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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE DIREITO

Denis Aurélio Lopes Ferreira

RELATÓRIO: ADI 3510 - LEI DE BIOSSEGURANÇA - VOTO MINISTRO CARLOS


AYRES BRITTO

Governador Valadares – MG

2015
RELATÓRIO: ADI 3510 - LEI DE BIOSSEGURANÇA - VOTO MINISTRO CARLOS
AYRES BRITTO
A Biossegurança é uma das áreas do conhecimento bem recentes, que também é
regulada em diversos países, com seus próprios procedimentos e diretrizes específicas. As
pesquisas cientificas realizadas em laboratórios e seus respectivos métodos de trabalho
dependem de uma maior segurança aliada a critérios educacionais e normativos
internacionalmente. Desta forma, as medidas de biossegurança transcendem aos aspectos
éticos implícitos nas pesquisas com manipulação genética. No Brasil é permitido pesquisas
com células troncos embrionárias obtidas por fertilização in vitro que estejam congeladas há
mais de três anos para fins terapêuticos e expressamente autorizados pelos doadores.
Acrescenta-se também que é proibida a comercialização do material biológico. O dispositivo
legal que versa sobre a utilização de células tronco é a Lei Brasileira da Biossegurança – n°
8974/95, que surgiu em 1984, mas foi sancionado somente em 1995.
A produção e comercialização de organismos transgênicos e a pesquisa com células
tronco são regulamentados pela Lei Brasileira de Biossegurança. A Lei é regulamentada
legalmente pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNbio) que estabelece a
proibição de experiências genéticas para clonagem humana, além de outras providências.
Neste contexto, o ex-procurador geral da República Claudio Fonteles, através da Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI) utilizou-se de diversos argumentos, tais como o direito à vida
e a dignidade da pessoa humana, com o propósito de impedir as pesquisas cientificas nestes
fins. No entanto, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ADI 3510, no
disposto artigo 5º da Lei de Biossegurança, revela-se improcedente. A decisão do Supremo
Tribunal Federal foi ratificada no dia 29 de maio de 2008, confirmando que a Lei de
Biossegurança não fere os princípios constitucionais.
O ministro Carlos Ayres Britto, relator da ADI 3510, manifestou prontamente baseado
nos preceitos normativos constitucionais que à pesquisa científica com utilização de células
tronco embrionárias é devidamente autorizada para o tratamento de doenças e não fere os
direitos do nascituro. Segundo o relator, com base no artigo 226, parágrafo 7º, da
Constituição, o casal tem direito ao planejamento familiar. Neste aspecto far-se-á necessário a
seguinte afirmação do relator: ‘‘A fertilização in vitro é peculiaridade meio ou recurso
científico a serviço da ampliação da família como entidade digna da “especial proteção do
Estado” (base que é de toda a sociedade) ’’.
A discussão sobre a utilização de células tronca remeteu na questão dos direitos do
nascituro como homem em germe (in spem). Mas, o nascituro como pessoa condicional
depende do nascimento com vida para a aquisição dos direitos de personalidade. O Supremo
Tribunal Federal assumiu o entendimento, pela Lei da Biossegurança que o conceito de vida
está ligado ao surgimento do cérebro. O próprio relator afirma: ‘‘sem aparato neural, a própria
alma já não tem como cumprir as funções e finalidades a que se preordenou como hóspede
desse ou daquele corpo humano. ’’. Relata-se também que o fim da personalidade pela morte
encefálica motiva a maior utilização de células tronco, haja vista que recuperar vidas humanas
é essencial. A viabilidade é a aptidão para a vida, da qual carecem os seres em que faltam os
órgãos essenciais.
Convém apontar que a doutrina católica apoia o uso de células tronco adultas, as quais
são células que não arriscam a vida do doador e devem ser consentidas. Essa constatação se
faz porque a manipulação das células tronco embrionárias seria elencada como uma forma de
assassinato, pelas técnicas utilizadas que culminam na destruição de embriões humanos. Com
efeito, atualmente, os embriões após quatro anos de congelamento são descartados. Neste
sentido, analiso a Lei Brasileira de Biossegurança, como simplesmente o oculto interesse
econômico da comunidade científica em aproveitar-se da ignorância da população e do
clamor de pessoas deficientes para o desenvolvimento maior de clonagem humana. E tal fato
é aludido no § 2º do artigo 5º da Lei de Biossegurança, na qual submetem os projetos
científicos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa. Contudo,
tal como os católicos e conseguintemente o responsável pela declaração de
inconstitucionalidade da Lei de Biossegurança, concordo apenas com a utilização de células
tronco para fins terapêuticos. Entretanto, a laicidade estatal preconizada pelos preceitos
constitucionais impede a análise da Lei de Biossegurança sob o ponto de vista religioso.
Malgrado exposto os interesses financeiros, nesta linha de raciocínio recorro ao pensamento
de São Tomás de Aquino na qual o direito humano, que provém da razão, não se destrói por
conformar-se com o direito divino, que provém de Deus.
O Estado Democrático não pode declinar de sua tarefa de manter e salvaguardar o
direito à vida. Cumpre ressaltar que a Constituição de 1988 contém aspectos altamente
positivos. É a expressão máxima da vontade legítima do povo brasileiro. Deu ênfase à
proteção dos direitos individuais, enfatizou e ampliou os direitos trabalhistas, criou novos
mecanismos e instrumentos de proteção e garantia dos direitos individuais e coletivos.
Interessante consignar que o eminente ministro Carlos Ayres Britto reconheceu que a
utilização de células tronco embrionárias em pesquisas envolveria diversos aspectos
filosóficos, jurídicos, medicinais, éticos, biológicos e religiosos, pouco antes do início do
julgamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Código civil. Organização de Claudio Roberto de Gonçalves. São Paulo: Saraiva,
2015.
MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. 26ª ed. Editora Saraiva: São Paulo. 2006. 389 p.
REFERÊNCIAS FILMOGRÁFICAS
AUDIÊNCIA PÚBLICA CÉLULAS-TRONCO. No dia 20 de abril de 2007, o Supremo
Tribunal Federal (STF) realizou a primeira audiência pública de sua história, no intuito de
reunir informações científicas para julgar um processo. Trata-se da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 3510, proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
contra dispositivos da Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/05). A ADI contesta
especificamente o artigo 5º e parágrafos da lei. Esses dispositivos referem-se à utilização de
células-tronco de embriões humanos em pesquisas e terapias. A PGR quer a declaração de
inconstitucionalidade dos dispositivos por entender que não há permissão legal para a
utilização dessas células. 28' 08". Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=E-
72dhUBb5g >. Acesso em outubro de 2015.

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