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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE ECONOMIA

PROGRAMA DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO FISCAL E CIDADANIA

BETTINA SÁ D'ALESSANDRO

ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO E INVESTIMENTO NA SAÚDE: 2007-2017

Porto Alegre

2017
BETTINA SÁ D'ALESSANDRO

ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO E INVESTIMENTO NA SAÚDE: 2007-2017

Projeto apresentado ao Programa de Extensão


em Educação Fiscal e Cidadania, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
como requisito parcial para a conclusão do
curso.

Orientador: Prof.ª. Drª. Rosa Chieza

Porto Alegre

2017
RESUMO

Este estudo se propõe a analisar os valores aplicados por meio do Orçamento Geral da
União na cidade de Porto Alegre/RS no período de 2007 a 2017 na área da saúde. Ou
seja, pretende-se analisar os valores investidos em gastos com saúde na respectiva
cidade no período estipulado. Para tal, apresenta-se brevemente a definição do Plano
Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual com o
propósito de, a partir da maior compreensão desses analisar a aplicação de recursos
públicos na saúde e, consequentemente, ter um panorama sobre as maiores lacunas e no
setor de saúde em Porto Alegre.

O estudo se faz importante devido a relevância do tópico da Saúde e de Orçamento


Público, de proporcionar cada vez mais à população brasileira e principalmente, nesse
caso, porto alegrense, conhecimento e acesso à informação referente a impostos e
demais contribuições por esses cidadãos pagas.

É feito uso de revisão bibliográfica, utilizando informações disponíveis no site do


Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, relativo ao Orçamento Geral da
União, na cidade de Porto Alegre e focando no tópico de Saúde.

A partir da análise acima conclui-se que, entre 2007 e 2017, o investimento em saúde
cresceu aproximadamente 50%. Apesar do aumento em valores monetários, não existe
indício de melhora no Sistema de Saúde em Porto Alegre.

Palavras chave: Orçamento Geral da União, Saúde, Porto Alegre, Investimento Público
INTRODUÇÃO

Uma vez que cabe ao poder público a incumbência de criar políticas que busquem
melhor qualidade de vida para sua população, a ele cabe a gestão e alocação dos
recursos de forma que esses tenham a máxima resolutividade. Nesse sentido, se faz
necessário que haja planejamento orçamentário pertinente, ou seja, que hajam
adequadas previsões da aplicação dos recursos financeiros arrecadados no país. Os
orçamentos são assim, uma forma de direcionar as prioridades de gestão de forma
técnica e objetiva, já que por meio deles é possível analisar, por exemplo, o quanto se
gastará em saúde, o quanto os investimentos podem aumentar (ou reduzir) e, ainda, em
que áreas se deve direcionar maiores ou menores gastos.

O estudo se mostra importante devido a universalidade do tema, da necessidade de


participação pública no orçamento brasileiro, pela relevância do acesso a informação,
assim como compreensão da mesma e importância do exercício da cidadania por parte
de todos brasileiros, mais especificamente no caso, dos porto alegrenses. É primordial a
interação entre Estado e população, a participação desses em opinar o que lhes importa
em termos do seu país e no que deve ser investido.

Assim, propondo tornar esse artigo mais uma oportunidade de acesso a informação, se
objetiva analisar os valores previstos e aplicados por meio do orçamento geral da União
na cidade de Porto Alegre/RS no período de 2007 a 2017 na área da saúde. Mais
especificamente, buscar maior compreensão do Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual na saúde e identificar as maiores lacunas no
setor de saúde em Porto Alegre em relação aos gastos públicos nos últimos 10 anos.

REFERENCIAL TEÓRICO

1- O ORÇAMENTO PÚBLICO NACIONAL

O Orçamento Público nacional ou Orçamento Geral da União (OGU) contém todas as


previsões legais de receitas e despesas realizáveis em um país no exercício,
normalmente, de um ano. Esta busca o equilíbrio entre contas de seguridade social
(previdência social, assistência social e saúde pública), investimentos de empresas
estatais federais e demais necessidades do Estado (PLANEJAMENTO, 2015).

Para tal, a Lei nº 4.320 da Constituição Federal de 1964, ampara as normas relacionadas
ao orçamento dos 3 entes federativos (união, estados e municípios) no que tange as
normas gerais para o controle e elaboração dos gastos. Por meio da referida Lei
estabeleceu-se que nenhuma despesa do OGU pode correr sem estar presente no
orçamento público nacional (BRASIL, 2015).

No Brasil, por meio da Constituição Federal de 1988 (CF/88) institui-se um modelo


orçamentário para a aplicação dos gastos públicos onde, basicamente, há 3 instrumentos
que operacionalizam tal modelo, que são: Plano Plurianual (PPA), Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).

1.1 Plano Plurianual (PPA)

Documento no qual há as diretrizes, metas (expressas em números) e objetivos da


gestão estratégica da administração pública no período de quatro anos. Ele prevê de
forma objetiva as ações públicas que deverão ser realizadas nesse período. O PPA é
estruturado a partir da criação de objetivos e das metas que estabelece como eles serão
alcançados. Por exemplo, ao se desejar aumentar o número de leitos em hospitais
públicos da região x (objetivo), estipula-se ampliar em x metros a área física de
internação hospitalar de todos os hospitais na referida região e comprar Y camas (meta).

Aqui, importante mencionar o controle dos gastos previstos do PPA segundo a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.).
De acordo com essa lei, nenhum investimento poderá ser iniciado sem que antes se
cumpra o investimento anterior. Assim, essa lei serve para que os gastos de uma gestão
fiquem não fiquem a cargo da gestão seguinte e assim cumulativamente.
De acordo com a referida Lei:

§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação


planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas,
mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas e a obediência a limites e condições no que tange a
renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária,
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita,
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar (BRASIL,
2000, s.n.).

O PPA deve ser elaborado no primeiro ano de cada governo e enviado para o Congresso
até o dia 31 de agosto. As despesas que não estejam previstas no PPA não serão
autorizadas (art. 15, combinado com os Arts. 16, II e 17, § 4º). Assim, por meio da LRF,
houve a obrigatoriedade de o governo planejar com maior rigor suas ações e, ainda,
considerar essas no período vigente sem deixar dívidas.

1.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (L DO)

Enquanto o PPA é um documento orientador das políticas públicas com cunho


estratégico, a LDO serve como ajuste para as metas estabelecidas neste. Ademais, ao
orientar a Lei Orçamentária Anual de acordo com o previsto no PPA, serve como elo
entre ambos os documentos.

Assim, a LDO é relativa às prioridades e metas da administração pública federal tendo


sua prioridade em guiar a elaboração dos orçamentos fiscal e da seguridade social. A
saber, o reajuste de salários e tributos ficam a cargo da LDO. Quanto aos prazos, prevê-
se que LDO seja enviada até o dia 15 de abril de cada ano para ser aprovada até o dia 17
de julho, sendo composta pelas despesas do exercício financeiro subsequente.

1.3 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA

A Lei orçamentária anual é um documento de suma importância para a gestão dos


gastos públicos, uma vez que por meio dela todos os gastos e investimentos (previstos
para o período de um ano) do governo deverão estar devidamente registrados. Ou seja,
ela é, em si, o orçamento da união para as áreas fiscais, de seguridade social e para os
investimentos estatais. Ela traz a estimativa das receitas e das despesas fixadas pelo
governo organizas por temas (saúde, transporte, educação etc.). Importante lembrar,
ainda, que cada esfera de governo deve elaborar seus próprios orçamentos.

A mesma organiza as receitas e despesas do exercício financeiro, portanto, o que será


arrecadado e gasto em termos de recursos públicos. Portanto, essa Lei é elaborada para
contribuir com a realização do planejado no Plano Plurianual e deve obedecer a LDO,
quanto às ações a serem executadas durante o exercício financeiros, de acordo com os
objetivos determinados.

Para que se possa de fato, executar as ações previstas é necessário que haja um ajuste
entre os gastos e a arrecadação. Tais valores estão previstos na LOA e estipulados, ou
seja, ela traz as previsões do quanto de arrecadação será necessária para arcar com as
despesas dos investimentos. Tributos como as taxas, impostos e demais contribuições
são as tradicionais fontes de arrecadação no Brasil (Receita Federal, 2016).

A LOA foi estabelecida pelo poder Executivo, atendendo à Lei Federal 4.320/64 e a
Constituição Federal, que “estabelece as normas gerais para elaboração, execução e
controle orçamentário. No que se refere aos prazos, ela deve ser enviada até o dia 31 de
agosto para o Congresso quando necessita da aprovação dos parlamentares que deverá
ocorrer até o dia 22 de dezembro do referido ano. (PLANEJAMENTO, 2015).

Dito isso, torna-se compreensível entender o porquê é convencional relacionar a


adequação da LOA com a resolutividade dos objetivos e metas estabelecidos pelo PPA
e consequentemente, com a adequação da gestão dos gastos públicos do país.

2- O ORÇAMENTO PÚBLICO NACIONAL NA SAÚDE


Entre as diferentes áreas que cabem ao governo administrar os gastos públicos está a
saúde. Esta é uma área extremamente complexa, visto que ela, por si só, é uma área com
peculiaridades e, principalmente por se relacionar diretamente a garantia da vida e
sobrevivência dos indivíduos.

Uma vez que o presente estudo busca analisar os valores previstos e aplicados por meio
do orçamento geral da União na cidade de Porto Alegre/RS na última década, a seguir,
apresenta-se brevemente os principais programas na área da saúde no referido
município.

São eles:

Quadro 1 – Programas de Saúde presentes no OGU entre 2007 e 2017

Código Programa
4 Assistência Médica e Sanitária Geral
53 Rede de Vigilância em Saúde
54 Controle das Doenças Transmissíveis
Pronto Atendimento e Urgência
55 Hospitalar
57 Saúde Materno – Infantil
94 Apoio à Gestão em Saúde
100 A Receita é Saúde
106 Desenvolvimento Municipal – PDM
111 Porto Alegre da Mulher
118 Câmara Municipal
119 Gestão Total
130 A Receita é Saúde
Lugar de Criança é na Família e na
136 Escola
142 Câmara Municipal
153 Qualifica POA
154 Infância e Juventude protegidas
155 Porto Alegre Mais Saudável
156 Porto da Igualdade
157 Porto da Inclusão
160 Cidade da Participação
161 Gestão Total
162 Você servidor
200 Apoio Administrativo
Fonte: TCE (2017)

Os 23 programas representam os “gastos do Poder Executivo Municipal


na Função Saúde, com destaque para as suas Subfunções típicas, nos termos da
Portaria MOG nº 42, de 14 de abril de 1999” (PLANEJAMENTO, 2012). Os programas
fazem parte da Função 10 (Saúde), nas suas seis subfunções: Atenção Básica,
Assistência Hospitalar e Ambulatorial, Suporte Profilático e Terapêutico, Vigilância
Sanitária, Vigilância Epidemiológica e Alimentação e Nutrição.

Para maior compreensão e análise dos programas propostos à área de Saúde no OGU,
foram organizadas tabelas, de acordo com a proposta da pesquisa, com ó código do
programa, valor liquidado e porcentagem da despesa total programa anualmente.

QUADRO 2 – ORÇAMENTO DE SAÚDE 2007 (OGU)

Ano 2007

Valor
Programa Código Liquidado %
A Receita é Saúde 100 599.379.297,53 96,2657%
Gestão Total 119 12.475.123,26 2,0036%
Apoio Administrativo 200 9.084.453,34 1,4590%
Desenvolvimento Municipal – PDM 106 1.030.740,42 0,1655%
Assistência Médica e Sanitária Geral 4 302.475,92 0,0486%
Câmara Municipal 118 295.285,04 0,0474%
Pronto Atendimento e Urgência
Hospitalar 55 35.249,55 0,0057%
Saúde Materno – Infantil 57 25.585,41 0,0041%
Controle das doenças transmissíveis 54 1.600,00 0,0003%
Rede de Vigilância em Saúde 53 217,8 0,0000%
Total 622.630.028,27
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 3 – ORÇAMENTO DE SAÚDE 2008 (OGU)

Ano 2008

Valor
Programa Código Liquidado %
A Receita é Saúde 100 665.571.863,50 98,3343%
Gestão Total 119 10.904.710,88 1,6111%
Câmara Municipal 118 327.721,83 0,0484%
Desenvolvimento Municipal – PDM 106 55.114,52 0,0081%
Apoio Administrativo 200 21.282,06 0,0031%
Porto Alegre da Mulher 111 1.814,02 0,0003%
Apoio à Gestão em Saúde 94 -805,01 -0,0001%
Assistência Médica e Sanitária Geral 4 -4.709,61 -0,0007%
Pronto Atendimento e Urgência
Hospitalar 55 -30.771,07 -0,0045%
Total 676.846.221,12
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 4 – ORÇAMENTO DE SAÚDE 2009 (OGU)

Ano 2009

Valor
Programa Código Liquidado %
A Receita é Saúde 100 746.687.896,42 98,0420%
Gestão Total 119 14.206.291,80 1,8653%
Câmara Municipal 118 377.219,56 0,0495%
Desenvolvimento Municipal – PDM 106 269.341,98 0,0354%
Saúde Materno – Infantil 57 23.582,67 0,0031%
Porto Alegre da Mulher 111 16.164,70 0,0021%
Apoio Administrativo 200 14.759,46 0,0019%
Pronto Atendimento e Urgência
Hospitalar 55 3.335,05 0,0004%
Assistência Médica e Sanitária Geral 4 1.446,50 0,0002%
Total 761.600.038,14
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 5 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2010 (OGU)

Ano 2010

Valor
Programa Código Liquidado %
A Receita é Saúde 130 818.007.159,49 98,5694%
A Receita é Saúde 100 11.205.960,51 1,3503%
Câmara Municipal 142 427.118,24 0,0515%
Lugar de Criança é na Família e na
Escola 136 257.486,65 0,0310%
Desenvolvimento Municipal – PDM 106 85.020,00 0,0102%
Saúde Materno – Infantil 57 -1.860,53 -0,0002%
Apoio à Gestão em Saúde 94 -13.544,39 -0,0016%
Pronto Atendimento e Urgência
Hospitalar 55 -16.911,30 -0,0020%
Assistência Médica e Sanitária Geral 4 -70.707,54 -0,0085%
Total 829.879.721,13
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 5 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2011 (OGU)

Ano 2011

Programa Código Valor %


Liquidado
A Receita é Saúde 130 934.228.157,49 99,9121%
Câmara Municipal 142 461.500,39 0,0494%
Lugar de Criança é na Família e na
Escola 136 240.424,78 0,0257%
A Receita é Saúde 100 143.145,25 0,0153%
Apoio Administrativo 200 -23.443,97 -0,0025%
Total 935.049.783,94
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 6 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2012 (OGU)

Ano 2012

Programa Código Valor Liquidado %


A Receita é Saúde 130 1.164.061.057,19 99,9319%
Câmara Municipal 142 485.931,10 0,0417%
Lugar de Criança é na Família e na
Escola 136 312.545,06 0,0268%
A Receita é Saúde 100 -5.552,78 -0,0005%
Total 1.164.853.980,57
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 7 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2013 (OGU)

Ano 2013

Programa Código Valor Liquidado %


A Receita é Saúde 130 1.222.377.781,66 99,9934%
Lugar de Criança é na Família e na
Escola 136 504.095,03 0,0412%
A Receita é Saúde 100 -423.996,19 -0,0347%
Total 1.222.457.880,50
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 8 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2014 (OGU)

Ano 2014

Programa Código Valor Liquidado %


Porto Alegre Mais Saudável 155 795.031.088,56 56,7215%
Você servidor 162 550.956.748,19 39,3080%
Gestão Total 161 33.624.743,92 2,3990%
A Receita é Saúde 130 18.700.540,74 1,3342%
Cidade da Participação 160 1.904.842,46 0,1359%
Qualifica POA 153 582.848,59 0,0416%
Porto da Inclusão 157 465.921,05 0,0332%
Infância e Juventude protegidas 154 330.402,37 0,0236%
Lugar de Criança é na Família e na
Escola 136 50.955,00 0,0036%
A Receita é Saúde 100 -7.619,96 -0,0005%
Total 1.401.640.470,92
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 9 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2015 (OGU)

Ano 2015

Programa Código Valor Liquidado %


Porto Alegre Mais Saudável 155 794.320.043,31 56,3781%
Você servidor 162 577.779.908,95 41,0088%
Gestão Total 161 31.198.326,77 2,2143%
Infância e Juventude protegidas 154 3.052.444,80 0,2167%
Cidade da Participação 160 1.599.021,16 0,1135%
A Receita é Saúde 130 664.845,57 0,0472%
Porto da Igualdade 156 139.043,39 0,0099%
Porto da Inclusão 157 81.219,40 0,0058%
Qualifica POA 153 81.063,43 0,0058%
Total 1.408.915.916,78
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 10 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2016 (OGU)

Ano 2016

Valor
Programa Código Liquidado %
A Receita é Saúde 130 818.007.159,49 98,5694%
A Receita é Saúde 100 11.205.960,51 1,3503%
Câmara Municipal 142 427.118,24 0,0515%
Lugar de Criança é na Família e na
Escola 136 257.486,65 0,0310%
Desenvolvimento Municipal – PDM 106 85.020,00 0,0102%
Saúde Materno – Infantil 57 -1.860,53 -0,0002%
Apoio à Gestão em Saúde 94 -13.544,39 -0,0016%
Pronto Atendimento e Urgência
Hospitalar 55 -16.911,30 -0,0020%
Assistência Médica e Sanitária Geral 4 -70.707,54 -0,0085%
Total 829.879.721,13
Fonte: TCE (2017)

QUADRO 11 – ORÇAMENTO EM SAÚDE 2017 (OGU)

Ano 2017

Programa Código Valor Liquidado %


Porto Alegre Mais Saudável 155 662.903.775,27 53,5916%
Você servidor 162 539.404.748,57 43,6075%
Gestão Total 161 31.092.364,87 2,5136%
Infância e Juventude protegidas 154 3.338.446,15 0,2699%
Porto da Igualdade 156 128.548,44 0,0104%
Cidade da Participação 160 85.275,65 0,0069%
A Receita é Saúde 130 1.919,00 0,0002%
Total 1.236.955.077,95
Fonte: TCE (2017)

3 ANÁLISE DE DADOS

De acordo com a análise proposta dos anos de 2007 a 2017 sobre o Orçamento
Geral da União, em específico sobre o setor de Saúde na cidade de Porto Alegre, Rio
Grande Sul, observa-se que entre os anos 2007 e 2017 foram abundantemente mudados
os programas relativos a saúde.

Em 2007, o OGU na área de saúde era composto pelos seguintes programas: A Receita
é Saúde, Gestão Total, Apoio Administrativo, Desenvolvimento Municipal – PDM,
Assistência Médica e Sanitária Geral, Câmara Municipal, Pronto Atendimento e
Urgência Hospitalar, Saúde Materno – Infantil, Controle das Doenças Transmissíveis e
Rede de Vigilância em Saúde.

Em 2008, os respectivos programas fizeram parte do OGU na área de saúde: A Receita


é Saúde, Gestão Total, Câmara Municipal, Desenvolvimento Municipal – PDM, Apoio
Administrativo, Porto Alegre da Mulher, Apoio à Gestão em Saúde, Assistência Médica
e Sanitária Geral, Pronto Atendimento e Urgência Hospitalar.

Já em 2009, os programas em saúde que fizeram parte do OGU foram: A Receita é


Saúde, Gestão Total, Câmara Municipal, Desenvolvimento Municipal – PDM, Saúde
Materno – Infantil, Porto Alegre da Mulher, Apoio Administrativo, Pronto Atendimento
e Urgência Hospitalar, Assistência Médica e Sanitária Geral.

Em 2010 os respectivos programas foram: A Receita é Saúde, A Receita é Saúde,


Câmara Municipal, Lugar de Criança é na Família e na Escola, Desenvolvimento
Municipal – PDM, Saúde Materno – Infantil, Apoio à Gestão em Saúde, Pronto
Atendimento e Urgência Hospitalar, Assistência Médica e Sanitária Geral.
Em 2011, os programas que fizeram parte do OGU na área de saúde foram: A Receita é
Saúde, Câmara Municipal, Lugar de Criança é na Família e na Escola, A Receita é
Saúde e Apoio Administrativo.

Em 2012, os programas da área de saúde que fizeram parte do Orçamento Geral da


União foram: A Receita é Saúde, Câmara Municipal, Lugar de Criança é na Família e
na Escola e A Receita é Saúde.

Em 2013, os respectivos programas foram: A Receita é Saúde, Lugar de Criança é na


Família e na Escola e A Receita é Saúde.

Em 2014, os programas da área de saúde que compuseram o Orçamento Geral da União


foram: Porto Alegre mais Saudável, Você Servidor, Gestão Total, A Receita é Saúde,
Cidade da Participação, Qualifica POA, Porto da Inclusão, Infância e Juventude
Protegidas, Lugar de Criança é na Família e na Escola, A Receita é Saúde.

Em 2015, os programas que compuseram a área de saúde do OGU foram: Porto Alegre
mais Saudável, Você Servidor, Gestão Total, Infância e Juventude Protegidas, Cidade
da Participação, A Receita é Saúde, Porto da Igualdade, Porto da Inclusão e Qualifica
POA.

Em 2016 os respectivos programas foram: A Receita é Saúde, A Receita é Saúde,


Câmara Municipal, Lugar de Criança é na Família e na Escola, Desenvolvimento
Municipal – PDM, Saúde Materno – Infantil, Apoio à Gestão em Saúde, Pronto
Atendimento e Urgência Hospitalar e Assistência Médica e Sanitária Geral.

Finalmente, em 2017, os programas que compuseram o setor de saúde do Orçamento


Geral da União foram: Porto Alegre Mais Saudável, Você Servidor, Gestão Total,
Infância e Juventude Protegidas, Porto da Igualdade, Cidade da Participação e A Receita
é Saúde.

Já relativo à área financeira, são feitas as seguintes comparações: Entre 2008 e 2007,
ocorreu um aumento no valor liquidado de R$ 54.216.192,85, referente, principalmente
ao programa A Receita é Saúde.

Entre 2008 e 2009, houve aumento de despesa principalmente no programa A Receita é


Saúde, de R$ 84.753.817,02. Entretanto, denota-se que, a porcentagem de gasto do
programa baixou de 98,33% em 2008 para 98,04% em 2009.
De 2009 a 2010 ocorreu um aumento do valor liquidado de R$ 68.279.682,99, com
perceptivo aumento de porcentagem de gasto de 98,04% em 2009 para 98,57% em
2010.

Entre 2011 e 2010, foi visível uma ascensão considerável do valor liquidado, de R$
105.170.062,81, e a porcentagem de gasto passou de 98,57% em 2010 para 99,91% em
2011.

Comparando 2012 e 2011, ocorreu um aumento de R$ 229.011.273,25, com o aumento


da porcentagem de valor liquidado do programa A Receita é Saúde de 99,91% para
99,93%.

Já entre 2013 e 2012, ocorreu mais um aumento de R$ 57.603.899,93, com um aumento


de 0,06% de gasto no mesmo programa A Receita é Saúde.

Em 2014 o orçamento na área de saúde foi de R$ 1.401.640.470,92, R$ 179.182.590,42


do que no ano anterior. É importante reforçar que o programa que recebeu maior
investimento foi Porto Alegre Mais Saudável, com 56,72% do valor liquidado.

Entre 2015 e 2014 o aumento do valor liquidado foi bem menor comparado ao ano
anterior, de R$ 7.275.445,86. O maior valor investido foi no programa Porto Alegre
Mais Saudável, porém a porcentagem foi menor, de 56,37%.

Comparando 2016 e 2015, denota-se a queda do investimento em saúde no Orçamento


Geral da União na cidade de Porto Alegre, com decréscimo de R$ -579.036.195,65. O
programa que teve maior valor investido foi A Receita é Saúde, com 96,57% do total do
valor liquidado.

Finalmente, entre 2017 e 2016, ocorreu um acréscimo de R$ 407.075.356,82 no


OGU na área de saúde, em Porto Alegre. O maior investimento foi no programa Porto
Alegre Mais Saudável, com uma porcentagem de 53,59%. Apesar do aumento do valor
liquidado em 2017, a taxa de investimento no programa Porto Alegre Mais Saudável foi
2,78% menor.

Em uma comparação final, no decênio de 2007 a 2017, foi aproximadamente R$600 mil
mais alto o valor liquidado no setor de Saúde na cidade de Porto Alegre, no Orçamento
Geral da União.
4 CONCLUSÃO

A partir dos dados acima apresentados e da análise feita, foi visto um acréscimo de
aproximadamente R$600 mil no ultimo decênio no Orçamento Geral da União,
especificamente na seção de Saúde, na cidade de Porto Alegre. Os programas que
obtiveram maior investimento nesses anos foram A Receita é Saúde e Porto Alegre
Mais Saudável, com 67% do gasto total no primeiro programa e, o segundo, foi
responsável por 21,6% do OGU destinado a saúde na cidade de Porto Alegre entre 2010
e 2017.

Malgrado os dados apresentarem um maior investimento no setor de saúde em Porto


Alegre nos últimos dez anos, não foi possível fazer uma análise mais detalhada dos reais
resultados desse investimento.

Os dados financeiros e matemáticos são de imensurável pertinência, e, como


mencionado acima, apresentou-se um acréscimo nesses relativos aos valores liquidados
em saúde na capital do Rio Grande do Sul. A partir desse estudo, é salientado a
necessidade de entender os efeitos desses investimentos e os reais frutos deles.

Cada vez mais é necessário a prática da cidadania, e para realizar a mesma, o acesso e
compreensão do Orçamento do Estado e todas as leis que o formam e compõem, como a
Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias ou Plano Plurianual. Conclui-
se então que o presente estudo auxilia no exercício da cidadania, mas necessita
aprofundamento para que essa seja mais uma ferramenta para o ensino e acesso a
informação de Educação Fiscal e de cidadania.
REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Como é feito o orçamento público?


Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/servicos/faq/orcamento-da-
uniao/elaboracao-e-execucao-do-orcamento/como-e-feito-o-orcamento-publico>.
Acesso em: 05 dez. 2017.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Portaria MOG nº 42, de 14 de abril de 1999.


Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/assuntos/orcamento-
1/legislacao/legislacao/portaria-mog-42_1999_atualizada_23jul2012-1.doc/view>.
Acesso em: 07 dez. 2017

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Controle


Social – Saúde. Disponível em
<http://www1.tce.rs.gov.br/aplicprod/f?p=20001:75::::RP,75:P75_MUNICIPIO:PORT
O%20ALEGRE>. Acesso em: 10 dez.2017

RECEITA FEDERAL. Carga Tributária no Brasil 2015, Análise por Tributos e Bases
de Incidência. Disponível em
http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-
aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/ctb-2015.pdf>. Acesso em:
12 dez. 2017

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