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As Parábolas de Jesus não são Ilustrações para

Sermões Comoventes
Publicado por Reformados 21 em 09/12/2018 12:56
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“Você precisa contar mais histórias quando prega. As pessoas gostam de ouvir histórias.
Jesus contou parábolas para que até as crianças pudessem entender”.

Recebi este feedback de sermão de um pastor há alguns anos. Embora a crítica


provavelmente tenha sido merecida, fiquei perplexo no momento sobre a razão. É
realmente verdade que Jesus contou parábolas para que pudesse ser mais facilmente
compreendido?

Esta questão está no cerne da Parábola do Semeador.

Nesta célebre parábola – descrita como a chave para entender todo o restante (Marcos
4:13b) – Jesus parece dizer que fala desta forma não para que seja mais facilmente
compreendido, mas precisamente para que seus ouvintes não ouçam e entendam, “para
não acontecer” que se arrependam e sejam perdoados.

Como devemos lidar com essa difícil passagem?

O Que Jesus Disse?


Aparecendo em Mateus 13:1–23, Marcos 4:1–20 e Lucas 8:1–15, essa parábola é uma
das mais importantes que Jesus contou. Como subsequentemente explicou, foca nos
resultados vistos quando a semente do semeador (“a palavra”) cai em várias condições de
coração. Sementes no caminho são devoradas por pássaros (“o maligno”); sementes
brotando em solo rochoso são queimadas pelo sol (“angústia/perseguição”); e as
sementes que brotam entre espinhos são sufocadas (“cuidados do mundo”). Mas as
sementes em solo bom produzem múltiplas colheitas. É importante ressaltar que Jesus
descreve a última categoria de semente como “o que ouve a palavra e a compreende”
(Mateus 13:23).

Jesus conta a parábola publicamente para uma multidão, mas a explica em particular para
seus discípulos (Mateus 13:10). A explicação de Jesus tem surpreendido gerações que a
leem.

Os três evangelistas (Mateus, Marcos e Lucas) apresentam versões ligeiramente


diferentes, mas concordam em duas coisas fundamentais: O que está em jogo nas
parábolas é o “segredo/mistério” do Reino de Deus. Dentro de cada parábola – algumas
mais diretamente do que outras – contém algo sobre a proclamação de Jesus e a
inauguração do Reino.

As parábolas desempenham um papel surpreendente. Quando Jesus fornece a razão para


falar em parábolas, ele não diz: “Para que até as crianças possam entender”; muito
menos: “Porque as pessoas gostam de histórias divertidas.” Em vez disso, ele oferece
uma razão quase oposta. Existem pequenas diferenças entre Mateus e Marcos e Lucas.
Em Mateus se lê “porque vendo, não veem”, enquanto que em Marcos e Lucas se lê “para
que, vendo, vejam e não percebam ou entendam.” Conquanto Mateus seja um pouco
menos severo do que os outros neste ponto, seu relato mais extenso conclui (tal como
Marcos) que as parábolas produzem tais resultados “para que o ouvinte não se converta e
seja perdoado”.

A tensão é imediatamente visível nisto: Jesus está dizendo que sua pregação é designada
para gerar fracassos? Jesus está sendo intencionalmente vago para afastar as pessoas?

O Que Jesus Quis Dizer?


A chave para desvendar as palavras de Jesus está no próprio texto. Explicitamente em
Mateus, e implicitamente em Marcos e Lucas, Jesus revela que está cumprindo as
palavras de Isaías. No célebre comissionamento de Isaías, Deus o ordena:

Vá e diga a este povo: “Ouçam; ouçam, mas sem entender. Vejam; vejam, mas
sem perceber.” Torne insensível o coração deste povo, endureça-lhes os
ouvidos e feche os olhos deles, para que não venham a ver com os olhos, ouvir
com os ouvidos e entender com o coração, e se convertam, e sejam
curados (Isaías 6.9-10).
Enquanto os três evangelistas interpretam esse imperativo de maneiras completamente
diferentes, todos expressam o sentido básico: O “Para que não venham” de Jesus está
enraizado na profecia de Isaías.

Isaías teve uma visão do Senhor e foi encarregado de pregar à nação. Passou sua vida
proclamando o julgamento iminente para muitos e a restauração de um remanescente.
Deus disse ao profeta, entretanto, que sua pregação às vezes produziria o oposto do que
desejaria: tornaria alguns mais insensíveis e indiferentes, não menos.

Enquanto o ministério de Isaías despertou fé em alguns, endureceu ainda mais os que já


estavam afastados de Deus. Quase de forma chocante, o Senhor disse a Isaías que, no
misterioso plano de Deus, seu ministério profético foi concebido para produzir divisão na
nação entre os que se arrependem e os impenitentes.

Assim, quando Jesus cita a passagem de Isaías, ele está revelando que seu ministério
produzirá o mesmo resultado.

Mas, por que parábolas?


Quebrantamento e Endurecimento
Uma vestígio do motivo de Jesus apresentar seu ministério de parábolas desta forma pode
ser encontrada no próprio evangelho. O sentido de “parábola” é bastante familiar,
normalmente se referindo a histórias curtas com múltiplos níveis de significado (literal,
moral e assim por diante). Contudo, em grego e hebraico, a palavra abrange histórias,
enigmas, insultos, provérbios e muito mais – e seu uso nos Evangelhos é
semelhantemente variado.

O Antigo Testamento revela que os profetas falaram por parábolas como parte de sua
missão. Por exemplo, o Salmo 78:2–4 descreve o profeta como “Abrirei os meus lábios
para proferir parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. […] Contaremos à
geração vindoura os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez”. Da
mesma forma, Ezequiel se queixa: “Ah! SENHOR Deus! Eles ficam dizendo que eu só sei
contar parábolas!” (Ezequiel 20:49). Como resposta, Deus lhe diz para continuar pregando
contra Jerusalém (21:2).

Os profetas usaram parábolas de todos os tipos para velar e desvendar a verdade, para
levar os ouvintes ao ponto de reconhecer seu próprio autojulgamento e produzir uma
resposta para Deus.

Então, o que exatamente Jesus está fazendo com suas parábolas? Havendo se
identificado em outras ocasiões como um profeta (Mateus 13:57; Lucas 13:33), Jesus
afirma estar continuando, até mesmo culminando, a missão profética que Isaías
demonstrou. Tal como os profetas antigos, Jesus usou parábolas para revelar o mistério do
Reino, para estimular reflexão sobre o pecado, para chamar pessoas ao arrependimento, e
para produzir o oposto entre os endurecidos contra ele.

Os que têm o coração preparado como boa terra, que “têm ouvidos para ouvir” (Mateus
13:9), deleitam-se na gloriosa simplicidade e nas profundas verdades das parábolas de
Jesus; a estes Deus concedeu “conhecer os mistérios do Reino dos Céus” (Mateus 13:11).
Mas para os endurecidos contra Deus, as parábolas são projetadas para permanecerem
como histórias mundanas sobre horticultura, vinhedos, redes de pesca, economia
imobiliária, viagens ou banquetes – nada mais. Para essas pessoas, as parábolas
permanecem obscuras, latentes e até estranhas – assim como o próprio evangelho.

Ao examinarmos meticulosamente, constataremos que Jesus não está sendo lúgubre com
um objetivo em si mesmo. Suas parábolas retratam o evangelho e suas exigências em
cores terrenas. Porém, como sabemos por outras partes das Escrituras, o evangelho
endurece alguns, ao mesmo tempo que converte outros. Com efeito, é precisamente
através deste mistério de endurecimento e quebrantamento que o Reino avança.

João 12:40 aplica Isaías 6:9–10 ao ministério de Jesus para explicar como tantos que
ouviram suas palavras “não puderam crer”. Da mesma forma, em Atos 28:24, Lucas
explica o resultado líquido do ministério de Paulo – “Houve alguns que ficaram
persuadidos pelo que Paulo dizia; outros, porém, continuaram incrédulos” – recorrendo
para Isaías 6:9-10 (veja Atos 20:26-27). Isto é visto mais claramente no modo como a
dureza daqueles que rejeitaram a Jesus preparou o caminho para a cruz, que, por sua vez,
abre o caminho do Reino para aqueles que o recebem.

Mistério Soberano
Em suma, a teologia por trás da Parábola do Semeador, a observação de João sobre o
ministério de Jesus, e a visão de Paulo sobre seu próprio ministério – decorrente do
ministério de Isaías – é que a soberania de Deus na salvação procede de maneira às
vezes intrigante, mas glorificadora.

A semente do evangelho é livre e amorosamente espalhada para todo e qualquer um. Mas
o solo é o que importa, e somente Deus pode prepará-lo para receber a semente e
produzir a múltipla colheita de arrependimento e perdão. Isso liberta o pregador para
semear a semente fielmente, e, portanto, observar a obra de Deus que muda corações
pecaminosos de acordo com sua vontade soberana.

Autor: Greg Lanier


Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21

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