Quando ocupar um espaço, mesmo que esse seja abstrato, reflita sobre os casos e

acasos que te levaram a agir e sobre todas as ideias que fundamentaram sua decisão. Pense
também nos corpos que o cerca, mesmo que esses sejam apenas sentimentos e emoções, e não
cometa o ato de desconsidera-los porque os acha frívolos. Caso tenha medo de fazer algo
condenável, lembre-se que tudo será julgado, quer se faça algo, quer se faça nada. Os juízes já
não usam uniformes que possamos identificar e qualquer um pode mostrar “(...) a mentalidade
de quem se sente autoridade neste tribunal de rua”. Vá além dos limites que te foram impostos
e lembre-se que transgredir não é ato de terrorismo, é apenas a sua resposta àqueles que te
tiraram o básico. Ao final, lembre-se que meio mundo pode não compreender nada do que fez,
mas que isso não descarta sua tentativa de mudar espaços que não te veem como alguém
importante a ser ouvido.