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INTRODUÇÃO
Os sucessivos passos que o marketing deu, desde o seu aparecimento, até aos dias de hoje
dependeram sempre das condições do mercado e da evolução da economia desse mercado,
mas o seu aparecimento formal só ocorreu no momento em que as empresas e outras
organizações entenderam que o elemento fundamental da sua oferta é o consumidor e não o
produtor ou o distribuidor.
O tempo anterior à consciencialização por parte das empresas de que o elemento fundamental
é o consumidor, foi crucial para a evolução do conceito de planeamento. As empresas já agiam
e reagiam às condições do mercado. Neste sentido é conveniente analisar a evolução até aos
dias de hoje, para se compreender toda a restante problemática de evolução.
- Passividade
- Reactividade
- Previsão
- Proactividade
a) Atitude Passiva
Alguns gestores, podem ter tendência para deixar acontecer o que tiver que ocorrer,
esperando que o futuro Ihes seja propício e venha a proporcionar um ambiente
favorável, com boas oportunidades e ausência de riscos.
São, certamente, pessoas de grande fé que conduzirão as suas organizações, num
período mais ou menos curto, para a ineficácia e para a falência.
Numa época de grande carência, de muito mais procura do que oferta, na quase total
ausência de concorrentes, a organização ainda poderá sobreviver, mas nunca
conseguirá aproveitar as melhores oportunidades nem evitar o impacte de
acontecimentos desfavoráveis.
Deixar andar, encolher os ombros, ter fé em nada é, por certo, uma atitude não muito
comum nos gestores actuais, mas «ataca» esporadicamente até os mais prevenidos, de
forma insidiosa e inesperada. A rotina, o cansaço e até o sucesso podem contribuir para
alguma inércia e algum «autismo» de gestão até dos melhores. Só uma constante
autovigilância, uma metodologia de quebra de rotinas, de inovação poderão ser
eficazes no combate a esta atitude fatal para os gestores.
O planeamento de marketing, participado e activo, não rotineiro e criativo, pode ser o
«bálsamo» da empresa e o seu «sopro de vida» e de sucesso.
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Marketing
b) Atitude Reactiva
Mas quanto mais instável for o mercado mais necessário é o esforço de previsão e
planeamento, para que sejam evitadas as maiores incertezas e a organização seja
preparada para enfentrar a maior parte das ameaças, aproveitando as eventuais
oportunidades. Se a empresa não se preparar, nunca estará pronta para reagir...
c) Atitude de Previsão
d) Atitude Proactiva
De facto, não basta prever: é preciso construir hoje as bases do que se pretende que
aconteça no futuro, procurando antecipar os cenários alternativos desse futuro. Depois
é ainda necessário decidir qual é o futuro desejável, entre as várias hipóteses possíveis,
dentro dos cenários prováveis.
Esta atitude proactiva impõe que se tenha de agir hoje, decidir por antecipação, para
poder criar uma organização que possa sobreviver, ser eficaz, aproveitar oportunidades
e enfrentar ameaças com sucesso.
Este é o único comportamento de gestão que impõe e possibilita, simultaneamente, o
planeamento estratégico de marketing, qualquer que seja o formato que ele venha a
adoptar no futuro.
Na sequência do ponto anterior, torna-se necessário transpor a visão dos gestores para
períodos históricos que representam diversas formas de estar nos comportamentos de gestão
dos mercados, bem como as balizas que os limitaram desde o início do último século:
Cada um destes períodos será caracterizado, sumariamente, dando especial relevância àquilo
que contribuiu para a evolução do Marketing e do seu planeamento. Relativamente a cada fase
caracterizar-se-á o Marketing e a óptica que lhe correspondeu, bem como o modo como
evoluiu o Planeamento de Marketing.
As duas fases de gestão do mercado que antecederam o marketing ocorreram entre:
1900-1929
1930-1939
a) A Óptica da Produção
A primeira fase que antecedeu o marketing foi a época do crash da Bolsa de Wall Street
(EUA), entre 1900 e 1929. Este período caracterizou-se fundamentalmente por um
crescimento da oferta, até à saturação do mercado. Provavelmente, o mercado era então
muito carente na satisfação de muitas necessidades. Em resumo, muitas necessidades
sem produtos que as satisfizessem e, simultaneamente, produtos muito similares entre si
que saturaram o mercado, satisfazendo um número de necessidades reduzido. Vamos
tentar caracterizar os mercados deste período. O mercado talvez mais característico, nesta
época, é o dos EUA. Trata-se de um mercado em ritmo acelerado de industrialização, muito
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dinâmico e em rápido crescimento da procura, por causa dessa mesma industrialização e
consequente urbanização das populações.
Até então, grande parte da população pertencia ao sector primário, praticando uma
agricultura de subsistência. Rapidamente, a maior parte da população agrícola é atraída
para a cidade, para o sector secundário, enquanto que os novos imigrantes, que acorrem
da Europa, ficam igualmente nos grandes centros.
Numa situação como esta, com um crescimento rápido de meios de pagamento, vários
fenómenos se reproduzem:
O poder de compra aumenta drasticamente a procura. As poupanças procuram a melhor
aplicação, o que provoca o aparecimento de um mercado de capitais de pequenos
investidores.
A indústria nascente procura nesse mercado financeiro os capitais necessários ao seu
investimento e proporciona, em troca, a partilha dos lucros como dividendos.
A indústria investe nos negócios mais seguros e rendíveis, imitando aqueles que já estão
no mercado e dão maior lucro imediato.
Tudo funciona bem enquanto a procura é superior à oferta. Mas a canalização dos
investimentos para poucos domínios de produção acaba por impor uma concorrência no
preço, com uma quebra de rendibilidade acentuada, o que leva a indústria a apresentar
prejuízos, a não poder dar dividendos às acções cotadas na Bolsa, o que vai provocar uma
descida acentuada das cotações dos títulos, pânico na Bolsa, e o crash da tristemente
célebre «Sexta-Feira Negra», de 26 de Setembro de 1929, de Wall Street.
Nesta fase qual é a óptica dos gestores, relativamente ao mercado? Tem sido
caracterizada como ÓPTICA DA PRODUÇÃO.
Os industriais estão necessariamente preocupados em dar resposta à procura espontânea
acelerada, produzindo cada vez mais, com melhores métodos, que permitam custos mais
baixos, para poder obter mais lucros. O mercado é o mero destinatário que escoa a sua
produção e dá lucro...
Um exemplo tipico desta óptica é o caso da Ford: linha de montagem contínua, produção
de componentes por secções especializadas, uma única cor (preto), com o objectivo de :
minimizar os custos
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Investimentos
Produção
Custos
Resultados: lucro...
Concorrência no preço.
Saturação da oferta
Prejuízos catastróficos
Crise da Bolsa
Falências
Desemprego
Diminuição da procura.
E foi esta crise de sobreprodução que conduziu à chamada Grande Depressão dos anos
30.
b) Óptica da Venda
Mas os gestores, perante a crise, não ficam parados: procuram formas de a superar. Mudam
de óptica, de «filosofia» de gestão.
De facto, a partir de 1930, entra-se num novo período histórico - Grande Depressão - que
desemboca na Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é um período conturbado e
difícil, em termos económicos e sociais, em todo o mundo mais evoluído e industrializado e, por
reflexo, nos restantes países e regiões do Globo. A crise americana, propaga-se à Europa,
através da redução das importações. De facto, uma boa parte da indústria europeia exporta
uma parte substancial da sua produção para os Estados Unidos. Quando estes entram em
crise, estas exportações reduzem-se drasticamente, o que leva à falência de muitas empresas,
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a altas taxas de desemprego, como nunca se vira anteriormente. Sem uma segurança social
que compensasse uma parte dos salários dos desempregados, o poder de compra desce
acentuadamente e a procura diminui, fazendo ainda mais empresas entrar em dificuldades, e a
economia dos países mais avançados entrar numa espiral depressiva.
Foi esta crise que fez com que alguns países da Europa Central procurassem um escape,
através do acesso a matérias-primas essenciais, nomeadamente, o carvão e o aço do Rhur,
disputado pela Alemanha e a França. Foi esta crise que levou Hitler ao poder, e foi esta disputa
de matérias-primas que, em última análise, justificou o recurso à guerra e às disputas
territoriais.
A grande dificuldade das empresas é conseguirem os níveis de vendas lucrativos que a
recessão do mercado não permite. E esta circunstância conduz os gestores a uma «filosofia»
de gestão: a Óptica da Venda.
A Óptica da Venda apareceu como resposta às dificuldades com que as empresas, de quase
todos os sectores económicos, se deparavam para vender os seus produtos, durante esta
conjuntura económica depressiva. Já não basta produzir um bom produto ao mais baixo preço,
é preciso vender, mas o cliente já não compra com a mesma facilidade de outrora, quando a
procura era superior à oferta. «Não basta produzir - diz-se, então -, é preciso vender; e, se o
cliente não compra, é preciso fazer com que ele mude de opinião, pressionando-o, se
necessário».
Nesta época desenvolvem-se e ganham forte expressão, fundamentalmente:
As técnicas de venda
A promoção de vendas
a publicidade
Boas e más técnicas, como as da «venda a alta pressão» e a publicidade enganosa, que
trazem grande descrédito aos sectores de venda e de publicidade.
Esta forma de abordar o mercado não resolveu a crise: se o cliente não compra é porque o
produto não satisfaz as suas necessidades, gostos, desejos. O produto não pode ser apenas
um resultado de uma produção: tem de satisfazer de uma forma específica e diferenciada
necessidades humanas.
Nesta época, o planeamento do mercado é, essencialmente, um sistema de planificação de
vendas. Os grandes objectivos do Plano de Vendas reportam ao Volume de Vendas ou à
Quota de Mercado.
O plano inclui ainda, muitas vezes, uma resenha programática da equipa ou força de vendas
da empresa, bem como as acções e campanhas de vendas e, por vezes, promoção de vendas.
Raramente, o Plano de Vendas inclui a planificação das acções de Publicidade, que são,
normalmente, tratadas em plano à parte, muitas vezes, apenas em plano de campanha.
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Já vimos que o resultado foi a Segunda Guerra Mundial. Hitler ganha o poder prometendo
emprego à legião de desempregados alemães, cria emprego nas grandes obras públicas (auto-
estradas), na indústria militar e nas forças armadas. Esta situação requer matérias-primas, a
desvalorização da moeda e a inflação são enormes. A guerra é um desenlace natural.
O período da guerra e o imediato pós-guerra trouxeram outras preocupações aos gestores,
mais uma vez, fundamentalmente na Óptica da Produção: a produção para a guerra e para o
sustento imediato das populações.
Foi uma fase de crescimento, estabilidade e progresso económico e social. A economia cresce,
sustentadamente, no seu período mais longo, de cerca de 25 anos, até à Crise do Petróleo.
Surge uma nova «filosofia» de gestão, a Óptica de Orientação para o Mercado, ou 1ª Fase do
Marketing. Ainda não se extraem todas as consequências desta nova visão da empresa, a
partir do seu mercado. Em muitos casos mesmo, esta óptica, para muitos gestores, visa
apenas conhecer um pouco melhor o consumidor, para adaptar os produtos mais ao seu gosto.
Mas, mesmo assim, imprime uma nova dinâmica às empresas, na sua relação com o mercado.
A Óptica de Orientação para o Mercado diz-nos que o Marketing serve essencialmente para
conhecer melhor o mercado, por forma a que a empresa possa produzir os produtos que
satisfaçam as necessidades sentidas ou pressentidas pelo consumidor. Novos métodos de
estudo do mercado permitem conhecer melhor o Consumidor, partindo-se do pressuposto que
este conhecimento pode ser feito a partir da análise de necessidades, interesses e desejos do
«consumidor médio», representativo de todo um mercado. Conhecidas estas necessidades, a
empresa estaria em posição de produzir um produto que satisfizesse maciçamente o mercado.
Esta concepção está na origem da produção massificada, dos ganhos de escala e de
produtividade, da Lei da Curva de Experiência e dos baixos custos da produção, ainda
apoiados por mão-de-obra barata e matérias-primas igualmente baratas.
Os estudiosos de marketing, nomeadamente, William Stanton e, mais tarde, Philip Kotler,
definem as variáveis estratégicas de intervenção da empresa no mercado, o Marketing-Mix:
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Marketing
Produto (product), Preço (price), Distribuição e Venda (place = ponto de venda) e comunicação
Marketing (promotion = promoção). E este é um contributo decisivo para o Marketing.
Obviamente, esta nova óptica de mercado, dá origem a uma nova forma de planeamento, cujo
suporte foi um planeamento dominado essencialmente pelo Marketing-Mix.
De facto, o Plano de Marketing desta época é bastante simplificado. Pouco mais tem, de
conteúdo, que os objectivos (quota de mercado e/ou crescimento de vendas) estabelecidos
fundamentalmente na base de previsões por métodos estatísticos bastante simplificados das
médias móveis, semimédias, regressão linear, etc., bem como a definição do Marketing-Mix
(Produto, Preço, Distribuição e Promoção) da empresa e, por vezes, ainda a indicação das
acções previstas, essencialmente, de vendas, promoção de vendas e publicidade. Em termos
gerais, desenvolveram-se dois grandes blocos mundiais, em termos político-económicos, os
mercados ocidentais cresceram contínua e sustentadamente, o Japão recuperou com a Guerra
da Coreia e com um Marketing de conquista de mercados internacionais massificados, à custa
de preços de «dumping» e de vantagens da «curva de experiência», que esta conquista lhe
permitiu, e, posteriormente, com base na busca de qualidade de produto.
Mas é preciso não esquecer que este crescimento económico também se deveu, para além do
Marketing, à mão-de-obra e a matérias-primas baratas, o que se desmoronou, precisamente no
final deste período. Mas, nesse momento, também o Marketing dava alguns sinais negativos.
Produzir produtos para o consumidor médio implica que estes não sejam, normalmente, muito
diferentes uns dos outros, o que leva a concorrência, mais tarde ou mais cedo, a fazer-se nos
preços, com as inevitáveis consequências, em termos de lucratividade das empresas.
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enunciados: a turbulência e a incerteza, o endividamento geral dos países e das empresas e
no mercado, uma enorme concorrência nos preços.
A óptica de gestão do mercado foi mudando progressivamente e conduziu à chamada fase de
Marketing Integrado.
Marketing Integrado, porque já não basta à empresa estudar o mercado, para adaptar a sua
produção às necessidades e interesses do consumidor médio. É preciso que a empresa se
integre num mercado com muitas matrizes, para, a partir do próprio mercado, lhe dar uma
resposta mais adaptada e ajustada.
E a própria empresa teve de integrar mais perfeitamente a organização das suas diferentes
funções (produção, recursos humanos, finanças e marketing) com o objectivo fundamental de
proporcionarem conjuntamente uma mais plena satisfação das necessidades dos seus clientes
e consumidores.
A nova Óptica de Marketing Integrado parte do conceito de que todos os consumidores são
diferentes, agrupando-os, no entanto, em segmentos de preferências homogéneas, que a
empresa tem de descobrir e estudar, para criar os produtos que permitam uma satisfação muito
mais forte. Os estudos de segmentação, de acordo com variáveis geográficas, demográficas,
sociográficas e psicográficas, bem como a definição das estratégias de escolha do segmento
de mercado alvo, o targeting, e ainda o estudo e a promoção da referenciação dos produtos na
mente do cliente - ou seja, a definição do seu posicionamento, actual e desejável tornaram-se a
tarefa fundamental do marketing, para poder conduzir a empresa à produção e comercialização
de produtos diferenciados, isto é, diferentes (na mente dos consumidores) e mais atractivos do
que os dos seus concorrentes, portanto, melhor ajustados à satisfação dos consumidores do
segmento alvo em que se posicionam. Esta «filosofia» de gestão do mercado permitiu desviar
a concorrência do preço para as outras variáveis do Marketing-mix, diversificar a oferta,
conquistar novos mercados e ultrapassar a crise nas empresas. A Óptica do Marketing
Integrado permitiu grandes sucessos a muitas empresas, mesmo em mercados muito
diferentes e, até aí, bastante massificados, como a banca. Neste domínio foi pioneiro o Banco
Comercial Português, que conquistou, em poucos anos, a liderança do mercado, com uma
estratégia inovadora de segmentação de mercado e especializando equipas e produtos, com
ofertas diferentes para cada segmento alvo. Assim:
BCP Particulares
Private Banking
Nova Rede
Grandes Empresas
O resultado foi um crescimento muito rápido, tornando-se depressa o maior banco privado
português.
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O planeamento de marketing, na Óptica de Marketing Integrado, conduziu a um Plano de
Marketing, quando os gestores o faziam, de tipo reactivo. Em muitos casos, nem sequer se
fazia qualquer planeamento, de acordo com a tese de que a incerteza e a turbulência de
mercado não permitiam o planeamento, o qual tenderia a tornar a resposta da empresa muito
rígida, demorada e pouco eficaz... Mas, sem planeamento, como é que se enfrenta
eficazmente o futuro?
O Plano de Marketing, quando se fazia, como se viu, era essencialmente reactivo, procurando
sobretudo dar resposta à concorrência. Criaram-se, inclusivamente, estratégias do chamado
Marketing de Guerra. Os planos eram essencialmente de curto prazo. Esta fase de gestão de
marketing conduziu a uma grande diversidade de oferta de produtos, a um novo período de
crescimento económico, a uma maior internacionalização de produtos e empresas, à
especialização e complementaridade das economias nacionais, de que a integração económica
europeia é exemplo.
Mas também conduziu a uma maior consciencialização dos clientes, a clientes mais exigentes
e mais experimentalistas, portanto mais infiéis às marcas.
Entretanto, as mudanças fundamentais da economia mundial continuaram a produzir-se a um
ritmo cada vez mais acelerado. E o pensamento dos gestores e estudiosos do Marketing
continuou, como não poderia deixar de ser, a acompanhar as mutações dos mercados.
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Marketing
A estratégia visa o médio e longo prazo, sendo as decisões nela tomadas factor preponderante
no futuro da empresa. A estratégia não é mais do que um conjunto de acções que a empresa
irá aplicar a curto prazo, conjugando os seus recursos, adaptando-se às circunstâncias e
oportunidades, tendo em vista resultados a médio e longo prazo.
Em consequência das decisões estratégicas, a empresa tem de definir regras que permitam
direccionar as suas acções: As políticas organizacionais ou Política da Empresa. Esta política
empresarial poderá alterar-se ou ajustar-se pela definição de novas regras ou orientações, no
entanto tende a ser estável ao longo dos anos.
As tácticas, são a aplicação de acções de acordo com a estratégia e politica da empresa, com
o objectivo de obtenção de resultados no curto prazo.
No entanto qualquer empresa existe para realizar o seu negócio e subsiste dos resultados
desse mesmo negócio. Apresentam-se seguidamente mais dois conceitos importantes no
planeamento de marketing:
Muitas empresas actuam em diversas áreas áreas de negócio, que requerem estratégias de
marketing incompativeis entre si. Esta incompatibilidade leva à necessidade de organizar a
empresa de forma coerente. Surgem então as Unidades Estratégicas de Negócio. Muitas vezes
um mesmo produto ou linhas de produto podem dirigir-se para segmentos de mercado
distintos, que exigem estratégias diferentes e mesmo contraditórias. Desta forma, a empresa
deve estruturar-se no sentido de conseguir uma total coerência da sua oferta e das
necessidades de mercado, possibilitando uma total coerência entre os objectivos e estratégias
de marketing de cada área de oferta/mercado.
Uma empresa não se pode propor a qualquer tipo de negócio, sendo necessário que defina a
sua:
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Missão; conjunto de propósitos que a empresa define, tendo em vista orientar a
realização do seu negócio.
A vocação é acima de tudo uma carta de intenções quanto ao negócio ou áres de negócio em
que a empresa pretende especializar-se. Não deve ser demasiado genérica para que possa ser
orientadora e ajudar à definição da área de negócio ou mercado. Também não deve ser
demasiado especifica para não limitar o raio de acção da empresa no mercado.
A missão define a forma de actuação da empresa no mercado, sendo a definição do âmbito e
conjunto de intenções de exercício de actividade da empresa no mercado, de acordo com as
suas capacidades actuais e potenciais, especializando-se e desenvolvendo-se dinamicamente,
sem perder a concentração nos propósitos. Irá orientar a empresa na sua tarefa fundamental
do mercado, qué é produzir um certo tipo de oferta que ponha à disposição dos clientes outras
formas de satisfação, para a exceder nas suas próprias expectativas.
5 - O PLANO DE MARKETING
Planear é toda a actividade organizada dentro da empresa, que visa definir estratégias,
estabelecer objectivos e antecipar decisões, para que, no curto, médio e longo prazo, a
organização ou qualquer sector ou função da mesma sejam mais eficazes, coerentes e
dinâmicos, tendo normalmente como resultado desta actividade o plano.
A actividade de planeamento leva os responsaveis das empresas a pensar e decidir por
antecipação sobre tudo aquilo que é mais importante para que a empresa evolua e se adapte
melhor ao seu meio envolvente, de acordo com as suas potencialidades e intenções.
O plano de marketing não é mais do que um documento decorrente da actividade da empresa,
relativamente ao mercado, que visa e estabelecer, definir os objectivos, concretizar as
estratégias e programar as actividades de marketing, tendo em vista aproveitar e criar as
oportunidades de mercado. Neste sentido o planeamento de marketing é fundamental, uma vez
que é no mercado e a partir do mercado que a empresa realiza os seus objectivos e obtém os
seus resultados operativos.
O plano de marketing tem uma estrutura única no que se refere ao seus primeiros capítulos,
aqueles que se referem à definição do negócio. Os outros capítulos que se seguem visam o
planeamento do produto ou serviço (Diagnóstico interno e externo, Análise Swot, Objectivos
posicionamento, estratégia e marketing-mix). No final contém capítulos direccionados para o
curto prazo, ou seja as tácticas (acções, projectos, campanhas e calendário geral) para por em
prática o que foi anteriormente delineado.
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Marketing
MERCADO
VOCAÇÃO DIAGNÓSTICO MISSÃO
ANÁLISE EXTERNA
CONCORRÊN
AMBIENTE MERCADO CANAIS CONSUMIDOR
CIA
PONTOS PONTOS
FORTES FRACOS
PROGNÓSTICO
OPORTUNIDA-
AMEAÇAS
DES
QUANTITATIVOS
QUALITATIVOS OBJECTIVOS
VENDAS
GERAIS
QUOTA DE MERCADO
SECTORIAIS/FUNCIONAIS
MARGEM / LUCRO
FUNDAMENTAIS
ALVOS
INSTRUMENTAIS
SEGMENTAÇÃO DE
POSICIONAMENTO
MERCADO
ESTRATÉGIA
MARKETING-MIX
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Marketing
ESTRATÉGIA
MARKETING-MIX
TÁCTICAS
PROGRAMAS ACÇÕES CAMPANHAS
ORÇAMENTO
RECEITAS CUSTOS
CONTROLO
O plano de marketing visa propor um caminho, é como uma rota indicadora e facilitadora do
caminho que a empresa irá percorrer, devendo ser visto com alguma flexibilidade. Tal como na
vida real, quando nos propomos fazer um determinado caminho, delineamos uma rota. No
entanto surgem situações que nos levam a alterar essa rota inicial, fazendo-se então uma
adaptação à rota inicial. Após o inicio da execução prática (tácticas) concerteza será
necessário fazer algumas adaptações ao plano por forma a que se adeque aos) mercado(s) a
que a empresa de dirige.
Considerando a complexidade do plano de marketing, torna-se então necessário desdobrá-lo
em dois tipos de plano. Este desdobramento deve ser realizado com base nos objectivos e na
estratégia e o espaço temporal, ou seja:
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Marketing
NEGÓCIO
PLANO ESTRATÉGICO
DE MARKETING
OPERACIONALIZAÇÃO
PROGRAMAÇÃO
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6 - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE COMPRA DO CONSUMIDOR
Como já foi referido o marketing de excelência, é necessário conhecer o mercado para o qual a
empresa se dirige. Neste sentido torna-se necessário conhecer o comportamento de compra
dos consumidores e potenciais consumidores dos respectivos mercados.
Para que se possa analisar o comportamento de compra dos consumidores é necessáriio ter
em conta vários conceitos:
Necessidade; um estado em se sente falta de algo, estado e carência;
Desejo: forma material com que se vai satisfazer a necessidade;
Procura: as pessoas têm desejos ilimitados e recursos limitados. O que as pessoas
procuram são os produtos que lhe dão a maior satisfação, tendo em conta a
“unidade de custo”. A procura são desejos suportados pelo poder de compra.
Motivações: O comportamento induzido pelas necessidades e directamente
orientado para produtos susceptíveis para as satisfazer;
Atitudes: Tendência ou predisposição do indivíduo para avaliar de uma certa
maneira o objecto ou um símbolo de um determinado objecto. Permite explicar as
razões pelas quais os individuos adoptam um comportamento regular a partir de um
dado estímulo.
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Marketing
Necessidades
Necessidades de estima
Necessidades de “pertença”
Necessidade de segurança
Necessidades orgânicas
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Será nestes estimulos que os gestores de marketing deverão incidir. Mas esta análise ficará
para os próximos capitulos.
Num processo de compra podem existir uma ou mais pessoas que podem influenciar a
compra. Desta forma torna-se necessário identificar que pessoas estão envolvidas na decisão
da compra e qual o papel reservado a cada uma delas. Podem identificar 5 tipos de papeis:
Iniciador – pessoa que em primeiro lugar sugere uma ideia de comprar um produto ou
serviço;
Influenciador – influencia outros na tomada de decisão;
Decisor – a pessoa que toma a decisão de compra;
Comprador – a pessoa que faz a compra;
Utilizador – a pessoa que consome ou utiliza um produto ou serviço.
O processo de decisão dos consumidores varia com o tipo de decisão de compra. As decisões
mais complexas envolvem, em geral um número maior de participantes e mais discussão entre
os intervenientes na compra.
O consumidor passa por 5 estágios para chegar a uma decisão de compra:
Reconhecimento do problema
Busca de informações
Avaliação de alternativas
Decisão de compra
Comportamento pós-compra
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Após a recolha de informações, o consumidor analisa as alternativas. Neste sentido é
importante saber como os consumidores processam a informação para chegar a escolher um
determinado produto, marca ou serviço. Apresentam-se em seguida alguns conceitos que
podem explicar o processo de avaliação dos consumidores.
Cada consumidor que tenta satisfazer uma necessidade, procura tirar benefícios dos
diferentes atributos que o produto pode oferecer;
O consumidor atribui diferentes pesos de importância a cada atributo;
O consumidor desenvolve um conjunto de crenças de marca (imagem de marca) sobre
a posição de cada marca em relação a cada atributo.
O consumidor tem uma função-utilidade para cada atributo. Esta função demonstra
como o consumidor espera que a sua satisfação total com o produto varie com os
diferentes níveis dos diversos atributos.
O consumidor chega aos atributos para diferentes marcas por meio de algum
procedimento de avaliação
Com a análise das alternativas o consumidor passa à decisão de compra. No entanto há dois
factores que podem influenciar a compra. O primeiro é a atitude dos outros e o segundo os
imprevistos. O consumidor forma uma intenção de compra com base em factores tais como
rendimento familiar, preço e benefícios esperados do produto. A decisão do consumidor em
mudar, adiar ou evitar uma decisão de compra é fortemente influenciadapelo risco percebido.
Após a compra o consumidor ficará satisfeito ou insatisfeito e iniciará um comportamento pós-
compra que tem todo o interesse para o gestor de marketing.
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Marketing
CAPÍTULO II
1 – MISSÃO E CONCEITO DE NEGÓCIO
Na sequência do conteúdo metodológico do Plano de Marketing, este capítulo irá aprofundar
cada uma das suas fases. Tal como referido anteriormente, o plano de marketing está
intimamente relacionado com o plano de negócios:
Tem grande relevância estratégica na gestão das oportunidades e ameaças
concorrenciais;
Equaciona a posição competitiva no passado e no presente;
Identifica as melhores oportunidades e abordagens comerciais;
Estabelece objectivos e estratégias futuras para reforçar as vantagens competitivas;
Define os meios, atribui responsabilidades e prevê os mecanismos de avaliação dos
resultados das actividades projectadas.
Com estas questões podem-se definir o negócio (vocação) da empresa e a missão da empresa
no mercado. A missão da empresa deve reflectir a visão do negócio e o seu objectivo
essencial, devendo reunir as sefuintes características:
Constitui a própria razão de ser da empresa
Representa um desafio
É simples, comunicável e “vendável”
Dá confiança e envolve os membros da empresa
Reúne condições para se manter estável no longo prazo
Resumindo, a missão da empresa define porque é que a empresa existe, quais os seus
objectivos (lucros) e o que pretende fazer (o que tem de fazer). É aqui que se decide as
necessidades que a empresa irá satisfazer aos seus clientes, inclusivé desejos.
Após a clarificação do conceito e objectivos fundamentais do negócio, torna-se necessário
avaliar o potencial do negócio, por forma a responder a uma questão muito clara: O negócio é
pode ser rentável, pode dar lucro?
É a partir deste momento que o marketing estabelece o elo de ligação entre a empresa e o
mercado, pois engloba um conjunto de actividades pelas quais uma empresa se adapta ao seu
ambiente, de uma forma criativa e rentável. É nesta fase que se torna necessário realizar o
diagnóstico à empresa pela sua análise interna e externa.
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Marketing
2 – DIAGNÓSTICO
Antes de formular uma estratégia, a empresa tem que estudar cuidadosamente o mercado
onde actua ou virá a actuar, avaliando os pontos fontes e fracos dos seus potenciais
concorrentes. Paralelamente tem que avaliar os recursos materiais e humanos que possui ou
necessita para conquistar o mercado e enfrentar a concorrência, analisando as forças e
fraquezas da empresa.
2.1. – Análise Externa
Tendo a empresa que se adequar ao mercado é necessário esta fazer uma análise externa em
três prismas:
1. Do meio envolvente em geral
Tecnologia – grau de desenvolvimento tecnológico e da investigação no mercado
em análise;
Economia – diagnóstico da situação económica geral (preços, consumo,
crescimento económico);
Legislação – levantamento da legislação relevante para a actividade da empresa;
Sociopolítica – análise do ambiente social e político (tipo de regime político,
existência ou não de paz social, nível cultural da população, etc) do mercado em
que actua ou pretende actuar.
2. Do sector em que a empresa actua
Tendências tecnológicas mais relevantes;
Volume de vendas por tipo de produto;
Número e características dos compradores, consumidores e utilizadores;
Comportamentos e motivações dos consumidores e compradores (quem compra,
onde e como, em que contextos e sob que influências)
3. Dos concorrentes
Quais são as categorias de produtos (ou serviços) substituíveis;
Quem são os principais concorrentes;
Quais as suas quotas de mercado e a sua evolução nos últimos anos;
Quais são as suas estratégias de marketing ;
Qual a sua imagem e notoriedade;
Quais as perspectivas de evolução futura.
Com esta análise a empresa poderá ter uma ideia da evolução do mercado no curto e médio
prazo, devendo extrair os pontos principais que possam ser considerados ameaças para a
evolução do mercado, assim como as oportunidades que a evolução poderá oferecer à
empresa.
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Marketing
2.2. – Análise Interna
Após a realização da análise externa, é necessário avaliar os recursos da empresa e as
dificuldades ou fraquezas que podem influenciar a sua evolução: a análise interna.
1. Recursos que a empresa dispõe (ou pode vir a dispor) para concretizar os seus
projectos
Tecnológicos
Materiais (equipamentos, instalações, etc)
Financeiros
Humanos
Comerciais
2. Evolução recente da empresa
Volume de vendas e quota de mercado
Grau de penetração dos produtos
Perfil e características dos clientes, comprado com os da concorrência
Análise dos custos e da rendibilidade dos produtos e serviços da empresa
Evolução da imagem e notoriedade da empresa.
Após a realização do diagnóstico à empresa e ao seu negócio, esta será capaz de realizar um
prognóstico com os principais espectos que a distinguem da concorrência. A confrontação das
condições de mercado com as competências da empresa pode-se criar realizar a análise
SWOT (iniciais das palavras em inglês: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats).
Análise SWOT
23
Marketing
rigor e persistência para que a empresa seja capaz de aproveitar as oportunidades assim como
sobreviver às ameaças e riscos.
3 – DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS
Em qualquer actividade é útil saber com clareza aquilo que se pretende para que se possa
optar por um ou outro caminho. A definição de objectivos assume particular importância por
três razões:
Permite assegurar a coerência dessa estratégia com as restantes áreas funcionais da
empresa e com a sua política geral;
Facilita a constituição de indicadores de performance e clarifica os critérios de
avaliação das pessoas responsáveis pela sua implementação;
Potencia que todos os recursos da empresa se mobilizem num único sentido, tendo
consciência da estratégia, contribuindo para o sucesso da mesma.
4 – MERCADO ALVO
Após a definição de objectivos é necessário definir como a empresa irá atingi-los, ou seja, que
mercados é que vai servir para atingir os objectivos propostos.
A determinação e definição de alvos é essencial, uma vez que não basta fixar objectivos, é
necessário saber os caminhos para os atingir.
Tal como referido no primeiro capítulo a empresa deve estar “virada” para o mercado. É
importante que a empresa se integre nele e a partir daí identifique grupos de consumidores que
possa servir melhor do que a concorrência.
A escolha de alvos certos é o primeiro grande passo para estratégias de marketing eficazes,
sendo então necessário, antes da sua escolha, definirem-se os segmentos de mercado que a
empresa pretende atingir.
4.1. - Segmentação
A segmentação consiste na divisão do mercado global em subconjuntos (segmentos de
mercado), devendo cada um deles ser suficientemente homogéneo quanto às características,
comportamentos e motivações dos elementos que o compõem. A segmentação realiza-se em
quatro etapas:
Análise de segmentação – divisão do mercado em segmentos homogéneos;
Escolha dos segmentos alvo – selecção de um ou mais segmentos considerando os
objectivos da empresa e as suas qualidades distintivas;
Escolha de um posicionamento – em cada segmento-alvo escolhido, posicionar-se
relativamente às expectativas dos compradores tendo em conta as posições detidas
pela concorrência;
25
Marketing
Desenvolvimento de um programa de marketing alvo – bem adaptado às características
dos segmentos-alvo.
Após a análise das necessidades de mercado, obtêm-se os diferentes segmentos aos quais a
empresa se dirige. A empresa necessita então de decidir qual a cobertura de mercado a
adoptar e a identificação do(s) segmento(s)-alvo e escolha do seu posicionamento.
Existem três estratégias de cobertura de mercado que se podem adoptar:
Estratégia de Marketing Indiferenciado:consiste em tratar o mercado como um todo e
evidenciar aquilo que existe de comum nas necessidades eem vez de destacar as
diferenças. Estratégia recomendável para produtos standardizados, susceptiveis de se
adaptarem a uma grande diversidade de necessidades, permitindo realização de
economias de escala, quer na produção quer na comercialização.
Estratégia de Marketing Diferenciado: a empresa dirige-se à totalidade do mercado,
mas com produtos adaptados às necessidades de cada segmento. Esta estratégia
necessita de uma extensa gama de produtos, estratégias de comercialização e de
comunicação adaptadas a cada segmento. Leva a empresa tenha custos mais elevados
e que não potencie as economias de escala.
Estratégia de Marketing Concentrado: significando o enfoque num determinado
segmento renuciando a cobertura da totalidade do mercado. É a estratégia do
especialista, muito utilizada pelas pequens e médias empresas.
Uma vez escolhido(s) o(s) segmento(s)-alvo, a empresa deve ainda decidir sobre o
posicionamento a adoptar em cada segmento. O posicionamento irá definir a forma como a
empresa pretende ser percepcionada pelos compradores-alvo. A estratégia de posicionamento
torna-se particularmente mais importante, quando é adoptada a estratégia de cobertura de
mercado de marketing diferenciado. O posicionamento é a aplicação de uma estratégia de
diferenciação. Na escolha do posicionamento devem-se analisar as seguintes questões:
Quais as características distintivas e/ou as vantagens, reais ou percepcionadas, de um
produto ou de uma marca às quais os compradores reagem favoravelmente?
27
Marketing
Como são percepcionadas as diferentes marcas ou empresas em concorrência em
relação a estas características distintivas?
Qual a melhor opção a ocupar no segmento tendo em conta as expectativas dos
compradores potenciais e as posições já ocupadas pela concorrência?
Quais os meios de marketing mais apropriados para ocupar e defender esta posição?
Estratégia de Marketing
É a organização financeira, dos recursos humanos, técnicos,
tecnológicos e materiais, para produzir uma oferta atractiva
para o consumidor
5 – MARKETING-MIX
O marketing-mix pode ser designado como o conjunto de decisões fundamentais adoptadas
pela empresa relativamente às principais ferramentas de marketing que tem ao seu dispor –
produto, preço, distribuição e comunicação – no sentido de prosseguir os objectivos traçados e
de conquistar o(s) segmento(s) de mercado definido(s).
O marketing-mix é o conjunto de variáveis que permitem executar e implementar, no mercado,
a estratégia de marketing da empresa.
5.1. – Produto
A política de produto está relacionada com as características dos produtos ou serviços
prestados, ou seja, é aqui que é feita a ligação entre o marketing a função produção da
empresa. Em termos gerais, abrange as características intrínsecas do produto , a questão da
embalagem, da marca, esta última especifica do marketing.
A filosofia de marketing faz com que os produtos sejam concebidos em função dos clientes.
Para além da sua utilidade funcional, os produtos têm também um conteúdo simbólico. A
compra de um carro tem como função facilitar a mobilidade dos seus utilizadores mas pode
significar ao mesmo tempo uma imagem de status.
A política de produto é a componente principal numa estratégia de marketing, por duas razões:
É muito difícil fazer um bom marketing com um produto que não corresponda às
expectativas dos consumidores.
Esta variável é a que implica maiores investimentos, comparativamente com as
restantes.
Na definição da política de produto, a empresa tem de tomar decisões:
Escolher o portfólio de produtos/serviços
Fixar as características intrínsecas de cada produto/serviço
Conceber a embalagem
28
Marketing
Dentro da política de produto devem-se definir os serviços associados, pois estes assumido
cada vez mais importância na fidelização de clientes e na diferenciação dos produtos. Na
compra de uma cozinha o cliente pode preocupar-se com as condições de pagamento, com a
sua instalação, com a assistência técnica durante a sua utilização, etc.
Com o aumento da pressão concorrencial e a necessidade de diferenciar a sua oferta, as
empresas adicionam ao seu produto-base, produtos e serviços de modo a tornar a oferta global
mais atractiva. Esta junção designa-se de Produto Aumentado.
É normal associar-se a um produto ou serviço um determinado nível de qualidade,
classificando-se os produtos como sendo de maior ou menor qualidade. Existem dois conceitos
de qualidade que devem ser percebidos: a qualidade técnica e a qualidade percebida. O
primeiro tem a ver com o respeito para com as normas internas da empresa (composição dos
produtos, condições de venda, rendimento, ...) e das normas externas à empresa (segurança,
higiene, saúde, ...). O segundo refere-se à forma como os consumidores classificam os
produtos e serviços. A qualidade percebida é definida pelos clientes necessitando a empresa
de perceber os critérios utilizados pelos consumidores na avaliação de um produto ou serviço.
A Embalagem
A embalagem é uma parte do produto, e como já foi referido é necessário definir e conceber a
embalagem dos produtos. Considerando esta necessidade devem-se ter em conta as funções
que a embalagem desempenha:
Função logística; na sua concepção deve-se considerar questões como: transporte,
tipo de distribuição do produto, a forma, as dimensões, a facilidade de manuseamento.
Função de comunicação; desde a informações acerca das características do produto e
modo de utilização e consumo à imagem que se pretende que o consumidor associe
ao produto.
Função de diferenciação; representando a embalagem um factor de diferenciação pela
sua inovação relativamente à concorrência. Em produtos muito similares entre si a
embalagem pode assumir um factor diferenciador único ( cor, grafismo, dimensão,
material utilizado)
A Marca
A Marca é caracterizada por um conjunto de atributos e símbolos, que a identificam e
diferenciam. A utilização de marcas tornou-se uma prática corrente pois ajuda os consumidores
no seu processo de decisão de compra, assim como responsabiliza quem produz e
comercializa o produto. A utilização de marcas está assente nas funções que esta pode
desempenhar: identificação, qualidade, segmentação, imagem, satisfação pessoal e lealdade.
Identificação: proporciona ima identificação mais rápida e fácil, diminui o risco de
compra.
29
Marketing
Qualidade: Ajuda na clarificação dos produtos no que respeita à qualidade técnica e
qualidade percebida. Produtos muito semelhantes na sua qualidade técnica podem ter
qualidades percebidas distintas.
Segmentação: a utilização de marcas facilita a utilização da segmentação do mercado,
permitindo a criação de marcas distintas para segmentos distintos.
Imagem: a utilização de marcas permite que os clientes facilmente tenham empressões
psicológicas mais duradouras.
Satisfação pessoal: a imagem que uma marca transmite pode ajustar-se ou não às
características psicológicas do consumidor e ao seu estilo de vida.
Lealdade: após a utilização de um produto de marca a experiència positiva do
consumidor levará à repetição da compra.
V
e
n Introdução Crescimento Maturidade Declínio
d
Tempo
30
Marketing
Na fase de crescimento há um aumento acelerado das vendas, fruto da introdução com
sucesso do produto no mercado. Com o aumento de interesse dos consumidores no produto
aumenta também o interesse dos agentes para o distribuir ou comercializar. É nesta fase que
os consumidores imitadores adquirem o produto fruto de influências de lideres de opinião e
imitando os inovadores. Com o crescimento de vendas dos produtos as empresas devem
tentar identificar nichos de mercado tendo em vista a construção de um oferta diferenciada
para os respectivos segmentos.
É nesta fase também que as empresas devem estar mais atentas ao mercado, preparando-se
para as fases seguintes, criando assim condições para a sobrevivência e sucesso nas fases
seguintes.
A fase de maturidade caracteriza-se por um volume de vendas elevado, mas em termos de
crescimento é ligeiramente positivo no seu início e negativo no fim da fase. A procura primária
é quase inexistente, pois os consumidores já conhecem, experimentaram e avaliaram o
produto, sendo as vendas nesta fase designadas de “repetições de compra”. No entanto nesta
fase as empresas devem fazer um esforço em captar a procura secundária, ou seja, tentar
captar os clientes da concorrência, não esquecendo a fidelização dos actuais clientes. A
segmentação nesta fase torna-se mais imperativa, sendo necessário às empresas identificarem
os segmentos com maior potencial de crescimento. Além deste factor devem ter em
consideração os segmentos que estejam menos sensíveis ao preço, pois com o ambiente
fortemente concorrencial, as empresas que não conseguirem diferenciar os seus produtos para
além do preço, correm o risco desta fase ser a menos prolongada do ciclo de vida.
Na fase de declínio as vendas baixam e a taxa de crescimento é negativa. Sobrevivem a esta
fase as empresas que tenham conseguido uma carteira de clientes lhes suporte os custos, ou
então aquelas que necessitam de manter a carteira de clientes para o lançamento de novos
produtos.
Estratégia Produto/Mercado
Na introdução de produtos no(s) mercado(s) as empresas têm que tomar decisões estratégicas
e que devem ter em conta as capacidades internas da empresa e as oportunidades e ameaças
do(s) mercado(s). Neste sentido as empresas têm quatro opções na introdução de produtos
no(s) mercado(s):
32
etração de
Produtos
ercado
Mercado Actual
Marketing
Desenvolvimento
Diversificação
de Mercados
Mercado Novo
5.2. – Preço
Ao nível da política de preços, a empresa tem que determinar quais as condições de obtenção
por parte dos seus clientes (actuais e potenciais) dos bens ou serviços produzidos, tais como,
preço base e os métodos para o respectivo cálculo, a política de descontos, entre outras.
O preço de um produto é o valor que desejavelmente deve estar situado entre o custo total e o
valor que o cliente lhe atribui e stá disposto a pagar. Neste sentido quanto maior a diferença
entre o custo total do produto e o valor para o cliente, maior margem de manobra tem a
empresa para definir o preço. No entanto além do valor para o cliente, existem outros factores
que influenciam o preço final dos produtos: a concorrência, os objectivos que a empresa
pretende atingir, a regulamentação estabelecida pelas autoridades.
Custos
Uma vez que para se definir o preço é necessário conhecer o custos do produto, que tipos de
custos se devem conhecer para encontrar os custos totais do produto?
Custos variáveis; matérias-primas, energia, embalagens, componentes, transporte, etc.
Custos fixos; renda de instalações, amortizações de equipamento, investimentos
promocionais, etc.
33
Marketing
Normalmante os custos variáveis aumentam, à medida que o volume de produtos produzidos e
vendidos aumentam. Já os custos fixos permanecem constantes independentemente do
volume de produtos produzidos e vendidos.
É importante desdobrar os custos totais em custos fixos e custos variáveis, pois a sua
influência no volume de vendas intervém na rentabilidade e viabilidade da empresa,
nomeadamente no ponto de equilibrio e nas margens de contribuição.
1ª Situação
Valor Unitário Valor Total
Vendas 1 1000
Vendas 1 1000
34
Marketing
Pode-se então concluir que quanto maior a proporção dos custos variáveis, menor é o volume
correspondente ao ponto de equilibrio.
Por outro lado, consideremos que o que se altera é o preço de venda e não os custos. Se
houver uma diminuição do preço de venda em 0,1€/unidades e o mesmo volume de vendas em
quantidades, o que acontecerá em cada situação?
Ponto de Equilibrio 1ª situação: 666 unidades
Ponto de Equilibrio 2ª situação: 857 unidades
Os resultados continuam a ser semelhantes às situações iniciais, no entanto na 1ª situação o
ponto de equilibrio sofreu um aumento de 33% e na 2ª situação um aumento de 14%. Com a
redução de preços a situação mais penalizante é a primeira. E se em vez de uma redução
houver um aumento do preço em 10%? A situação inverte-se, sendo a situação mais favorável
a primeira em vez da segunda.
Pode-se então concluir que:
Se os custos fixos de uma empresa são elevados, a política de preços deve ter como
objectivo a maximização do volume de vendas. A redução de preços para manter ou
aumentar as vendas torna-se muitas vezes necessária.
Se os custos variáveis de uma empresa forem elevados, a política de preços deve ter
como objectivo a maximização da contribuição unitária, mesmo que para tal seja
necessário sacrificar o volume de vendas. A redução de preços é indesejável.
Sendo o marketing-mix a “mistura” das quatro variáveis controláveis pela empresa, torna-se
necessário que na definição da política de preços se tenha em conta os segmentos que se
pretendem atingir, para identificar aqueles que estão mais sensiveis ao preço e os que estão
mais sensíveis ao valor percebido do produto. Neste sentido, no lançamento de produtos no
mercado, as empresas podem optar por duas políticas de preço para o abordarem, de acordo
com a sensibilidade dos segmentos ao preço e ao valor percebido dos produtos:
Política de Skimming (desnatagem) do mercado, mais direccionada para segmentos
que atribuem maior importância ao valor percebido dos produtos através da prática de
35
Marketing
preços elevados. Esta política permite às empresas maiores margens e maior
rentabilidade, ao mesmo tempo que controem uma imagem de prestígio.
Política de Penetração no mercado, mais direccionada para segmentos de maior
dimensão, através da prática de preços baixos, tendo em vista um rápido crescimento
das vendas e da adopção do produto pelos clientes. Esta política não deve ser
escolhida, quando a empresa prevê no médio/longo prazo abordar os segmentos mais
sensíveis ao valor percebido, pois dificilmente se consegue alterar a imagem do produto
ou da empresa.
5.3. – Distribuição
A distribuição/acessibilidade tem a ver com a facilidade/dificuldade com que os clientes
acedem à oferta da empresa. A política de distribuição passa pela determinação das formas de
levar/disponibilizar o produto ao cliente. É aqui que se define a dimensão e organização da
força de vendas, a selecção dos canais de distribuição, a gestão da relação com os canais de
distribuição, etc.
Canais de Distribuição
Para definir a política de distribuição, as empresas devem optar por escolher a forma como vão
“levar” o produto ao cliente final. Neste sentido as empresas podem optar pela distribuição
directa, vendendo e distribuindo ao cliente final ou podem optar pela distribuição indirecta,
recorrendo a intermediários para “levarem” o produto até ao cliente final.
36
Marketing
DISTRIBUIÇÃO
DIRECTA
PRODUTOR CONSUMIDOR
DISTRIBUIÇÃO
INDIRECTA
Funções da Distribuição
Independentemente da distribuição ser realizada por intermediários ou pelo próprio produtor,
ela pode ser dividida em dois tipos: a distribuição física e os serviços. Esta decomposição
permite identificar qual o agente económico que estáo em melhores condições de garantir
essas funções: o produtor, o grossista, o armazenista, o retalhista ou os próprios
consumidores. O exemplo que se apresenta ilustra as diferentes funções dos distribuidores de
esferográficas
Função Exemplos
Distribuição Física
Fonte: Mercator
Função Exemplos
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Marketing
Os armazenistas constituem um
Constituição do
sortido diversificado de produtos, onde
Sortido
estão incluídas as esferográficas.
Oferta Comercial
A unidade de venda será cada caixa
Fraccionamento de 50 esferográficas e não a unidade
de compra (caixotes)
Recolha de informações junto dos
armazenistas sobre acções comerciais
Recolha de
da concorrência e de reacção dos
Recolha e Informações
consumidores finais a um novo
Transmissão de modelo.
informações
P.L.V. com expositores de
Serviços
Promoção
esferográficas.
Financiamento de um armazenista
Financiamento para fazer frente aos seus prazos de
recebimento e investimento em stock
Financeiros Os armazenistas asseguram o
Risco pagamento ao produtor
Comercial independentemente dos seus clientes
retalhitas pagarem a mercadoria.
Selecção dos Canais de Distribuição
Os mercados-alvo a atingir, o tipo de produtos que se comercializam e os objectivos a atingir
vão influenciar a selecção dos canais de distribuição. Conforme a produto comercializado é
necessáriuo identificar quais os melhores canais para o distribuir. Se o produto comercializado
for um bem de primeira necessidade ou de conveniência convém que este tenha uma
distribuição intensiva, através de numerosos pontos de venda, pois o cliente não está
disposto a realizar um grande esforço na compra desses bens. Como oposto, surge a
distribuição de produtos especiais, que deve ser uma distribuição exclusiva, através de um
número reduzido de canais para reforçar o carácter de exclusividade dos produtos. Já nos
produtos de escolha deve-se optar por uma distribuição selectiva, seleccionando-se os
canais de acordo com a vontade do produtor e das entidades comercializam os produtos.
38
Marketing
Tipos de Canais de Distribuição
Os canais de distribuição distiguem-se entre retalhistas e grossitas. A grande diferença entre
eles reside no tipo de clientes de cada um, assim como na classificação dos produtos em cada
um.
DISTRIBUIDOR CLIENTE CATEGORIA DO BEM
GROSSISTA ORGANIZAÇÕES BENS ORGANIZACIONAIS
RETALHISTA INDIVÍDUOS BENS DE CONSUMO
COOPERATIVAS DE
INDEPENDENTES
CONSUMIDORES
Único ponto de venda.
Associações de
consumidores Necessidades
reduzidas de
investimento
FRANCHISING
Acordo entre uma entidade (grossista, fabricante ou prestador de
serviços) e um retalhista, permitindo ao último desenvolver uma
actividade sob a marca ou designação do fabricante.
5.4. – Comunicação
39
Marketing
Esta variável inclui o estabelecimento e a gestão da informação transmitida por uma
organização para o exterior (clientes, distribuidores e público em geral).
Na política de comunicação definem-se os meios de comunicação e promoção que serão
utilizados para atrair a atenção de potenciais clientes para os seus produtos e/ou serviços.
Na definição e gestão da política de comunicação a empresa tem ao seu dispor quatro
instrumentos:
Publicidade
Promoções
Força de Vendas
Relações Públicas
O peso de cada uma destas variáveis na política de comunicação vai depender da estratégia
de marketing definida, do tipo de bens que a empresa comercializa, da concorrência, das
características do mercado-alvo, dos objectivos a atingir e dos meios disponíveis para realizar
a comunicação. A empresa deverá definir a importância que cada uma destas variáveis e o
papel que lhe é reservado.
Cada um destes instrumentos tem características próprias em termos de eficácia e custos de
comunicação, devendo ser escolhidos aqueles que vão de encontro aos objectivos pretendidos
e ao menor custo total. Podem-se dividir estes instrumentos considerando o investimento
necessário para cada um deles. A publicidade e as promoções são mais utilizados em produtos
de grande consumo e a força de vendas em produtos/bens organizacionais.
Publicidade
A publicidade é uma forma paga de comunicação, através da qual se transmitem mensagens
orais ou visuais utilizando o espaço e tempo de vários meios de comunicação. A publicidade
pode ser realizada a um produto/serviço a a uma organização. No primeiro caso a mensagem
centra-se nas características e vantagens dos produtos e no segundo caso a mensagem
centra-se na empresa e nos produtos que representa ou comercializa.
A publicidade tem como principais objectivos:
• Informar; características dos produtos, modos de utilização, locais de aquisição, etc.
• Aumentar nível de notoriedade; dar a conhecer o produto ou serviço, reformolar a
imagem percebida, etc.
• Diminuir o risco de compra; conjugada com o fornecimento de informação e aumento de
notoriedade permite diminuir o risco de compra por parte do cliente.
• Diminuir o esforço de compra; facilitando a identificação e escolha do produto.
• Confirmar a decisão de compra; diminuindo a incerteza do cliente no processo de
compra.
• Diferenciar; através da comunicação do posicionamento do produto.
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Marketing
A eficácia da publicidade depende do rigor dos objectivos definidos, no entando na avaliação
dos meios a utilizar deve-se considerar as vantagens e desvantagens de cada meio.
Promoções
Promoções são as várias técnicas de comunicação destinadas a atingir fins muito específicos
num período normalmente curto. Caracterizam-se por serem:
Actividades de comunicação de curto prazo;
Destinadas a atingir objectivos específicos;
Dirigidas as públicos alvo definidos.
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Marketing
• Coupons; para descontos ou produtos grátis. É mais acessível que a amostra grátis
tendo também o mesmo objectivo.
• Descontos aos distribuidores; com o objectivo que esse desconto se repercuta nos
clientes finais, com o cooperação dos grossistas/retalhistas em promoções aos clientes
finais.
• Concursos; têm como objectivo aumentar o entusiasmo das entidades que
comercializão o produtoclientes, distribuidores e força de vendas). ormalmente faz
aumentar a notoriedade do produto/empresa. Quanto maior o valor dos prémios mior o
custo da acção.
• Brindes nas embalagens; tem como objectivo aumentar o volume de vendas.
• Feiras e Exposições; é uma promoção com custos elevados, no entanto pela sua
caracteristica selectiva, permite um contacto mais personalizado com clientes e
distribuidores.
• Actividades nos pontos de venda; promoções muito receptivas nos distribuidores como
forma de dinamização das lojas e do aumento das suas vendas. as acções a tomar
podem ir desde cartazes à demonstração de produtos.
Relações Publicas
Pode-se definir relações públicas como sendo o esforço de comunicação através da utilização
de meios e espaço sob a forma de notícia não paga.
A acções mais utilizadas pelas empresas são:
• Aniversários
• Lançamentos de produtos
• Leilões
• Convites a autoridades gorvernamentais
Força de Vendas
Na gestão da força de vendas deve-se formular o programa de vendas e a sua implementação.
Formulação do programa de Vendas Implementação do programa de Vendas
Recrutamento e selecção de
Papel da Força de Vendas vendedores
Dimensão da Força de Vendas Treino dos vendedores
Alocação da Força de Vendas Remuneração e avaliação dos
Gestão dos Clientes vendedores
Avaliação económica Organização e controle da Força de
Vendas
A força de vendas, dependendo da estratégia definida pela empresa, pode desempenhar dois
papeis: o de “puxar” (Pull) o cliente para os pontos de venda, com a ajuda da publicidade e das
promoções; ou de “empurrar” (Push) os produtos para os distribuidores (grossistas/retalhistas)
pela utilização de margens de comercialização atractivas para os mesmos.
42
Marketing
Conforme a opções tomadas nas restante políticas do marketing mix, é necessário dimensionar
o tamanho da força de vendas. Este dimensionamento vai depender da complexidade das
tarefas a desempenhar pelos vendedores, da dimensão do mercado actual e potencial, assim
como das suas necessidades.
Se for considerada um empresa com 1250 clientes que estejam distribuídos por 3 classes:
grande, médio e pequeno; e considerando ainda o número de visitas necessárias para visitar
cada um dos tipos de cliente, pode-se dimensionar os vendedores necessários para
acompanhar os clientes.
Considerando que o número de semanas de trabalho por ano é de 46 e que o número médio
de dias de trabalho por semana é de 4,5 ( ficando metade de um dia por semana para
formação, planeamento da actividade e actividades de escritório), o número de dias de trabalho
por vendedor é de 207 (46 semanas x 4,5 dias).
Prevendo que cada vendedor faça 4 visitas por dia, o número de vendedores necessário será:
4500
=5,4= 5 a 6 vendedores
207 x 4
Após estas duas etapas é necessário comunicar à força de vendas o seu papel e o
comportamento deles esperado no mercado:
Desde o número de visitas a realizar por cliente;
O tempo a dedicar a cada visita;
43
Marketing
Os clientes alvo;
Os apoios de que dispõem para a realização da sua actividade:
o Panfletos;
o Tabelas de preço;
o Margem de manobra nas negociações;
o Tratamento de reclamações
Com estas três etapas a empresa encontra-se preparada para fazer a avaliação económica da
força de vendas ( Custos vs Resultados).
6. ORÇAMENTO
Após definida a estratégia de marketing da empresa deve-se calendarizar e orçamentar todas
as acções que o plano de marketing prevê. Essa orçamentação deverá conter:
As receitas do(s) produto(s) por mês;
Custos de marketing por mês:
o Programas: investigação e desenvolvimento do produto, novas lojas, etc
o Acções: promoções, publicidade, etc
Contabilizando-se as receitas e os custos, deverá conter também a margem após os
custos de marketing.
7. CONTROLO
Iniciando a implementação do plano de marketing, é necessário que haja um controlo e
avaliação dos resultados com aqueles que estavam previstos na orçamentação(desvios). Além
da análise dos desvios devem-se identificar se houveram alterações no ambiente externo e
interno da empresa.
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Marketing
BIBLIOGRAFIA
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Prática do Marleting – Mercator 2000, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2000
NUNES, J. C.; CAVIQUE, Luís, Plano de Marketing – Estratégia em Acção, Publicações Dom
Quixote, Lisboa 2001
FLETCHER, Tony; RUSSEL-JONES, Neil, Marketing com Sucesso, Pergaminho, Lisboa, 1999
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