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É a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em

iorubá, chama-se Odò Oya.


Foi a primeira esposa de Xangô e tinha um temperamento ardente e
impetuoso.
Conta uma lenda que Xangô enviou-a em missão na terra dos
baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido,
lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz.
Oiá desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse
preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para
grande desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si
esse terrível poder.
Oiá foi, no entanto, a única das mulheres de Xangô que, ao final do
seu reinado, seguiu-o na fuga para Tapá.
E, quando Xangô recolheu-se para baixo da terra, em Kossô, ela fez
o mesmo em Irá.
FOLHAS DE OYÁ

As folhas são de suma importância em todas as fases do culto aos orixás


e com oyá não é diferente

• Teté = Bredo sem espinho


• Orim-rim = Alfavaquinha
• Odum-dum= Folha-da-costa
• Jacomijé = Jarrinha
• Afomam = Erva-de-passarinho
• Abauba =Folha de imbaúba
• Tepola = Pega pinto
• Eregê = Erva-tostão
• Já = Capeba
• Obayá= Beti-cheiroso
• Piperégún =Nativo
• Ìróko = Folha de lroko
• Pepé = Malmequer
• Teterégún = Canela-de-macaco
• Junça = Espada de Ògún
• Adimum-ade-run = Folha de fogo
• Obe-cemi-oia =Espada de Oyámésèèsán rosa
• Monan= Parietária
• Bala =Taioba
• Jamim =Cajá
• Aferé =Mutamba
• Gunoco= Língua-de-galinha
• Obô =Rama de leite
• Folhas de Alface
• Bambu
• Espirradeira
• Cambuí Amarelo
• Angico de folhas-miúdas
• Eritrina-Mulungo
• Jasmim do Campo
ARQUÉTIPO
(Do livro "Orixás - Pierre Fatumbi Verger)

O arquétipo de Oyá-iansã é o das mulheres audaciosas, poderosas e autoritárias. Mulheres


que podem ser fiéis e de lealdade absoluta em certas circunstâncias, mas que, em outros
momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a
manifestações da mais extrema cólera. Mulheres, enfim, cujo temperamento sensual e
voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e frequentes, sem
reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus
maridos, por elas mesmas enganados.

Não suportam trabalhar em lugares fechados e, principalmente, obedecer ordens, pois não
gostam de se sentir inferiorizados. Por isso, são instáveis em sua vida profissional. Não
aceitam que pessoas de fora se intrometam na rotina de sua casa ou dêem palpites em sua
vida familiar.

Não gostam que lhe digam o que fazer, ou que lhe façam críticas.nbsp; Sempre tentarão
justificar suas atitudes, mesmo que sejam injustificáveis. Dão muito valor à segurança de um
lar e de uma família bem constituída e feliz. Adoram sua casa, embora não agüentem ficar
presas a ela.

São muito sensuais e apaixonam-se com freqüência, só aceitando viver com alguém se
existir amor.

Quando amam de verdade, fazem de tudo para manter essa relação. São ciumentos,
possessivos e incapazes de perdoar ou esquecer uma traição.
EPAREI OYÁ

Iansã vai à frente de todas as entidades femininas, quando elas são convocadas.

Também é conhecida como OYÁ. A lenda conta que ela viveu por volta de 1.400 a.C., na
Nigéria, e pertenceu a uma família real. Filha de Iemanjá e Oxalá, é a mulher de Xangô.

No Brasil, corresponde a Santa Bárbara, já que regente dos ventos e tempestades. Com
grande força e determinação, jamais as perguntas feitas a ela ficam sem respostas. Os
filhos de Iansã são muito temperamentais.

Com grande espírito aventureiro, falam o que pensam e são atrevidos. Amam e odeiam com
a mesma facilidade.

CARACTERÍSTICAS

Dia da semana: quarta-feira.


Cores: vermelho terra, marrom, branco e rosa.
Gêge: nesta nação denomina-se ABÉ.
Angola: MATAMBA.
Domínios: ventos, cemitérios, taquaral, caminhos, águas, etc.
Oferendas: acarajé, inhame, broto de bambu, etc.
Qualidades

1. Oya Biniká
2. Seno
3. Abomi
4. Gunán
5. Bagán
6. Onìrá
7. Kodun
8. Maganbelle
9. Yapopo
10. Onisoni
11. Bagbure
12. Tope
13. Filiaba
14. Semi
15. Sinsirá
16. Sire
17. Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em:
1. Funán
2. Fure
3. Guere
4. Toningbe
5. Fakarebo
6. De
7. Min
8. Lario
9. Adagangbará
Essas Oya, estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas
errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu , Ogun e Exú.
Oferendas

Acarajé para Oyá

o Ingredientes:
 500g. de feijão fradinho
 500g. de cebola
 1 litro de azeite de dendê
o Modo de preparo:
 Num processador (pode ser num pilão) triture o feijão fradinho, deixe de
molho por meia hora e após descasque os feijões coloque o feijão no
processador e vá adicionando a cebola cortada em pedaços. Bata até
formar uma massa firme. Despeje numa tigela e bata a massa com uma
colher de pau até formar bolhas, coloque sal a gosto.
 Numa frigideira coloque o dendê e deixe esquentar bem, com a colher
vá formando os bolinhos e fritando até dourar. Coloque-os num alguidar.
EBÓ OYA ONIRA

1 Abóbora moranga
4 búzios aberto
4 nós moscada
4 moedas 4 acarajés
4 metros de fita vermelha
4 metros de fita branca
1 saco de morim
Fazer um buraco na ab ó bora, depois de passar no corpo da pessoa coloca-se dentro com
as fitas, por num saco de morim. Entregar a Oya Onira, no alto do morro 18 horas ou 24
horas, acender velas e fazer os pedidos.
CONHECENDO MAIS SOBRE OYÁ

Iyá-mesan-òrun , seu Oríki, "mãe dos nove órun", Yásan.

Cujo nome advém de algumas formas prováveis: Oyamésàn - nove Oyas; usado como um
dos nomes de Oyá. Ìyá omo mésàn, mãe de nove crianças, Iansã , que da lenda da criação
da roupa de Egúngún por Oyá. Ìyámésàn "a mãe (transformada em) nove", que vem da
história de Ifá, da sua relação com Ogun. Observe-se que em todas as formas, está
relacionada com o número 9, indicativo principal do seu odú.

Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e


aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. Principal esposa de Xangô,
impetuoso, guerreira e de forte personalidade, também rainha dos espíritos dos mortos,
sendo reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oya.

Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de
conta africana, oriunda de lava vulcânica). Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um
alfanje, adaga, eruesin[eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados
em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns"). Afefe, o vento, a tempestade,
acompanha Oya.

Oyá, mais conhecida no Brasil sob o nome de Yansã, é a divindade dos ventos, das
tempestades e do rio Niger que, em Yorubá, chama-se Odô Oyá, o Rio Oyá. Foi a primeira
mulher de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso.

Os Oriki, saudações dirigidas a Oyá, descrevem-na bastante bem:


"Oyá, mulher corajosa que, ao acordar, empunhou um sabre.
IOyá, mulher de Xangô.
Oyá, cujo marido é vermelho.
Oyá, que morre corajosamente com seu marido.
Oyá, vento da morte.
Oyá, ventania que balança as folhas das árvores que toda a parte.
Oyá, que é à única que pode segurar os chifres de um búfalo".
A quarta-feira é o dia semana que lhe é consagrado, o mesmo dia de Xangô, seu marido.

Seus símbolos são os chifres de búfalo e um alfanje, colocados sobre seu Oeji. Quando se
manifesta sobre uma das iniciadas está adornada com uma coroa cujas franjas de contas
escondem o seu rosto.

Ela recebe oferendas de cabras e acarajés (akará na África). Ela detesta abóbora. Carne de
carneiro lhe é proibida.

Suas danças são guerreiras e, se Ogun está presente, ela não deixa de se empenhar num
duelo, lembrança, sem dúvida, de suas antigas divergências.

Ela evoca também, por seus movimentos sinuosos e rápidos, as tempestades e os ventos
enfurecidos. Seus fiéis saudam-na gritando: Epa Heyi Oyá. No Brasil, Oyá é sincretizada
com Santa Bárbara e, em Cuba, com Nossa Senhora da Candelária.

Oyá recebeu, de Olorun, a missão de transformar e renovar a natureza através do vento,


que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se
uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma
reciclagem natural.

Normalmente, Oyá sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as
sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida.

Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de
todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a
renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.

Oyá possui um grande conhecimento, adquirido através da convivência com muitos orixás,
como Ogun, com quem aprendeu os caminhos; Iroko, que a ensinou a evocar o vento; Odé,
com quem aprendeu a caçar; Xangô, seu eterno companheiro; Obaluaiê, com quem
compartilha o reino dos Eguns; Orunmilá e Oxalá, entre outros. Vivia com eles o tempo
necessário para aprender o que precisava, deixando-os em seguida, para continuar com
suas andanças pelo mundo. Alguns tentaram, em vão, prendê-la, mas é impossível segurar
o vento. A liberdade é muito importante para ela.

Foi com Xangô, seu marido, que passou mais tempo, pois os dois se completavam. Mas,
apesar disto, ergueu-se contra ele em defesa de seu povo, fazendo com que recuasse. Nem
mesmo Xangô conseguiu dobrá-la.

Guerreira poderosa, é também detentora de poderes de feitiçaria, não temendo nada nem
ninguém. Nunca fugiu das batalhas, agindo sempre com uma força devastadora. Ela se
transforma com muita rapidez para destruir o inimigo, voltando ao normal logo em seguida,
como se nada tivesse acontecido.

Ela tem o domínio e o conhecimento sobre os eguns (espíritos desencarnados). Após a


morte e a limpeza do corpo, que é realizada por Omolu, Oyá encarrega-se de levá-los até os
portais do orun (mundo paralelo). É Oyá, também, quem se encarrega de apagar as
memórias das pessoas que irão renascer no aiye (Terra). Quando nós renascemos na Terra
ainda conseguimos lembrar de algums fatos de nossa existência passada. Aos poucos,
ainda na infância, nossa memória vai se apagando, até que todas as imagens desapareçam.
ITANS

Conta uma lenda que Xangô enviou-a em missão ao país dos Baribas, a fim de trazer-lhe
um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo
nariz. Oyá, desobedecendo as instruções do esposo, experimentou esse preparo no
caminho de volta a Oyó, tornando-se também capaz de cuspir fogo, o que provocou grande
desgosto em Xangô que desejava guardar, só para si, esta terrível faculdade.

Oyá foi, no entanto, a única das mulheres de Xangô que, ao final de seu reinado, seguiu-o
na sua fulga ao páis de Tapa. E quando Xangô recolheu-se para debaixo da terra, em Kosô,
ela repetiu o feito em Irá.

Antes de se tornar mulher de Xangô, Oyá tinha vivido com Ogun.

Ela fugiu com Xangô e Ogun, enfurecido, resolveu enfrentar o seu rival; mas este foi à
procura de Olodumaré, o deus supremo, para confessar-lhe que havia ofendido Ogun.
Olodumaré interveio junto ao amante traídoe recomendou-lhe que perdoasse a afronta.

E explicou-lhe: "Você, Ogun, é mais velho do que Xangô!" (seu avô, se acreditarmos nas
lendas referidas mais acima, onde ogun é pai de Oranmiyan e este, pai de Xangô).

"Se, como mais velho, deseja preservar sua dignidade aos olhos de Xangô, e aos dos outros
Orixás, você não deve se aborrecer, não deve brigar, deve renunciar a Oyá sem
recriminações". Mas Ogunnão foi sensível a este apelo, dirigido aos seus sentimentos de
indulgência.

Não se resignou tão calmamente assim, lançou-se ã perseguição dos fugitivos e, como
vimos anteriormente, trocou golpes de varas mágicas com a mulher infiel que foi, então,
dividida em nove partes.

Este número nove, ligado a Oyá, está na origem de seu nome Yansã e encontramos esta
referência no ex-Daomé, onde o culto de Oyá é feito em Porto Novo sob o nome de
Avessân, no bairro Akron, Lokorô dos Yorubás, e sob o Abessân, mais ao norte, em
Baningbé. Estes nomes teriam por origem a expressão Aborimesan, "com-nove-cabeças",
alusão, ao que parece, aos nove braços do delta do Niger.

Uma outra indicação sobre esta nome nos é dada pela lenda da criação da roupa de
Egungun por Oyá.

Roupas sob as quais, em certa circunstância, os mortos de uma família voltam à terra a fim
se saudar seus descendentes.

Oyá é o único Orixá capaz de enfrentar e de dominar os Egunguns: "Oyá se lamentava por
não ter filhos. Esta triste situação era conseqüência da ignorância das suas proibições
alimentares. Embora a carne de cabra lhe fosse recomendada, ela comia carne de carneiro.

Oyá resolveu consultar um Babalaô, que lhe resolveu o seu erro, aconselhando-a a fazer
oferendas, entre as quais deveriam figurar tecido vermelho que, mais tarde, haveria de
servir para confeccionar as vestimentas dos Egunsguns.

Tendo cumprido esta obrigação, Oyá tornou-se mãe de nove crianças, que se exprime em
Yorubá pela frase: Iya omo mesan, origem de seu nome Yansã. Assim que a roupa de
Egungun, foi criada, formou-se, em torno dessa "novidade", uma sociedade composta
exclusivamente de mulheres, com o objetivo de enfrentar a prepotência dos homens.

Mas elas exageraram e se aproveitam da confusão provocada pela aparição desses seres
estranhos, os Egunguns, para enganar impunemente os seus maridos. Estes exasperados,
conseguiram descobrir seu segredos, apoderaram-se da Sociedade e reservaram-na aos
homens dela excluindo as mulheres para sempre"
Existe uma lenda, conhecida na África e no Brasil, que explica de que maneira os chifres de
búfalo vieram a ser utilizados no ritual do culto de Oyá-Yansã: "Um caçador foi em
expedição à floresta. Colocando-se à espreita, percebeu um búfalo que vinha em sua
direção.

Preparava para matá-lo quando o animal, parando subitamente, retirou a sua pele. Uma
linda mulher apareceu. Era Oyá-Yansã. Ela escondeu a pele num cupinzeiro e dirigiu-se ao
mercado da cidade vizinha. O caçador apossou-se do despojo, escondendo-o no fundo de
um depósito de milho, ao lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado a fim de fazer a
corte à mulher búfalo.

Ele chegou a pedi-la em casamento, mas Oyá recusou inicialmente, aceitou entretanto,
quando, de volta à floresta, não mais achou a sua pele. Oyá recomendou ao caçador que
não contasse a ninguém que, na realidade, ela era um animal. Viveram bem durante alguns
anos. ela pôs nove crianças ao mundo, o que provocou o ciúme das outras esposas do
caçador. Estas, porém, conseguiram descobrir o segredo da origem da nova mulher.

Logo que o marido se ausentou elas começaram a cantar: Máa jé, máa mu, awó re nbe ninu
aká, o que significa: "Você pode beber e comer ( e pode exibir a sua beleza) mas a sua pele
está no depósito ( você não é senão um animal)".

Oyá-Yansã compreendeu a alusão, achou a sua pele, revestiu-a e, tendo retomado a forma
de búfalo, matou as mulheres ciumentas.

Os seus chifres ela os deixou, em seguida, com os filhos, dizendo-lhes: "Em caso de
necessidade, bata-os um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorro". É por
esta razão que chifres de búfalos são sempre colocados em locais consagrados a Oyá-
Yansã.
Segundo a lenda, Oyá vivia feliz com Ogun, pois os dois tinham muitas coisas em comum,
como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia
um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos,
Oyá aprendeu a andar pela Terra.

Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu oficio de ferreiro, tentando aprender como ele
confeccionava suas armas e ferramentas. Oyá pedia insistentemente que lhe fizesse uma
arma para guerrear.

Um dia, Ogun a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu
uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse
mesmo tipo de arma.

Mas Ogun não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no
tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Oyá adorava a liberdade, mas, ao mesmo
tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por ele.

Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar Ogun, pois precisava de armas
para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível
não notar sua presença.

Ogun, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência.
Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço.

Xangô também notou a presença de Oyá, sentindo uma grande atração por ela. Com seu
jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades.
Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não
gostavam de viver isolados, assim como Ogun.

Oyá estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas
não queria magoar Ogun, a quem respeitava muito.

Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos
por toda a Terra. Seria uma união perfeita.

Quando Ogun terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a
traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para
sempre.

Partiu atrás deles para vingar sua desonra!

Oyá estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele,
pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra.

Ogun estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que
investiu contra ela, erguendo sua espada. Oyá, em defesa própria, também o atacou.

Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e Ogun em sete, formando curas. Esses
números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas
nos rituais africanos.
Embora tenha sido esposa de Sangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários
Reis. Foi paixão de Ogum, Osogiyan e de Esú. Conviveu e seduziu Osossi, Logum-Edé e
tentou em vão relacionar - se com Obaluaê.

Sobre este assunto a história conta que Iansã percorreu vários Reinos usando sua
inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e conhecer igualmente tudo.

Em Irê , terra de Ogum foi a grande paixão do Guerreiro. Aprendeu com ele o manuseio da
espada e ganhou deste o direito de usá-la.Depois partiu e foi para Oxogbo, terra de
Osogiyan.

Com ele aprendeu o uso do Escudo para se defender de ataques inimigos e recebeu o
direito de usá-lo.

Depois partiu e nas estradas deparou-se com Esú. Com ele aprendeu os mistérios do fogo e
da magia.

No reino de Osossi, seduziu o Deus da Caça, e aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo e
se transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Esú.

Seduziu Logum-Odé, e com ele aprendeu a pescar.

Foi para o Reino de Obaluaê pois queria descobrir seus mistérios e conhecer seu rosto. Lá
chegando, insinuou-se. Mas muito desconfiado, Obaluaê perguntou o que Oya queria e ela
respondeu: "queria ser sua amiga". Então, fez sua Dança dos Ventos, que já havia seduzido
vários reis. Contudo, sem emocionar ou sequer atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de
seduzí-lo, Iansã procurou apenas aprender, fosse o que fosse.
Assim dirigiu-se ao homem da palha: "Aprendi muito com os outros Reis, mas só me falta
aprender algo contigo." - "Quer mesmo aprender, Oya? Vou te ensinar a tratar dos Mortos".
Venceu seu medo com sua ânsia de aprender e com ele descobriu como conviver com os
Eguns e a controlá-los.
Partiu então para o Reino de Sangô, pois lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis e
aprenderia a viver ricamente. Mas ao chegar ao reino do Rei do Trovão, Iansã aprendeu
mais do que isso, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Sangô
dividiu com ela os poderes do raio e deu à ela seu coração.

O fogo das paixões, o fogo da alegria e o que queima. Ela é o Orisá do Fogo.
Ogum estava caçando na floresta. Colocando-se na espreita, percebeu um búfalo que vinha
em sua direção. Preparava-se para matá-lo, quando o animal, parando subitamente, retirou
a sua pele. Surgiu uma linda mulher. Era Oyá. Ela enrolou a pele nos chifres e a escondeu
num formigueiro.

Ogum apossou-se do despojo, escondendo-o. Seguiu então Oyá, que em passo elegante
dirigia-se ao mercado, a fim de fazer-lhe a corte. Lá, pediu-a em casamento. Oyá sorriu,
mas recusou-se ao pedido. Então Ogum disse que a esperaria.

Oyá voltou à floresta e, não encontrando sua pele e chifres no formigueiro, voltou ao
mercado já vazio onde Ogum a esperava e disse que se casaria com ele. Recomendou, no
entanto, que ele não contasse a ninguém que, na verdade, ela era um animal. Ogum
respondeu que guardaria segredo e levou Oyá.

Viveram bem durante alguns anos e Oyá pôs nove crianças no mundo, o que provocou o
ciúme das outras esposas. Elas fizeram então alusão ao segredo. Oyá, enraivecida, vestiu a
sua pele, e sua a forma de búfalo, matou as mulheres ciumentas, partindo em seguida. Os
seus chifres, ela os deixou com os filhos, dizendo-lhes que os batessem um contra o outro,
em caso de necessidade, que ela viria imediatamente em seu socorro.
Osogyian estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas
para guerrear. Ògún fazia as armas, mas fazia lentamente. Osogyian pediu a seu amigo
Ògún urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar
e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa
do ferreiro, resolveu ajudar Ògún a apressar a fabricação.

Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro avivava intensamente o fogo e o
fogo aumentado de calor derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ògún pode fazer muitas
armas e com as armas Osogyian venceu a guerra. Osogyian veio então agradecer Ògún. E
na casa de Ògún enamorou-se de Oyá.

Um dia fugiram Osogyian e Oyá, deixando Ògún enfurecido e sua forja fria. Quando mais
tarde Osogyian voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve
que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Osogyian, onde vivia, Oyá soprava em direção à
forja de Ògún. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Osogyian da
de Ògún.

E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até
chegar às chamas com furor atiçava. E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando
os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a
fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ògún. Tão forte que às vezes
destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias.

O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.


Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes.

Omulu-Obaluaê chegou vestindo seu capucho de palha. Ninguém o podia reconhecer sob o
disfarce e nenhuma mulher quis dançar com ele.

Só Oyá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra. Tanto girava Oyá na sua
dança que provocava vento. E o vento de Oyá levantou as palhas e descobriu o corpo de
Obaluaê.

Para surpresa geral, era um belo homem. O povo o aclamou por sua beleza.

Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato e em recompensa, dividiu com
ela o seu reino. Fez de Oyá a rainha dos espíritos dos mortos. Rainha que é Oyá Igbalé, a
condutora dos eguns.

Oyá então dançou e dançou de alegria para mostrar a todos seu poder sobre os mortos,
quando ela dançava , agitava no ar o iruquerê, o espanta-mosca com que afasta os eguns
para o outro mundo.

Rainha Oyá Igbalé, a condutora dos espíritos.

Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu.


Oyá Igbalé

Oyá não podia ter filhos, e foi consultar o babalaô. Este lhe disse, então, que, se fizesse
sacrifícios, ela os teria. Um dos motivos de não os ter ainda era porque ela não respeitava o
seu tabu alimentar (evó) que proibia comer carne de carneiro. O sacrifício seria de 18.000
mil búzios (o pagamento), muitos panos coloridos e carne de carneiro. Com a carne ele
preparou um remédio para que ela o comesse; e nunca mais ela deveria comer desta carne.
Quanto aos panos, deveria ser entregues como oferenda.

Ela assim fez e, tempos depois, deu à luz nove filhos (número místico de Oyá). Daí em
diante ela também passou a ser conhecida pelo nome de 'Iyá omo mésan', que quer dizer 'a
mãe de nove filhos' e que se aglutina 'Iyansan'.

Há outra lenda para explicar o mito de Iansã: Em certa época, as mulheres eram relegadas
a um segundo plano em suas relações com os homens. Então elas resolveram punir seus
maridos, mas sem nenhum critério ou limite, abusando desta decisão, humilhando-os em
demasia.

Oyá era a líder das mulheres, e elas se reuniram na floresta. Oyá havia domado e treinado
um macaco marrom chamado ijimerê (na Nigéria). Utilizara para isso um galho de atori (ixã)
e o vestia com uma roupa feita de várias tiras de pano coloridas, de modo que ninguém via
o macaco sob os panos.

Seguindo um ritual, conforme Oyá brandia o ixã no solo o macaco pulava de uma árvore e
aparecia de forma alucinante, movimentando-se como fora treinado a fazer. Deste modo,
durante à noite, quando os homens por lá passavam, as mulheres (que estavam
escondidas) faziam o macaco aparecer e eles fugiam totalmente apavorados.
Cansados de tanta humilhação, os homens foram ter com um babalaô para tentar descobrir
o que estava acontecendo. Através do jogo de Ifá, e para punir as mulheres, o babalaô lhes
conta a verdade. Ele os ensina como vencer as mulheres através de sacrifícios e astúcia.
Ogum foi o encarregado da missão. Ele chegou ao local das aparições antes das mulheres.
Vestiu-se com vários panos, ficando totalmente encoberto, e se escondeu. Quando as
mulheres chegaram, ele apareceu subitamente, correndo, berrando e brandindo sua espada
pelos ares. Todas fugiram apavoradas, inclusive Oyá.

Desde então os homens dominaram as mulheres e as expulsaram para sempre do culto de


egum; hoje, eles são os únicos a invocá-lo e cultuá-lo. Mas, mesmo assim, eles rendem
homenagem a Oyá, na qualidade de Igbalé, como criadora do culto de egum.
Convém notar que, no culto, egum nasce no bosque da floresta (igbo igbalé). No Brasil, no
ilê awo, ele nasce no quarto de balé, onde são colocadas oferendas de comidas e
realizadas cerimônias aos Egums.

Oyá é também cultuada como mãe e rainha de egum, como Oyá Igbalé. E, como nos
explica a lenda, Oyá, a floresta e o macaco estão intimamente ligados ao culto, inclusive em
relação à voz do macaco como modo de o egum falar.

Eèpàrìpàà ! Odò ìyá !


Assentamento de Oyá

Assentamento
01 Abebe de Oyá
01 Coral
01 Terracota
01 Ere de Oya
03 alguidares
21 Obis
21 Orogbos
64 Búzios
04 Yerossun
21 Osun
21 Efun
21 Alibés
21 Aridans
21 Aberes
21 Aluko
07 Ekodidé
07 Lekeleke
02 Chifres de búfalo
01 Otá
01 Pedra preciosa
01 Pedra Semi preciosa marrom
01 Adaga de cobre
01 Raio de cobre
01 Iruxim
Pano Branco, vermelho e preto
Akara (acarajé)

Folhas
Odundun
Tete Abalaiyae
Rinrin
Igba

Animais
Cabra
Galinha
Galinha de Angola
Pombo

Como assentar
Em uma bacia, macere todas as folhas com um pouco de água e coloque um pouco de gim.
Lave a estatueta na maceração das folhas e coloque-a no pano vermelho.

Pile junto, o osun e o efun até virar pó, coloque este pó em um alguidar e por cima espalhe
o pacote de iyorossun, fazendo em seguida a marca do odu OSA IWONRIN.

Faça a oferenda do pombo em cima da marca do odu.

Misture o pó do odu marcado com sabão da costa em seguida coloque a estatueta dentro do
alguidar e o sabão em volta para fixar a estatueta.

Enfeite o alguidar com os chifres de búfalo, um em cada lado da estatueta.

No alguidar montado de oya faça a oferenda primeiro da galinha e depois da cabra.

Deixe apenas a cabeça da galinha dentro do igbá de oya.

Obs: deixe escorrer apenas um pouco de eje (sangue) dos animais sacrificados, porque não
é preciso muito eje para oferenda, cubra com o pano branco.

Em outro alguidar, coloque yerosun, faça novamente a marca do odu e enfeite com obi,
orogbo, alibe, aridan, abere, aluko, ikodide, pedras, adaga, raio, iruxim e um pouco de eje
(sangue) dos animais sacrificados enfeite com a cabeça da cabra e cubra o ebo com o pano
preto.

O terceiro alguidar despeje o outro pacote de yerosun e faça a marca do mesmo odu usado
até agora e coloque por cima os acara e a galinha (so o corpo) de costa.

Polvelhe o pó ajeolale (pó preparado africano), enfeite com 21 buzios e 21 moedas cubra
com o pano vermelho, ofereça para as iyami, deixando por 3 dias, despache embaixo de
uma árvore.
ORIKI PARA OYÁ

Iba oya
Ayaba Obakoso,
Odo kun ko kun, ko si,
Eniti oya ko le gbe lo,
Maa jeki odo gbe mi lo,
Maa jeki nku iku ina,
Iya mi borokinni,
Jowo emi nfe oro lati
Odo re,
Emi nfe alafia,
Emi nfe, Ilera,
Emi nfe, ilosiwauu,
Iyawo onibon-orun, jowo somi di oloro,
Ase eledunmare.
Tradução

Oya eu te saudo,
Esposa do Obakoso (Sango)
O rio transborda ou não, não há ninguém que oya não leve
Não deixe o rio me levar
Não me deixe morrer afogado,
Não me deixe morrer no fogo
Minha mãe pé rica e bonita
Eu quero prosperidade de você,
Eu quero paz,
Eu quero saúde,
Eu quero progresso,
Esposa do dono da trovoada no céu (Sango)
Faça-me rico,
Axé do Senhor Supremo

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