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BARÁ

Os primeiros missionários após identificarem, o que para eles era importante, o que
representava este Orixá aos negros, logo o identificaram como o Diabo, talvez por
alguns comportamentos que a Ele é comum, como: irreverência, prepotência,
arrogância, astúcia e um ser nem um pouco puro, se óbvio, comparado aos padrões
da Igreja Católica.
Por várias características pertencentes aos homens, Bará se apresenta como o Orixá
mais humano de todos os Deuses africanos, a mais marcante e que responde sempre
na mesma forma de como é tratado, se ganha o que lhe pertence, encontraremos um
Orixá prestativo e presente, segurando todas nossas futuras necessidades, caso
contrario devemos nos preparar, sem exagero, para alguma coisa desagradável.
Como dono das chaves, dos portais, encruzilhadas e caminhos, deve sempre ter suas
saudações, obrigações e cortes, este último quando necessário, feitos em primeiro
lugar, assim nós humanos garantimos a segurança de nosso ritual, assim como no
ritual é o Orixá responsável pela boa abertura dos trabalhos, está para nossos
negócios e vidas, destrancando caminhos e abrindo portas, ou trancando e fechando,
dependendo de nossos merecimentos e cumprimento de tarefas.
Uma de suas características mais marcantes, está presente em uma das milhares
lendas existentes sobre este Orixá, conta a lenda que certo dia Bará desafia Oxalá, a
discussão em pauta era saber quem era o mais antigo, logo Aquele que deveria
receber mais respeito, e se tornar o soberano em relação ao Outros, após uma batalha
cheia de peripécias e truques, Oxalá domina a cabaça de Bará, onde esta sua
concentração de poderes, tornando-lhe assim seu eterno servo.
Saudação: Alúpo ou Lalúpo
Dia da Semana: Segunda-feira
Número: 07 e seus múltiplos
Cor: Vermelho
Guia: Corrente de aço (para alguns), vermelho escuro (Legba), vermelha
Oferenda: Pipoca, Milho torrado, 07 batatas inglesas assadas e azeite de dendê
Adjuntós: Legba com Oiá Timboá, Lodê com Iansã ou com Obá, Lanã com Obá ou
com Oiá, Adaqui com Oiá ou com Obá, Agelú com Oxum Pandá e as vezes com Oiá
Ferramentas: Corrente, chave, foice, moeda, búzios, entre outros
Ave: Galo Vermelho
Quatro pé: Cabrito branco osco mais ou menos marrom
Sincretismo:
*Bará Lodê: São Pedro, quando faz adjuntó com Iansã,
São Benedito com faz adjuntó com Obá.
*Bará Lanã: Santo Antônio do Pão dos Pobres
*Bará Adaqui: Santo Antônio
*Bará Agelú: Menino no colo do Santo Antônio
ORIXÁS

Falar de Orixá é falar da essência de nossas vidas, de uma força pura,


presente em elementos da natureza.

Sim, forças da natureza. Os Orixás dominam os elementos fogo, água, terra,


ar e contam com a ajuda dos animais e das plantas.
Possuem forma feminina ou masculina, pois antes de se tornarem Orixás
foram seres humanos possuidores de um axé muito forte.
Este domínio dos elementos da natureza foi adquirido quando os mesmos
estavam em vida.
Exemplos: o trovão, o vento, as águas e a possibilidade de exercer certas
atividades como a caça, o trabalho com metais ou, ainda, adquirindo o
conhecimento sobre as plantas.

O "Orí" de cada ser humano é regido por um Orixá. Orí = cabeça.


A tradução de "Orixá" é: dono da cabeça.

O Orixá pode conceder seu axé através de demonstrações diárias e,


em alguns casos, "ocupando-se" momentaneamente em um de seus filhos.
A passagem da vida terrestre à condição de orixá acontece em um momento
vital de emoção (podendo ser momentos bons ou ruins),
assim como nos mostram as lendas dos orixás.

Para matar um pouco a curiosidade, brevemente lembro que o Orixá Xangô,


tornou-se Orixá em um momento de contrariedade por se sentir abandonado
por seu povo.
Mas falarei mais sobre cada orixá e suas lendas nas próximas postagens.

SAUDAÇÕES

É através das saudações que invocamos os orixás.

BARÁ: Alúpo! ou Lálupo! - Venha, ó falante!


Alúpo = (comunicador, falante)

OGUM: Ogun iê - Salve Ogum!


iê = (salve)

OYÁ: Epá iê iô Oyá - Saudamos os majestosos raios e ventos de Oyá!


Epá iê = (saudação a um dos raios do Orixá da decisão)

XANGÔ: Kawô Kabiecílê! - Permita-nos ver o rei descer sobre a terra!


Ká = (permita-nos)
wô = (olhar para)
Ka biyê sile = (Sua Alteza Real)

ODÉ/OTIM: Okê Arô, Okê Bambô ou Arolê! - Salve o grande Caçador!


Okê = (monte)
Arô/Bambô = (título honroso dado aos caçadores)
Arolê = (pulo)

OSSANHA: Ewê ô! - Salve o Senhor das folhas!


Ewe = (folhas)
Ô = (sufixo para cumprimentos - salve)

XAPANÃ: Abá ô ou Atotô! - Silêncio! Ele está entre nós!


Abá = objetivo
Ô = (sufixo para cumprimentos - salve)
Atotô = Silêncio

OBÁ: Exó ou Obá Xirê! - Cantemos para a rainha!


Obá = rei/rainha
Xirê = cantar, brincar

OXUM: Orà Yè Yé ô - Salve a mãezinha doce!


Orà = (doce)
Yé Yè = (mamãe)
Ô = (sufixo para cumprimentos - salve)

IEMANJÁ: Omí Odô, Odocí Abá ou Odô Yá! - Salve a Mãe das águas!
Yá - (mãe)
Omí - (água)
Odô - (rio)
Abá - (objetiva)

OXALÁ: Epá ô Epá Babá ou Exeuê Babá! - Viva o Pai!


Epá = (exclamação de surpresa, grande admiração pela honrosa presença)
Babá = (pai)
CURIOSIDADES

ASTRO .......... lua.

BEBIDA....... aguardente, dendê,Wisk,conhaque.

COME DOIS PÉS ........ galo, pombo.

COME QUATRO PÉS ........ bode, cabrito,


angolista.
COMIDAS SECAS ......milho torrado, pipoca,
batata inglesa assada.

CONTA ........7.

COR.......... vermelha, preta, vermelha e preta.

DIA DA SEMANA........ 2ª-4ª-6ª.

ELEMENTO........ fogo.

FERRAMENTA ...foice,porrete,búzio,armas
branca, chave.

FLOR....... cravo vermelho.

FOLHA ..........mamona,arruda,cana .

FRUTA ......limão,lima.
FUNÇÕES...... vigiar,comunicar,avisar,dar
ciência de um fato,levar pedidos aos orixás e
executar tarefas designadas pelos orixás.

HORA .......00h,06hs,12hs,18hs.

KIZILA ........ impotência, esterilidade,


queimadura, doença circulatória e do fígado.

METAL ......bronze, prata .

MITOLOGIA....... Hermes.

NÚMERO..... 3,13,33.

PARTE DO CORPO ........plasma, articulações,


pênis, esqueleto, pâncreas, uretra, urina, sangue.

MORADA....... estradas e
encruzilhadas,cemitério.

PEDRA..........onix.
PERFUME........musk.

SAUDAÇÃO.......alupô, laroiê.

SIGNO............aquário.

SÍMBOLO...............ogó,falo.

SINCRETISMOS .............são Pedro, santo


Antonio.

TEMPERAMENTO ............explosivo, impulsivo.

QUALIDADES E TÍTULOS MAIS COMUNS


Aqui estão algumas das mais conhecidas qualidades
e títulos que pelo qual Bará pode ser conhecido
levando em consideração as regiões e nações que o
utilizam.

ABANAD
Á é a qualidade de Bará utilizada com eficácia nos
axés de limpeza, descarrego de ebós negativos,
quizilas.

ADAGUE é aquele que cuida dos caminhos,


mesmo que no caminho haja um trabalhador
específico, ela atua como zelador. Recebe suas
oferendas nas encruzilhadas; seu assentamento é
feito dentro do templo; é um dos mais
requisitados, pois faz a frente de Ogum, Oiá,
Xangô, Odé, Otim, Obá, Ossãe e Xapanã.

ÀGBÁ pai-ancestre, representação coletiva de


todos os exús individuais.

AGELÚ, Ajelú ou Ijelú é o chamado menino, o mais


novo dos Barás. Talves seja um dos mais cultuados
e utilizados em axés, principalmente de amarração,
correção de distúrbio de personalidade
principalmente dos filhos de Barás Olodês. Este é
o Bará que faz a frente dos Orixás de água, Oxum,
Iemanjá e Oxalá.

Além do epô, usa-se mel nas suas oferendas.


ALADI dono do óleo do caroço de dendê.

ALUPANDA, utilizado nos axés de descarrego


onde envolve a entidades ligadas a casa de Nanã,
como Omulu e Xapanã.

ALUVAIA o mais humano de todos os Orixás


possui todas as qualidades e defeitos.

BI, auxiliar nos axés de rua do Bará Agelu.

BURUCU, auxiliar direto das entidades


envolvidas com espíritos obsessores.

DEMÍ, Bará muito requisitado para axés que


envolva dinheiro.

ELEBO, senhor-das-oferendas.
ELEGBÁRA ou legba é senhor do poder, da
força. Uma divindade Vodoun entre os Nàgó, e é
visto como o senhor do caos e da destruição.

ELEPÔ, dono do azeite-de-dendê.

ELÉRÚ senhor do erú, carrego.

ENÚ-GBÁRIJO explicitador de mensagens,


conseguindo transformar todos meios de
comunicação de maneira a tornar-se conhecido e
eficaz.

GOGÓ, este caminho de Bará, Divino Executor.

É conhecido também como o Exu responsável pela


recompensa divina a todos os atos dos seres
humanos, desencarnados e encarnados. Exu Gogó
conhece todas as nossas reencarnações estende
sua ação através destes diversos
ciclos encarnatórios. Aquilo que costumamos
chamar lei do retomo é exatamente a função
do exú Gogó fazer este retorno acontecer: O bem
recompensado com o bem; o mal recompensado
com o mal. Dentro destas atribuições de cobrança
espiritual e material encontra-se sempre a chance
de todos se arrependerem, pagarem por seus
erros e tomarem um outro ritmo de vida. Quando
isto não acontece numa vida, poderá ser resgatado
numa próxima encarnação.

LALU, Bará observador, aquele que tudo vê,


silencioso. Gosta de resolver questões difíceis,
problemas que aparentemente não tem solução,
gosta de quebrar mandigas.

Prefere seus presentes em estradas de areia ou


de barro,recebendo seus axés em uma das
margens da estrada.

LANÃ o Bará dos caminhos. Trabalha nos


cruzeiros e todos tipos de encruzilhada. Tem as
mesmas atribuições do Bará Adague. Responde
também nos cruzeiros de mato.

LODÊ, Olodé .Tem seu assentamento feito do


lado de fora do templo. Divide sua morada com
Ogum Avagãn.
É o Orixá que mantém a estrutura do templo; a
sustentação dos terreiros depende do Bará Olodê,
aquele que fica fora no relento, ou a frente.

Bará Lodê: São Pedro, quando faz adjuntó com


Iansã, São Benedito com faz adjuntó com Obá

OBÁ, Bará rei-de-todos.

ODARÁ o Senhor da Felicidade aquele que guia,


mostra o caminho, vai na frente.O bará da paz,do
branco,o verdadeiro exu de ORIXALÁ.

Gosta de trabalhar para restaurar a harmonia e


sintonia perfeita da família dentro da sua casa.

OJÌSE-EBO, Encarregado de transportar as


oferendas.

Okoto, o Senhor do Caracol.

OLÒBE, proprietário e senhor da faca. Saudado


em todo axé que envolva sangria.
ONIDU, dono do carvão. Entidade encarregada
em limpeza e proteção principalmente contra Egun,
trabalha muito bem vinculado a Ossaim.

OPIN é o Bará que deve ser evocado sempre


que queremos estabelecer um local como sagrado.

É ele quem faz a demarcação dos limites que


separam o espaço sacralizado do espaço comum.

Fazem-se uma construção qualquer e nela


queremos instalar os nossos assentamentos de
Orixás, além de evocar o exu do nosso caminho
pessoal será necessário pedir a Bará Opin que
aceite uma oferenda para consagrar o lugar. A
partir daquele local deve passar a ser usado
exclusivamente para fins religiosos, e deve haver
uma separação bem nítida entre este espaço e o
espaço livre para a circulação.

No caso de se colocar, por exemplo, um


assentamento dentro de casa, é aconselhável
colocá-lo sobre uma esteira e, se possível cercar
em volta com uma outra esteira.
ORO é o responsável pela transmissão do poder
através da fala. Ele é quem dá para os sacerdotes
e sacerdotisas o poder de acionar as forças
espirituais através das evocações sagradas:
preces, encantações, cânticos. Existem algumas
palavras de grande axé usadas nos rituais
sagrados que muitas vezes não se conhece a
tradução. Elas funcionam como códigos para abrir
certos portais do mundo invisível, acionando o
poder para transformar nossas vidas.
Somente BaráOro conhece estes segredos, e
somente ele pode dar a autorização necessária
para entrarmos nestes mistérios.

TIRIRI, muito utilizado nas vibrações em que


envolva justiça pois este Bará esta vinculado a
energia de Xangô.

TOLABÍ, ou Talabi,
entidade Bará vinculado as entidades de Oxum,
sendo muito utilizado para vibrações em que
envolva vícios e parte financeira.

TOQUÍ, aquele que carrea coisas pequenas.


YANGI , pedra vermelha de laterita, primeira
protoforma existente – água + terra

WARA é o Bará que controla os


relacionamentos Interpessoais. Ou seja: amizade,
sociedade de negados, casamento, companheirismo
de trabalho, vinculo familiar, fraternidade
religiosa... Enfim, todos os tipos de
relacionamentos só possuem um estado de plena
compreensão, harmonia e verdadeira colaboração
quando aprovados por Ele. Sempre que se planeja
estabelecer um novo vinculo é aconselhável
consular Bará Wara e, de preferência, fazer-lhe
uma oferenda de apaziguamento, para que tudo
possa ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem
possibilidades de atrito, confusão, mal-
entendidos, etc...
Axé do Aforiba
O aforiba é o momento em que Ogum e Iansã demonstram a passagem em
que Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O Babalorixá convida um
Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba, então ela coloca no centro do salão
duas garrafas contendo atã (aforiba) e as armas pertencentes a estes orixás
(espadas). Iansã toma as garrafas e oferece á Ogum que logo se embebeda,
mas em seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando sua espada.
Os dois lutam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois reconciliam-se e
voltam a dançar juntos.
Tendo um Xangô no mundo poderá vir ele fazer parte do Aforiba. Xangô vem
em defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes entra na luta com
Ogum. Aí então, Iansã acalma os dois Orixás.
Os Axêres
Conforme o Batuque vai acontecendo, os orixás chegam (ocupam-se da
consciência e do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da religião,
conforme o ensinamento do Babalorixá e da Yalorixá. Feita a obrigação os
Orixás "sobem", vão embora. Os orixás são despachados, geralmente por
filhos-de-santo mais antigos e experientes do Ilê, porém eles ficam em "axêre"
ou "axêro" (No Candomblé são chamados de Erês), estado intermediário entre
a ocupação do orixá e da pessoa propriamente dita. Os axêres agem como
crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com as pessoas, pois
seu linguajar é confuso, trocam as expressões como, por exemplo: "tigue"
(tigre) quer dizer carro, "confeitaria" quer dizer bolo, "pouco" quer dizer muito,
"feinho" quer dizer bonito, e assim por diante. È um momento de descontração,
porém deve ser mantido o respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os
axêres ainda conservam a essência do orixá.

aqui em diante você vai conhecer um pouco sobre o Batuque do


Rio Grande do Sul,
na linha de Jêje e Ijexá.

Lembramos que cada Ilê tem o seu fundamento, passado de


geração a geração.

01. Serão ou Corte aos Orixás

A Religião Africanista é em seus fundamentos voltada para o passado,


mantém até hoje ensinamentos e preceitos, desde o tempo mais
remoto, do negro na África e chegou até nós através dos escravos.
Sobreviveu a todos os períodos de opressão e perseguição. Daí a
enorme importância da obrigação de corte aos Orixás, pois é a
preservação da cultura que ao mesmo tempo em que ofertava certos
sacrifícios aos Orixás alimentava seu povo com a carne do sagrado.
Depois adiantando na linha do tempo, entramos nas casas comuns e
nos terreiros em que os animais andavam soltos no pátio e serviam
para a subsistência familiar, ainda não existia as facilidades que hoje
são disponíveis nos supermercados.

Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas


devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a
balança arrebente algo de grave pode acontecer a um dos
participantes da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja
alguma ameaça de arrebentar a Balança Axé dos Presentes enquanto
são saudados pelos presentes. Depois os bolos são servidos aos
convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados.
São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá
do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de
aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes,
doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia do Ilê, etc. É
neste momento o Babalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos os
presentes recebidos. Levantação , limpá-las e guardá-las nas
prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o
tempo dos escravos Passeio Saindo do Ilê vão até o centro da cidade
visitar lugares de grande significado para a comunidade.

O serão ocorre geralmente na quinta-feira á noite, começa entorno


dás 20:00 horas e estende-se muitas vezes até a madrugada, das
obrigações de bori e de apronte que serão feitas.
No serão são imolados animais quadrúpedes (aos quais chamamos
vulgarmente de quatro-pés) e de aves. As oferendas feitas aos Orixás
são de origem animal assim como vegetal (folhas, plantas, grãos) e
mineral: os ocutás, a água, etc. Os animais são ofertados os Orixás
com o intuito de fortalecer o axé do Orixá assim como a mente e
espírito do filho-de-santo através do axorô (sangue do animal) e das
inhélas, certas partes dos animais que serão fritas e arriadas no
Quarto-de-santo (cabeça, pés, testículo no caso dos quatro-pés e
cabeça, pés, pontas das asas, do pescoço e da sambiqueira, pulmões
e testículos das aves).

A carne dos animais imolados serão preparados em forma de canja,


de amalá, assados, enfarinhados e consumido pelo povo durante o
período de obrigação e pelas pessoas que comparecerem ao toque,
Batuque. Os couros retirados dos animais, depois de preparados são
utilizados na confecção dos tambores, instrumentos tocados durante o
Batuque. Nada é desperdiçado, por exemplo, no Ilê Centro Africano
Reino de Oxum Pandá é grande o número de animais imolados,
devido ao grande número de filhos que o Ilê tem, quando não é
consumida a totalidade de carne e de comida preparada, o restante é
doada a entidades carentes nas proximidades do Ilê.
02. Preparação do Toque

No dia posterior ao corte, permanecem alguns filhos-de-santo no Ilê


para preparem em todos os detalhes o toque que irá acontecer no
sábado. As principais atividades acontecem na cozinha, considerada a
parte mais importante do Ilê, depois do Quarto-de-santo. É necessário
que um filho-de-santo, mais experiente e de extrema confiança do
Babalorixá auxilie na organização de tudo que deve ser feito, pois os
afazeres são muitos e o tempo escasso.

Além de todas as comidas-de-santo, devem ser feitas comidas


tradicionalmente sagradas e significativas que serão servidas ás
visitas que são esperadas mais tarde no toque.

Com as aves preparam-se: canja, galinha assada, galinha enfarofada.


Com a carne do carneiro faz-se o amalá, comida consagrada ao Orixá
Xangô: A carne cozida e desfiada é agregada ao molho com folhas de
mostarda picada, servido com pirão de farinha de mandioca. Os
cabritos e porcos são assados e servidos em pedaços. Faz-se
também canjica de milho branca e amarela, além de uma grande
variedade de doces como: sagu, pudim, ambrosia, quindim, docinhos,
etc... Para beber serve-se o atã, bebida típica do Orixá Ogum, feita
com frutas minusculamente cortadas, misturadas com guaraná e
xarope de groselha.Os miúdos dos quatro-pés é cozido e picado de
forma bem miúda para se fazer o sarrabulho, uma espécie de farofa
temperada com cheiro verde, cebola e os miúdos picados. As filhas de
Iansã, ajudadas por outros irmãos fazem o acarajé, comida
consagrada ao seu Orixá de cabeça. Havendo disponibilidade faz-se
ainda os bolos que serão ofertados pela ocasião do aniversário de
assentamento dos Orixás.

A preparação do toque segue com a arrumação do Quarto-de-santo


que deve ter: flores, perfumes, as comidas-de-santo, atã, pelo menos
uma porção de cada comida que está sendo feita para o povo, frutas,
balas enroladas em papéis coloridos, os bolos de aniversário. Além
das inhélas e das vasilhas contendo as obrigações e de outros
fetiches religiosos. Há ainda a arrumação do salão, onde acontece o
toque, e das demais dependências do Ilê que depois da limpeza são
organizadas para melhor receber os convidados, Babalorixás e
Yalorixás que juntamente com seus filhos-de-santo vêm prestigiar a
obrigação.

03. O Mercado
Também faz parte da preparação para o toque a confecção dos
mercados que serão distribuídos no final do Batuque.O significado e a
explicação desta denominação perdeu-se nos tempos, porém seu
significado religioso continua forte.

Os mercados são pacotes onde se colocam as comidas-de-santo para


serem ofertados ás visitas simbolizando a distribuição e a extensão do
axé de prosperidade, fartura e fraternidade a todos os lares e Ilês.

O axé obrigatoriamente deve ser dividido entre os que compareceram


ao toque, principalmente quando o ebó é de quatro-pés. Cada Ilê
acondiciona o mercado da maneira que lhe convém: em bandejas, em
pacotes, em caixas de papelão, etc, porém o que não muda muito é o
conteúdo do mercado.
O mercado deve conter: pedaços de carne de cabrito assada, frutas,
bolo, axoxô (milho cozido, pertence á Obá), pipoca (pertence á Bará),
batata doce frita em rodelas ou acarajé (pertence á Iansã), doces -
quindim, docinhos, balas (pertence á Oxum), farofa de Xapanã
(farinha de mandioca pilada com amendoim e açúcar). No final do
toque também são distribuídos, bolos, carnes, frutas.

O babalorixá, muitas vezes presenteia os Babalorixás e Yalorixás que


estão de visita com flores do Quarto-de-Santo, para que sejam
colocadas em seus Quarto-de-santo, como sinal de agradecimento
pelo comparecimento no ebó. Caso ainda sobre alguma comida ou
fruta, deve ser doado a pessoas carentes ou instituições de caridade.

04. O Toque

O toque geralmente inicia ás 23:00 horas, quando todos os filhos-de-


santo devem estar presentes e devidamente trajados de seus axós,
para auxiliar o Babalorixá ou Yalorixá a recepcionar os visitantes. O
início do toque se dá com a chamada: todos em silêncio, ajoelham-se,
enquanto o Babalorixá em frente ao Quarto-de-santo, tocando o adjá
(espécie de sineta) saúda a todos os Orixás, de Bará a Oxalá, fazendo
pedidos de abertura, de paz, saúde e prosperidade a todos os
presentes. Os filhos-de-santo respondem com a saudação específica
de cada Orixá.
Os alabês (tamboreiros), "puxam" os erís, isto é tocam os tambores
enquanto entoam os erís, para que os presentes respondam, e a roda
se forma no centro do salão, movimentando-se no sentido anti-horário.
Os erís têm coreografias adequadas a cada orixá ou a cada
"passagem", (relação da reza com alguma história daquele orixá), por
exemplo: nos erís do Orixá Ogum ora dança-se simulando com as
mãos o trabalho do ferreiro na forja, ora dança-se simulando a
utilização de uma lança, relacionando com Ogum guerreiro.

Todos podem fazer parte da roda, adultos, crianças, iniciados e


prontos, porém alguns detalhes devem ser observados. Participam da
roda pessoas que estejam de axó (calça comprida para os homens, e
no mínimo saia para as mulheres, desde que não seja curta),
mulheres em período menstrual não participam do Batuque, mas
podem auxiliar na manutenção, na limpeza e na recepção dos
convidados. As pessoas que estiverem de luto também não podem
participar do ebó, ficando somente na assistência.

Os Orixás que "chegam" usam o centro da roda para dançarem e


darem os seus axés, com exceção dos orixás "velhos" que são
encaminhados a sentarem-se nos banquinhos a eles destinados. Os
erís seguem a hierarquia dos Orixás, sendo de responsabilidade do
alabê a exatidão dos erís assim como a ordem dos acontecimentos no
decorrer do toque.

Acompanhe a seqüência de tais acontecimentos, segundo a Nação


Jêge-Ijexá:

4.1. Balança ou Roda-de-Prontos

Chama-se balança ou cassum em homenagem a Xangô e também por


conter o axé de todos os orixás em equilíbrio. Há um intervalo na
movimentação da roda e os presentes, inclusive os orixás afastam-se
do centro do salão, deixando espaço para a roda da balança.
Só há balança quando há ebó de quatro-pés, que é constituída
exclusivamente por pessoas prontas na religião, que já tenham feito
ao menos bori de quatro-pés, no mínimo 06 pessoas (conta de Xangô)
podendo ser em número múltiplo de 06: 12, 18, 24, 32. Caso o número
de prontos seja excedente, por ser feito mais de uma balança, aí
então costuma-se fazer uma balança com pessoas de orixá de frente
e uma balança com o povo de praia. Os participantes colocados lado a
lado, formando uma roda de mãos dadas, dançam ao ritmo do tambor
que vai gradualmente aumentando de intensidade. É quando ocorre o
maior número de ocupações ao mesmo tempo, sendo somente de
orixás jovens (Oxum, Iemanjá e Oxalá velhos só podem chegar depois
do início dos erís de Oxum). Ao terminar a balança os Orixás
cumprem o fundamento: Vão ao Quarto-de-santo, depois até a porta
da rua para cumprimentar os orixás da rua e depois dançam ao som
do Alujá de Xangô e do Alujá de Iansã, erís destinados unicamente
pelos orixás de frente.

Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas


devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a
balança arrebente algo de grave pode acontecer por dos participantes
da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça
de arrebentar a Balança, cabe ao alabê, mudar imediatamente o axé
indo direto para a execução do Alujá de Xangô. Por causa desta
crença, muitas pessoas esquivam-se de participar da Balança, porém
é uma obrigação muito forte onde se confirma que o ebó que está
sendo realizado é de quatro-pés, o axé que emana no salão durante a
balança é algo muito forte, sentido por todos os presentes.

4.2 Alujá de Xangô e Alujá de Iansã

Logo após a Balança os Orixás que estão no "mundo" dançam o Alujá


do Xangô e o Alujá de Iansã, respectivamente, ritmos do tambor,
característicos destes Orixás. Os orixás jovens dançam em frente ao
"pagodô" local mais elevado (espécie de palco) onde ficam os alabês.
Durante o alujá é contagiante o axé e a empolgação com que os
orixás dançam, proporcionando um momento de rara beleza.

4.3 A Saída do Ecó

Terminado os Erís de Obá é hora da Saída do Ecó, que nada mais é


do que o despacho do axé de Bará, e do ecó de Bará Lanã e do Bará
Lodê (alguidar com água, farinha de mandioca e gotas de epô - azeite
de dendê) e do ecó de Oxum (Vasilha de vidro com farinha de milho,
água, mel e perfume e flores).

A saída do ecó simboliza a saída de toda a negatividade que existe no


ambiente e nas pessoas presentes prepara o ambiente para os erís
dos Orixás de praia, que tem um toque mais brando. Enquanto sai o
ecó, os alabês continuam puxando os erís, só que agora puxam os
erís dos orixás da rua - Bará Lodê, Ogum Avagã e Iansã Timboá - não
há movimento da roda e a assistência evita olhar para o que está
acontecendo, virando para a parede. Diz a crença que quem olhar a
saída do ecó atrai para si a negatividade ali contida.

4.4 Roda de Ibedji

No Batuque de Quatro-pés há a roda de Ibedjis, no Gêge-Ijexá ela


acontece durante os erís de Oxum. É o momento em que as crianças
participam da obrigação e as mulheres que pretendem a maternidade
ou que estão grávidas fazem os seus pedidos e agradecimentos. Os
orixás, principalmente Oxum e Xangô, distribuem aos que estão na
roda e na assistência, as frutas, os doces - quindins, merengues,
cocadas, bolos - que estão no Quarto-de-santo.

4.5 Axé dos Perfumes

Sendo Oxum a deusa da beleza adora perfumes, espelhos, em seus


erís há um momento especial em as Oxuns que estão no mundo
recebem vidros de perfumes, leques e espelhos. Dançam felizes,
empunhando seus leques e espelhos enquanto outras se banham com
perfume e distribuem um axé perfumado as pessoas que estão na
roda e na assistência. Este axé faz uma referência sobre a
"passagem" em que Oxum está no rio banhando-se, num ritual de
beleza e encantamento.

4.6 Axés dos Presentes

Geralmente acontece quase no final do Batuque, os orixás que estão


aniversariando "apresentam" seus bolos, tantos os orixás quanto os
filhos-de-santo que não se ocupam, mostram a todos o seu bolo com
a vela acesa (correspondente aos anos de assentamento do orixá),
enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolo são servidos
aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os
mercados.
São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá
do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de
aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes,
doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia Ilê, etc. É neste
momento que o Babalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos o
presente recebido.

4.7 O Axé do Alá de Oxalá

Pertence aos erís do Oxalá o axé do Alá. Em determinado momento,


os filhos-de-santo com estatura mais elevada suspendem ao alto um
grande Alá branco. Enquanto a roda e os erís continuam, todos
passam por baixo do Alá pedindo ao orixá do branco a paz e a
proteção

4.8 O Aforiba ou a Dança do Atã


O aforiba é o momento em que Ogum e Iansã demonstram a
passagem em que Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O
Babalorixá convida um Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba,
então ela coloca no centro do salão duas garrafas contendo atã
(aforiba) e as armas pertencentes a estes orixás (espadas). Iansã
toma as garrafas e oferece á Ogum que logo se embebeda, mas em
seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando sua
espada. Os dois lutam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois
reconciliam-se e voltam a dançar juntos.

Tendo um Xangô no mundo poderá vir ele fazer parte do Aforiba.


Xangô vem em defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes
entra na luta com Ogum. Aí então, Iansã acalma os dois Orixás.

4.9 Os Axêres

Conforme o Batuque vai acontecendo, os orixás chegam (ocupam-se


da consciência e do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da
religião, conforme o ensinamento do Babalorixá e da Yalorixá. Feita a
obrigação os Orixás "sobem", vão embora. Os orixás são
despachados, geralmente por filhos-de-santo mais antigos e
experientes do Ilê, porém eles ficam em "axêre" ou "axêro" (No
Candomblé são chamados de Erês), estado intermediário entre a
ocupação do orixá e da pessoa propriamente dita. Os axêres agem
como crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com
as pessoas, pois seu linguajar é confuso, trocam as expressões como,
por exemplo: "tigue" (tigre) quer dizer carro, "confeitaria" quer dizer
bolo, "pouco" quer dizer muito, "feinho" quer dizer bonito, e assim por
diante. È um momento de descontração, porém deve ser mantido o
respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os axêres ainda
conservam a essência do orixá.

4.10 A Levantação da Obrigação

Terminada o período em que a obrigação deve ficar arriada, há a


levantação, termo que se refere ao ato de levantar as vasilhas
contendo as obrigações de corte que estavam arriadas, limpa-las e
guarda-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um
costume desde o tempo dos escravos, as obrigações são guardadas
no Quarto-de-santo e ocultas por cortinas que geralmente tem á sua
frente imagens católicas que se referem ao sincretismo religioso,
assim como velas, castiçais, comidas de santo, flores e outros objetos
sagrados pertencentes aos Orixás.
05. O Peixe

A obrigação do peixe é feita pela manhã bem cedinho, e só ocorre em


festas grandes, com quatro-pés. Alguém encarregado deve ir ao rio ou
ao mercado público e trazer peixes ainda vivos para serem imolados
aos Orixás, de Bará á Oxalá, por isso não pode ser uma quantidade
muito pequena. Os orixás de frente recebem pintado como obrigação
e os Orixás de praia recebem jundiá. No Quarto-de-santo são
imolados ao menos um peixe para cada orixá e a ele é destinado: a
cabeça, as barbatanas, a cauda e um pouco de axorô (sangue). A
carne dos peixes imolados é servida com pirão (ebó) no almoço e
deve ser consumida pelos presos (filhos que estão de Obrigação) e
pelos que estão na casa, pois o ebó de peixe simboliza fartura e
prosperidade.
Uma quantidade maior de peixes é preparada frita para ser servida ao
povo que comparecer ao batuque de encerramento ou no Toque do
Peixe - toque realizado na noite do corte do peixe, porém com duração
mais curta quando serão consumidos o ebó do peixe e peixes fritos,
além das comidas dos orixás.

06. Mesa de Ibedji

A obrigação da Mesa de Ibedji é feita no Batuque de Encerramento e


nas ocasiões em que o Babalorixá ou Yalorixá acharem necessárias.
É realizada no início da noite e antecede o Batuque de Encerramento.
Dela participam crianças de zero á doze anos, além de mulheres
grávidas, ou que queiram engravidar. São "tirados" erís de Bará, de
Xangô e Oxum (que representam os Ibedji) e dos orixás velhos. A
Mesa de Ibedji é riquíssima de detalhes e constitui uma obrigação
religiosa com muito axé e beleza. Significa agradar e reverenciar aos
orixás das crianças que simbolizam pureza, paz e prosperidade.
Uma grande toalha branca é colocada ao chão e nela colocam-se 01
gamela de frutas, 01 gamela contendo amalá, flores, 01 quartinha,
brinquedinhos, bolo, doces e refrigerantes. As crianças participam em
grupos de 06, 12...(números múltiplos de 06, a "conta" de Xangô),
sentam-se ao redor da toalha, as menores acompanhadas por um
adulto. Servem-se para as crianças: primeiramente canja de galinha,
depois os doces e refrigerante. Após terem comido o que foi servido,
são dados ás crianças uma colher de mel e um gole de água. Depois
são lavadas e enxugadas as mãos das crianças. Terminadas estas
etapas as crianças são levantadas da mesa por pessoas adultas ou
por orixás que tenham "chegado" na mesa e conduzidos a formarem
uma roda ao som de erís de Xangô. São feitas quantas mesas forem
necessárias para que todas as crianças presentes participem da
Obrigação.

Encerrada a Mesa de Ibedji, os Orixás que chegaram durante e a


Mesa de Ibedji, recolhem os itens que ainda restam na mesa e levam
até o Quarto-de-santo. Os brinquedos são distribuídos entre as
crianças que participaram da Mesa.

07. Toque de Encerramento

É o toque que encerra as atividades públicas do Batuque Grande.


Tem uma proporção um pouco menor do que o primeiro toque, pois é
antecedido pelo corte do peixe e do corte de confirmação, quando são
imoladas somente aves aos orixás.A cor dos axós é preferencialmente
o branco e pode acontecer a Mesa de Ibedji antes do início do toque.
É nesta noite que serão dados os axés de Obés e Ifá. Entre os
alimentos servidos aos convidados prevalecem os doces, além da
canja, da canjica e do amalá (este feito com carne de peito de gado).
Seguido do toque, no dia posterior há a levantação da obrigação do
corte de confirmação.

08. O Passeio

O término da obrigação para os filhos-de-santo que estão presos por


motivo de seu aprontamento ou por obrigação de Bori é o Passeio no
dia posterior á Levantação, pela manhã, antes, porém o Babalorixá ou
Yalorixá leva os presos até a porta da frente do Ilê e apresenta-os à
rua (aos Orixás da Rua), liberando-os para saírem fora dos limites do
Ilê.

É comum no centro de Porto Alegre reconhecermos um grupo de


presos passeando juntamente com seu Babalorixá ou Yalorixá .
Saindo do Ilê vão até o centro visitar lugares de grande significado
para a comunidade batuqueira: A Igreja do Rosário construída com o
trabalho do negro escravo (antiga irmandade de negros) , o Mercado
Público - lá compram cereais, grãos, e velas -, o Rio Guaíba ( que
banha a cidade) - lá reverenciam Oxum e jogam moedas ao rio pedido
prosperidade e fartura. Em seguida, vão visitar algum Ilê conhecido
onde "batem cabeça" cumprimentando os Orixás do Ilê e lá depositam
parte das compras feitas no mercado. De volta ao Ilê, batem cabeça
no Quarto-de-santo e arriam o restante das compras feitas.
Cumprimentam o Babalorixá ou Yalorixá na nova condição de Filho-
de-santo pronto, ou borido (conforme a obrigação realizada).

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