Entrevista concedida a Regis Tadeu em 1995


Fotos: Thiago Almeida (thiagodealmeida.com)

SLASH
 SLASH
Afogando o Guns no Brasil
Simplicidade, humildade, simpatia, bom humor,
autenticidade. Depois de ler esta entrevista
exclusivíssima, todas essas palavras não serão
suficientes para traduzir a minha impressão a respeito
dessa figura mundialmente conhecida.

Contrariando todos os prognósticos – inclusive da

própria produtora e de seu empresário, que alegaram
não haver tempo hábil para qualquer papo exclusivo –
Slash aceitou dar uma entrevista que não duraria mais
do que 30 minutos, mas que acabou se estendendo por
quase duas horas! Durante a conversa ele revelou
detalhes muito interessantes de sua personalidade e dos
bastidores do show business.

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Para começar o nosso papo,
gostaria de saber quais foram as
suas influências musicais depois
que você tomou contato com o rock
and roll pela primeira vez.

Essa é uma questão muito simples e

complicada ao mesmo tempo. Nasci
em 1965 e meus pais eram os mais
autênticos hippies do universo. Quando
comecei a ouvir música, os sons legais
que rolavam na época, no final dos
anos 60 e início da década de 70,
vinham do Steppenwolf, Rolling Stones,
The Who, Joni Mitchell, Led Zeppelin,
The Who e de toda aquela moçada.
Pouco tempo depois, houve uma
mudança nos sons que rolavam em
casa, e eu passei a ouvir também
Aerosmith, Ted Nugent e Cheap Trick.
Fui bastante influenciado por essa pelos velhos mestres do blues, como caras e já naqueles tempos meu som
“salada” e confesso que ainda ouço Muddy Waters, John Lee Hooker e B.B. era muito parecido com o que faço
esses sons com um puta prazer. King, entre tantos outros. hoje, já que sempre fui influenciado
pelas bandas e artistas que acabei de
Apesar do surgimento da disco music, Quando você começou a tocar em mencionar. E vai ser assim para o resto
daquelas bandas de glam e outras bandas? de minha vida (risos). Embora eu esteja
merdas que tocavam no início da MTV ouvindo muito Nine Inch Nails
nos anos 80, sempre fiz questão que o atualmente, não pretendo tocar com
Imediatamente após ganhar minha
Guns ‘n’ Roses nadasse contra essas eles. Tenho meu próprio estilo e seguirei
primeira guitarra, aos quinze anos.
correntes. Além disso, sempre tive com ele até a morte.
Comecei a tocar com um monte de
enorme admiração e respeito imenso

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Você lembra qual foi essa guitarra?
Era uma cópia de uma Gibson Les Paul,
um lixo. Também, pelo preço que meus
pais pagaram nela (risos)... Em certa
ocasião, fiquei tão puto que arrebentei
essa guitarra na parede.
Soube que sua mãe foi figurinista e
estilista, chegando a desenhar
roupas para vários artistas, como
David Bowie e Iggy Pop. Você
chegou a ter contato com essa
gente famosa? Isso o influenciou de
alguma forma?
Com Iggy nem tanto, mas Bowie
conversava comigo com frequência.
John Lennon e Ringo Starr também
estavam sempre lá em casa, assim
como James Taylor e Carly Simon, que
eram casados na época e sempre
apareciam. Eu era apenas um garoto e
ficava olhando todo aquele pessoal
legal entrando e saindo da minha casa,
e dizia “uau, quanta gente
maneira!” (risos). Você lembra do
Sylvester?
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Claro! Ele fez muito sucesso com
aquele hit “You Make Me Feel
(Mighty Real)...
Ele mesmo! Esse cara me deu um rato
de presente! E eu tive o bicho por sete
longos anos! (gargalhadas) O Sylvester
era muito louco. Ele e o Sly Stone foram
os sujeitos mais malucos que conheci
naqueles tempos. De certa forma, essas
pessoas acabaram influenciando a
minha maneira de ser, no sentido de
que a melhor coisa do mundo é o fato
de você poder fazer aquilo que gosta da
melhor maneira possível.
Hoje existe certa paranoia em relação
ao comportamento das pessoas nos
Estados Unidos: você tem que comer
apenas alimentos saudáveis, fazer
exercícios, não deve beber, não fumar,
não usar drogas, não trepar (risos)... Na
América do Sul, as pessoas são mais
relaxadas com essas coisas e na
Europa as tradições dos costumes
estão enraizadas na cultura.
Como você se sentiu realmente
quando o Gun ‘n’ Roses, que antes
tocava em pequenos clubes para
uma plateia bem próxima aos
palcos, se tornou um fenômeno de
histeria coletiva e passou a tocar
em estádios imensos para um
público gigantesco?
Cara, você não tem noção de como
isso me desequilibrou. Tudo o que
aconteceu com o Guns nos últimos
tempos foi o que me motivou a formar o
Snakepit. Depois de um tempo tocando
em um esquema monstruoso, você
acaba sentindo falta de um contato
mais próximo com a plateia, com os
fãs. Você acaba perdendo o elemento
mais importante do rock and roll: a
diversão.
Numa banda como o Guns você nunca
sabe direito quanto tempo vai passar
excursionando e quanto tempo vai ficar
parado. Eu mesmo fiquei sem controle
de minha própria vida! É claro que tudo
o que aconteceu conosco foi muito
legal, mas eu precisava voltar a tocar
rock and roll e, principalmente, a me
divertir com isso.
É verdade que você compôs as
canções do Snakepit que ouvimos
no álbum de estreia, It’s Five o’
Clock Somewhere, para o Guns ‘n’
Roses e todas elas foram recusadas
pelo Axl Rose?
O que aconteceu na realidade foi o
seguinte: eu realmente mostrei algumas
dessas composições para o Axl e ele
não quis usá-las porque está a fim de
traçar um rumo diferente para o nosso
próximo álbum, o que foi basicamente o
motivo que levou o Gilby (Clarke) a
deixar a banda.
Como eu não conseguiria aproveitar
essas músicas com o Guns e muito
menos havia qualquer previsão de
quando entraríamos em estúdio
novamente, resolvi montar o Snakepit
com o Matt (Sorum, baterista do Guns
‘n’ Roses), Gilby, Mike (Inez, baixista do
Alice in Chains) e o Eric (Dover, ex-
vocalista do Jellyfish). Só que quando
estávamos no meio das gravações do
It’s Five o’ Clock Somewhere, o Axl ligou
para mim e disse que tinha mudado de
ideia e que iria aproveitar algumas das
canções que eu havia mostrado
anteriormente a ele. Quando lhe contei
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sobre a banda e o disco que estávamos
gravando, o cara ficou muito puto e
armou uma tremenda confusão, que
ainda estamos tentando resolver (rios).
Parece que um dos pontos
conflitantes entre vocês é o fato de
que Axl anda mais interessados em
baladas meio sinfônicas, com piano
e arranjos de cordas, enquanto
você continua a fim de fazer um
som mais direto e agressivo, não?
Cara, você definiu muito bem. Eu quero
fazer um som que continue a ser
coerente comigo mesmo. De certa
forma, sou um purista do rock and roll.
Gosto de outros tipos de sons, mas o
meu negócio ainda é plugar a guitarra,
aumentar o volume e fazer aquela zorra
toda (risos). Axl está em uma “viagem”
bem particular e isso, obviamente,
acaba gerando alguns conflitos. Por
isso, se ele está a fim de compor
canções sobre ex-amores e golfinhos
(risos), o melhor caminho seria ele
gravar seu próprio álbum solo e não
querer impor esses temas para o
restante da banda.
Por falar em outros sons, o que
você anda ouvindo fora do universo
do rock? Quais são os seus sons
favoritos atualmente?
Bem, antes de responder tenho que
frisar que detesto ouvir música em casa.
Para mim, esse é um tipo de ritual que
tem que ser feito dentro do carro,
dirigindo. Tenho ouvido muito
Soundgarden, o Pretty Hate Machine do
Nine Inch Nails, uma coletânea dos
Rolling Stones chamada Jump Back e
voltei a ouvir o Rocks, do Aerosmith, e o
Highway to Hell, do AC/DC.
Fora da área do rock and roll, tenho
ouvido muito Mozart, algumas trilhas
sonoras de desenhos animados, Steely
Dan e Stevie Wonder, que aprendi a
gostar por causa de minha mãe, que o
amava. Se você prestar muita atenção,
dá para ouvir umas pitadas de soul
music no som do Guns (risos)...
Vamos falar a respeito de Five o’
Clock Somewhere. De onde veio a
inspiração para esse título?
Eu estava no aeroporto de Los Angeles,
esperando o vôo que levaria o Guns
para Inglaterra, pois iríamos tocar no
festival de Donnington. Eu não estava
muito legal, tinha discutido com alguém,
e para fazer hora, resolvi ir até um bar e
disse ao garçom “sei que são dez da
manhã, mas traga um Jack Daniels e
uma Coca”. Quando ele trouxe as
bebidas, disse: “Bem, de qualquer
forma, são cinco horas em algum
lugar”. Cara, fiquei muito tempo
pensando nessa frase e descobri que
ela tem um sentido especial para mim
(risos).
Algo como “todo problema tem uma
solução”.
Exatamente! Significa que sempre há
uma luz no fim de um túnel, que
devemos sempre olhar as coisas sob
outros prismas, tipo “vamos relaxar e
resolver tudo da melhor maneira
possível”.
Como foi o processo de
composição para o álbum?
No meio do ano passado, Matt
apareceu lá em casa com um kit
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eletrônico de bateria e fomos para o
meu estúdio, onde eu mostrei algumas
daquelas canções que havia feito e
mostrado para o Axl. Depois o Gilby
apareceu e trouxe duas músicas, “Dime
Store Rock” e “Monkey Chow”. Ficamos
tocando por um tempo até que o Mike
trouxe o seu baixo maravilhoso e Eric
trouxe umas letras que foram
rapidamente colocadas em cima dos
arranjos já prontos. Gravamos tudo e
ficamos alguns meses tocando por aí,
dando um tempo depois para que Eric
e Gilby pudessem gravar seus
respectivos discos, e para que eu
pudesse construir um novo estúdio,
pois o anterior foi destruído por causa
do terremoto de Los Angeles.
Por que Sorum e Inez não vieram ao
Brasil com você?
Matt não veio porque é muito
importante para o futuro do Guns ‘n’
Roses que ele esteja junto com o Axl.
Não queria que nenhum conflito
emocional surgisse pelo fato e ele estar
aqui comigo. E Mike não veio porque
ele também toca em uma banda muito
parecida com o Guns, ou seja,
recheada de problemas existenciais
(risos). O Alice in Chains também não é
mole (mais risos). Então, resolvi trazer o
James (LoMenzo, baixista) e o Brian
(Tichy, baterista)...
Que formam a cozinha rítmica do
Pride & Glory, o projeto paralelo do
Zakk Wylde.
Sim, isso mesmo. São uns caras muito
legais e toparam o convite
instantaneamente.
Aliás, e esse lance de o Zakk ter
tocado com o Guns? Vai rolar algo
mais sério?
Ele realmente esteve fazendo umas
jams conosco, mas acabou não rolando
algo além disso porque o estilo dele não
encaixou com o som da banda. Ele é
um guitarrista excepcional, mas não
funcionou como esperávamos dentro
do som da gente.
Obviamente, o processo de
composição no Snakepit foi muito
diferente daquele utilizado no Guns,
né?
Certamente. Com o Guns, eu mostro
uma ideia ao Axl e ele grava, leva a fira
para a casa e fica trabalhando em cima.
O problema é que seis meses depois
ainda estamos trabalhando em cima da
mesma música (Slash diz isso com um
indisfarçável tom de desânimo na voz).
Por isso que o lance com o Snakepit
me dá um prazer imenso, pois é uma
relação de trabalho completamente leve
e desencanada. Se eu tivesse ficado em
casa esse tempo todo, me
preocupando com as coisas e
problemas do Axl e do Duff (McKagan,
baixista do Guns), eu teria enlouquecido
(risos).
Teriam sido esses os motivos que o
levaram a aceitar os convites de
gente como Lenny Kravitz e até do
Michael Jackson para tocar em
algumas faixas de seus discos
recentes? Foi um meio de preservar
a sua identidade musical?
Nunca havia pensado nisso sob esse
ponto de vista, mas creio que você tem
razão. No disco do Lenny eu usei um riff
(em “Always on the Run”) que eu havia
composto para o Guns, mas o Axl e o
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Duff acharam “muito funky” e não se
interessaram. Fiquei muito feliz em
poder aproveitá-lo em uma canção
dele. Fiz também o solo de guitarra para
“Fields of Joy” e todo mundo envolvido
adorou. Já com o Michael foi um lance
bem diferente, meio “sintético”, com
todos aqueles samplers em um estúdio
completamente diferente e com
pessoas muito diferentes também...
E o som totalmente limpo...
(interrompendo) Menos a minha
guitarra! (risos). Fui até lá e fiz a coisa
todo com o meu estilo. No fim, todas
essas experiências foram muito
enriquecedoras para mim. E para você
ter uma ideia disso, vou te contar que
estou gravando umas coisinhas com a
Carole King em uma garagem (risos). É
um lance totalmente diferente das
outras participações e muito legal!
Já que estamos falando a respeito
de seu estilo, como funciona na sua
cabeça o “método” de
entrosamento com outros
guitarristas?
Acima de tudo, o estilo de cada um tem
que ser respeitado e preservado. Em
uma banda, todos têm que caminhar
em uma mesma direção musical dentro
de seus respectivos estilos. Esse foi o
motivo pelo qual o lance com Zakk não
funcionou no Guns. Eu cheguei a fazer
uma jams com o Pride & Glory e foi
muito legal porque sou extremamente
adaptável, mas quando fomos tocar
juntos no Guns tudo soou muito
barulhento, pois somos dois
guitarristas-solo e o Axl não conseguia
cantar “Sweet Child o’ Mine” do jeito
que ele queria (risos).
Você tem uma característica bem
peculiar, que é a de compor riffs
extremamente marcantes, daqueles
que ficam imediatamente grudados
na memória das pessoas. Quais são
as suas fontes de inspiração nesse
campo criativo?
Basicamente, “The Ocean”, do Led
Zeppelin, e “Back in the Saddle”, do
Aerosmith. O meu estilo pode ser
definido por meio dessas duas músicas.
Quando estou em turnê, fico no meu
quarto compondo dezenas de riffs até
encontrar algum no qual eu possa
trabalhar em cima. Aí, fico tocando
várias vezes até sentir que alguma
melodia de vocal pode ser encaixada
nele. Compor riffs é algo que me deixa
completamente “ligado”.
Muitos anos atrás, eu estava tentando
tranar com uma garota muito
interessante que estudava comigo na
mesma escola, embora em classes
diferentes. Depois de muito papo,
consegui que ela me convidasse a ir até
a casa dela. Estava tudo armado para
rolar um lance legal entre a gente, até
que ela colocou um disco para “criar
um clima”: o Rocks, do Aerosmith, e
justamente na faixa “Back in the
Saddle”. Nunca tinha ouvido nada
parecido com aquilo! Fiquei tão
alucinado que pedi a ela para colocar a
música para tocar várias vezes
seguidas. Não dei a menor atenção à
garota e nem me toquei onde estava.
Final da história: não transei com a
garota e tive que voltar para a minha
casa de bicicleta! (gagalhadas gerais)
Você costuma fazer algum tipo de
aquecimento antes de subir ao
palco? Faz alguns exercícios
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praticando escalas na guitarra ou algo
do tipo?
Para mim, o melhor exercício musical
está no nato de compor. Não sento e
fico tocando escaladas simplesmente
porque não sei nada a respeito delas
em termos teóricos. Toco apenas
algumas progressões ao longo do
braço do instrumento. O ideal para mim
seria passar o dia inteiro compondo
riffs, criando solos ou apenas fazendo
jams, como aconteceu agora na
Argentina, quando toquei de improvisos
com garotos de dezessete anos em um
clube em Buenos Aires.
Existe uma versão ao vivo de
“Knockin’ on Heaven’s Door” que
tem um solo de guitarra bem
diferente da versão em estúdio e as
pessoas aqui no Brasil ficaram
literalmente chapadas com ele.
Como pintou essa ideia?
Você deve se referir à versão ao vivo
mais recente que fizemos, pois existe
uma versão mais antiga, gravada ao
vivo no Marquee, em Londres... É muito
estranho você perguntar a respeito,
porque esse solo pintou meio que na
hora, foi completamente espontâneo,
não entrei para tocá-lo com alguma
melodia fixa na cabeça. É legal saber
que as pessoas curtiram...
Antes de gravar um álbum, você faz
algum tipo de pesquisa para saber
qual o melhor som de guitarra para
cada canção, que timbres vai usar
em determinados trechos?
Para ser sincero, uso um mesmo som
de guitarra em todas as canções (risos).
Com exceção de algumas baladas e em
“Back an’ Forth Again”, em que usei
uma Fender Stratocaster para fazer os
solos, meu som não muda.
Para terminar, a pergunta que todo
mundo deseja saber a resposta: o
que vai acontecer com o Guns ‘n’
Roses?
Em agosto voltarei a ter contato com
Axl e Duff, vamos ver o que irá
acontecer. Para ser sincero, nem eu
mesmo sei (risos)...
Reparei que algumas letras do
Snakepit são um pouco sombrias,
especialmente em “Lower”, que a
meu ver fala de suicídio. Nesse caso
específico, você está se referindo
ao suicídio da Savanahh (famosa
atriz pornô que namorou com Slash
poucos meses antes desta
entrevista e que se matou depois de
sofrer um acidente que mutilou
parte de seu maravilhoso corpo)?

Sim e não. Apesar de a maior parte

dessa letra ter sido composta pelo Eric
e eu ter acrescentado apenas algumas
linhas, nós dois tínhamos em mente
essa tragédia que aconteceu com ela.
Acho que essa letra fala mais a respeito
de amizade, de como é difícil ver uma
pessoa que você ama despencando e
desperdiçando a sua vida, de como
você tenta trazê-la de volta e não
consegue. Sem, contar que o suicídio
do Kurt Cobain foi mais ou menos na
mesma época. A gente ficava se
perguntando “que diabos está
acontecendo com as pessoas?”.
Quando o Gilby ligou para o estúdio
contando o que havia acontecido com
ela, o choque foi geral.