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INFLUÊNCIA DA BASICIDADE DA ESCÓRIA DE ALTO FORNO COMO ADIÇÃO


AO CONCRETO

Conference Paper · September 2012

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5 authors, including:

Rosemary Sales Maria Teresa Paulino Aguilar


Universidade do Estado de Minas Gerais Federal University of Minas Gerais
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Augusto Cesar da Silva Bezerra


Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
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INFLUÊNCIA DA BASICIDADE DA ESCÓRIA DE ALTO FORNO COMO ADIÇÃO AO
CONCRETO

INFLUENCE OF THE BASICITY OF THE BLAST FURNACE SLAG ADDED TO


CONCRETE

Rosemary Bom Conselho Sales1; Augusto Cesar da Silva Bezerra4; Karen Costa Keles 2; Sebastiana
Bragança Lana1; Maria Teresa Paulino Aguilar4(A)

(1) Dr. Universidade do Estado de Minas Gerais/UEMG, Belo Horizonte, Brasil.


(2) Msc Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP, Ouro Preto, Brasil.
(4) Dr. Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG, Belo Horizonte, Brasil.
rosebcs@gmail.com

Resumo

O uso de escória granulada de alto forno em substituição parcial ou total ao cimento Portland tem sido
objeto de estudo de pesquisadores em todo o mundo. Sua aplicação na produção do concreto pode reduzir em
até 5% a emissão de CO2 gastos na produção de cimento. No entanto as escórias de alto forno apresentam
índices de basicidade diferentes. De acordo com a literatura esses índices devem variar entre 1,8 a 3,5.
Contudo, são poucas as informações disponíveis sobre a influência de variações nesse índice sobre o
desempenho do concreto. Neste sentido, este trabalho avaliou a influência da utilização de escórias com
diferentes teores de basicidade, disponíveis no mercado de Minas Gerais. O estudo foi realizado em
concretos no estado fresco e no estado endurecido utilizando amostras com três índices de basicidade
diferentes. Foram feitos ensaios de reatividade, difração de Raios-X, resistência à compressão em diferentes
idades, compressão diametral e ensaios de freqüência ressonante forçada. Os resultados indicam que a
substituição de 25% do peso de cimento por escória parcialmente cristalina com basicidade de 1,7 não
compromete significativamente o desempenho do concreto.

Palavras chave: Escória de alto forno, basicidade, concreto.

Abstract

The use of granulated blast furnace slag in partial or total replacement to Portland cement has been studied
worldwide. Its application in the concrete manufacturing up to 5% CO2 emission is used in the cement
production. However, the blast furnace slag has different alkaline levels. According to the literature these
ratios must vary among 1,8 to 3,5. However, there is little information available about the influence of
variations in this performance concrete index. Thus, this study evaluated the influence of the use of slag with
different levels of alkalinity, available on the market of Minas Gerais state. The study was conducted on
fresh solidified concrete using samples with three different levels of alkalinity. Different tests were
performed : reactivity tests, X-ray diffraction, compressive strength at different ages, diametric compressive
strength and forced resonant frequency testing. The results indicate that replacement of 25% of the weight
of crystalline cement with slag at a basicity of 1.7 doesn't significantly affect the concrete's performance.

Keywords: blast furnace slag, basicity, concrete.

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1. CONSIDERÇÕES INICIAIS

No Brasil, a escória de alto-forno, finamente moída no estado não cristalino, é um dos


materiais mais utilizados como adição no concreto. A escória siderúrgica é um subproduto da
produção de aço e ferro gusa, e a forma como ela é resfriada influência diretamente sua estrutura,
podendo se apresentar no estado sólido com estrutura cristalina ou estrutura vítrea (sempre acima de
90%). Quando cristalina, as escórias de alto forno são utilizadas como agregado para concreto e
quando vítreas (obtidas por granulação ou pelotização) são utilizadas como agregados leves. Seu
uso além de reduzir em aproximadamente 5% a emissão de CO2 gastos na produção de cimento tem
o objetivo de melhorar algumas de suas propriedades (Bellmann e Stark, 2009). Essas adições
alterando evolução da resistência e a durabilidade do composto.
Pesquisas desenvolvidas por Laranjeira (1991) mostram que a escória de alto forno possui
ótimas qualidades como aditivo para o cimento Portland. Sua reatividade assegura uma interação
completa com o cimento, mesmo quando utilizada em quantidades elevadas como 50%. O produto
da hidratação, é praticamente o mesmo daquele com 100% de cimento e como consequência, a
resistência mecânica da mistura pode ser igual, ou mesmo maior em idades mais avançadas.
Embora alguns autores considerem que as partículas finas de escória contribuam para a
redução dos vazios entre as partículas do agregado, diminuindo o consumo de água para a mesma
consistência Bourguignon, at al. (2005) afirmam que a escória de alto-forno, substituindo parte do
cimento, não tem esta habilidade de redução do consumo de água sem o uso de superplastificantes,
uma vez que suas partículas são mais angulares.
O tempo de pega e o calor de hidratação das misturas são outras características do concreto
com escória a serem consideradas. Nas misturas com escória granulada, em temperaturas normais, o
tempo de pega é maior do que nas misturas sem escória. E quanto maior o teor de escória na
mistura, maior é o tempo de pega. Entretanto, a maior finura da escória de alto-forno não conduz a
diferenças significativas (Bourguignon et al 2005).
No cimento com adição de escória, as taxas de liberação de calor de hidratação são muito
menores, embora o calor de hidratação liberado total do cimento com a adição de escória seja
maior, esse cimento segundo Nagataki (1994) e Camarini (1995) é considerado de baixo calor de
hidratação. Os autores mostram que o calor de hidratação é influenciado também pela finura da
escória, teor de gipsita, basicidade e teor de vidro da escória. Eles estimam que nas propriedades
das misturas com escória também se deve levar em conta que o desenvolvimento da resistência à
compressão se dá lentamente, sendo afetada pelas proporções dos materiais, características do
elemento estrutural, condições de execução, relação água/aglomerante e necessidade de maior
tempo de cura úmida. Ainda segundo Bourguignon et al. (2005), o endurecimento de concretos
feitos com a adição de escória se prolonga até idades mais avançadas por vários anos, devido ao
desenvolvimento lento da resistência. Para Mehta e Monteiro (2008), as características da escória,
tais como finura e reatividade também influenciam. Partículas de escória menores do que 10 mm
contribuem para as resistências iniciais do concreto até 28 dias; partículas de 10 mm a 45 mm
contribuem para as resistências a longas idades, mas, partículas maiores do que 45 mm são difíceis
de hidratar.
Canesso at al. (2005) mostra que a adição de mais de 50% de escória afeta
significativamente a resistência à compressão e o módulo de elasticidade do concreto aos 28 dias. O
aumento do teor de escória no concreto, em substituição ao cimento, faz com que haja uma redução
na resistência à compressão. Aos 90 dias de cura esse valor tende a se manter constante. A
quantidade de escória influência diretamente na velocidade de crescimento da resistência à
compressão.
Pesquisas recentes desenvolvida por Hadj-Sadok, at al. 2011 mostra que houve uma
diminuição de absorção capilar nos concretos fabricados com elevados teores de escória (mais que
50%). Também foi observada uma melhora do comportamento dos cimentos compostos com 50%
de escória contra permeabilidade prolongada ao gás. Uma hidraulicidade limitada dessas escórias
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também já foi observada, mesmo se a resistência química de misturas de cimento de escórias
contendo, taxas de substituição superiores a 30% foi satisfatória. Além disso, parece que, ao
aumentar a sua finura, seria possível obter boa resistência mecânica. Na literatura pesquisada, são
poucos os estudos que discorrem sobre a basicidade de escórias de alto-forno. Neste sentido, este
trabalho caracterizou e avaliou o desempenho de concretos, no estado fresco e endurecido,
fabricados com adição de escórias de alto forno com três diferentes teores de basicidade, em
substituição ao cimento. Nas amostras estudadas foram realizados ensaios de reatividade e difração
de Raios-X. Os concretos fabricados foram submetidos aos ensaios de resistência à compressão aos
3, 7, 14, 28 e 63 dias, módulo de elasticidade estático e dinâmico, tração na compressão diametral,
absorção de água por imersão, e índices de vazios aos 28 dias.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Materiais
Os materiais utilizados para confecção dos corpos de prova foram cimento Portland CPV–
ARI de alta resistência inicial, escórias granuladas de alto forno, agregado miúdo (areia natural e
areia artificial), agregado graúdo (brita calcária) e água potável. As características físicas do
cimento e agregados utilizados é apresentada na Tabela 1.

Tabela 1 - Materiais utilizados na confecção dos concretos


Massa Massa Material
Módulo de Blaine
Materiais Descrição específica unitária Pulveru-
finura (m²/Kg)
(kg/dm³) (kg/dm³) lento (%)
Cimento
Cimento Portland 3,15 438
V
Areia
2,604 1,378 2,821 0,8 -
Agregados Natural
miúdos Areia
2,703 1,710 2,659 13,84 -
Artificial
Agregados Brita
2,724 1,408 6,966 0,60 -
graúdos Calcaria

Inicialmente foram analisados 21 diferentes tipos de escórias fornecidas pelo IBEC


(Insumos Básicos Especiais para Construção). Para o estudo foram escolhidas as que apresentaram
índices de basicidade (IB) distintos. Na Tabela 2 são apresentadas as características das três escórias
estudadas.

Tabela 2 - Escória analisadas para confecção dos corpos de prova


Índice de Resistência Finura
basicidade compressão Blaine
(IB) (MPa) (cm2xg-1)
1,70 10,00 412
1,36 8,90 422
1,48 9,70 419

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Com os materiais descritos foram confeccionados concretos com e sem adição de 25% (em
peso) de escória em substituição ao cimento. A proporção em massa dos materiais utilizados por
metro cúbico de concreto produzido, assim como os traços, é apresentado na Tabela 3. Nas
dosagens com adição de escórias de basicidades 1,36 e 1,48 foi utilizado um adicional de 0,5% de
água em relação ao concreto de referência/concreto com escória de IB de 1,70, de forma a se manter
a trabalhabilidade constante.

Tabela 3 - Materiais utilizados nas amostras de concretos de referência e com escória


Proporção de materiais
kg/ m³ Traço em peso
Materiais
Concreto de Concreto com
referência escória
Cimento Portland V 363 272 1 0,750
Escória granulada de alto
- 91 0,250
forno
Areia Natural 570 570 1,574 1,569
Areia Artificial 244 244 0,675 0,673
Brita Calcaria 969 969 2,675 2,667
0,600- 0,600-
Água 218 218 - 219
0,603 0,603

2.2 Método

O trabalho foi essencialmente experimental. As escórias foram caracterizadas por difração


de raios-X e ensaios de reatividade. A difração de Raios-X (DRX) foi feita utilizando um tubo de
cobre acoplado a um equipamento Miniflex da marca Rigaku. A reatividade foi avaliada pelo ensaio
de condutividade elétrica descrito por Luxan, Madruga e Saavedra, (1989). O desenvolvimento dos
traços teve como referência o abatimento do tronco de cone de 120 mm. A moldagem e cura úmida
dos corpos de prova seguiram as recomendações da NBR 5738 (ABNT, 2003), o ensaio de
abatimento do tronco de cone segundo a norma NBR NM 67 (ABNT, 1998), o teor de ar
incorporado conforme a NBR NM 47 (ABNT, 2002). As dosagens foram feitas com e sem adição
de escória em substituição a 25% de cimento.
Os ensaios de resistência à compressão, módulo de elasticidade estático (por compressão) e
dinâmico (por freqüência ressonante), tração (compressão diametral) foram feitos aos 3, 7, 14, 28 e
63 dias. O teste de absorção de água por imersão foi realizado aos 28 dias.
Para determinação do módulo de elasticidade, foi utilizado um aparelho Erudite MKII
Resonancy Frequency Test System, da C.N.S. Electronics, pertencente ao laboratório de ensaios
especiais do departamento de engenharia de materiais e construção da UFMG. Os testes se
basearam nas recomendações da norma ASTM-C215, (2002).
Os ensaios de módulo de elasticidade estático foram realizados seguindo as recomendações
da NBR 8522 (ABNT, 2003), o equipamento utilizado para os testes foi da marca Emic, modelo
DL30000N com aplicação de carga 0,8 MPa/s. Os ensaios foram realizados no laboratório de
materiais e construção do CEFET-MG. Os testes de resistência a compressão foi realizado em uma
prensa modelo Forney FT – 40 com capacidade 125.000 kg com velocidade de carregamento de
0,45 ±0,15 MPa/s. Os ensaios de resistência à compressão foram feitos no laboratório de materiais
de construção da Supermix.
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3 - RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na Figura 1 é apresentado um difratograma típico obtido na caracterização da estrutura do


arranjo atômico das escórias estudadas. A análise por DRX indica que a amostra é parcialmente
cristalina. Foram identificadas seis fases nas amostras analisadas, carbonato de cálcio (CaCO3),
silicato de ferro (FeSiO4), óxido de alumínio e silício - Al2SiO5, carbonato de cálcio e magnésio
CaMg(CO3)2, óxido de cálcio e ferro e óxido de cálcio silício e alumínio Ca(Si6Al2)O16.4H2O.

Figura 1. Difratograma típico de fase das amostras.

A Figura 2 apresenta os dados obtidos no ensaio Luxan no qual se determina a variação da


condutividade da solução saturada de hidróxido de cálcio após a adição das escórias. Os resultados
mostram que a variação de condutividade das soluções com escórias foi menor que 0,4ms/cm,
indicando que elas não apresentam teor significativo de sílica amorfa.
0,5
Variação da condutividade (mS/cm)

0,4

0,3

0,2

0,1

0
(IB) 1,70 (IB) 1,36 (IB) 1.48

Figura 2 - Variação da condutividade das escórias estudadas (Método Luxan)

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A variação do teor de ar incorporado em função do tipo de concreto estudado (referência e
com escórias de diferentes basicidades) é apresentada na Figura 3. Observa-se que os concretos
confeccionados com adição de escória apresentam maior teor de ar incorporado que o concreto sem
escória. O concreto confeccionado com escória mais básica (IB de 1,70) apresentou menor teor de
ar incorporado do que compostos com escórias com menores índices de basicidade (1,36 e 1,48).

1,1

Teor de Ar 1,0

0,9

0,8

0,7
Referência (IB) 1,70 (IB) 1,36 (IB) 1,48

Tipo de Concreto

Figura 3 - Teor de ar incorporado em função do tipo de concreto.

A evolução da resistência mecânica dos concretos estudados em função do tempo de cura é


apresenrda na Figura 4. Considerando que a relação água/(cimento+ escória) é praticamente a
mesma (0,600-0,603), observa-se que para as primeiras idades a adição de todas as escórias,
independente da basicidade, conduzem a uma menor resistência mecânica da ordem de 15%. Essa
diferença tende a aumentar com a idade do concreto, com exceção da escória com índice (IB) 1,70.
Aos 63 dias de cura a resistência desses concretos é 35% inferior á de referencia. No entanto, o
índice (IB) 1,70, apesar de apresentar uma resistencia menor aos 3 dias tem uma taxa de
crescimento da resistência mais elevada do que a de referência, com isso, a partir dos 28 dias as
resistencis são similares. Considerando que a escória e o cimento apresentam Blaines similares, esse
comportamento estaria associado a cristalinidade da escória que assim se torna menos reativa.

50

45

40
Resistência à compressão MPa

35

30 Referência
25 (IB)1,70
(IB) 1,36
20
(IB) 1,48
15

10

0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
Tempo de cura (dias)

Figura 4 - Resistência a compressão

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Os resultados do módulo de elasticidade estático indicam que o mesmo parece não ser
influenciado pela basicidade das escórias (Figura 5).

50
45
Módulo de elasticidade (GPa)

40
35
30
25
20
15
10
5
0
Referência (IB) 1,70 (IB) 1,36 (IB) 1,48

Figura 5 - Módulo elasticidade estático.

50
45
Módulo de elasticidade (GPa)

40
35
30
25
20
15
10
5
0
Referência (IB) 1,70 (IB) 4 1,36 (IB) 5 1,48

Figura 6 - Módulo de elasticidade dinâmico.

Os resultados do ensaio de compressão diametral mostrados na Figura 7 indicam que a


adoção de escória compromete a resistência do concreto na tração. Essa influência é mais nociva
para os concretos com adição de escória com índice de basicidade de (IB) 1,36 e 1,48. O uso de
escória com 1,70 de basicidade leva a um abaixameto da resistenca da ordem de 30%.

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6
Resistência à tração na compressão

5
diametral (MPa)

0
Referência (IB) 1,70 (IB) 1,36 (IB) 1,48

Figura 7 - Resistência à tração por compressão diametral.

Na Figura 8 são apresentados os resultados do ensaio de absorção de água juntamente com


os valores de índice de vazios calculados a partir dos dados de absorção. No ensaio os corpos de
prova moldados sem a escória, absorveram maior quantidade de água do que os concretos
fabricados com escória. Ou seja, considerando a imprecisão do ensaio, a adição de escória, mas
basicidades estudadas praticamente não afetaram da porosidade aparente dos concretos. Da mesma
forma, a dosagem de referência apresentou o maior índice de vazios, como apresentado nas demais
dosagens.

12,00
mersão Índice de
Absorção por

vazios (%)

8,00

4,00

0,00
Referência (IB) 1,70 (IB) 1,36 (IB) 1,48

Absorção por imersão Índice de vazios

Figura 8 – Absorção de água por imersão e índice de vazios (%)

4 – CONCLUSÕES

As escórias analisadas são parcialmente cristalinas. Segundo o método proposto por Luxan
não apresentam reatividade com o hidróxido de cálcio. A adição de escória em substituição ao
cimento não influenciou significativamente as propriedades do concreto no estado fresco
considerando que a variação no consumo de água e teor de ar incorporado foi pequena.
A utilização da escória de alto forno como adição ao concreto em substituição parcial do
cimento afetou a evolução da resistência à compressão de todos os traços fabricados. Houve
redução da resistência à compressão para os concretos com adição de escória de basicidades

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menores. O uso de escória com basicidade de (IB) 1,70 não comprometeu a resistência em idades
mais avançadas. O módulo de elasticidade parece não ser afetado pela basicidades das escórias.
A porosidade aparente dos concretos com escória, avaliada pelo índice de vazios estimado
no ensaio de absorção de água, também não foi significativamente afetada.

5 - AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Supermix, pela doação do material utilizado nesta pesquisa e pelo
apoio técnico. Á Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e ao
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo suporte financeiro a
esta pesquisa.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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módulos estáticos de elasticidade e de deformação e da curva tensão deformação. Rio de
Janeiro, ABNT, 2003.

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Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone. Rio de Janeiro, 1996.

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Bourguignon, K. M.B.G.; Silva, M. G.; Santos, F. L.S.; Zandonade, E. (2005) A carbonatação de


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