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A convivência entre os tempos e os espaços preserva as memórias do que o futuro pode ser. Não se trata de ver com atenção as imagens e as vivências do passado secular ou as experiências decorridas no ainda presente milénio: procura-se reconstituir a demonstratividade de uma pluralidade de culturas que exibem entre si referências de essencialidade.
A convivência entre os tempos e os espaços preserva as memórias do que o futuro pode ser. Não se trata de ver com atenção as imagens e as vivências do passado secular ou as experiências decorridas no ainda presente milénio: procura-se reconstituir a demonstratividade de uma pluralidade de culturas que exibem entre si referências de essencialidade.
A convivência entre os tempos e os espaços preserva as memórias do que o futuro pode ser. Não se trata de ver com atenção as imagens e as vivências do passado secular ou as experiências decorridas no ainda presente milénio: procura-se reconstituir a demonstratividade de uma pluralidade de culturas que exibem entre si referências de essencialidade.
Para o Projecto de uma Exposição: “Viagens pela topologia da Língua”
A convivência entre os tempos e os espaços preserva as memórias do que o
futuro pode ser. Não se trata de ver com atenção as imagens e as vivências do passado secular ou as experiências decorridas no ainda presente milénio: procura-se reconstituir a demonstratividade de uma pluralidade de culturas que exibem entre si referências de essencialidade. A tradição manifesta nos países de língua portuguesa, em cultivar, em necessitar de um culto de criação é, talvez, uma das mais evidentes coincidências dentro de suas diferenças. No Brasil, em Goa, Macau, Timor, Portugal, S.Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné, Angola ou Moçambique expressam-se diversificados modelos de criatividade, de génese artística, de confiança na expressividade do artista como pessoa em comunidade sócio-cultural. A aparente disparidade das imagens plásticas desenvolvidas em cada um das nacionalidades de aproximação linguística, resolve-se no contexto e no enquadramento implícitos, converte-se numa explanação coerente atendendo à matriz de relacionamento mútuo desenrolado ao longo de uma história cúmplice. No âmbito dos 500 anos da Descoberta do Brasil, a pertinência de motivar um encontro entre parcerias artístico-culturais processaria uma expansividade das fronteiras próprias, no diálogo compartilhado, em termos antropológicos e estéticos designadamente. A apresentação de uma mostra representativa da Arte produzida nos diferentes países, ao envolver uma participação e mobilidade consertada da multiplicidade dos artistas presentes, propiciaria contactos específicos que obviamente transcendem a natureza dos trabalhos e obras eleitas. Acompanhadas as Exposições por uma programação cultural complementar que viabilizasse uma mais rigorosa ligação das diferentes tendências actuais, poder-se-ia contar com uma efectiva comunicabilidade das linguagens: o corpo físico da arte, o corpo estético, o corpo pessoal e o corpo social. Uma Exposição, tal como se deve conceber na actualidade, exprime uma convicção. Uma convicção que ultrapassa necessariamente a autoria comum de quem a desenha, do seu comissariado específico. Se a ideia que propõe a realização passa para quem a viabiliza, para quem a pode constatar, aquando de sua concretização, a via está cumprida. Se a rejeição ou a receptividade da mesma se sentem, a intencionalidade da Arte é certa. A possibilidade de mostrar as potencialidades, as concreções estético- culturais dos interlocutores neste Projecto repõe no domínio da liberdade expressiva a comunicabilidade prospectiva.