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Fefê Torquato/UOL
PAOLA MACHADO
COLUNISTA DO UOL VIVABEM
Quando pensa no fator que mais faz mal ao organismo, qual a primeira coisa que
vem à sua cabeça? O álcool? O cigarro? Pois saiba que, no Brasil --e em boa parte
do mundo --, a obesidade já deixou o tabagismo para trás e é a principal
responsável por muitas doenças que levam à morte.
ORIGEM
MORBIDADE
A obesidade pode ser considerada leve, moderada ou grave, conforme o IMC (índice
de massa corporal) da pessoa --veja na tabela abaixo. Apesar de o IMC ser a forma
mais simples e acessível de saber se o peso de alguém está o não adequado, é
importante ressaltar que o cálculo é bastante subjetivo e nem sempre se aproxima da
realidade. Uma pessoa de baixa estatura e com muitos músculos, por exemplo, pode
ter um IMC de obeso mesmo sem possuir excesso de gordura corporal.
Para trazer um resultado preciso, o IMC deve sempre ser associado a outros métodos
subjetivos para identificar a composição corporal, como a relação cintura-quadril; a
circunferência de cintura; o índice de conicidade; e a circunferência de pescoço. A
pessoa ainda pode fazer análises clínicas, como a bioimpedância e a análise de
dobras cutâneas, que são mais precisas.
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Quando a gordura excede o nível normal, pode invadir os órgãos e afetar seu
funcionamento. Também gera um processo inflamatório no organismo que prejudica
a circulação e compromete toda a entrega de nutrientes e oxigênio às células,
fazendo com "morram de fome". Essa é a razão para sempre nos preocuparmos em
tratar a obesidade, independentemente de aceitá-la ou não.
In uência psicológica
Até 63% dos obesos têm compulsão alimentar, transtorno psicológico que leva à
ingestão anormal de alimentos em curto período de tempo. Além disso,
perturbações da imagem corporal, depressão, ansiedade e impulsividade estão
relacionadas com o aumento de peso.
Questões genéticas
Algumas pessoas nascem com maior facilidade em armazenar gordura. Já outras
apresentam uma ação menos efetiva de hormônios que promovem a saciedade. Às
vezes, são questões genéticas sutis, mas que associadas facilitam fatores
ambientais que levam ao ganho de peso e aumentam em até 50% o risco de
alguém se tornar obeso.
Alterações hormonais
Em obesos, parece haver especialmente uma resistência ou falha no mecanismo
da ação da leptina, hormônio responsável por inibir o apetite e aumentar o gasto
calórico periférico. Além disso, o tecido adiposo (gordura) é capaz de secretar
inúmeras adipocinas, substâncias que interferem na regulação do metabolismo,
aumentam a inflamação no organismo e elevam o risco de doenças crônicas.
Por esse motivo, temos dois grandes obstáculos: perder o peso de forma consciente
e trabalhar na manutenção do que foi eliminado. Não existe fórmula mágica capaz de
garantir um emagrecimento rápido, efetivo e duradouro, pois estratégias bruscas,
radicais e imediatistas dificilmente são mantidas por longo período. O caminho é uma
mudança geral no estilo de vida, especialmente na alimentação, além de investigar e
tratar outras causas da obesidade (como alterações hormonais)
- Não fique só no aeróbico Por proporcionar grande gasto calórico, muitas pessoas
investem só na caminhada ou corrida para perder peso. Você pode e deve realizar
treinos aeróbicos, mas nunca deixar de lado o treinamento resistido, pois a
musculação é uma grande aliada para emagrecer. Com ela, você vai aumentar seu
percentual de massa muscular, responsável por elevar diretamente a sua taxa
metabólica basal --ou seja, seu corpo vai gastar mais calorias mesmo em repouso, o
que ajuda no balanço energético negativo.
- Cuidado com atividades de impacto Enquanto estiver muito acima do peso, evite
fazer exercícios que exigem muitos saltos e corrida, para não sobrecarregar as
articulações e se lesionar. Comece com uma atividade de baixo impacto, como bike,
elíptico, natação, caminhada. E sempre faça exercícios com orientação profissional e
liberação médica.
- Escolha uma modalidade que gosta Se você odeia correr, por exemplo, não adianta
praticar o esporte só porque dizem que ele "detona muita gordura" ou está na moda.
Busque uma modalidade que traz prazer e sempre vai deixar você motivado a
realizá-la.
Isso porque a gordura da barriga --a popular "pança de chope", se acumula entre os
órgãos e vísceras (por isso é chamada de visceral) fica ao redor de partes vitais do
corpo, como o estômago e o fígado, prejudicando seu funcionamento.
A gordura visceral gera perigo à saúde. Já a gordura subcutânea, que fica entre a
pele e a parede abdominal, é mais um "reservatório" natural de energia (calorias) e
não ameaça tanto sua vida, uma vez que não envolve diretamente os órgãos e os
vasos sanguíneos.
Após tentar se matar, Tati Falso magro, Rafael pegou firme no Não é só pose: fortalecer os
aproveitou nova chande de viver e treino e mudou o corpo em 12 músculos faz bem para a mente e
perdeu 65 kg semanas para a saúde
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