Observação:
Não tente reduzir a luxação. Isso pode agravar ainda mais a patologia, além de causar
grande dor.
Poderá haver fratura combinada com a luxação. Trate como se fosse uma fratura.
A maioria das luxações não ameaçam a vida, porém são verdadeiras emergências pelo
comprometimento neurovascular que pode até conduzir a uma amputação da
extremidade afetada, se não tratado rapidamente.
13.5 - Distensão
13.5.1 - Conceito
Uma distensão é um estiramento de um músculo ou tendão, devido a esforços
musculares excessivos. Pode resultar de levantamentos de cargas
CAPÍTULO 14
IMOBILIZAÇÕES
14.1 - Generalidades .........................................................................................................14-1
14.2 - Regras para imobilização........................................................................................14-1
14.3 - Materiais utilizados na imobilização.......................................................................14-2
14.4 - Técnicas de imobilização........................................................................................14-3
14.1 - Generalidades
Com o propósito de conter os movimentos e estabilizar um determinado seguimento,
as imobilizações podem ser realizadas por talas ou bandagens, improvisadas ou não.
Como socorrista, sua prioridade será detectar e controlar os problemas que possam
ameaçar a vida da vítima. As lesões de extremidades serão atendidas ou imobilizadas
num segundo momento, uma vez que seu paciente esteja estável. Lembre-se: nunca
atrase a remoção de um paciente grave em função de uma imobilização de uma
extremidade.
Figura 14.1
Figura 14.2
Figura 14.3
CAPÍTULO 15
POSICIONAMENTO E TRANSPORTE DE FERIDOS
15.1 – Posicionamento......................................................................................................15-1
15.2 – Tipos de transporte ................................................................................................15-1
15.2.1 – Transporte em maca............................................................................................15-1
15.2.2 – Transporte de apoio ............................................................................................15-2
15.2.3 – Levantamento de Bombeiro................................................................................15-3
15.2.4 – Arrastamento ......................................................................................................15-3
15.2.5 – Transporte nos braços.........................................................................................15-3
15.2.6 – Transporte em cadeira ........................................................................................15-4
15.1 – Posicionamento
Como ocorre em muitos casos, para que se possa prestar o suporte básico de vida de
uma vítima de acidente, é necessário posicioná-la para possibilitar uma adequada
avaliação. Inicialmente o socorrista deverá avaliar o nível de consciência do paciente
antes de movimentação.
Como já foi descrito, uma vítima de acidente será tratada como se apresentasse uma
lesão de coluna cervical. A movimentação inadequada deste tipo de vítima poderá
provocar ou agravar as lesões, acarretando possíveis seqüelas ou até mesmo a morte.
Reservamos a parte prática de nosso curso para demonstrarmos a forma segura de
manuseio deste tipo de vítima.
Figura 15.1
Figura 15.2
15.2.4 - Arrastamento
O arrastamento pode ser feito pela própria roupa da vítima no sentido da cabeça, ou
com o auxílio de um cobertor.
Figura 15.3
Figura 15.4
CAPÍTULO 16
SINAIS VITAIS
16.1 - Generalidades ..............................................................................................................16-1
16.2 - Pulso............................................................................................................................16-1
16.2.1 - Características de um pulso......................................................................................16-1
16.2.2 - Termos comuns na pulsação ....................................................................................16-2
16.3 - Respiração ...................................................................................................................16-2
16.3.1 - Características da respiração ....................................................................................16-2
16.3.2 - Termos comuns na respiração ..................................................................................16-3
16.4 - Valores de referência...................................................................................................16-3
16.5 - Pressão arterial ............................................................................................................16-3
16.6 - Temperatura ................................................................................................................16-4
16.6.1 - Local para verificação da temperatura .....................................................................16-4
16.6.2 - Termos comuns na verificação da temperatura........................................................16-4
16.6.3 - Relação temperatura/umidade da pele......................................................................16-5
16.7 - Pupilas .........................................................................................................................16-5
16.7.1 - Características apresentadas pelas pupilas após um trauma.....................................16-5
16.1 - Generalidades
Sendo fundamentais em todas as fases de atendimento à vítima de trauma, os sinais
vitais revelam aspectos importantes das condições clínicas do paciente, exigindo do
socorrista uma cuidadosa avaliação e combinação desses sinais. Sempre que possível,
deverão ser observados dentro da seqüência lógica da avaliação do paciente, assunto já
abordado anteriormente.
Um bom socorrista será capaz de identificar os seguintes sinais: pulso, respiração,
temperatura, pressão arterial e pupilas.
16.2 - Pulso
É a ondulação exercida pela expansão das artérias, quando da passagem do sangue,
durante uma sístole cardíaca. Ao avaliar uma pulsação, o socorrista deverá atentar
para a freqüência e qualidade desses pulso.
Existem vários pontos de observação do pulso. Normalmente os mais utilizados para
avaliação do trauma são o carotídeo, radial e femoral.
Observações:
Devemos evitar a verificação do pulso utilizando o polegar, uma vez que o mesmo
possui uma pulsação mais forte que os outros dedos, podendo gerar dúvidas ao
socorrista quando do atendimento de pacientes debilitados.
A técnica da avaliação do pulso será demonstrada por ocasião das aulas práticas de
nosso curso.
16.3 - Respiração
É constituída pelo ciclo completo de uma inspiração e uma expiração, ocasionando
uma sucessão rítmica de movimentos respiratórios. A nível alveolar, ocorrem as
trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente, promovendo a absorção do
oxigênio e a eliminação do gás carbônico.
Há ainda uma relação direta entre o grau de constricção das artérias e a elevação da
pressão arterial. Quanto mais contraídas, menor a capacidade do sistema arterial e,
consequentemente, maior a pressão exercida sobre as paredes das artérias, se o volume
permanece inalterado. As reduções do volume sangüíneo diminuem a pressão
exercida na parede arterial, reduzindo assim a PA.
A PA sistólica, representada pelo valor numérico mais elevado, corresponde à pressão
máxima contra a parede arterial quando o coração se contrai; já a PA diastólica, com o
valor numérico menor, corresponde à pressão do sangue sobre as artérias quando do
repouso do coração.
Observação:
A técnica de aferição da pressão arterial será demonstrada pelo instrutor por ocasião
da aula prática.
16.6 - Temperatura
Por definição, é o nível de calor a que chega um determinado corpo, devendo sempre
ser associada a umidade da superfície corporal visando identificar as possíveis causas
da alteração.
16.7 - Pupilas
A avaliação das pupilas faz parte dos sinais vitais, devendo ser avaliado suas reações e
tamanho. Estas alterações podem revelar dados importantes sobre o estado do
paciente que, juntamente com outros achados, nos permitirá traçarmos uma conduta de
atendimento de urgência mais adequado.
Normalmente, as pupilas são fotorreagentes e seu tamanho varia de acordo com a
quantidade de luz existente no ambiente. Quanto mais luz, mais contraídas ficam e
vice-versa.
Observação:
É de grande utilidade para o socorrista possuir uma lanterna de bolso para uma melhor
avaliação das pupilas.
Anisocoria Midríase
Figura 16.1
CAPÍTULO 17
TRIAGEM EM ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
17.1 - Generalidades
Todo sistema organizado para atendimento às emergências, deve ter um plano
estabelecido para fazer frente a um acidente com múltiplas vítimas. Este plano deve
estabelecer a forma mais eficiente de oferecer, simultaneamente, socorro a todos os
acidentados, o que muitas vezes, por alguns minutos ou eventualmente horas, isto não
é possível. Na impossibilidade, a primeira equipe que chegar ao local deve iniciar um
processo chamado “Triagem de Vítimas”.
17.2 - Conceito
Triagem é a classificação das vítimas em categorias, levando em conta não só a
gravidade, mas também o tempo que poderá ser gasto no atendimento, uma vez que o
número de vítimas exceda a capacidade de atendimento.
17.3 - Objetivos
O objetivo é otimizar a ação do socorro, salvando o maior número possível de vítimas
que, a partir da triagem, recebam o atendimento em um local seguro.
devem ser consideradas isentas de lesão. Apenas não são prioritárias naquele
momento.
DEAMBULANDO ?
S IM NÃO
VERDE R E S P IR A ?
NÃO S IM
R E S P IR A A P Ó S <30 R P M >30 R P M
A B R IR V IA S A É R E A S ?
P R E TA VERM ELHA E N C H IM E N T O
C A P IL A R O U
P U L S O R A D IA L
E C > 2 S eg E C < 2 S eg
OU OU
PULSO PULSO
A U S E N TE P R E S E N TE
C O N TR O L E E S TA D O D E
H E M O R R A G IA C O N S C IÊ N C IA
VERMELHA CUMPRE
ORDENS
S IM P L E S ?
NÃO S IM
CAPÍTULO 18
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS....................................................................1
18.1 - Acidentes com cobras....................................................................................................... 1
18.1.1 - Tratamento de emergência ............................................................................................ 1
18.1.2 - Diferenciação entre cobras venenosas e não venenosas...............................................2
18.2 - Acidentes por picadas de escorpiões................................................................................2
18.2.1 - Sinais e sintomas ........................................................................................................... 2
18.2.2 - Tratamento de emergência ............................................................................................ 3
18.3 - Acidentes por mordedura de aranha.................................................................................3
18.3.1 - Sinais e sintomas ........................................................................................................... 3
18.3.2 - Tratamento de emergência ............................................................................................ 3
Figura 18.1