APRESENTAÇÃO

O Ministério de Formação como outras expressões da RCC, tem buscado atender ao chamado do Papa,
de lançar-se ao largo. E tem procurado, em "águas mais profundas", o que o Senhor quer para a
Formação na RCC.

Em parceria com o Projeto Reavivando a chama, procurou ouvir e se deixou conduzir, na vontade de
Deus, para esses tempos.

Alguns pontos fortes do Projeto Reavivando a chama são aprofundados nos encontros do Módulo
Básico: a identidade da RCC, a vivência do Batismo no Espírito; os carismas, a oração pessoal e
comunitária, a vida de santidade e o Grupo de Oração.

Com o término da revisão e edição do Módulo Básico da Escola Paulo Apóstolo, sentimos a
necessidade de elaborar algo que continuasse a contribuir para o fortalecimento do Projeto Reavivando a
chama, e daí surgiu o Módulo "Reavivando a chama".

O Módulo Reavivando a chama traz alguns pontos importantes do Projeto e tem como objetivo colaborar
para que o "Reavivando a chama" aconteça através de encontros querigmáticos, de avivamento, de
vivência do Batismo no Espírito Santo, com o mesmo ardor dos primeiros apóstolos em Pentecostes,
resgatando o primeiro amor e aquele "fogo" em que viviam.

As primeiras apostilas desse Módulo terão o seguinte conteúdo:

1a apostila: Reavivamento do Louvor

2a apostila: Reavivamento do Grupo de Oração

3a apostila: Os Ministérios no Grupo de Oração

Luiz Virgílio Néspoli Coordenador Nacional do Ministério de

Formação da RCC
 ORIENTAÇÃO

O conteúdo dessas Apostilas poderá ser ministrado para a liderança do Grupo de Oração, em forma de
Encontros de final de semana, Seminários, Reflexões, Estudos em reuniões, Material de consulta ou até
como simples objeto de leitura.

Os temas dos Ensinos estão voltados para a dinâmica do Grupo de Oração e seus Ministérios.

É importante que os Encontros sejam dados com uma espiritualidade carismática, buscando reavivar
o dom do Espírito Santo (cf. 2 Tm 1,6) em cada um, provocando a experiência dos carismas e da
oração.

Com esses Encontros queremos "Reavivar a chama" de cada líder da RCC para que seus Grupos de
Oração sejam cheios do fogo do Espírito Santo.

Esses Encontros poderão ser ministrados por Pregadores e Coordenadores de Grupo de Oração.

Quanto a Metodologia do módulo Reavivando a chama, não existe uma sequência obrigatória nas
apostilas, nem na maneira de serem dados esses Encontros.

A Formação do Módulo Básico não é obrigatória para os Encontros do Módulo Reavivando a chama,
porém este Módulo não substitui o Módulo Básico.

Está a cargo de cada Conselho Diocesano e/ou Coordenação de Grupo de Oração o discernimento em
ministrar esses Encontros e incluí-los em seus planejamentos.

Mais uma vez queremos reiterar, que o objetivo dessas apostilas é fazer o Projeto Reavivando a chama
acontecer. Esses Encontros devem acontecer, quando necessários, ao Reavivamento da chama do
Batismo no Espírito Santo do Grupo de Oração e/ou da Diocese.

Luiz Virgílio Néspoli Coordenador Nacional do

Ministério de Formação

ENSINO 01

PROJETO REAVIVANDO A CHAMA

Reinaldo Beserra dos Reis
INTRODUÇÃO
Tendo em vista, pois, a melhor maneira de nos colo-
carmos disponíveis ao caudal de Água viva que Deus
tem derramado sobre a Igreja, fiel à vocação profética
de ser - nestes tempos - sinal efetivo da perenidade de
Pentecostes, quer na experiência da tomada de
consciência da força e da riqueza que está à nossa
disposição nos sacramentos da iniciação cristã, quer
na abertura à ação do Espírito Santo, exercitando -
segundo nosso empenho e vontade divina -os dons
espirituais que "são dados a cada um" (l Cor 12, 7)
para edificação do Corpo de Cristo (cf. Ef4,12), a
Renovação Carismática, interpretando os sinais dos
tempos, colocou-se em escuta de Deus, para saber
Sua vontade para a RCC.
O PROJETO REAVIVANDO A CHAMA
O Conselho Nacional, em outubro de 2001, em escuta
e oração, discerniu a necessidade de obedecermos ao
mandato evangélico de nos "lançarmos ao largo",
aprofundando-nos no amor de Deus. Também fez parte
deste discernimento, a consciência de que urge
reavivar nossa experiência de salvação, conversão e
santidade, além do fortalecimento da nossa missão,
que nos vem com o Batismo, e se desenvolve com uma
prática viva e vibrante em nossos Grupos de Oração.
Daí surgiu o "Projeto Reavivando a chama".
Sendo o Grupo de Oração o lugar de realização da
identidade da Renovação, da missão, da comunhão
eclesial, e da vivência da fraternidade, compreende
que isto só será possível renovando sem cessar a
efusão do Espírito Santo. E isto vai desde a necessi-
dade de se queimar aquilo que em nós atrapalha a
vontade de Deus, como também de passar acesa a
chama do Espírito aos que estão chegando.
Hoje, somos chamados a ser sinal da chama que se
reaviva. Para isto devemos estar comprometidos com
um retorno às fontes de nossa experiência no Espírito,
tendo todos os serviços voltados para nossos grupos
de oração, a comunidade primeira da Renovação
Carismática.
É preciso, portanto, Reavivara chama, reavivar o fogo
do Espírito que queimou os primeiros apóstolos.
Reavivar a chama é, entre outras, a tarefa de levar os
membros do Grupo de Oração a terem uma vida de
oração pessoal e comunitária. Quando a chama do
Espírito está acesa, a oração do grupo se expressa
em cantos alegres e inspirados, em louvor e ação de
graças, em pregação ungida, na qual Deus pode
manifestar o seu poder. Marca também o fragor da
chama acesa, a manifestação dos carismas do Espí-
rito - em especial as línguas e a profecia, os sinais
e os prodígios, e na comunhão fraterna com
todos, em especial na Igreja. "
A chama acesa faz nascer Grupos de Oração
missionários, com testemunhas capacitadas pelo
Espírito, que a todos recebem e acolhem dispostas
a dar as "razões de sua esperança", atraindo a
atenção dos não crentes, dos necessitados de
amor, dos famintos e excluídos. Nossos Grupos,
movidos pela caridade, tornam-se colaboradores da
construção de uma sociedade mais justa e
solidária.
Queremos encontrar nos Grupos de Oração sinais
de santidade, de comunhão eclesial, de
evangelização - frutos do Espírito na vida das pes-
soas. Queremos ver brotar neles verdadeiras
expressões de comunidade, como um modo de
vida que coloca os seus participantes sempre mais
disponíveis para a obra de Deus, a serviço do
outro.
Por isto, planejamos para os próximos anos,
desenvolver, como uma resposta ao sopro do
Espírito, o projeto "Reavivando a chama".
A METODOLOGIA NO PODER DO
ESPÍRITO SANTO
Jesus veio para que todos "tenham vida e para que
a tenham em abundância (Jo 10,10)". Para realizar
essa missão, deixou-se conduzir pelo Espírito
Santo e agiu sempre em comunhão com Ele (cf. Mt
4,1). Em sua humanidade era totalmente entregue
ao Espírito e ungido por Ele (cf. Lc 4,18). Por isso
podemos concluir que Ele praticava uma espécie
de metodologia na qual se manifestava o poder do
Espírito. É o que denominamos de "Metodologia
com poder do Espírito Santo".
Essa mesma metodologia foi empregada pêlos
Apóstolos. Por isso Paulo dizia deles próprios, a
Timóteo, que "Deus não nos deu um espírito de
timidez, mas de fortaleza, de amor e sabedoria"
(2Tm 1,7). Foi neste Espírito que eles
conseguiram realizar tudo quanto Jesus lhes
pedira. Assim, pois, toda e qualquer metodologia
que hoje empregarmos, para frutificar, haverá de
ser, antes de tudo, totalmente dócil ao Espírito
Santo, como o próprio Espírito pede, hoje, à Igreja.
Além da docilidade ao Espírito Santo, a
metodologia de Jesus era libertadora. Ele
escolheu homens despreparados, do ponto de
vista humano. Eram trabalhadores rudes e
analfabetos. Acredita-se que até revolucionário
político existia entre eles, sem contar um cobrador
de impostos. Mas a todos o Mestre ensinou a serem
livres. De fato, se tornaram libertos dos preconceitos e
complexos que tanto amordaçam as bocas e os
sentimentos dos evangelizadores. Mais ainda, a todos
Jesus ensinou a pensar. Com ele seus discípulos não
eram reprodutores de meros conceitos ou de simples
tradições; eram sujeitos de sua própria formação.
Todos tinham a liberdade de ficar com o Mestre ou de
deixá-lo (cf. Jo 6,66-71; Mc 14,50; Jo 19,25-27).
Enfim, aprenderam a ser realmente livres.
Portanto, se houvéssemos de criar uma filosofia para
nortear nossos trabalhos, ela haveria de ser, com
certeza, marcada pela docilidade ao Espírito Santo e
pela liberdade neste mesmo Espírito, pois é na liber-
dade que o amor e a responsabilidade frutificam.
Agora, colocando algumas coisas práticas, devemos
atentar para o fato de que somos um Movimento de
perfil leigo, composto por pessoas que têm famílias ou
que se preparam para tê-las. Somos pessoas que
trabalham, estudam, labutam com a vida. Em regra
não somos missionários de tempo integral. Poucos,
entre nós, têm a graça de dedicar-se inteiramente ao
serviço da evangelização. Isto nos leva à necessidade
de usar com muita sabedoria o precioso tempo que a
vida nos permite dar ao Reino. Devemos aprender
como o apóstolo (cf. Ef 5,16), a usar ciosamente o
tempo, para realizar uma evangelização eficaz.
Portanto, é importante desenvolver planos de ativi-
dades que atendam às reais necessidades dos mem-
bros do nosso movimento, tendo atenção para que as
equipes diocesanas não fiquem sobrecarregadas
com excesso de serviço, tornando-as mais
disponíveis à vida de oração, à vida comunitária,
libertando-as da escravidão do ativismo, do fazer-
por-fazer, que as escravizam com eventos que
demandam inúmeras reuniões e custos
exagerados.
Desta forma, devemos proporcionar encontros,
cursos e retiros menos dispendiosos e que
priorizem os conteúdos e a espiritualidade,
valorizem os pregadores locais e simplifiquem as
estruturas (local, som, palco, etc.).
Outro ponto a considerar é que toda metodologia
dependa das coordenações locais. Por isso, nesta
nova fase da RCC, embora seja fundamental que
cada um de seus membros esteja consciente de
sua missão, cabe às coordenações
desempenharem um papel ímpar,
principalmente as estaduais e as diocesanas,
que devem fazer chegar aos destinatários as
orientações, direcionamentos e material de
formação, além de promover com eficácia os
encontros de primeira experiência, bem como
participar, incentivar e proporcionar aos
interessados os meios necessários para que
tenham acesso fácil às atividades da Renovação.
Assim fazendo, estarão, essas lideranças,
contribuindo eficazmente com a missão.
Neste momento de retomada da formação, é
imprescindível poder contar com o esforço das
coordenações para rearticulação dos núcleos
formadores, desenvolvimento dos cursos e
disponibilização de material publicado.
Quanto aos Ministérios, suas atividades são muito
importantes, sendo necessário um empenho dos
seus membros, em desenvolver um serviço que
seja voltado para alcançar a realidade de nossos
grupos de oração. As coordenações diocesanas
são responsáveis por acompanhar os trabalhos
dos Ministérios, zelando para que encontrem o
devido apoio e que estejam inseridas no
planejamento da RCC diocesana, em sintonia
com as orientações das coordenações a nível
nacional e estadual.
Ainda uma última palavra sobre metodologia. Ela
deve beneficiar os Grupos de Oração diretamente.
Ela é pensada a partir deles e para eles. Toda
avaliação que se faz de nossa metodologia tem em
vista o Grupo de Oração. Se os frutos da
formação não atingi-lo, a metodologia deve ser
repensada. Nossa atenção deve sempre se voltar,
de forma especial, para os Grupos de Oração,
onde devemos proporcionar momentos para
crescimento dos irmãos e irmãs, possibilitando
desenvolver uma boa formação em outros espaços para darmos prosseguimento às mudanças
adequados, tais como: tardes de formação, encontros necessárias que já foram iniciadas. "Porque
para servos, oficinas de dons, etc. isto diz o Senhor dos exércitos: ainda um
pouco de tempo e abalarei céu e terra, mares
METAS DO PROJETO: e continentes; sacudirei todas as nações, aflui-
rão riquezas de todos os povos e encherei de
1 Revigorar a oração pessoal como encontro com minha glória esta casa e o esplendor desta
Deus, tornando-a uma regra de vida, e praticá-la casa sobrepujará o da primeira" (Ag 2,6-9).
mediante a escuta profética (cf. Uo ^ 1,1-3);
2 Fortalecer a dimensão querigmática do Grupo de
Oração;
3 Conscientizar os Grupos de Oração para que sejam
sujeitos de evangelização;
4 Atualizar a formação de coordenadores e
membros de núcleo de Grupo de Oração, de
conselhos e de Ministérios;
5 Incrementar no Grupo de Oração o senso de
fraternidade e vida comunitária, pelo exercício da
acolhida, dos relacionamentos pessoais e fraternos, da
ajuda recíproca, do conhecimento mútuo, numa forma
de vida comunitária;
6 Fortalecer a Formação doutrinária;
7 Incrementar a formação para os diversos Mi-
nistérios realizados na RCC;
8 Promover uma grande intercessão pela RCC;
9 Fomentar no seio da RCC a prática constante da
busca de santidade.
CONCLUSÃO:
Enfim, estamos, sem dúvida, às portas de um novo
tempo na RCC do Brasil. E viver esta graça é
também estar preparado para mudanças, além de
uma constante reavaliação de nossa prática e
nosso "jeito de ser" aquilo que Deus quer.
Para sobreviver basta estarmos dispostos a nos
adaptar às diversas realidades a nós trazidas
pelas moções do Espírito Santo. Porém não é
somente sobrevivência que o Senhor nos oferece
neste momento. Mais que simplesmente
"sobreviver", a RCC é chamada a trilhar um
caminho de profundo amadurecimento e, para
tanto, são necessárias coragem para
ponderarmos os pontos positivos e negativos de
nossa caminhada e objetividade

ENSINO 02

O LOUVOR
INTRODUÇÃO
O homem foi criado para a "glória de Deus", para fazer
parte da sua vida, da sua felicidade. Por isso, todo o
nosso ser deve glorificar e engrandecer o Criador,
por todas as sua obras, inclusive por nos ter criado.
O louvor é a nossa resposta no nosso relacionamento
com Deus. O Deus Amor nos criou no Amor. Somos
filhos - Amor de Deus Amor.
O abismo do pecado nos afastou de Deus e nós
ficamos contra Deus, não mais o louvamos. Mas com
Sua salvação, Jesus nos reconcilia com o Pai, e aí
"somos resgatados para o louvor de Sua Glória" (Ef
1, 13-14). O louvor surge de um coração livre, sem
amarras, gratuito diante de Suas maravilhas.
O QUE É A ORAÇÃO DE LOUVOR?
"Na língua hebraica não há uma palavra especial que
signifique dar graças ou agradecer. Quando quer
agradecer a Deus, o homem bíblico põe-se a louvá-lo,
exaltá-lo, proclamando suas maravilhas com
grande entusiasmo"... No Magnificai, Maria canta: "A
minh'alma glorifica ao Senhor... Porque me fez
grandes coisas o Onipotente..." Talvez também por
este motivo não encontramos no Magnificai a palavra
agradecer; mas encontramos glorificar, exultar. Se não
existe a palavra, há, porém, o sentimento
correspondente. Maria, na verdade, devolve a Deus
o Seu poder; conserva a graça toda sua gratuidade.
Atribui ao olhar de Deus, isto é, à graça, o que de
grande está acontecendo nela, e disso não atribui
nenhum merecimento a si mesma... Dar graças
significa, antes, reconhecer a graça, ou seja, que ela
vem de Deus; aceitar a gratuidade da mesma, pois
Deus dá de graça, sem merecimento do homem; não
querer "resumir-se a si próprio, nem pagar a Deus o
seu resgate", pois quem poderia dar a Deus a
retribuição de alguma coisa (cf. SI 48,8)... "Dar graças
é aceitar-se como devedor, como dependente; é
deixar Deus ser Deus".
"O louvor é a forma de oração que reconhece o mais
imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o
pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória mais do que pelo
Francisco José Machado Guanandy
Luiz Virgílio Néspoli
que Ele faz, por aquilo que Ele é. Participa da
bem-aventurança dos corações puros que o
amam na fé antes de o verem na Glória. Por ela,
o Espírito se associa ao nosso espírito para
atestar que somos filhos de Deus, dando
testemunho do Filho único em quem somos
adotados e por quem glorificamos o Pai. O louvor
integra as outras formas de oração e as leva
Àquele que é sua fonte e termo final: 'o único
Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem
nós somos feitos' (l Cor 8, 6)".
Louvar é elogiar, aplaudir, parabenizar, falar bem
de alguém, engrandecer, exaltar, bendizer, honrar.
É uma manifestação do coração admirado, do
coração que está encantado com Deus.
"Oração de louvor é uma oração de profunda
comunhão com Deus... e ela sempre atrai para
nós grande quantidade do poder de Deus. Louvar
a Deus não é algo que fazemos por nos sentirmos
felizes; ao contrário, é um ato de obediência.
Muitas vezes, a oração de louvor exige muita
força de vontade; no entanto, quando persistimos,
o poder flui para a nossa vida e para o problema,
talvez, a princípio, em gotas, mas depois em
torrentes que vão sempre aumentando e que
finalmente nos inundam e lavam as mágoas e
cicatrizes".
Louvar a Deus em todas as circunstâncias não
significa que fechamos os olhos às dificuldades.
No louvor, estamos acreditando em Deus, e não
nas nossas capacidades ou nas do irmão.
Quando louvamos, não tentamos evitar os
problemas, os sofrimentos. Buscamos, sim,
superá-los. Não é um método de troca, ou seja,
eu louvo a Deus e Ele me livra de "tais" situações.
Quando louvamos, não tentamos evitar os
problemas, os sofrimentos. Buscamos, sim,
superá-los. Dando a nossa aprovação, aceitamos
ou concordamos com o que acontece. Portanto,
louvar a Deus por uma situação difícil, por uma
doença ou desgraça, quer dizer literalmente que
aceitamos e aprovamos este acontecimento
como parte do plano de Deus para nossa vida.

Não podemos louvar a Deus sem
estarmos agradecidos pelo que nos acontece.
E não podemos estar agradecidos sem
estarmos felizes com as circunstâncias. O
louvor envolve, portanto, gratidão e alegria.
Louvar a Deus também significa que
reconhecemos
ser Dele a responsabilidade pelo que está
nos
acontecendo, e não de um acaso. Senão, não
faria
sentido agradecer-lhe.
,.:.^«
"O fato de não entendermos, se torna um
obstáculo ao nosso relacionamento com Deus.
Mas Deus tem um plano perfeito para o nosso
entendimento, e se o usarmos à sua maneira,
não será mais um empecilho, mas um
maravilhoso impulso para a nossa fé".
Deus nos chama a louvá-lo com a nossa
inteligência. Mesmo não entendendo como e
por que Ele age, somos chamados a aceitar
que Ele o faça. A nossa aceitação não deve
ser a partir de uma troca, de uma manobra,
como se fosse um negócio ou uma barganha.
A realidade é que "tudo concorre para o bem
daqueles que amam a Deus" (Rm 8, 28), ou
seja, na medida em que nos ajustamos ao
plano de Deus, amando-O de maneira efetiva,
o que nos acontece é para o nosso próprio
bem.
'Recapitulados' em Cristo,
participam do louvor a Deus e
da realização do seu designo:
as potências celestes, a
criação inteira (os quatros
viventes), os servidores da
antiga e da nova aliança (os
vinte e quatro anciãos), o novo
povo de Deus (os cento e
quarenta e quatro mil), em
especial os mártires 'imolados
por causa da palavra de
Deus' (Ap 6,9-11) e a santa
Mãe de Deus (a mulher; a
esposa do cordeiro), e
finalmente 'uma multidão
imensa impossível de se
enumerar, de toda nação,
raça, povo e língua'" (Ap 7,9).
Louvar não é uma fórmula mágica para atingir o
que se quer. Quando louvamos a Deus não o
fazemos baseado nos resultados e sim baseados
na Palavra de Deus e na situação tal como se
apresenta, tal como ela é.
"O louvor é fundamentado numa aceitação total e
prazerosa do que está nos acontecendo, como
sendo parte da terna e perfeita vontade de Deus
para nós. O louvor não é baseado no que
pensamos, nem tampouco naquilo que esperamos
que aconteça no futuro," e sim baseado naquilo
que Deus é: Amor. O louvor acontece pelo lugar e
situação em que nos achamos agora.
Quando louvamos a Deus, alguma coisa
acontece. Deus pode operar em nós, no nosso
comportamento e atitude diante da situação que
louvamos, ou pode operar na situação. Isto deve
resultar do louvor e não ser a motivação para
que nós louvemos. Não devemos louvar a Deus
para que Ele nos abençoe.
Para que essa barganha não aconteça, é
importante nós nos conscientizarmos da Palavra de
Deus no SI 36, 4: "Alegra-te também no
Senhor e Ele te concederá o que deseja o teu
coração." Primeiro alegramo-nos em Deus. A
alegria deve vir antes de vermos os nossos
interesses respondidos. Ou melhor, não podemos
esperar que alguma coisa aconteça para nos
alegrarmos em Deus.
O plano de Deus é perfeito para nossa vida. Por
isso
somos chamados a louvá-Lo por tudo na nossa
vida,
exatamente do jeito que está agora, e não pedir
que
Ele afaste a dificuldade de nosso caminho.
Quando
louvamos, "nós introduzimos aquela situação como
é, no plano de Deus", e aceitando aquela situação
como tal, permitimos que Deus aja nela como Ele
quiser, realizando sempre o melhor para nós,
mesmo
que não achemos.
"Não há poder em nossas palavras de louvor,
pelas palavras em si. Não há poder em nossa
atitude de gratidão e de alegria. Todo poder vem
de Deus. Precisamos nos lembrar disso
constantemente. É fácil cair no erro de pensar que
nós temos o poder de manipular ou mudar a
conjuntura, simplesmente recitando certa
oração".
"Nossas orações sinceras abrem a porta para o
poder de Deus penetrar em nossa vida. Mas a
oração do louvor liberta o poder de Deus mais que
qualquer outra". No ato de louvar, é importante que os
nossos olhos fiquem fixados em Deus e afastados
daquilo que nos ameaça. Não que devamos fechar os
olhos às ameaças, mas sim, analisarmos a
situação, reconhecermos a nossa incapacidade e
nos voltarmos para Deus, buscando auxílio (cf. 2 Cor
10, 12)
"As bênçãos divinas manifestam-se
em eventos impressionantes e
salvadores: O nascimento de Isaac, a
saída do Egito (Páscoa e Êxodo), o
dom da terra prometida, a eleição de
Davi, a presença de Deus no templo, o
exílio purificador e o retorno de um
'pequeno resto'. A lei, os profetas e os
salmos, que tecem a liturgia do povo
eleito, lembram essas bênçãos divinas
e ao mesmo tempo lhes respondem
mediante as bênçãos de louvor e de
ação de graças".
MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS
No Catecismo da Igreja Católica, 2639 está escrito: "...
o louvor é a forma de oração que reconhece o mais
imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o
pelo que Ele faz, por aquilo que Ele é...".
Existem muitos motivos para louvarmos a Deus e
diante deste texto do Catecismo podemos caracterizá-lo
em momentos:
1. Louvar a Deus por aquilo que Ele é;
2. Louvar a Deus por aquilo que Ele fez e
faz;
3. Louvar a Deus por aquilo que Ele lhe fez e
faz.
Primeiro, devemos louvar a Deus por aquilo que Ele é,
este é o louvor mais refinado, sem intenções, é o
louvor gratuito, amadurecido. Contemplamos a Deus,
nas suas qualidades, nos seus atributos, nos motivos
da Sua existência, pelo Seu 'ser', pelas características
de Deus (por exemplo: Deus é Pai, é Amor, é
Santificador, é Criador, é Único, é Majestoso, é
Poderoso, é Bom, é Justo...).
Depois, louvamos a Deus por aquilo que Ele fez e faz.
Percebemos que aqui estamos louvando a Deus pela
sua ação, pelo seu dinamismo, aquilo que Ele criou,
pelas suas obras, por toda a criação e pela sua missão
(pela natureza, pelas coisas, por todas as criaturas,
por aquilo que se vê que se toca, por aquilo que se
conhece...).
E por último, louvamos a Deus por aquilo que Ele
nos fez e nos faz. Agora chegou o momento de
olharmos para nós mesmos, e admirarmos o que
Deus fez e faz em nós, por tudo o que somos e
possuímos por tudo o que Ele tem realizado,
interferido, transformado, curado, ungido, e
até mesmo por aquilo que não vemos e cremos que
Ele realizou, realiza e realizará. Este é o louvor
mais fácil, porque está na nossa vivência do dia-a-
dia.
O PODER DA ORAÇÃO DE LOUVOR
"'O mundo foi criado para a glória
de Deus'
Eis uma verdade fundamental que a Escritura e a
Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: 'O
mundo foi criado para a glória de Deus'. Deus Criou
todas as coisas, explica S. Boaventura, 'non
propter
gloriam augendam, sed propter gloriam
manifestadam et propter gloriam suam
comunicandam - não para aumentar a [sua] glória,
mas para manifestar a glória e para comunicar a
sua glória'. Pois Deus não tem outra razão para
criar a não ser o seu amor e a sua bondade:
'Aperta manu clave amoris creaturae prodierunt -
Aberta a mão pela chave do amor, as criaturas
surgiram'". E o Cone. Vaticano l explica:
"Este é único e verdadeiro Deus,
por sua bondade e por sua
Virtude onipotente', não para
adquirir nova felicidade ou para
aumentá-la, mas a fim de
manifestar a sua perfeição pêlos
bens que prodigaliza às
criaturas; com vontade
plenamente livre, criou
simultaneamente no inicio do
tempo ambas as criaturas do
nada: a espiritual e a corporal"
5
6 A oração de louvor cria condições para que haja a
plenitude da presença de Deus em nossas vidas, e
nos torna aptos para suportarmos uma provação
longa e difícil.
O louvor contribui para nossos triunfos, não deve
ser visto apenas como um culto que se presta após
a vitória (cf. 2 Mac 15,20-29; At 16,25-30). Se
quisermos que Deus nos conduza a vitórias ainda
maiores temos que louvá-lo continuamente...
Louvá-lo não apenas porque isso nos trás a
vitória, mas porque Ele é merecedor e deve ser
objeto de nossos louvores.

Para se louvar a Deus de forma efetiva é essencial
conhecê-Lo bem. Conhecer Deus não é uma atitude
do intelecto, mas sim uma experiência do coração.
Não existe louvor a não ser por meio de um encontro
com o Jesus vivo. O louvor é a resposta do homem à
ação amorosa de Deus. Mais do que algo que o
homem possa oferecer, é um dom que Deus põe no
coração e na boca daquele que experimentou sua
salvação (cf. SI 39).
Para ser verdadeiro, o louvor só pode estar focalizado
no Senhor, exclusivamente em sua natureza, caráter,
atributos. Ex: o amor de Deus, a santidade de Deus, a
fidelidade de Deus, a justiça de Deus, a misericórdia de
Deus, a integridade de Deus.
O Senhor habita nos louvores, isto é, o Senhor
manifesta-se quando o louvamos, e onde o povo de
Deus estiver a louvá-Lo, aí está o Seu trono; e onde
estiver a presença de Deus, ali o Seu poder opera em
plenitude (cf. SI 22, 4).
A Oração de glorificação a Deus harmoniza-se tanto
com o que ele espera de nós, que gera o poder de
transformar nossas vidas, de modo que refletimos
uma imagem celestial.
"A Glória de Deus consiste em que se realize esta
manifestação e esta comunicação da sua bondade
em vista das quais o mundo foi criado. Fazer de
nós 'filhos adotivos por Jesus Cristo: conforme o
beneplácito de sua vontade para louvor à glória da
sua graça' (Ef 1, 5-6): 'Pois a glória de Deus é o
homem vivo, e a vida do homem é a visão de
Deus: se já a revelação de Deus através da
criação do homem proporcionou a vida a todos os
seres que vivem na terra, quanto mais a
manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida
àqueles que vêem a Deus'. O fim último da criação
é que Deus, 'Criador do universo, tornar-se-á 'tudo
em todas as coisas' (1Cor 15,28), ao mesmo
tempo a sua glória e a nossa felicidade".
Não basta a teoria do louvor é preciso perseverar na
prática do louvor, muitas coisas vão mudar em sua vida,
em você, em sua família, em seus negócios e em
qualquer situação que for apresentada ao Senhor
mediante o louvor.
FUNDAMENTOS DA ORAÇÃO DE LOUVOR
O louvor é:
1 O mandamento de Jesus no Novo
Testamento: "por meio de Jesus, ofereçamos a
Deus um perene sacrifício de louvor, isto é, o
fruto dos lábios que celebram o Seu Nome" (Hb
13,15).
2 O voto de Davi, um homem segundo o
coração de Deus: "Bendirei o Senhor em todo o
tempo, seu louvor estará sempre na minha
boca." (SI 33, 2).
3 A prática dos primeiros cristãos: "e estavam
sempre no templo bendizendo a Deus." (Lc
24,53).
4 A vontade de Deus para todos os cristãos: "Dai
graças, em toda e qualquer situação porque
esta é a vontade de Deus, no Cristo Jesus, a
nosso respeito." (1 Tes 5,18).
5 A maneira de se dar início a uma reunião
baseada na Palavra de Deus: "Entrai por suas
portas com cantos de ação de graças, pêlos
seus átrios com hinos de louvor, louvai-O, e
bendizei Seu santo Nome." (SI 99,4).
6 Uma mensagem vinda do Trono da graça de
Deus, a ser considerada: "Então, uma voz saiu
do Trono, convidando: louvai o nosso Deus,
todos os seus servos e todos os que o temem
pequenos e grandes." (Ap 19,5).
7 É obrigação do cristão enquanto respirar:
"Tudo o que respira louve ao Senhor." (S1150,
5).
8 Um hábito que deve ser praticado o dia todo:
"Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o
Nome do Senhor." (SI 112, 3).
9 O louvor não é opcional para o cristão. Deus o
espera de nós. Ao louvá-Lo, não estamos Lhe
prestando um favor, estamos obedecendo a
Ele.
10 Não é suficiente dizer "Bem, eu louvo ao
Senhor no meu coração". É bom, mas não é o
suficiente. Deus quer que utilizemos nossas
vozes para louvá-Lo. "Povo, bendizei o nosso
Deus e proclamai a plena voz o seu louvor" (SI
65,8).
11 O louvor evitará que se caia na rotina e no
formalismo.
12 O cerne do ato de louvar é, antes de mais
nada, uma atitude interior, que reconhece a
Deus como amor. E esse amor nos leva a
celebrá-Lo, louvando-O com todo nosso ser.
13 O louvor autêntico irradia-se por toda a vida
quando ele é vivo e brota de um coração cheio
de amor a Deus, e o desejo de glorificá-Lo não
se limita ao tempo que possa durar a reunião:
ele se estende e irradiará por toda a vida.
 13

14 Quando o louvor é ardente, quando nasce dos impulsos do Espírito Santo, no mais profundo do coração
daquele que louva só se pode manifestar uma ação intensa do próprio Espírito Santo. E este, por sua
missão própria, vai nos conformando à imagem e semelhança de Cristo.

CONCLUSÃO
Concluímos que o homem foi criado para a Glória de Deus. Quando o homem faz a oração de louvor, entra em
uma profunda comunhão com Deus. As orações sinceras do homem abrem a porta para o poder de Deus
penetrar na sua vida. Por isso, o homem é chamado a louvar a Deus por aquilo que Ele é, fez e faz, alcançando
com isso a plenitude da presença de Deus em sua vida.
14

ENSINO 03

AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE LOUVOR

Francisco José Machado Guanandy
INTRODUÇÃO
A oração de louvor é um tipo de oração que
precisamos conhecer melhor. A Renovação
Carismática, através de seus Grupos de Oração,
redescobriu essa oração importante na vida da Igreja.
O Louvor é a glorificação de Deus pela criatura, que
brota da admiração diante da obra do Criador na
história da salvação.
É uma oração poderosa, que restitui a Deus o que Lhe
pertence, reconhece a Deus em Sua soberania, e
expressa uma confiança inabalável Nele.
Ela atrai o amor de Deus que se manifesta em obras
concretas e maravilhosas: curando problemas de
saúde, vícios, problemas familiares, no trabalho, de
convivência, etc...
É uma oração libertadora, atrai o poder libertador de
Deus para livrar-nos de qualquer poder escravizador,
ou seja, problemas psíquicos, ou morais, contágios
malignos, complexos, timidez, ódio, raiva, sentimento
de vingança, etc...
No louvor, todo o nosso ser se expressa por meio de
orações simples, mas plenas de reconhecimento,
gratidão, admiração e amor.
O louvor deve ser a oração dominante nos grupos
carismático. Não tanto como um esforço humano de
renovação, mas, muito mais, como uma manifestação
espontânea do Espírito. Onde o Espírito se manifesta o
louvor jorra.
Quando não é uma mera expressão dos lábios, mas
brota do "coração", o louvor é uma preciosa
homenagem que prestamos a Deus. (cf. Ef 1,13-14)
O louvor é uma oração que jamais cessará (cf. Ap 4,9-
11). É bíblico; vejamos os hinos de louvor no antigo
Testamento: (Moisés - Ex. 15,1-13; Davi -1 Cr 29,10-
16; Ana - l Sm 2,1-10; Daniel- Dn - 3,52ss.; Tobias-
Tb13, 1-10).
O louvor é liturgia - A liturgia da Igreja por si mesma
tem como um dos seus grandes objetivos levar o
povo a louvar o Senhor:
"O louvor é a forma de oração que reconhece o mais
imediatamente possível que Deus é Deus! Conta-o
pelo que ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que
pelo que ele faz, por aquilo que ele é. Participa da
bem-aventurança dos corações puros que o amam
na fé antes de amá-lo na glória. Por ela o Espírito se
associa ao nosso espírito para atestar que somos
filhos de Deus, dando testemunho do Filho Único
em que somos adotadas e por quem glorificamos o
Pai".1
O louvor não é mágica e nem tem poder em si. O poder
é daquele a quem louvamos, ou seja, do Senhor.
O louvor abre as porta da luz de Deus para nossa vida.
Muitas situações de nossa vida, quando
louvamos, são iluminadas pela luz do amor e da
misericórdia de Deus. O louvor constante e confiante,
que brota de um coração que reconhece no Senhor a
solução de todos os problemas e a Vitória sobre todas
as batalhas (cf. Salmo 144,1-2).
CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE
LOUVOR
a) Carismática
Pela presença atuante do Espírito Santo. É o
cumprimento da promessa de Jesus (cf. Mt 18,19-20)
relacionada com a ação que realiza no interior de cada
cristão. Faz-se oração do próprio Espírito Santo e,
portanto, bastante agradável ao Pai, que ouve em
nossa voz a de seu Filho, Jesus Cristo, ao qual
estamos unidos por meio de uma oração pronunciada
na força do Espírito Santo (cf. l Cor 6,19; 3,16-17).
É a presença do Espírito Santo que vem em auxílio
de nossa fraqueza, da imperfeição de nossa
oração, para dirigi-la, dar-lhe força, ordená-la (cf.
Rm 8,26-27). --» *&". $• ^:^^ :^P m»n--;í-
O Espírito Santo, por direito, por missão inalienável, é
o "mestre" de toda oração autenticamente cristã, e
não pode existir oração que, com propriedade, possa
ser qualificada com esse objetivo se não for em e

com o Espírito de Cristo, que deve ocupar o lugar
central de nossa oração.
B) Comunitária
A reunião no Grupo pode ser um primeiro passo na
direção da formação da comunidade em Cristo,
parceiro dentro do próprio Grupo, depois fora dele, e,
por fim, com vínculos especiais.
Na oração de louvor, podemos observar que não são a
proximidade física nem as motivações humanas que
nos reúnem. É o Espírito Santo quem nos reúne e ora
em nós. Realizamos a oração de louvor na presença e
sob a ação da Santíssima Trindade (a suprema e eterna
comunidade).
C) Trinitária
Toda Santíssima Trindade se faz presente. O Pai, ao
qual se louva especialmente por suas obras, e,
sobretudo por ser "Aquele que É".
O Filho, Cristo, "centro" da reunião de louvor: por Ele
louvamos ao Pai e a Ele próprio, porque o Pai se nos
manifesta Nele e realiza suas obras por Ele.
O Espírito, porque só com o Seu poder somos
capazes de louvar dignamente, Nele e junto com Ele.
Ele nos constrói com Sua força interior e com Seus
dons (cf. 1 Cor 12,3; Rm 10,9).
D) Simples ;
Não se pode confundir simplicidade com
"ingenuidade", e menos ainda com grosseria.
Tampouco se deve considerar assim o modo pelo qual
se expressam pessoas menos cultas, que louvam com
toda sinceridade, embora sua linguagem seja, às
vezes, incorreta.
Não devemos cair na tentação de considerar o louvor
simples como "inferior". À medida que penetramos na
oração de louvor, captamos toda a riqueza
espiritual que se encerra nas expressões que nascem
no coração, mantidas apenas pelo desejo de louvar o
Senhor.
Não devemos nos surpreender se encontrarmos
alguma dificuldade em nos expressar no princípio. O
exemplo dos irmãos, a graça de Deus, a ajuda q
15
devemos estar prontos a receber, dispõe-nos a ui
oração que será, ao mesmo tempo, simples e since
E) Espontânea
A oração de Jesus ao Pai manifesta espontaneida
(cf. Lc 10,21; Jo 11,41).
Tem um fundamento teológico profundo. Deus n
ama e nos aceita como somos, portanto, devem
nos apresentar a Ele sem máscaras, cc
simplicidade.
A oração espontânea opõe-se à oração "pré-
fabricada". Nesta última a preocupação é com o que
vai ser dito, e o que os outros poderão pensa
Mas isso não quer dizer que devamos lançar
primeira coisa que nos venha à mente, seja o que 1
nem nos deixar levar pela emoção do momento,
oração espontânea exige discrição e respeito pé
orientação que o Espírito Santo der à oração.
A oração espontânea evita todo "formalismo", "rotin;
ou seja, aquela maneira de se expressar sempre i
mesma forma, sem criatividade nem varieda<
alguma, como se tivéssemos encontrado uma fórmi
perfeita, da qual jamais pretendamos nos afastar.
F) Livre
É uma forma coletiva de oração, mas nesse contex a
liberdade pessoal fica totalmente a salvo. A únk
condição é que tudo se faça em uma atmosfera c fé,
de amor, e de ordem
É livre porque todos podem participar. A liberdade r
oração da assembleia não destrói seu caráti
comunitário, mas o intensifica, ao permitir que cac um
dê sua contribuição à oração geral, e expresj suas
necessidades pessoais no momento de pedidos.
As orações dos outros podem ser fonte de inspiraçâ
sob a orientação do Espírito Santo, para reinar o am< e
a unidade em todo o Grupo de Oração.
G) íntima
É pôr-se em contato com o Senhor no mais profund do
nosso ser; Ele está presente no mais íntimo d nosso
coração. É tomarmos consciência dess realidade e
suplicar por Sua ajuda, sobretudo nos abrir

para Sua graça, para Sua ação em nós.
É uma entrega total ao Senhor, em íntima quietude,
pacificadora, intensa.
Oramos com toda a nossa capacidade; com a razão,
com o coração, com as emoções, com o nosso
silêncio e até com o nosso corpo. É rezar sem
nenhuma reserva, sem dissimulados bloqueios de
medo, com um ser totalmente aberto e orientado para o
Senhor, fazendo-nos presentes aqui e agora. É orar em
Jesus, o Cristo, na força do Espírito Santo e sob Sua
ação.
"Os atos de fé, de esperança e de
caridade ordenados pelo primeiro
mandamento cumprem-se na oração. A
elevação do espirito para Deus é
expressão da adoração que lhe
rendemos; prece de louvor e de ação de
graças, de intercessão e de súplica. A
oração é uma condição indispensável
para poder obedecer aos mandamentos
de Deus. 'É preciso orar sempre sem
jamais esmorecer'" (Lc 18,1).2
A QUEM SE DIRIGE A ORAÇÃO DE LOUVOR?
• Ao Pai
O louvor dirige-se, em primeiro lugar, ao Pai, deixando
para segundo plano as necessidades e preocupações
pessoais, procurando seguir o exemplo de Cristo, que
repetidamente dirige-se ao Pai, com comovente
simplicidade e amor filial (cf. Mt 11,25ss.).
"Pai, fonte e fim da liturgia.
Bendito seja o Deus e Pai de Nosso
Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou
com toda sorte de bênçãos espirituais, nos
céus, em Cristo. Nele escolheu-nos antes
da fundação do mundo para sermos santos
e irrepreensíveis diante dele no amor. Ele
nos predestinou para sermos seus filhos
adotivos por Jesus Cristo, conforme o
beneplácito da sua vontade, para louvor e
glória da sua graça, com a qual ele nos
agraciou no Bem-amado" (Ef 1,3-6).
ação do Pai; ser realidade viva do amor criador e
redentor, de providência que tudo engloba, de
bondade sempre fiel, de presença, de amor
misericordioso e comunicativo.
Louvar ao Pai "é atitude normal da criatura perante
Deus", reconhecendo sua dependência e filiação
divina. Fixa-se em Deus, adorando-o porquê é Deus,
porque é o Pai.
Exemplo: "Nós te louvamos, Pai porque és bom". "Nós
te louvamos por tua infinita misericórdia...".
Assim o louvor carismático coloca o Pai no próprio
"centro" da comunidade que ora e no centro do
coração que se expressa em louvor e ação de graças.
• Ao Filho
A oração de louvor a Jesus Cristo passou a ser
típica dos Grupos de Oração.
"A vocação dos leigos
É especifico dos leigos, pela sua própria
vocação, procurar o reino de Deus
exercendo funções temporais e
ordenando-a segundo Deus... A eles,
portanto, cabe de maneira especial
iluminar e ordenar de tal modo todas as
coisas temporais, às quais estão
intimamente unidos, que elas
continuamente se façam e cresçam
segundo Cristo e contribuam para o louvor
do Criador e Redentor".3
Não foi em vão que o aceitamos em nossas vidas,
de maneira profunda e definitiva, como nosso
Senhor e Salvador.
A atenção se volta para a pessoa de Cristo. Todas
as atividades fundamentam-se sobre a fé na
presença do Senhor, atuante por seu Espirito em
meio à assembleia.
O louvor e ação de graças ao Senhor Jesus vão de
simples expressões de afeto, até o louvor de um
amor ardente e sincero, com expressões de
sentimento sadio, pacificador e contagiante.
Quando alguém se deixa envolver pelo ambiente no
qual Jesus reina e entra na dinâmica do louvor,
parece-lhe mais natural expressar-se de um modo
que antes lhe era impossível.
 Ao Espírito Santo
A característica "paternal" da oração de louvor
consiste em estar em íntima relação com o ser e a

O Espírito Santo é o autor da vida filial em relação a Deus e da tomada de consciência dessa realidade por
parte daquele que reza (Rm 8,14-15; Gl 4,6).

Ele reza apenas porque o Espírito Santo o faz rezar como filho perante o Pai Celestial, mas no Filho, Jesus
Cristo.

O reconhecimento dessa realidade nos leva a adorá-lo em nós mesmos, a pedir sua ação para louvar ao Pai
por intermédio de Cristo Nele (cf. l Cor 3,16; 6,19; Ef 2, 21-22; Rm 8,14-17).

A Oração de louvor no Espírito Santo pode ser representada pelo exercício dos carismas. Eles são valorizados,
apreciados e desejados, mas antes de mais nada, devemos apreciar e pedir o dom por excelência: O próprio
Espírito Santo. Esperamos que Ele haja em nossas vidas de modo poderoso, transformando-nos em Cristo, a
quem entregamos todo o nosso ser.
"... na única família de Deus 'todos os que somos filhos de Deus e constituímos uma única família
em Cristo, enquanto nos comunicamos uns com os outros em mútua caridade e num mesmo louvor a
Santíssima Trindade, realizamos a vocação de própria Igreja'".4

CONCLUSÃO

A oração de louvor se dirige as pessoas da Santíssima Trindade e é uma forma de nos aproximarmos mais de
Deus. Devemos praticá-la com frequência para aumentarmos a intimidade com Ele.
Não é uma oração complicada de se fazer, é simples, carismática, realizada no Espírito de Deus. Toda a
Trindade Santa ora em nós na oração de Louvor, ela é trinitária. Surge do íntimo e é uma oração feita na
liberdade.
Com coragem e espontaneidade procuremos louvar o Senhor sem vergonha.
ENSINO 04

ATITUDES E FRUTOS DA ORAÇÃO DE LOUVOR

Francisco José Machado Guanandy
INTRODUÇÃO
A oração de louvor é importante no nosso crescimento
da vida de fé. Ela exprime, ou mostra a medida da
transformação feita pela Palavra de Deus e pela fé.
Quando louvamos apresentamos algumas atitudes,
frutos dessa transformação.
E quanto mais louvamos, mais exercitamos a fé,
confessando o que acreditamos, e crescendo na
graça e na experiência de Deus. O louvor gera uma
nova vida em nós, quando feito a partir do coração.
Deus transforma nossa vida a partir da oração de
louvor
ATITUDES NA ORAÇÃO DE LOUVOR
A oração de louvor gera algumas atitudes em nós.
Essas atitudes partem do nosso coração, e
expressam o nosso sentimento e intimidade com
Deus. As atitudes relacionadas abaixo manifestam a
intensidade da relação do cristão com Deus. Quando
louvamos temos uma:
- Atitude de humildade, nascida do reconhecimento de
nossa "dependência" de Deus, unida à consciência
profunda da realidade de sermos seus filhos.
- Atitude de arrependimento para com Deus, diante do
reconhecimento de nossos pecados, e de nossa
resposta ao perdão e à generosidade de seu amor.
- Atitude de retidão, de conversão, requisitos e, ao
mesmo tempo, frutos preciosos do louvor.
- Atitude de perdão dado e recebido, com
generosidade.
- Atitude de compromisso na oração, de
perseverança.
"Davi é por excelência o rei 'segundo o
coração de Deus', o pastor que ora por
seu povo e em seu nome, aquele cuja
submissão à vontade de Deus,
cujo louvor e arrependimento serão o
modelo da oração do povo. Como ungido
de Deus, sua oração é adesão fiel à
promessa divina, confiança cheia de amor e
alegria naquele que é o único Rei e Senhor.
Nos Salmos, Davi, inspirado pelo Espírito
Santo, é o primeiro profeta da oração
judaica cristã. A oração de Cristo,
verdadeiro Messias e filho de Davi,
revelará o sentido dessa oração". 1
- Atitude de união com o Senhor por meio da fé viva.
Fé em Sua presença; em Sua "atuação"; em Seu
"poder" e em Seu "amor".
- Atitude de entrega de todo o ser na fé e no amor,
para louvar,
-Atitude de purificação, de renovação, uma motivação
para se renovar, purificar e ser purificado cada dia.
Devemos eliminar tudo que nos roube a atenção
devida ao Senhor, ao qual nos voltamos sempre que
alguma coisa perturbe nossa comunhão, oferecendo-
nos com humildade e amor.
- Atitude de participação ativa. Não devemos nos
esconder no interior de nós mesmos, constituindo-nos
em "ilhas" à margem da comunidade reunida em nome
do Senhor. Sem nos deixar cair nos extremos do
mutismo ou da monopolização da oração,
devemos orar, sem medo de nos manifestar com a
maior sinceridade.
ALGUNS FRUTOS DA ORAÇÃO DE LOUVOR
Atrai e intensifica a presença de Deus
- O louvor é a oração por excelência, portanto a
presença do Senhor se fará sentir com força e eficácia
toda especial (cf. SI 22,4).
- A força que une as pessoas é justamente o nome e a
confissão de que Jesus é o Senhor. A proclamação do
nome libera o poder do Senhor.
 Catec., n. 2579
- O verdadeiro louvor só se realiza pelo poder do
Espírito Santo em nós, colocando-nos na presença
doPai(cf. Rm8;26-27).
B) Atrai uma nova efusão do Espírito Santo
- O louvor é fruto do Espírito Santo, e, quando
verdadeiro, tem a força de "desencadear" uma nova e
mais poderosa ação de Deus em nós (cf. At
16,16ss.).
- O louvor é abertura à Santíssima Trindade, porque é
à glorificação dela que se dirige sua ação e oração de
louvor.
C) O louvor evangeliza de maneira poderosa
- Atos 2,1ss.: experiência de pentecostes nos
ouvintes.
- No louvor profundo, o Espírito Santo coloca nos
lábios do evangelizador as palavras que, em virtude
de seu poder, tocam os corações (cf. At 2,37ss.).
- Um louvor verdadeiro, profundo, íntimo, chega com
força aos corações dos ouvintes, anima-os
espiritualmente, abre-os para o Senhor.
D) Cura e ilumina (cf. Is 57,18-19).
- O louvor conforta, já é um modo de curar
interiormente.
- O louvor supõe confiança, amor ao Senhor, e isto
também representa cura psicológica e espiritual.
- No louvor está presente a força do Espírito Santo,
que a todos toca com a sua presença, seu poder e
seu amor. Por isso, antes de orar pela cura de uma
pessoa, é importante louvar a Deus.
- O louvor ilumina porque nos abre para a ação do
Espírito iluminador, nos introduz ao conhecimento do
Senhor, nos leva à experiência vital de Deus,
revelando-nos as maravilhas da criação e da obra
salvífica.
F) Liberta
- Quando louvamos com fé e amor, aliviam-se e até
desaparecem os fardos que carregamos nossas
opressões... e se produzem em nós condições
favoráveis à paz, ao sossego, até no meio de nossas
tribulações.
- O grande segredo do louvor é compreender que não
existe nenhuma circunstância da vida que nãc esteja
cingida pelo amor de Deus.
E) Fonte de felicidade
- Salmo 88, 16 -"Feliz o povo que sabe fazer festa ele
caminha, Senhor, ao julgar do teu rosto". É natura que
se produza este fruto: a alegria é uma das coisa! mais
lindas que sua ação produz na alma. A ação d<
Espírito Santo, pela qual podemos dar louvor a Deus
produz o fruto que lhe é sumamente apropriado (cf.G
.
G) Abertura para os carismas ]
- O louvor dispõe nosso espírito para abrir-se ao
dons de Deus. Quando o louvor é intenso, há um
tendência de se repousar internamente no Espírito
do Senhor, e abrir-se para a profecia que ele pretend
transmitir. |
- O louvor simples, íntimo, muitas vezes condu;
como se fosse pela mão, a uma elevação da oração
e, por meio desta, a alma tende a expressar se
amor, seu agradecimento, além das palavras d
própria língua, pelo Dom de orar línguas.
H) Torna-nos mais realistas
- O realismo que o Espírito Santo nos dá no louvi
estende-se além da disposição sincera para assurr
nossa missão na realidade diária. Ele nos dá
sentido de nossa pobreza espiritual na obra do
Senhor, necessitados de seu auxílio.
- Maria, na visitação, exulta, deixa-se embriagar pé
Espírito Santo, mas em Lucas 1,56 termina
Magnificai com uma pequena nota bastante realisl
"Maria permaneceu com ela mais ou menos tn
meses e voltou para casa". Portanto, Maria cuídou de
Isabel e do pequeno João Batista quando de si
nascimento, e isto nos é mostrado depois de louva e
da exultação em Deus.
I) Conforma-nos com o amor
- É o fruto de uma oração de deleite: ama, depi
canta. Se amamos apaixonadamente a Deus, na
mais podemos fazer senão cantar para exaltá-lo;
se o fizermos com todo o nosso ser, nosso coraç se
acalentará ainda mais, de louvor em louvor, at< vida
eterna.
J) Leva-nos ao compromisso Social

- Como toda oração autêntica, o louvor nos coloca, de
maneira saudável, frente a frente conosco mesmo,
com nossa vida e nossa relação com os outros.
- O louvor nos leva a viver a vida de Jesus, também
em nossa realidade cotidiana. Não tende a nos
afastar da carne, mas nos reveste dele: de seus
sentimentos, de suas motivações, de sua visão das
coisas e das pessoas.
- Nosso louvor deve nos levar a louvar, não apenas
com os lábios e o coração, mas também com nossas
obras (cf. João 17,4).
AS EXPRESSÕES DA ORAÇÃO DE
LOUVOR
Nem todo louvor deve ser expresso de maneira
audível. Existem diversos modos de louvar e um deles é
o silêncio. Por isso é importante não confundir o louvor
ou identificá-lo com determinada expressão falada,
mesmo que seja a mais frequente.
O louvor se manifesta de formas bastante variadas;
pode se expressar de maneira profunda e silenciosa,
cheio do amor do Senhor, ou de maneira exuberante,
com gestos, instrumentos musicais e até danças
ordenadas e apropriadas.
A expressão do louvor para ser autêntica, deve estar
relacionada com a realidade interior. Tudo o que é
artificial, equivocado, exagerado, superexcitado leva a
uma fundada desconfiança.
TENTAÇÕES CONTRA O LOUVOR
A) Não querer louvar a Deus:
- Frequentemente, as dificuldades que enfrentamos
quanto ao modo de louvar a Deus nos Grupos de
Oração é reflexo do conceito errado que temos de nós
mesmos. Por nos considerarmos, talvez
inconscientemente, "crescidos demais" diante de
Deus para estabelecer comunicação com Ele.
B) Não louvar ao Senhor quando nossas obras não são
boas por acharmos que não somos dignos:
- Acreditamos que o valor do louvor parte de nós
mesmos, de nossas boas obras. Esquecemos que se
trata de um dom gratuito de Deus, e que não é algo que
se merece, que o valor "frontal" está no Espírito
Santo, que louva em nós e conosco. E ele quem
provoca o louvor no interior da alma (cf. Rm 8,
26-27; Gl 4,6-7).
C) Abandonar o louvor porque não apreciamos um
irmão ou irmã do Grupo, nem sua maneira de louvar, de
ser ou agir:
- Fazermos com que o louvor dependa não da
realidade de Jesus, que merece sempre ser louvado,
mas de nossa limitada realidade e imperfeição.
Não louvar quando não sentimos no coração as
palavras de louvor, quando o louvor não é
espontâneo:
-Acreditamos que somos hipócritas se louvamos com
palavras que não saem do coração.
- O homem não é mera espontaneidade e nem
sempre o louvor pode advir de um coração alegre.
Muitas vezes nos faltam as palavras "sentidas".
Ir ao Grupo de Oração para conseguir qualquer fruto:
- Convencer a Deus de que Ele deve fazer a minha
vontade, em vez de ouvi-lo e realizar seu desejo, não o
meu.
- O propósito interior daquele que vai a um grupo de
oração deve ser: Ouvir com o coração a palavra de
Jesus; acreditar nela com fidelidade. Fazer de sua vida
uma vida de "louvor".
Acreditar que louvar a Deus por tudo pode levar ao
fatalismo ou à insolência:
- A raiz disso está em ter como critério primeiro nossa
lógica humana, querer submeter Deus a nossa
maneira de julgar as coisas, determinarmos nós
mesmos o que é bom ou não, esquecer que o Senhor
fez da Cruz uma glória, do sofrimento um instrumento
de salvação. Em tudo isto existe racionalismo oculto.
Crer que, não podemos obter esse
dom, por sermos pecadores:
- Isso significa ter um critério "humano", pensando que
Deus ama apenas os bons, e somente a eles, os
santos, concede seus dons.
CONCLUSÃO
Vimos que a oração de louvor gera algumas atitudes
em nós que expressam a nossa transformação. O
louvor também dá frutos, ou seja, nos leva a uma
maior intimidade com Deus, com os carismas, com a
alegria, e também nos cura e liberta. Até mesmo o
compromisso social o louvor gera em nós.
 21

Porém

L,
ENSINO 05

AS FORMAS DE LOUVOR

Francisco José Machado Guanandy Luiz

Virgílio Néspoli
INTRODUÇÃO
Deus nos a dá a graça de louvá-Lo de diversas
maneiras e formas. O importante é deixar-se levar
pela inspiração do Espírito Santo, que ora em nós da
maneira que agrada a Deus. Devemos ter em mente
que o louvor é para agradar o Senhor, e não a nós
mesmos ou aos nossos irmãos. Diante da oração de
louvor devemos estar disponíveis e espontâneos para
Deus, para que a oração flua de maneira gratuita e
sincera.
O LOUVOR INSPIRADO PELO ESPÍRITO
É o louvor onde a pessoa se deixa mover e dirigir
pelo Espírito Santo. "Surge natural, espontâneo,
carregado de amor, envolvente. Leva os homens ao
coração de Deus e traz Deus aos corações dos
homens. Gera um clima onde a caridade passa a ser
respirada por todos, produzindo frutos espirituais de
toda espécie: amor de Deus, compromisso com os
irmãos, arrependimento, conversão, perdão,
fraternidade, libertação, abertura, acolhimento, cura
e plenitude. Numa palavra, pelo louvor inspirado,
acontece, aos poucos, aquilo que Deus percebe que
precisa acontecer em cada coração que louva,
segundo as suas necessidades... Entenda-se, pois,
que, no louvor inspirado, é o Espírito de Deus quem
age. Quando o Espírito age, ocorre sempre o
importante, o necessário, o melhor para cada um dos
participantes. Ocorre exatamente o que precisa
acontecer". 1
Precisamos tomar consciência de que o louvor
inspirado, carismático, surge como consequência do
louvor pessoal diário, ou seja, quando na oração
pessoal diária se louva, na oração comunitária, o
louvor inspirado é enriquecido, flui com mais
facilidade.
Para chegarmos ao louvor inspirado precisamos
tomar consciência de que o inspirador é o Espírito
Santo, e assim, devemos nos entregar inteiramente a
Ele, nos esvaziando de nós mesmos. Depois,
procurar ouvir a Deus com os ouvidos do coração e
também com os do corpo, nos educando para
ficarmos atentos à direção, ao tema, à motivação que
Deus quer dar naquele momento de louvor.
O LOUVOR INDIVIDUAL
É a oração que uma única pessoa faz em voz alta,
enquanto as outras ouvem e, interiormente, unem-
se à oração.
Nos Grupos de Oração, o louvor individual é
espontâneo. Essa característica individual não quer
dizer que a oração seja privada, embora expressa
por uma única pessoa, pois a ela aderem todos os
demais, no silêncio e fervor de seus corações.
A confiança de participar em voz alta, com
simplicidade e espontaneidade, nasce graças ao
fato de o Espírito Santo nos conceder a experiência
de nos sentirmos filhos de Deus e poder gritar:
Abbá, Pai!
Existem aqueles que pensam ter de fazer sempre as
suas orações em voz alta, outros pensam que devem
reservar-se para o segredo de si mesmo. O Senhor
gosta de ambas as formas de rezar, e delas nos
deixou exemplos em seu relacionamento como o Pai.
A Igreja faz o mesmo em sua liturgia. O importante é
harmonizar ambas as formas, que se enriquecem e
se completam mutuamente. No entanto, não se
pode esquecer que no Grupo de Oração as reuniões
são comunitárias. Assim, é essencial a participação
ativa de cada um dos membros, com a união dos
demais, apesar de nem todos os participantes do
Grupo poderem expressar-se na reunião.
É próprio da natureza da reunião de oração, a
manifestação de louvor individual, para que todos
façam parte ativamente.
O louvor individual pode ser em forma de "colcha de
retalhos", mini-louvor, louvor-variedades, e "louvor
ping-pong".
O louvor "colcha de retalhos" ou esparso é feito
' Pe. José Alírio PEDRINI, Saiba participar de gnipos carismáticos, p.
21.
por pessoas, uma após a outra, mas sem um tema
e não acompanhado de uma inspiração. Durante
esta oração teremos variados temas, desconexos,
sem terem uma linha definida. Aqui o importante é
louvar a Deus por aquilo que estiver no coração,
sem ter uma direção. Este tipo de louvor é comum
 nos Grupos de Oração iniciantes, que estão
crescendo na fé.
O mini-louvor, é aquele que se faz com frases curtas,
sem esclarecer o motivo, o tema do louvor.
Precisamos, diante desse louvor, com o tempo, ir
explicando melhor aquilo que estamos louvando, pois
assim enriqueceremos o nosso louvor e levaremos os
nossos irmãos ao crescimento espiritual.
O louvor-variedades é "aquele no qual a pessoa que
ora relata uma série variada de motivos diversos, e
louva ao mesmo tempo, por todos, sem aprofundar
ou esclarecer os porquês daquele louvor" 2. Neste
caso precisamos ir crescendo, e na medida do
possível, no momento do louvor, tomarmos um tema
somente, ou um motivo apenas e aprofundá-lo no
louvor.
O louvor ping-pong3 é o louvor que fazemos, em duas
pessoas, uma de frente para outra. O Espírito Santo
suscita frases pequenas, curtíssimas louvando a
Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, ou seja, cada
uma das pessoas da Santíssima Trindade em cada
momento. Primeiro por aquilo que Elas são, depois
pelas bênçãos que Deus tem derramado em nossas
vidas e famílias, e ainda pelas dificuldades e
sofrimentos que temos enfrentado. Sendo que cada
participante louva, um após o outro, sem parar, bem
rápido, sem pensar no quê e pelo quê vão louvar,
permitindo sempre que o Espírito Santo louve por
eles. Quando um louva, o outro escuta, e, sem
elaborar, continua louvando a partir da inspiração que
o Espírito Santo dá ao coração.
O LOUVOR COLETIVO
É o louvor onde todo o Grupo expressa sua ação de
graças, sua adoração, seu louvor de maneiras
diversas: na própria língua, em "línguas", no silêncio
íntimo...
O que unifica essa oração de toda a comunidade é a
intenção de louvar e não a de fazer pedidos. Embora
várias pessoas estejam rezando juntas, a oração
deve ter um denominador comum de harmonia, de
ordem e de profundidade, formando um conjunto no
qual deve manifestar-se a entrega de todo o ser, a
1
Ibid., p. 35 24 2 Cf. Regis e Maisa CASTRO,
Louvor Ping-Pong, pp 6-9
sinceridade, a simplicidade e a espontaneidade
Nas orações coletivas existem aqueles que se
sentem movidos ao recolhimento interior, apesar
de unidos aos demais no louvor. Deve-se respeita
essa inclinação ou chamado de dentro, desde que
os indivíduos não se isolem interiormente do grupo
de pessoas que reza em louvor.
Essa forma de oração de louvor é difícil para algumas
pessoas, por mais tempo que passem nos Grupos
de Oração. Em principio pode parecer uma coisa até
sensacionalista. Mas quando se supera esse
preconceito e a oração se realiza em ambiente de
maturidade, ela se transforma em oração pode
eficaz e profunda. Essa forma de oração, quandc
empregada, capacita o Grupo a orar com
participação ativa que "constrói" o espírito na unidade
e louvor. Existem ocasiões que parecem prestar-se
especialmente ao seu uso. Por exemplo, assembléias
com grande número de pessoas dificultam a oração
individual ou quando, por diversas circunstâncias se
dispõe de tempo suficiente para orações
individualizadas.
Em todo caso, é conveniente que a usemos de
maneira discreta, atentos à orientação do Espírito
Santo e às necessidades da assembleia,
empregado, pode enriquecer a oração espontânea
LOUVOR PARTICIPADO
É uma forma de louvor comunitário, onde todos fazem
parte ativa de um louvor de um irmão, confirmando-
os, explicando-o, completando-o. Continua-
se louvando a Deus no mesmo tema daquele louvor
que se iniciou.
O louvor participado pode ser individual ou comuni
tário (todos louvam, em voz alta, por um único
motivo apresentado no louvor de um irmão) logo
que ele terminou de louvar.
LOUVOR DESENCADEADO4
Este louvor acontece quando alguém louva em alta,
e outras pessoas percebendo a inspiração louvam
também em voz alta no mesmo tema direcionando
para a vida pessoal.
O LOUVOR PELA "ORAÇÃO EM LÍNGUAS
PELO "CANTO EM LÍNGUAS"

São Paulo experimentou o valor da "oração em
línguas" como dom para o louvor e se beneficiou de
seus efeitos santificadores:
O louvor em línguas é a forma de louvor por
excelência, por mais exagerada que possa parecer
essa afirmação, porque é o próprio Espírito Santo
que louva o Pai de modo todo especial. Louva em
nós e conosco. São Paulo í nos diz: "Desejo que
todos faleis em línguas" (l Cor. 14,5).
Por essa forma de linguagem não-conceitual
queremos expressar ao Senhor o nosso desejo
mais interno e ardente de louvá-lo, para além
do que podemos fazer com nossas pobres
palavras. Sem expressar conceitos,
manifestamos o desejo mais vivo de louvor, que
nasce no mais profundo do nosso ser,
provocado pelo Espírito Santo.
f - Manifestamente, segundo Paulo, é um dom de
oração "privada" de louvor, isto é,
muito apropriado para a oração pessoal, para a
santificação pessoal (cf. 1 Cor. 4,28).
Há ocasiões nas quais, mesmo sendo para uso
particular, o dom pode ser usado
"publicamente", como nas orações
comunitárias de "conjunto"; quando é usado
para a cura interior, a cura física ou a libertação.
É claro que o dom de línguas, como qualquer
outro, deve ser submetido ao discernimento, quanto a
sua "autenticidade" e quanto ao seu "bom uso".
Não se deve ter como certo que tudo o que se
chama de dom de línguas seja autêntico e
sempre usado de maneira devida. O fato de ser
um dos dons mais controvertidos, que costuma
causar maior estranheza, faz que nos
esmeremos em usá-lo devidamente.
O LOUVOR INSPIRADO NA PALAVRA DE
DEUS
A Bíblia está repleta de cânticos, hinos, salmos,
gestos, frases de louvor a Deus. "Temos a adoração
feita no início da Bíblia por Abel, Abraão, Melquisedec.
Também os hinos de louvor de Moisés (cf. Ex 15, 1-
13), de Davi (cf. 1 Cro 29, 10-13), o canto de Ana (cf. 1
Sm 2,1-10), os vários hinos de Daniel (cf. Dn 3), os
hinos de Tobias (cf. Tob 13, 1-10), os hinos de Isaías e
os cânticos dos outros profetas." 5
No Novo Testamento temos no Evangelho de Lucas (1 e
2) o cântico de Ana e Simeão, também o cântico de
louvor de Maria, o Magnificai, o de Zacarias, no
Benedictus e o cântico dos Pastores.________
'Cf. Pe Alírio José PEDRINI, Saiba participar de
grupos carismáticos, pp 46-48.
Nos Atos dos Apóstolos, no dia de Pentecostes, após
a vinda do Espírito Santo, Pedro em sua pregação
também louva a Deus pela ressurreição de Jesus
Cristo, falando em aramaico aos judeus que,
atónitos, ouvem os apóstolos falarem em suas
próprias línguas as maravilhas de Deus. Assim
também na casa de Cornélio (cf. At 10, 44-46).
Nas cartas de São Paulo ele exalta a Deus por aquilo
que ele está realizando nas comunidades.
Com esse resumo que fizemos, podemos perceber
que o louvor é uma consequência de intimidade com
Deus, da ação do Espírito Santo de Deus na vida do
homem. O louvor brota como consequência de nosso
relacionamento com Deus, mais ainda quando nos
abandonamos no amor e no poder de Deus. O
louvor é a manifestação, é o testemunho de que
Deus está agindo no homem, com o poder do seu
Espírito.
"São Lucas menciona muitas
vezes em seu evangelho a
admiração e o louvor diante das
maravilhas de Cristo. Chama a
atenção também para as ações
do Espírito Santo que são os
atos dos apóstolos: a
comunidade de Jerusalém, o
aleijado curado por Pedro e
João, a multidão que com isso
glorifica a Deus, e os pagãos da
Psídia que, 'alegres glorificam a
palavra do Senhor'" (At 13,48)".
Além de estar na Bíblia o louvor também é litúrgico. A
liturgia na Igreja, principalmente os Sacramentos,
nos leva ao louvor a Deus nos seus rituais.
A Eucaristia é o maior louvor que podemos fazer a
Deus. O "Glória", o "Santo" e a conclusão da
"oração eucarística" são momentos fortíssimos de
Exaltação da Majestade de Deus.
"A Eucaristia é também o sacrifício de
louvor, através do qual a Igreja canta a
glória de Deus em toda a criação. Este
sacrifício de louvor, só é possível
através de Cristo: Ele une os fiéis à sua
pessoa, ao seu louvor e à sua
intercessão, de sorte que o sacrifício
de louvor ao Pai é oferecido por Cristo
e com ele para ser aceito nele".
1
Ibid., p. 9
25
Um dos modos de louvor ao Senhor é orar com os a adoração, a ação de graças e o louve
Salmos ou com as diversas passagens bíblicas. Ao comunidade. O canto é uma linguagem univi
mesmo tempo facilita o crescimento e a criatividade no usado em todas as culturas, línguas, religião,
louvor. expressar reverência, adoração, reconhecim
entrega à divindade.
Depois de lida a Palavra escolhida ou inspirada é feita
Para que de fato seja uma oração, o canto de\
uma simples aplicação dela à vida. Prossegue o
expressar pelo coração: com uma pureza de mo
louvor de maneira simples, espontânea e discreta,
que represente o mais puro louvor e ação de gré
tendo como centro de inspiração a própria palavra.
ao Senhor.
Um louvor curto, ungido, apoiado na Palavra de Deus,
Portanto, o povo, nos Grupos de Oração, deve
inspirado nela, chega ao coração do Pai Celestial, que
orientado na finalidade primordial do canto c
se regozija nele. Esse modo de louvor está ao alcance
oração.
de todos, podendo transformar-se em um precioso
recurso não apenas para iniciar na oração de louvor,
O canto eleva o espírito e o abre para a ação de D'
mas também para os que têm dificuldade crescerem e
que age na assembleia.
se aprofundarem na Palavra de Deus.

Uma vez que o louvor tenha desempenhado sua
função prioritária, depois de certa purificação, na qual
ele tem um papel de importância capital, é
conveniente que a Palavra vá tomando seu lugar,
passando a ser o elemento fundamental. Ela tem em si
uma finalidade peculiar, própria, insubstituível. Além do
mais, é o ponto de apoio do louvor que agora se
concentra de maneira discreta na Palavra lida, ouvida,
compreendida, aceita.
Uma vez que a Palavra tenha sido dada, a oração fixa-
se (nela), e nada mais é preciso acrescentar. É como
uma flor que foi fecundada, fechando-se sobre si
mesma. A GRAÇA ESTÁ ALI.
É importante que, depois de lida a Palavra, se faça
silêncio, interior e exteriormente. Nesse silêncio pleno,
deixamos que a palavra nos penetre que se encarne
em nós.
Quando louvamos apoiados, centralizados na Palavra
dada e recebida, não devemos andar às cegas. É
melhor nos recolhermos por um momento. Isto nos
permitirá perceber de onde vem o que
"espontaneamente" vamos dizer.
Por ter como elementos complementares a mele e a
mensagem da letra, que devem se harmon entre si.
O canto grava de maneira mais profuna que se tenta
expressar, e transforma-se em um rr especialmente
eficaz para louvar ao Senhor
O canto, por ser oração, é um verdadeiro ministé
um carisma do Espírito Santo, para a edificação
toda a comunidade. Por conseguinte, o cante
elemento fundamental do Grupo de Oração, e ti
como finalidade prolongar, expressar, aprofunda]
oração.
CONCLUSÃO
O louvor deve ser inspirado pelo Espírito Santo, e
consequência do louvor pessoal da oração diár
Vimos que existem vários tipos de louvor: pesso
coletivo, participado, desencadeado, "em língua;
inspirado na Palavra de Deus, pelo canto, e outrt
que não descrevemos aqui.
Diante de tal variedade, nunca poderemos deixar de
lado a ação poderosa do Espírito Santo, pois sem o
mesmo, não poderemos louvar a Deus como
convém.

A escuta e o recebimento da Palavra, assim como o

louvor que nela se centra, faz com que tudo o que
acontece e o que se diz se interiorize cada vez mais.

O LOUVOR PELO CANTO (cf. Cl 3, 16-17; Ef 5,19-

20)

O canto é um dos meios mais eficientes de expressar

26
ENSINO 06
UM SACRIFÍCIO DE LOUVOR
INTRODUÇÃO
Às vezes pensamos que a oração de louvor é feita
somente nos momentos de alegria, de felicidade, e
quando esses momentos desaparecem não teríamos
motivos para louvar a Deus. Esse pensamento é
errado. Deus nos chama a louvá-lo sempre, como
'chamou' a figueira a dar frutos sempre, mesmo
quando não era tempo de dar figos (cf. Mt 21,18-22).
A oração de louvor expressa nossa confiança e
agradecimento naquilo que Deus está realizando.
Com isso ela gera a alegria e nos faz experimentar do
poder de Deus.
UM SACRIFÍCIO DE LOUVOR
"Por Ele ofereçamos a Deus sem cessar sacrifícios
de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram o
seu nome.
Não negligencieis a beneficência e a liberalidade.
Estes são sacrifícios que agradam a Deus!"(Hebreus
13,15s)
Deus diz aqui que devemos oferecer-lhe sacrifício de
louvor sempre, e não apenas de vez em quando.
"Honra-me quem oferece um sacrifício de louvor; Ao
que procede retamente, a este eu mostrarei a
salvação de Deus" (SI 49,23) "Os votos que fiz ó Deus,
devo cumpri-los, oferecer-vos-ei um sacrifício de
louvor... para que eu ande na presença de Deus, na luz
dos vivos" (SI 55,13s).
A palavra "fruto" salta-nos aos olhos. Embora haja
muitas maneiras pelas quais nós, cristãos, podemos
produzir frutos, há uma verdadeiramente segura:
através de nossos lábios, louvando a Deus.
E toda vez que louvamos e lhe damos graças,
estamos produzindo frutos. Quanto mais frutos são
produzidos, mais é glorificando o nome do Senhor! O
fruto que devemos dar é o fruto da santidade. Quanto
mais santos formos, mais louvores estaremos dando a
Deus. O testemunho de nossa fé, com atos e
comportamentos, é uma forma de louvarmos a Deus
com a nossa vida
Quando louvamos, estamos, através dessa oração,
confirmando que aceitamos a vontade de Deus para
nossa vida. Aceitar a vontade de Deus nos leva a
crescer, a amadurecer, nos leva a produzir frutos de
crescimento e de graça. .
No Antigo Testamento "os termos usados
caracterizam o sacrifício como uma coisa sagrada,
ou como um presente (minhãh)... ou como algo que
é oferecido (qorbãn)... o sacrifício é um ato ritual, pelo
qual um presente é oferecido à divindade. Como no
Oriente Antigo e também alhures o humilde e o súdito
oferecem ao nobre ou ao superior um presente para
lhe testemunhar submissão, assim o homem se
aproxima de Deus"1.
Devemos oferecer sacrifício de louvor a Deus, uma
oração espontânea, gratuita, sem espera de
recompensas, algo que parta realmente do fundo de
nosso coração. Através dessa oração, que deve ser
uma oração de fé, de confissão daquilo que
acreditamos e em quem acreditamos, expressaremos a
nossa submissão a Deus. Somente quem crê
obedece. Só obedece quem acredita. A partir daí,
nossa oração de louvor será um testemunho de nossa
fé no Senhorio de Jesus em nossas vidas,
Ainda que não achemos necessário, assim mesmo
devemos oferecer sacrifícios de louvor. Isto é o que
Deus quer. Quando as circunstâncias são tristes e
sombrias, quando somos atacados pela doença, e
nossa força de vontade é reduzida à zero, diante da
morte de nossos queridos, sempre devemos fazer um
sacrifício de louvor.
qual se ligava ao doador pela aceitação do dom". 2
Também no sacrifico de louvor a finalidade é entrar em
comunhão com Deus. Através do dom da voz, do
coração, do corpo e de todos os sentimentos - porque

"Na concepção dos antigos o sacrifício era também o

dom de uma parte de si mesmo, efetuando,
portanto, uma comunhão entre o homem e seu Deus, o

assim se deve expressar a oração de louvor
-entramos em comunhão com Deus, e o louvamos.
O LOUVOR COMO APROVAÇÃO
Nós já refletimos que louvar quer dizer exaltar, elogiar,
glorificar, aplaudir, aprovar. Louvar é, portanto, ratificar,
expressar nossa aprovação a respeito de alguma
coisa. Dando a nossa aprovação, aceitamos ou
concordamos com o que acontece, não importando a
situação, mesmo que doa no mais profundo de nossa
alma. É o caminho mais curto para alcançar a vitória
em nossas vidas. Quando não aceitamos,
começamos a lamuriar e até nos revoltamos com a
situação vivida.
Não podemos louvar a Deus sem estarmos
agradecidos pelo que nos acontece. E não podemos
estar agradecidos sem estarmos felizes com as
circunstâncias, pois senão o louvor não vem do
coração e não 'rompe o céu'. Quanto do mais
profundo do nosso coração estivermos agradecidos a
Deus pela situação vivida, maior será a nossa
experiência da graça de Jesus. O louvor envolve,
portanto, gratidão e alegria. "Deus habita no meio dos
louvores" (SI 22,4).
Louvar a Deus não é um remédio patenteado,
panaceia (remédio contra todo o mal), ou uma fórmula
mágica para o sucesso. É uma forma de vida, e um
modo de vida firmemente baseado na Palavra de
Deus. "Fomos criados para o louvor da glória de Deus"
(Ef. 1, 11-12).
O louvor não é uma barganha. Nós não devemos
dizer: "Eu te louvarei, Senhor, para que me abençoes"
ou "vou fazer um sacrifício de louvor, mas a minha vida
tem que melhorar".
O salmista no Salmo 36 nos orienta a não fazermos
primeiramente uma lista de nossos desejos e depois
nos alegrarmos no Senhor para conseguí-los.
Devemos nos alegrar primeiro, e quando tivermos
realmente cheios de alegria, descobriremos que todas
as outras coisas se tornam secundárias. Portanto, o
primeiro passo é alegrar-se no Senhor, rejubilar-se no
Senhor. Depois não precisaremos nem pedir, pois Ele
escuta o nosso coração e vem em auxílio de nossas
necessidades.
O poder não está nas palavras ditas em louvor ou na
nossa atitude de alegria e gratidão. Todo o poder vem de
Deus, decorre da misericórdia de Deus. Se o louvor
27
for feito a partir da fé, da confiança em Deus, e
louvor tem poder.
A MURMURAÇÃO E O LOUVOR
A atitude de louvar a Deus nos leva a
vivenciarmos o poder de Deus em nossas
vidas. É mais fácil experimentarmos da
graça de Deus quando nos abrimos a esta
realidade através da oração de louvor
A oração de louvor traça um caminho, uma
ponte entre a minha vontade e a vontade de
Deus. isso fica mais fácil Deus se manifestar,
ou seja, partir da abertura do coração que há
liberdade Deus agir. Deus está sempre pronto a
nos ajude Sua misericórdia é infinita, o Seu
amor é pá sempre...
Precisamos ficar atentos às pequenas coisas
geralmente interceptam essa ponte. Quando
vivemos uma vida de abertura, de aceitação da
graça de Deus, uma vida de louvor, não
conseguimos Deus agindo em nossa vida
A palavra de Deus nos exorta: "Nem murmureis,
coij murmuraram alguns deles, e foram
mortos exterminador. Todas estas
desgraças aconteceram para nosso
exemplo..." (1 Cor 10,1 11). A murmuração é a
mesma coisa que acusaç Quando
murmuramos, estamos nos queixanc
estamos protestando contra o que Deus
es realizando ou permitindo que se realize.
Estar acusando Deus de não estar dirigindo
bem a nos vida.
Poderíamos dizer que a acusação é o
antônimo i confiança, e que a reclamação, a
murmuração é antônimo da ação de graças.
Com isso não estam confiando em Deus, não
estamos entregando-n realmente.
Um outro exemplo Odessa não aceitação
através i murmuração está no Livro de
Números 11,1: ( israelitas queixaram-se a
Deus porque naque momento as coisas não
caminhavam de maneira q os agradasse.
Enquanto as situações os agradavai iam de
acordo com a sua vontade e com aquilo qif eles
esperavam, confiavam, não reclamavam,
quando tiveram as primeiras
provaçõe desconfiaram, murmuraram a
situação não mais agradava. Eles esqueceram
todo o bem que De havia feito como os
chamara e conduzira como os havia libertado do
Egito, na passagem do Mar Vermelho...
O povo de Israel demora 40 anos no deserto. As
murmurações atrasam a manifestação da vontade de
Deus; mostram que o povo se recusa a acreditar que
Deus cumpriria o que prometera. O que acontece é
que o povo não se abre à vontade de Deus, quer fazer
a própria vontade. Nessa situação Deus não pode agir.
Diante das dificuldades, somos chamados a olhar
para Deus, a fixar o olhar e a oração na promessa, na
Palavra de Deus e não dar olhos e ouvidos à realidade
terrena, (cf. Hb 3,9-10). A incredulidade, a
desconfiança é a raiz de cada pequena queixa que
fazemos (cf. Hb4,1-3).
Precisamos nos conscientizar de nossas
murmurações, queixas, resmungos, mau-humor e,
reconhecendo-os, admiti-los e confessá-los, pedindo
perdão a Deus por toda a falta de fé, por toda
incredulidade. É fácil agradecer-lhe por tudo,
acreditando que Ele nos atendeu.
E na vida, o que precisamos é agradecer, louvar a
Deus por estar agindo em nós. É preciso por todas as
coisas engrandecê-lo. Deus certamente utilizar-se-á
das circunstâncias para nos modificar. O nosso louvor
deve ser baseado na fé, na Palavra de Jesus, e não
naquilo que sentimos...
A ALEGRIA E O LOUVOR
A alegria é fruto do Espírito Santo que habita em nós.
Somos chamados a viver a alegria,
independentemente do que estivermos sentindo. A
nossa fé é que Deus está operando
independentemente daquilo que estamos vendo e
sentindo. A fé não é sentimento.
O louvor gera a alegria em nós e nos faz experimentar
da fé no poder de Deus. A alegria do Senhor é a nossa
força (cf. Ne 8,10), é o nosso sustento, é a base para
caminharmos com fé, é fruto que damos quando
confiamos e vivemos essa confiança.
Deus quer aperfeiçoar a nossa alegria (cf. Jo 15,9-11).
A origem da alegria não está em situações fáceis,
agradáveis, aceitáveis, ou em circunstâncias
favoráveis, felizes, mas está na confiança e
esperança do cumprimento dos mandamentos e
promessas de Deus.
Se formos obedientes, entregues e confiantes
nas promessas de Deus (vontade e verdade
de Deus), viveremos a alegria. Com a
própria vida (atos, comportamentos, atitudes,
postura...) louvaremos a Deus.
Poderíamos dizer que, como o louvor, a alegria
não depende do sentimento. Não é por nos
sentirmos felizes que devemos louvar a Deus.
Mas devemos louvar a Deus para nos
enchermos de alegria. O louvor gera alegria
em nós. (cf. SI 26,6). A alegria não brota das
minhas emoções, mas é provocada por minha
vontade e faz parte de uma vida de louvor.
"Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em
tudo dai graças, porque esta é a vosso respeito
à vontade de Deus em Cristo Jesus" (1Ts 5,16-
18). Deus nos chama a sermos sempre alegres
Nele, incessantemente. A alegria constante em
Deus nos levará a uma oração constante. Todo
nosso ser (corpo, mente e espírito) louva,
engrandece e se. comunica com Deus.
"Não há casualidade no plano de Deus para a
nossa vida. Nada, absolutamente nada - por
mais estranho, inocente ou maléfico que possa
parecer - acontece sem o consentimento de
Deus".3
Deus é sábio. Deus não erra nunca. Há
sempre uma razão, um motivo justo em cada
situação que Deus permite em nossa vida.
Durante qualquer situação, somos chamados
ao louvor e à alegria, e a observarmos Deus
agindo em todos os momentos de nossa vida.
(cf. Rm 8,28-29)
ATITUDES DE SACRIFÍCIO DE LOUVOR
1. Fixar os olhos em Deus
Uma providência importante no ato de louvar a
Deus é fixar os olhos em Deus, na Sua
Palavra, na Sua misericórdia, no Seu amor.
Por pior que seja o problema (dor,
sofrimento, penúria, morte), não podemos
nos colocar como pobres coitados, mas sim,
fixar os olhos no Senhor, confiar totalmente
Naquele que nos dará a vitória, (cf. 2 Crónicas
20,12). Apesar de termos dificuldades, de nos
sentirmos incapazes, Deus é maior do que
tudo isso. Acreditar no poder e na misericórdia
de Deus e agir se comportando como
acreditamos, é a solução dos nossos
problemas.
 2. A batalha é de Deus
É uma afirmação de grande peso. Às vezes nos
sentimos incapazes, sem habilidade para resolver
certos problemas, portanto a batalha não é nossa,
mas de Deus. (cf. 2 Crónicas 20,15). Sim, podemos
dizer dessa maneira, porque Deus vem em auxílio às
nossas fraquezas (cf. Rm 8, 22). Quando estamos em
profunda intimidade com Deus, Ele age através de
nós, nos capacitando naquilo que temos
dificuldade. Deus faz sempre o que é melhor para nós.
Ele quero melhor, a nossa salvação. Prestemos
atenção, que Deus não fará a nossa vontade se essa
não nos conduzir à salvação. Como dissemos, Ele é
sábio e sabe todas as coisas.
3. Deus estará conosco:
Que promessa! E ele que vai à frente, o Senhor estará
conosco! (cf. 2 Crónicas 20,17. 20 - Esta cena teve
lugar bem em frente à massa militar inimiga, pronta a
massacrar os homens de Judá. Essa é a promessa de
Deus para nós. Tudo passa Deus nunca passa. Ele
nunca nos abandonará (cf. Is 49).
v
"O termo 'santificar' deve ser entendido
aqui não primeiramente em seu sentido
causativo (só Deus santifica, torna santo),
mas, sobretudo num sentido estimativo:
reconhecer como santo, tratar de maneira
santa. É assim que, na adoração, esta
invocação é às vezes compreendida com
um louvor e uma ação de graças. Mas este
pedido nos é ensinado por Jesus como
optativo: um pedido, um desejo e uma
espera em que Deus e o homem estão
empenhados. Desde o primeiro pedido ao
nosso Pai somos mergulhados no mistério
íntimo de sua Divindade e no drama da
salvação de nossa humanidade. Pedir-lhe
que seu nome seja santificado nos envolve
na 'decisão prévia que lhe aprouve tomar'
para 'sermos santos e irrepreensíveis diante
dele no amor'". 5
"A revelação 'daquilo que deve CONCLUSÃO
acontecer em breve', o Apocalipse, Bom é louvar o Senhor, sempre, em qualquer lu
é comunicada pêlos cânticos da e diante de qualquer situação. A fé move a
liturgia celeste, mas também pela oraçé de louvor. A alegria e a gratidão são
intercessão das 'testemunhas' frutos que o louvor gera. Na vida de louvor Deus
(mártires: Ap 6,10). Os profetas e sempre este conosco, ela atrai a presença e a
santos, todos os que foram força de Deus. Ele nos capacita para que
degolados na terra em testemunho possamos administrar nossos problemas,
de Jesus, a multidão imensa vivendo na sua presença.
daqueles que, vindos da grande
tribulação, nos precederam no
Reino, cantam o louvor da glória
daquele que está sentado no Trono
do Cordeiro. Em comunhão com
eles, a Igreja da terra canta também
esses cânticos, na fé e na
provação. No pedido e na
intercessão, a fé espera contra toda
esperança e dá graças ao 'Pai das
luzes do qual desce toda dádiva
perfeita'(Tg 1,17). A fé é assim um
puro louvor".4
 4. A vitória vem pelo louvor Se Josafá tivesse
resolvido precaver-se, e tivesse mandado os seus
homens à luta, o resultado teria sido muito diferente.
Mas a ordem foi entoar hinos de louvor a Deus, e não
precisaram nem de armas, a vitória veio a galope, (cf.
2 Cr 20,22-23)
ENSINO 07

COMO LOUVAR A DEUS?

Luiz Virgílio Néspoli
INTRODUÇÃO
Quando falamos em oração e especialmente em
oração de louvor, precisamos estar atentos, pois ela
pode ser feita de várias maneiras: com a boca, com a
mente, com o coração e com os demais órgãos do
nosso corpo.
"Tanto o canto como o gesto, ambos dão forças a
palavra. A oração não diz respeito apenas à alma do
homem, mas ao homem todo, que é também corpo. O
corpo é expressão viva da alma: uma alegria intensa
nos faz cantarolar. É pelo nosso corpo que somos
membros de uma comunidade, e é pela
exteriorização que participamos de uma assembleia
que louva a Deus, numa Igreja. Uma espiritualidade
que não dá testemunho é.
omissa; e uma manifestação exterior que não venha
de dentro, é falsa. Por isso a liturgia tem uma alma: a
fé. Toda expressão do culto, sem fé, é um corpo sem
alma. Seria uma religiosidade fingida, que Deus não
aceitaria. Com palavras severas Ele condenou essa
falsa piedade dos fariseus: 'esse povo me louva com
os lábios, mas seu coração está longe de mim'" (Mt
15,8)". 1
"Convém advertir que a oração que divide ou mutila o
homem não é uma autêntica oração. Sempre que o
homem ora, põe em fogo seu espírito, sua alma e seu
corpo. É o homem inteiro que se dirige a Deus, que o
escuta e se compromete com Ele. Por isso, levantar as
mãos, aplaudir, mover-se e até dançar, são diversas
manifestações da oração do homem; inclusive são
oração quando são feitas para a Glória de Deus. A
importância desses sinais é que refletem o mais íntimo,
o que é invisível. São manifestações que
correspondem a uma profunda atitude de fé". 2
O LOUVOR COM OS GESTOS
"... esses gestos não são novidade nenhuma, nem tem
porque escandalizar-se. Todos eles encontram
respaldo na liturgia da Igreja e nas tradições religiosas
mais naturais da humanidade".3 Faremos um
esclarecimento do significado dos gestos na oração de
louvor. Observemos que os gestos só
têm sentido se expressarem uma libertação
interior. Não devemos fazê-los por fazer.4
"Nós, porém, estamos falando com gestos
sinceros, que são expressão de nossos
sentimentos. Esses gestos têm sentido. Eles
exteriorizam o que está em nossa alma.
Completam e reforçam a nossa oração. Tais
gestos são mencionados na Bíblia Sagrada em
momentos de oração. Os reis Magos ao verem
Jesus nos braços de Maria, 'ajoelharam-se e o
adoraram' (cf. Mt 2,11). São Paulo recomendou a
oração com as mãos levantadas. Ele escreveu a
Timóteo: 'quero que os homens orem em todo o
lugar, erguendo mãos santas, sem ira e sem
animosidade' (1 Tim 2,8). O próprio Jesus
mergulhado em tristeza profunda, no horto das
Oliveiras, 'prostrou-se com o rosto em terra e
orou' ao Pai (cf. Mt 26,39)".5
O SIGNIFICADO DOS GESTOS
A religião assume o homem todo, como ele é:
corpo e alma. A Graça não destrói a natureza
humana, mas a completa e aperfeiçoa. Por isso,
rezamos com o corpo também, dizendo palavras
e fazendo gestos. A missa é o louvor visível do
povo de Deus. Vejamos o significado dos gestos.
Levantar as mãos: "'gesto característico do
homem que se dirige a Deus que está nos Céus...
' temos como exemplo Moisés (Ex 17,11),
Salomão (1 Rs 8, 22), o povo judeu (Esd 9, 5),
Jesus (Lc 24, 50), Paulo (1Tm 2, 8), os primeiros
cristãos. É atitude dos 'orantes'. Significa suplica
e entrega a Deus. É o gesto aconselhado por
Paulo a Timóteo: 'Quero, pois, que os homens
orem em qualquer lugar, levantando ao céu as
mãos puras, sem ira nem contenda' (1Tm 2,8)".7
Imposição de mãos: no Antigo Testamento
tinha vários significados (bênção - Gn 48,
13-16; consagração para um ministério - Nm
8,10-18; fazer-se substituir pela vítima, no
sacrifício - Lv 1, 4) e também no Novo Testamento
(bênção - Mt 19, 13-15; cura - Mc 6, 5); pedir o
Espírito Santo -At 8, 17-19; consagração para
uma missão -At 6, 6; bênção de uma missão -At
13, 3).
 Aplaudir: "é a clássica aclamação festiva do povo
diante de seu rei e chefe". (SI 46, 1; 97, 8; Is 55, 12).
Dançar e pular: "gesto alegre do homem que louva e
bendiz a Deus com todo seu corpo". Ex.: Davi diante
da Arca (2 Sm 6, 4-21) e o Pai Misericordioso (Lc 15,
25).
Mover-se: "é todo corpo que ora, e não só o coração
e a boca". Gesto usado pêlos judeus até hoje.
Cantar: "é a forma mais espontânea de manifestação
dos diferentes sentimentos humanos. Ex: Moisés (Ex
15,1); Salomão (1 Rs 4, 32); Davi (2 Sm 23,1). Alguns
livros na Bíblia são cantos, os Salmos e o Cântico
dos Cânticos; algumas passagens do Novo
Testamento também nos convidam a cantar (1Co
14,15; Cl 3,16; Ef 5, 19). ..... ....... .,.., „
Aclamações: "é a saudação popular ao rei vitorioso"
(Esd3, 11; 1 Cr 16, 34; Mt21, 9-11).
Gritos: "explosão da alma que não pode conter a
sua admiração e reconhecimento diante do poder e
da misericórdia de Deus na história" (1 Sm 4, 6; Rm
8, 15; Mt 21, 9).
De pé: '"é a maneira mais comum de orar no Antigo
Testamento', 'característica do homem livre que está
disposto a cumprir uma missão (1 Rs 8, 22; Mc 11 ,25;
Lc 18, 11-13). 'É uma atitude de quem ouve com
atenção e respeito, tendo muita consideração pela
pessoa que fala. Indica prontidão e disposição para
obedecer. Foi, desde o inicio da Igreja, a posição do
'orante'. A Bíblia diz: 'Quando vos puserdes em pé
para orar, se tendes alguma coisa contra alguém,
perdoai-lhe, para que também vosso Pai que está
nos céus vos perdoe as vossas ofensas' (Mc 11,25).
Falando dos bem-aventurados, João vê uma multidão
de vestes brancas, 'de pé diante do Cordeiro', que é
Jesus (Ap 7,9)".8
Sentado: '"atitude de quem escuta uma exortação,
recebe um ensinamento' (Lc 10, 39). 'É uma posição
cómoda que favorece a catequese, boa para a gente
ouvir as Leituras, a homilia e meditar. É a atitude de
quem fica à vontade e ouve com satisfação, sem
pressa de sair'".9
Prostrado: '"é a humilde oração do homem que,
reconhecendo a sua miséria, se prostra em terra para
adorar a magnificência e o poder de Deus
transcendente'. (SI 5, 8; 1 Cr 16, 29; Ap 7, 11) 'Gesto
' Cf. Pe. Luiz CECHINATO, A missa parte por parte, p. 17. 2 Cf.
José H Prado FLORES, As reuniões de oração, pp 22-26. 32 3
Pe. Luiz CECHINATO, A missa parte por parte , p. 24
muito antigo, bem a gosto dos orientais. Estes
prostravam com o rosto na terra para orar. Assim
fez Jesus no Horto das Oliveiras. Hoje essa
atitude é própria de quem se consagra a Deus,
como na ordenação sacerdotal. Significa morrer
para o mundo e nascer para Deus com uma vida
nova e uma nova
missão'".10
Mãos juntas: "Significam reconhecimento interic
busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega
vida. É atitude de profunda piedade". 11
Silêncio: "O silêncio tem seu valor na oração.
Ajuda o aprofundamento nos ministérios da fé. 'O
Senh fala no silêncio do coração'. É oportuno fazer
silênc depois das leituras, da homilia e da
Comunhão, pé interiorizar o que o Senhor disse.
Meditar é tambér uma forma de participar. Uma
missa que não tivesse nenhum momento de
silêncio seria como chuva forte e rápida que não
penetra na terra". 12
Ajoelhado: '"é a forma tipicamente mais cristã
para oração' (Estevão - At 7, 60; Pedro - At 9,
40;Paulo -At 21, 5; Jesus-Lc 22, 41; Daniel - Dn 6,
10). 'De' inicio, o Cristão ajoelhava-se somente
nas orações particulares. Depois toda a
comunidade passou a ajoelhar-se em tempo de
penitência. Agora essa posição é comum diante
do Santíssimo Sacramente e durante a
consagração do pão e do vinho. Ajoelhar-
se perante alguém era sinal de homenagem a um
soberano. Hoje significa adoração a Deus. São
Paulo diz: 'Ao nome de Jesus se dobre todo
joelho, no céu. na terra e debaixo da terra' (Fl
2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas
orações individuais. 'Pedro tendo mandado sair
todos, pôs-se de joelhos para orar' (cf.J
At 9,40)". 13
Genuflexão: "É um gesto de adoração a Jesus
Eucaristia. Fazemos quando entramos na igreja e
dela l saímos se ali existe o sacrário. Também
fazemos) genuflexão diante do crucifixo na Sexta-
Feira Santa,, em sinal de adoração. (Não é
adoração à cruz, me a Jesus que nela foi
pregado)". 14 Inclinação: "Inclinar-se diante de
alguém é sinal dei grande respeito. É também
adoração, diante do| Santíssimo Sacramento.
Os fiéis podem inclinar cabeça para receber a
bênção solene". 15
"Quando o apóstolo fala que nosso corpo é up
Santuário do Espírito Santo e que não nos
pertence diz claramente que '... o corpo é para o
Senhor, e o
Senhor para o corpo' (1 Cor 6,13). Sim, todo o nosso
corpo é para a glória do Senhor. Todas as nossas
manifestações externas, quando em oração, são
também oração" 16
OS SALMOS, O JUBILO E O LOUVOR
Nascida em um ambiente judaico, a Igreja herdou a
maneira de orar peculiar à Palestina. Os judeus
piedosos costumavam orar frequentemente. Assim,
também fazem os essênios, uma organização de
ascetas que habitava as cavernas de Qümram, perto
do Mar Morto... "17
"Esse louvor continuado rejuvenesceu com o
cristianismo. Os apóstolos continuaram a fazer
orações habituais dos judeus (At 3, 1; 10 9). Os
primeiros cristãos oravam em casa com assiduidade
(At 1, 14; 2 42; 12 5-12), mesmo no cárcere Paulo e
Silas cantavam hinos a Deus (At 16, 25)". 18
O que era cantado nessas reuniões era o canto dos
Salmos (cf. 1 Cor 14, 26; Ef 5, 19).
"Assim a Igreja se foi descobrindo como a sociedade
do louvor, e o louvor a Deus chegou a ser-lhe básico.
Reconhecendo a presença de Deus em toda parte, ao
admirar a beleza da criação, ao reviver os feitos do
Senhor pelo seu povo, o crente entoa louvores e,
fazendo-o recebe a salvação: louvar e salvar são as
duas palavras de diálogo entre o homem e Deus". 19
Temos nos Salmos a expressão de nossas vivências
fundamentais. Por isso eles revelam uma oração bem
encarnada na vida humana. Não existe nos Salmos
uma dissociação entre a f é e a vida.
"Os salmos são marcados por
características constantes: a
simplicidade e a espontaneidade da
oração, o desejo do próprio Deus através
de e com tudo o que é bom em sua
criação, à situação desconfortável do
crente que, em seu amor preferencial ao
Senhor, está exposto a uma multidão de
inimigos e tentações e, na expectativa do
que fará o Deus fiel, a certeza do seu
amor e a entrega à sua vontade. A
oração dos Salmos é sempre motivada
pelo louvor e por isso o titulo desta
coletânea convém perfeitamente ao
Mbil ' Ibid., p. 39
2 José HP FLORES Reunião de Oração p. 23 6 Ca(ec n 2589
3
Ibid., p. 38
4 24
Ibid.
que ela nos oferece: 'os louvores'.
Feita para o culto da assembleia, ela
anuncia o convite à oração e canta-
lhe a resposta: 'Hallelu-Ya'! (Aleluia),
'louvai o Senhor'!
Haverá algo melhor do que o salmo?
É por isso que Davi diz muito
acertadamente: 'Louvai o Senhor,
pois o salmo é uma coisa boa: a
nosso Deus, louvor suave e belo'" E
é verdade. Pois o salmo é
bênção pronunciada pelo povo,
louvor de Deus pela assembleia,
aplauso de todos, palavra dita pelo
universo, voz da Igreja, melodiosa
profissão de fé...'".20
Entre os antigos costumes cristãos havia um modo
de cantar 'júbilo' ou 'regozijo'. Esse canto
consistia no prolongamento da última sílaba
do Aleluia, simbolizando o gozo no céu".21 "Entre
nós católicos, o regozijo ficou reduzido a algumas
aclamações e essas, bastante reduzidas, se bem
que sejam gritos de júbilo ou de súplicas..." 22
Temos como exemplo de algumas aclamações:
"Amém", "Aleluia", "Glória a ti Senhor", "Senhor
tende piedade", "Nós te louvamos Senhor",
"Louvado seja o teu Nome Senhor", "Louvores
e Glórias a ti Senhor"...
"Santo Agostinho nos fala:'... o júbilo é certo
cântico ou som com o qual significa-se que o
coração dá a luz o que não pode dizer nem
exprimir'. 'Este júbilo cristão funde suas raízes
nos cantos sagrados de Israel. O júbilo era a
aclamação que Israel fazia para louvar a Yahvé e
convidar a que todos os povos batessem palmas
em sua honra. O 'regozijo' era o grito de guerra
com que o povo eleito invocava o nome do
Senhor e implorava sua proteção nas batalhas".23
No Novo Testamento, essa maneira de demonstrar
a ação de Deus na vida, se dá "quando o cristão
medita na ressurreição de Jesus Cristo, sente-se
levado pelo Espírito a reconhecer o Senhorio de
Jesus e a exprimir sua admiração em palavras, em
cantos, em risos, em sílabas entrecortadas, em
silêncios, em lágrimas, segundo Deus dá a cada
um. O básico não é o que se diz e sim o amor e a
adoração que brotam do coração"

"A palavra júbilo, ou regozijo, alude a uma oração feliz.
O gozo é característico do louvor, é nota peculiar da
oração no Espírito" 25
"Essa alegria é tal que, com frequência, surge a
acusação de embriaguez ou de loucura para aqueles
que, pela força do Espírito, se entregam ao louvor: (At
2, 13; 1 Cor 14, 23; Ef 5, 18)"26
"Recitai uns com os outros "salmos,
hinos, e cânticos espirituais, cantando e
louvando o Senhor em vosso coração"
(Ef 5,19; Cl 3,16). Como os escritores do
novo testamento, as primeiras
comunidades cristãs relêem o livro dos
Salmos, cantando nele o Mistério de
Cristo. Na novidade do Espírito, elas
compõem também hinos e cânticos a
partir do Acontecimento inaudito que
Deus realizou em seu Filho; a
Encarnação, a Morte vitoriosa da morte, a
ressurreição e Ascensão à sua direita. É
dessa "maravilha" de toda a Economia da
salvação que brota da doxologia, o louvor
de Deus".27
O LOUVOR NA LITURGIA
O louvor também se dá durante os momentos de
Liturgia. O Catecismo da Igreja Católica faz menção de
alguns desses momentos:
1083. - Compreende-se então a dupla
dimensão da liturgia Cristã como
resposta de fé e de amor às "bênçãos
espirituais" com as quais o Pai nos
cumula. Por um lado a Igreja, unida ao
seu Senhor e "sob a ação do Espírito
Santo" (Lc 10,21), bendiz o Pai "pelo
seu dom inefável" (2Cor 9,15), através
da adoração, do louvor e da ação de
graças. Por outro lado, e até à
consumação do projeto de Deus, a
igreja não cessa de oferecer ao Pai "a
oferenda dos seus próprios dons" e de
implorar que Ele envie o Espírito Santo
sobre a oferta, sobre si mesma, sobre
os fiéis e sobre o
comunhão com a morte e a ressurreição de Cristo-
Sacerdote e pelo poder do Espírito, estas
bênçãos divinas produzam frutos de vida "para
louvor e glória de sua graça" (Ef 1,6).
1103. - A anamnese. A celebração litúrgica refere-
se sempre às intervenções salvíficas de Deus na
história. "A economia da revelação concretiza-se
através de acontecimentos e palavras
intimamente interligados. (...) As palavras
proclamam as obras e elucidam o mistério nelas
contido". Na liturgia da palavra o Espírito Santo
"recorda" à assembleia tudo o que Cristo fez por
nós. Segundo a natureza das ações litúrgicas e as
tradições rituais das igrejas, uma celebração "faz
memória" das maravilhas de Deus em uma
anamnese mais ou menos desenvolvida. O
Espírito Santo, que desperta assim a memória da
igreja, suscita então a ação de graças e o louvor
(doxologia).
1352. -A anáfora. Com a Oração Eucarística,
oração de ação de graças e de consagração,
chegamos ao coração e ao ápice da celebração.
No prefácio, a igreja rende graças ao Pai, por
Cristo, no Espírito Santo, por todas as suas obras,
pela criação, a redenção, a santificação. Toda a
comunidade junta-se então a esse louvor
incessante que a igreja celeste, os anjos e todos
os santos cantam ao Deus três vezes santo.
1359. -A ação de graças e o louvor ao Pai
A eucaristia, sacramento de nossa salvação
realizada por Cristo na Cruz, é também um
sacrifício de louvor em ação de graças pela obra
da criação. No sacrifício eucarístico, toda criação
amada por Deus é apresentada ao pai através da
Morte e da Ressurreição de Cristo. Por Cristo, a
igreja pode oferecer o sacrifício de louvor em ação
de graças por tudo o
 ANEXO 01

PERGUNTAS Serei um dos que

QUE DEVEMOS 'retrocedem', nos
FAZER SOBRE O quais
LOUVOR: Deus não se
compraz, pois
1. Serei eu um recusei-Lhe
'cristão de alegres e
bom tempo', perseverantes
que só louva o louvores? (cf. Hb
Senhor 10,38)
quando tudo Estarei
vai bem e as negligenciando 7.
circunstância louvores e ações'
s são ideais? de graça,
(cf. 1Tes essenciais para
5,18) uma verdadeira ^
2. Faltará em vida de oração?
minha vida (cf. Fil 4,6)
aquele Terei
espírito compreendido
transbordante claramente que
de louvor, toda
característico vez que ofereço
daqueles que palavras de louvor
são radicados, a Deus
edificados e estarei na
confirmados verdade
na fé? (cf. Gol glorificando-O?(cf.
2, 6-7) SI
3. Ter-me-ei 49,23)
submetido ao Estarei
Senhor para experimentando
que Ele me reais vitórias em j
batizasse no lutas de ordem
Espírito Santo espiritual, que
e me apenas
mantivesse poderão ser
'sempre obtidas por meio
louvando a do louvor? j
Deus'? (cf. Lc (cf. 2 Cor 10,4)
24,53)
 ANEXO 02

MÁXIMAS DO LOUVOR

A. O louvor descerra as portas do céu B. O louvor

despedaça os grilhões C. O louvor transforma as
circunstâncias D. O louvor suaviza o peso das tarefas
E. O louvor liberta os cativos F. O louvor desfaz as
dúvidas G. O louvor fortalece o coração H. O louvor
dá-nos suave paz O louvor traz preciosas bênçãos
 ANEXO 03
TÍTULOS PARA LOUVARMOS AO DEUS TRINO1

LOUVORES A DEUS PAI I

Abba Rm 8,15 Deus vivo Mt 16,16
Alfa e Omega Ap 1,8 E bom com os ingratos e perversos Lc 6,35
Altíssimo At 7,48 Eli Mt 27,46
Amor Uo 4,8 E maior que todos Jo 10,29
Apoio SI 18,19 Escudo SI 84,12
Aquele que era, que é e que será Ap 1,8 Espírito Jo 4,24
A rocha que me ampara SI 18,3 E um com Cristo Jo 10,30
Autor de libertação SI 74,12 Está no céu Mt6,9
Bendito Mc 14,61 Está conosco Jo 14,23
Bom Mt 19,17 E em todos Ef 4,6
Celestial Mt 15,13 É por meios de todos Ef 4,6
Clemente SI 86,15 É sobre todos Ef 4,6
Compassivo Tg 5,11 Eterno Rm 16,26
Digno de louvor SI 18,4 Excelso SI 97,9
Deus Ef 1,3 Fiel ICor 1,9
Deus altíssimo Lc 8,28 Fortaleza SI 46,2
Deus bendito ITm 1,11 Fogo devorador Hb 12,29
Deus -com - eles Ap 21,3 Grande SI 35,27
Deus de Abraão, Isaac e Jacó Mt 22,32 Grande Rei SI 47,3
Deus de Israel Lc 1,68 Guardião SI 121,3
Deus da glória SI 29,3 Guardião de Israel SI 121,4
Deus da paz Rm 15,33 Imortal ITm 1,17
Deus da verdade SI 31,6 Indulgente SI 86,5
Deus dos judeus Rm 3,29 Invisível Cl 1,15
Deus do amor 2Cor 13,11 Juiz universal Hb 12,23
Deus dos céus SI 136,26 Justo Jo 17,25;SI 25,í
Deus dos deuses SI 50,1 Lavrador Jo 15,1
Deus dos gentios Rm 3,29 Luz Uo 1,5
Deus da minha salvação SI 18,47 Minha parte na herança e Minha SI 16,5
Deus dos meus pais At 24,14 Minha alegria SI 43,4
Deus do nosso Senhor Jesus Cristo Ef 1,17 Minha fortaleza inexpugnável SI 18,3
Deus de nossos pais At 22,14 Meu auxílio SI 27,9
Deus de toda consolação 2Cor 1,3 Meu baluarte SI 18,3
Deus dos vivos Mt 22,32 Meu cântico SI 118,14
Deus e Pai 2Cor 1,3 Minha cidadela SI 62,3
Deus e Pai de todos Ef 4,6 Meu refúgio SI 142,6
Deus eterno Rm 16,26 Meu Deus Fl 1,3
Deus imortal ITm 1,17 Meu Deus que ilumina minhas SI 18,28
Deus invisível ITm 1,17 Meu escudo SI 18,3
Deus justo SI 7,10 Minha esperança SI 71,5
Deus que faz tudoj>or mim SI 57,3 Minha fortaleza SI 18,2
Deus único ITm 1,17 Minha força SI 28,7
Minha glória SI 3,4 Rico em amor e fidelidade SI 86. 15
Meu justiceiro SI 4,2 Rocha SI 18, 32
Minha lâmpada SI 18,29 Rocha hospitaleira SI 71,3
Meu libertador SI 18,3 SI 68,i&— - -
Minha luz SI 27,1 Salvador de refugiados SI 17,7
Meu pastor SI 23,1 Santo Jn 17,1
Meu redentor SI 19,15 Santo de Israel SI 71, 22
Meu refúgio SI 18,1 Santo, Santo, Santo Ap4.8
Meu rei SI 5,3 Senhor SI 114. 7
Minha salvação SI 27,1 Senhor da terra inteira SI 97,5 l
Meu salvador SI 18,2 Senhor do céu e da terra Mt 11 75 •
Meu socorro SI 63,7 Senhor dos exércitos Tg 5,4 l
Misericordioso Lc 6,36 Senhor dos senhores 1 Tm 6, 15 •
Nosso Senhor SI 8,2 Senhor de todas as nações SI 82, 8 l
0 Altíssimo Lc 1,35 Senhor de Israel l,r, 1,68 l
0 Bendito ITm 6,15 Socorro SI 63,8 1
0 Bom Mt 19,17 Todo-poderoso Ap 4,8 1
O Senhor da messe Mt 9,38 Tutor de viúvas SI 68,5 |
0 Forte SI 24,8 Único 1 Tm 1,17 1
O Lavrador Jn 15,1 Único Bom Mt 19,17 J
0 Salvador ITm 4,10 Único Pai Mt 23,9 J
0 Todo poderoso Ap4,8 Único Sábio !Tmlr17 1
0 único Senhor Mc 12,29 Único Soberano 1Tm6 r 15 J
0 Único que possui a imortalidade ITm 6,16 Veraz Jo 3.33 1
0 Valente SI 24,8 Abençoou-nos com Cristo Ef 1,3 1
Pai Jo 11,41 Ama-nos Rm 5,8 1
Pai celestial Mt 5,45 Ama o mundo Jo 3.16
Pai de Jesus Mt 26,39 Atrai-nos para Jesus Jo 6. 44
Pai da glória Ef 1,17 Consolida-nos conforme o Evangelho Rm 16, 25
Pai das luzes Ta 1.17 Consola-nos nas tribulações 2 Cor 1,4
Pai das misericórdias 2Cor 1,3 Dá o Espírito Santo Lc 11, 13
Pai dos espíritos Hb 12,9 Dá o verdadeiro pão do céu Jo 6, 32
Pai dos órfãos SI 68,6 Dá a vida 10 5, ?.l
Pai do nosso Senhor Jesus Cristo Ef 1,3 Dele procedem todas as coisas 1 fnr 8,6
Pai de todos EÍ4.6 Dele vem toda a boa dádiva Sh1,17
Pai justo Jo 17,25 Dele vem todo dom perfeito Sb 1. 17
Pai santo Jo 17,11 Eleqeu-nos Ef 1,4
Pai Todo - Poderoso Ap4,8 Enviou-nos seu Filho Gl 4,4
Pastor SI 23,1 Faz-nos sua morada Io 14, 23
Pastor de Israel SI 80,2 Regenerou-nos 1 Pd 1,3
Perfeito Mt 5,48 Ressuscitou Jesus At 2, 24
Poderoso Rm 4,21 Reveste os lírios Mt 6. 30
Redentor SI 19, 15 Sabe do que temos necessidade Mt 6, 32
Refúgio SI 46,2 Seu plano é melhor aue o nosso Ef 3, 20
Rei SI 44, 5 Tem vida em si mesmo Jo 5, 26
Rei da glória SI 24,9 Trabalha sempre Jo 5, 17
Rei dos séculos 1 Tm 1,17 Vê o oculto Mt6,6
Rei dos reis 1 Tm 6, 15 Vive Jo 6, 57

38
Alfa Ap 1,17 Filho do Bendito Mc 14,61
Amado Mt 12,18 Filho do Carpinteiro Mt 13,55

LOUVORES AO FILHO
Amém AD 3,14 Filho do Hnmem Mt 8,?n
Amigo de publicanos e pecadores Mt 11,19 Filho do Pai 2Jo3
Apóstolo Hb3,l Filho Primogénito Lc2,7
Bendito Mt 23,39 Filho único Jo 1,14
Bom Jo 7,14 Filho varão Ap 12,5
Bom pastor Jo 10,11 Fim da lei Rm 10,4
Cabeça da Igreja Cl 1,18 Força de Deus ICor 1,24
Cabeça de todo homem ICor 11,3 Fundamento ICor 3.11
Cabeça de toda potestade Cl 2,10 Galileu Mt 26,69
Cabeça do corpo Cl 1,18 Glória de Deus 2Cor 4,6
Cabeça suprema da Igreja Ef 1,22 Grão-Deus Tt 2,13
Caminho Jo 14,6 Guardião IPd 2,5
Carpinteiro Mc 6,3 Guia Mt2,6
Chefe At 5,31 Herdeiro Lc 20,14
Chefe que leva a vida At 3,15 Herdeiro de tudo Hb 1,2
Compassivo Sb 5,11 Homem novo Ef 2,5
Cordeiro de Deus Jo l,29Ap 5,12 Humilde Mt 11,29
Cordeiro deqolado Ap 5,12 Igual a Deus Jo 5,18
Cordeiro pascal ICor 5,7 Imagem de Deus 2Cor 4,4
Coroado de glória e honra Hb2 f 9 Imagem do Deus invisível Cl 1,15
Cristo Mt 16,16 Incontaminado Hb 7,26
Cristo crucificado ICor 1,24 Inocente Hb 7,26
Cristo-rei Lc 23,2 Instrumento de propiciação Rm 3,25
Descendência Gl 3,16 Jesus Mt 1,1
Deus Jo 20.28 Jesus Cristo Mc 1,1
Deus conosco Mt 1.23 Jesus de Nazaré Mc 1,24
Deus nosso salvador Tt 2r13 Judeu Jo4,9
Emanuel Mt 1,23 Juiz Sb 5,9
Espírito que dá vida ICor 15,45 Juiz dos vivos e dos mortos At 10,42
Esposo 2Cor 11,12 Justo At7, 52
Estrela brilhante da manhã Ap 2?,16 Leão da tribo de Judá Ap 5,5
Fu çou In 8,74 Libertador Rm 11,26
Fiador da nova aliança Hb 7.22 Luz Jo 12,46
Fiel e veraz Ap 19,11 Luz das alturas Lc 1,78
Filho 2Jo9 Luz do mundo Jo 8,12
Filho amado Mc 9,7 Luz verdadeira Jo 1,9
Filho de Abraão Mt 1,1 Manso Mt 11,29
Filho de Davi Mt 1,1 Mediador Gl 3,19
Filho de Deus Mt 1,1 Mediador da Nova Aliança Hb 9,15
Filho de Deus vivo Mt 16,16 Médico Lc 4,23
Filho de homem Ap 1.13 Menino Mt 2,11
Filho de José Jo 6,42 Messias At 2,36
Filho de Maria Mc 6,3 Mestre Mt 8,19
Filho de seu Amor Cl 1,13 Mestre Bom Mc 10,17
Filho do Altíssimo Lc 1,32 Meu Deus Jo 20,28
 39
Meu Senhor 3o 20,28 Pastor e guardião IPd 2,25
Misericordioso At 2.17 Pedra At 4,11
Nascido de Mulher Gl 44 Pedra angular IPd 2,6 a
Na7arpno Mt- 9 :n Pedra de escândalo 1Prí ?,R 1
Nome sobre todo nome Fl 2,9 Pedra de tropeço IPd 2r8 ]
Nossa justificação ICor 5,7 Pedra desprezada pêlos arquitetos At 4,11 l
Nossa paz Ef 2,14 Pedra eleita IPd 2,4 1
Nossa redenção ICor 1,30 Pedra preciosa IPd 2,4 1
Nossa santificação ICor 1,30 Pedra viva IPd 2,4 1
Nosso Cordeiro pascal ICor 5,7 Penitencia por nossos pecados 13o 4,10 1
0 Amado Ef 1,16 Pobre 2Cor 8,9 11
0 Cristo de Deus Lc 9,20 Poder de Deus Cor 1,24 1
0 Cristo do Senhor Lc 2,26 Poderoso Lc 24,19 1
0 Eleito Lc 23,35 preceptor Mt 23,10 •
0 Eleito de Deus 3o 1,34 Precursor Hb 6,20 •
0 Filho 2Jo9 Primicia ICor 15,20 1
0 Fim Ap 22,13 Primogénito 3o 1,18 •
0 Fundamento ICor 3,11 Primogénito de toda criação Cl 1,15 •
0 Gerado por Deus 13o 5,18 Primogénito entre os mortos Cl 1,18 •
0 Grande Pastor de Ovelhas Hb 13,20 Príncipe dos pastores IPd 5,4 •
0 3usto IPd 3,18 Princípio SI 1,18 •
0 Libertador Rm 11,26 Principio das criaturas de ueus Ap 3,14 •
Omeqa AP 21,6 Propiciatório Rm 3,25 •
0 mesmo ontem, hoie e sempre. Hb 13,8 Profeta 3o 4,19 •
0 Pastor At 7,37 Profeta Poderoso Lc 24,19 •
0 Primeiro Ap 22,13 promessa At 13,23 •
0 Primeiro e último Ap 1,17 Porta 3o 10,9 •
0 Principio Cl 1,18 Porta das ovelhas 3o 10,7 •
0 Principio das criaturas de Deus Ap 3,14 Rabi Mt 26,25 •
0 Principio e o Fim Ap 22,13 Rabbuni (Raboni) 3o 20,16 •
0 Profeta At 7,37 Rebento de Davi AP 5,1 •
0 Rebento Ap 22,16 Rebento de 3essé Rm 15,12 •
0 Santificador Hb 2.11 Redentor At 7.35 •
0 Santo At 3.14 Rei Mt 21.5 •
0 Santo de Deus Mc 1,24 Rei de Israel Mc 15,32 •
0 veraz Ap 3,7 Rei dos judeus Mt 27,37 •
0 Verdadeiro 13o 5,20 Rei dos reis Ap 19,16 •
0 Vivente Lc 24,5 Reprodução da sua essência Hb 1,3 l
Ovelha levada ao matadouro At 8.32 Resplandecer da glória de Deus Hb 1,3 1
Palavra 3o 1,1 Ressurreição 3o 11,25 •
Palavra de Deus Ap 19,13 salvador Tt 2,13 1
Palavra de Vida 13o 1,1 Sabedoria de Deus ICor 1,24 1
Pão de Deus 3o 6,33 Sacerdote Hb 7,17 l
Pão de Vida 3o 6,35 Salvador do Mundo 3o 4,42 1
Pão que desceu do Céu 3o 6,41 Santificador Hb 2,11 J
Pão Vivo 3o 6,51 santo At 3,14 i
Paráclito 13o 2,1 santo de ueus 3o 6,69 1
Pastor Mt 26,31 sennor At 2,36; 2«

40
Senhor Deus Ap 1,8 0 que vive Lc 24,5
Senhor dos senhores Ap 19,16 Para ele foram criadas todas as coisas Cl 10,39
Senhor Jesus Cristo Fl 1.2 Por ele foram criadas todas as coisas Cl 1,16
Servidor At 4,27 Tudo tem subsistência nele Cl 1,17
Servo Mt 12,18
Sim 2Cor 1.19
Sumo sacerdote Hb3,l
Testemunho Apl,5
Testemunho fiel e veraz Ap 3,14
Ungido At 4,26
Ungido com Espírito Santo e com poder At 10.38
Ultimo Ap 22,13
Ultimo Adão ICor 15,45
Único mediador ITm 2,5
Único Senhor ICor 8,6
Verbo Uo 1,1
Verbo de Deus Ap 19,13
Verbo de Vida Uo 1,1
Verdade Jo 14,6
Verdadeira videira Jo 15,1
Veraz Ap 3,7
Vida Jo 14,6
Vida eterna Uo 1,2
Vitima da propiciação Uo 2,2
Videira Jo 15,2
Vivente Lc 24,5
Ele que passou fazendo o bem At 10,38
Está à direita de Deus At 7,56
Ele reside na plenitude Cl 1,19
0 que batiza no Espírito Santo Jo 1,33
0 que Deus enviou Jo 3,34
0 que era e o que há de vir Apl,4
O que está á direita de Deus Rm 8,34
0 que esteve morto, mas voltou à vida<\p 2,8
0 que havia de vir Rm 5,14
0 que governará todas as nações Ap 12,4
0 que e consuma a fé At 12,2
0 que intercede Rm 8,34
0 que levou nossas doenças Mt 8,17
0 que levou nossos pecados IPd 2,24
0 que morreu Rm 8,34
0 que nos amou Rm 8,37
0 que ressuscitou Rm 8,34
0 que tem a chave de Davi Ap 3,7
0 que tem as sete estrelas Ap 3,1
0 que tem os sete espíritos de Deus Ap3,l
O que vem do céu Jo 3,31
O que vem em Nome do Senhor Mr 11r9

4f-
, LOUVORES AO ESPIRITO SANTO

Amor Veni Creator Spiritus i

Autor dos sete dons Veni Creator Soiritus 1
Antnr rlp tnrin o hpm Veni Creator Spiritus l
Brisa no verão ardente Veni Sancte Spiritus 1
Caridade ardente Litanias ao Espírito Santo 1
Consolador 3o 14,16 1
Cura o que está doente Veni Sancte Spiritus l
Dedo na direita paterna Veni Creator Spiritus l
Descanso da fadiga Veni Sancte Spiritus •
Deus Jo 4,24 l
Doador dos dons Veni Sancte Spiritus 1
Doce hóspede da alma Veni Sancte Spiritus •
Dom At 2,38 l
Dom de Deus At 8,20 l
Espírito Do 5,6 l
Espírito consolador Litanias ao Espírito Santo |
Espírito criador Veni Creator Spiritus l
Espírito de amor Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de ciência Litanias ao Espirito Santo 1
Espírito de conselho Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de Cristo IPd 1,11 1
Espírito de Deus Rm 8,9 1
Espírito de entendimento Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de força Litanias ao Espírito Santo |
Espírito de araca Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de paz Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de piedade Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de sabedoria Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito de santidade Rm 1,4 1
Espírito de verdade Jo 15,26 1
Espírito do Senhor 2Cor 3,18 1
Espírito Eterno Hb 9,14 1
Espírito Santificador Litanias ao Espírito Santo 1
Espírito Santo Jo 14,26 1
Está sempre conosco Jo 14,26 1
Eterno Hb 9,14 1
Foqo Veni Creator Spiritus 1
Fonte viva Veni Creator Spiritus 1
Força do alto Lc 24,49 1
Luz dos corações Veni Sancte Spiritus 1
Luz santíssima Veni Sancte Spiritus 1
0 Espírito Uo 2,38 1
Pai dos pobres Veni Sancte Spiritus \
Paráclito Jo 15,26 j
Promessa Hb 2,39 J
Promessa do Pai At 1,4 1
Santo At 10,15 1
42
Senhor 2Cor 3,17 Intercede segundo Deus Rm 8,27
Unção espiritual Veni Creator Spiritus Jesus batiza nele Lc 3,16
Único Espírito ICor 12,9 Foi lhe dado sem medida Jo 3,34
Vprrlarlp 1 1o S,fi Recebeu-o em sua exaltação At 2,33
Afugenta o inimigo Veni Creator Spiritus Aleare sob sua acão Lc 10,21
Aquece o que está frio Veni Sancte Spiritus Estava cheio Dele Lc4,l
Baixou do céu Mt 3,16 Levado por Ele Lc4,l
Baixou sobre Jesus Lc 3,22 Ungido por Ele At 10,38
Capacita os ministros 2Cor 3,6 Justiça ICor 6,11
Clama "Abba" GI4,6 Lava ICor 6,11
Veni Sancte Spiritus
Como pomba Lc 3,22 Lava o aue está suio
Concebe Cristo em Maria Mt 1,20 Liberta 2Cor 3,17
Veni Sancte Spiritus
Conduz Gl 5,18 Luz Santíssima
Conduz Jesus Mt4,l Mora conosco Jo 14,17
Conforta nossa fraqueza Veni Creator Spiritus Move Lc 2,27
Consolo no pranto Veni Sancte Spiritus Não fala por sua conta Jo 16,13
Convence do juízo Jo 16,8 Principio de ressurreição Rm 8,11
Convence da iustiça Jo 16,8 Principio de vida nova Rm 8,11
Convence do pecado Jo 16,8 Procede do Pai Jo 15,26
Dá glória a Jesus Jo 16,14 Prova que somos filhos GI4,6
Dá vida Jo 6,63 Por Ele os anciãos têm sonhos At 1,17
Dá testemunho que somos filhos Rm 8,16 Por Ele os jovens têm visões At 1,17
Dá testemunho sobre Jesus Jo 15,26 Por Ele profetizam filhos e filhas At 1,17
Dobra o ríqido Veni Sancte Spiritus Recebe-se pela fé Gl 3,14
Envolve Barnabé At 11,24 Recebem-no os crentes Jo 7,37
Envolve Estevão At 6,5 Recorda o que disse Jesus Jo 14,26
Envolve Isabel Lc 1,4 Renova Tt3,9
Envolve João Batista Lc 1,15 Reparte seus dons Hb2,4
Envolve a comunidade At 4,8 Revela o mistério de Cristo Ef 3,4
Envolve Paulo At 9,17 Revela a profundidade de Deus ICor 2,10
Envolve Zacarias Lc 1,67 Rega o que está seco Veni Sancte Spiritus

Está conosco Jo 14,17 Santifica 2Ts 2,13

Está em Jesus Mt 12,18 Santifica as oferendas Rm 15,16
Está em Si meão Lc 2,25 Socorre nossa fraqueza Rm 8,26
Está sempre conosco Jo 14,16 Une-se a nosso espírito Rm 8,16
Faz-nos dizer "Jesus é o Senhor" ICor 12,3 Unifica 2Cor 13,13
Faz-nos clama "Abba" Rm 8,15 Vem aos batizados At 19,6
Faz-nos filhos de Deus Rm 8,14 Vem aos gentios At 10,45
Faz-nos reqoziiar de esperança Rm 15,13 Vem aos que escutam a palavra At 10,44
Faz sinais e milagres Rm 15,19 Vem a Maria Lc 1,35
Faz testemunhos At 1,8
Fomos selados com ele Ef 1,13
Fortalece vigorosamente Ef 3,16
Guia Rm 8,14
Guia até a verdade completa Jo 16,13
Ilumina os sentidos Veni Creator Spiritus
Inspira os profetas IPd 1,20
Intercede por nós Rm 8,26

ANEXO 04
43

TERÇO DO LOUVOR
Usando um rosário comum, você rezará nas ...por meu marido; ...por minha
contas maiores, onde se reza o Pai-Nosso, a esposa; ...por meus filhos;
seguinte oração: ...por esta enfermidade;
"SENHOR, ABRI MEUS LÁBIOS, A FIM DE QUE ...por minha depressão;
MINHA BOCA ANUNCIE VOSSOS LOUVORES" E ...por minha insónia; ...por minha ansiedade;
nas contas menores, onde se rezam as Ave ...por meu ciúme
-Marias: ...por "fulano (a)" (a quem você
"JESUS, TE LOUVO E TE BENDIGO...", precisa perdoar); e por tantas outras intenções
colocando aqui seu motivo de louvor, por exemplo: que você pode acrescentar, rezando o terço
"Jesus te louvo e te bendigo ... inteiro ou uma intenção em cada dezena.
...pelo Espírito Santo;...pela Eucaristia;...pêlos Finalize cada dezena com:
anjos; GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E|
...por meu anjo da guarda; AO ESPÍRITO SANTO, COMO ERA N0|
...por meu pároco; PRINCÍPIO, AGORA E SEMPRE, AMÉM!
...
por meu emprego;
 ANEXO 05

DINÂMICAS QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS DURANTE O ENCONTRO:

REAVIVAMENTO DO LOUVOR H
Em momentos de oração, para se exercitar a oração
de louvor:
1. Provocar o louvor à Pessoa de Deus Pai
2. Provocar o louvor à Pessoa de Jesus Cristo
3. Provocar o louvor à Pessoa do Espírito Santo
4. Provocar o louvor baseado na Palavra de
Deus - Salmos
5. Provocar o louvor baseado na Palavra de
Deus - Evangelhos
6. Provocar o louvor baseado na Palavra de
Deus - Livros do Antigo Testamento
7. Provocar o louvor baseado na Palavra de
Deus - Hinos do Novo Testamento
8. Provocar o louvor entre duas pessoas - ping-
pong
9. Provocar o louvor por aquilo que Deus é
10. Provocar o louvor por aquilo que Deus faz,
fez ou fará.
11. Provocar o louvor por aquilo que Deus mi
faz, me fez ou me fará.
12. Relacionar o louvor e a dança, o bailar de
corpo
13. Fazer momentos de adoração ai
Santíssimo Sacramento
14. Fazer momentos de ação de graças
15. Provocar o ciclo carismático: oração
louvor, oração em línguas e escuta de
profecia.
16. Estimular o louvor coletivo de todos à meie
voz
17. Provocar o louvor em torno de um tem?
Salvação, Pentecostes, Encarnação]
Misericórdia, etc...
18. Estimular o louvor com os gestos
44

24. Provocar momentos de recolhimento para

louvar sobre as alegrias, sobre as coisas
que aconteceram de bom...
25. Criar momentos de louvor em oração
individual, por escrito...
26. Provocar momentos de louvor à família
27. Provocar o louvor ao ambiente de trabalho;
profissional.
19. Estimular os cantos de louvor
20. Estimular o gozo, o júbilo.
21. Estimular o canto em línguas
22. Fazer tendas de 4 a 5 pessoas para
louvarem, com um tema direcionado
23. Provocar momentos de recolhimento para
louvar sobre as dificuldades, traumas,
sofrimentos, mágoas, ansiedades...
 ANEXO 06

SEMINÁRIO DE LOUVOR
O conteúdo dessa apostila - Reavivamento
do Louvor - poderá ser disponibilizado em
forma de reflexões semanais, com estudo
para ser feito em casa, diário.
CONTEÚDO DO SEMINÁRIO - TEMAS:
1. Projeto "Reavivando a Chama"
2. O louvor
3. As características da oração de Louvor
4. As atitudes e os frutos da oração de
Louvor
5. As formas de Louvor
6. O Louvor no sacrifício
7. Como louvar a Deus?
TEMPO: 7 SEMANAS
DINÂMICAS:
Poderão ser desenvolvidas em cada dia do
Seminário, no momento de animação inicial e
nos cenáculos de partilha e oração.
Os participantes deverão ser estimulados a
exercitarem a oração de louvor nos seus
momentos de oração pessoal, diária e diante
dos estudos da Palavra.
SUGESTÃO DE HORÁRIO DO SEMINÁRIO
(NOTURNO)
19hOOmin - 19h50min h = Momento de
cenáculos, para partilha da Palavra e oração
de Louvor.
19h50min - 20h30min h = Ensino " 20h30min
- 21 hOOmin h = Momento de Oficina para se
estimular a oração de Louvor
ESTUDO DA SEMANA ?
1. PROJETO "REAVIVANDO A CHAMA"
1°dia da semana: Salmo 37(36)
2° dia da semana: Salmo 22(21)
3° dia da semana: Salmo 39(38)
4° dia da semana: Salmo 34(33)
5° dia da semana: Salmo 100(99)
6° dia da semana: Salmo 150(149)
7° dia da semana: Salmo 65(64)
2. O LOUVOR
1° dia da semana: II Mac 15, 20-29. 2°
dia da semana: Ef 1,13-14 3° dia
da semana: 1 Ts 5,18
4° dia da semana: Hb 13, 5-6. 5° dia
da semana: At 16,16-30. 6° dia da
semana: Rm 8, 26-29 7° dia da
semana: Ap 19, 5.
3. AS CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO DE
LOUVOR
1° dia da semana: Ap 4,9-11 2° dia da
semana: Ex 15,1-13 3° dia da
semana: 1 Cr 29,10-16. 4° dia da
semana: 1 Sm 2,1-10
 45

5° dia da semana: Tb 13,1-10. 6° dia da semana: Salmo 144(143) 7° dia da semana: 1 Cor 8,6 4 AS
ATITUDES E OS FRUTOS DA ' ORAÇÃO DE LOUVOR 1° dia da semana: At 2, 37ss. 2° dia da semana: Is
57,18-iJ. 3° dia da semana: Salmo 88(87) 4° dia da semana: Lc 1,46-57. 5 °diadasemana:GI4,6-7 2 6°
dia da semana: Ef 5, li«y. 7° dia da semana: Col 3,io-11

5 AS FORMAS DE LOUVOR r dia da semana: Wlt 18,19-20 2° dia da semana: 1 Cor 29 10-13 3° dia da
semana: At 10, 44-46.
4° dia da semana: Dn 3
5° dia da semana: 1 Cor 4 2».
6° dia da semana: 1 Cor 14, b. ? 0 7° dia da semana: Ef 5, 6.

6. Q LOUVOR NO SACRIFÍCIO
1° dia da semana: Hb 13, 5. 2° dia da semana: Ef 1,5-6
3° dia da semana: Salmo,37(36) 4-dia da semana: 2 Cr 20,12-23
5° dia da semana: 1 Rs 8, u. 6° dia da semana: Gn 48, 1*10. r dia da semana: Mt 19 13-15.
L COMO LOUVAR ADEUS? 1° dia da semana: At 8, Y'™' 2° dia da semana: 2 Sm 6, 4-/i-3° dia da
semana: Mt 21, 9-n. 4° dia da semana: Lc 18, ii-u-
5° dia da semana: Lc 15,^25.
6° dia da semana: 2 Sm 23, i.
7° dia da semana: 1 Cor 6,13.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALDAY, Salvador Carrillo. O Batismo no Espírito Santo - o Dom de línguas. Louva-a-Deus, RJ, 1984.
2. AQUINO, Felipe R. Q. de. Na escola dos Santos Doutores. Cleofas, Lorena, SP, 1996.
3. Bíblia Ave Maria.
4. BORN, Dr. A. Van Den. Dicionário Enciclopédico da Bíblia. Vozes, Petrópolis, RJ, 1977.
5. CANTALAMESSA, Raniero. Maria um Espelho para a Igreja, Santuário, Aparecida, SP, 1992.
6. CAROTHERS, Merlin. Louvor que Liberta, Loyola, SP, 1976.
7. _. O Poder do Louvor. Betânia.Venda Nova, MG. 1988.
8. CASTRO Regis e CASTRO Maisa. Louvor ping-pong. Raboni, Campinas, SP, 1994.
9. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, Vozes, Petrópolis, RJ, 1993.
10. CECHINATO, Pé. Luiz. Nossa Fé segundo o Catecismo da Igreja Católica. Santuário, aparecida, SP. 2000s
11. CNBB Missão e Ministérios dos Leigos e Leigas. Doe. 62.
12. COMPÊNDIO DO VATICANO II, Constituições, Decretos, Declarações, Vozes, Petrópolis, RJ, 1986.
13. CONCLUSÕES DA III CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANO, Paulinas, SP,
1979.
14. DEGRANDIS, Robert, O Dom de Profecia, Loyola, SP, 1986.
15. .O Dom de línguas. Loyola, SP, 1988.
16. DOCUMENTO DE PUEBLA.
17. EASTMAN, Dick. Digno de Louvor, Betânia, Venda Nova, MG, 1984.
18. FASANELLA, ítalo Passanezi. No poder do Louvor. Loyola, SP, 1999. __
19. FLORES, J. H. Prado. Formação de Discípulos, Louva-a-Deus, RJ.
20. . Para Além do Deserto. Louva-a-Deus, RJ, 1994.
21. _. As Reuniões de Oração, Loyola, São Paulo SP. 1977.
22. _. Ide e Evangelizai os Batizados. Louva-a-Deus, Rio de Janeiro, RJ. 1984.
23. GOSSETT, Don. Há Poderem suas Palavras, Vida, Miami, Florida, USA 1979.
24. JÁLICS, Francisco. Aprendendo a Orar, Paulinas, SP, 1985.
25. JARAMILLO, Diego. O Ministério de Música na Renovação Carismática, Louva-a-Deus, 1984
26. . Oração. Louva-a-Deus, RJ
27. JUANES, Benigno. As Formas e os Frutos do Louvor, Loyola, SP, 2000
28. . Que é a Renovação Carismática Católica? SP. Loyola, 1994.
29. . Sen/os e Equipe Responsável nos Grupos de Oração. SP. Loyola, 2001
30. LARRANAGA, Ignácio. Adorarem Espírito e Verdade, Paulinas, SP, 1982.

j
31. PEDRINI, Alírio José. Grupos de Oração - Como Fazer a Graça Acontecer, Loyola, SP, 1992.
32. . Saiba Participar de Grupos Carismáticos, Loyola, SP, 1997.
33. RCC DO BRASIL, Conselho Nacional, Escritório da Comissão Nacional, Batismo no Espírito Santo.
Santuário, Aparecida, SP, 1994.
34. .E Sereis minhas Testemunhas. Coleção Paulo Apóstolo n° 1. Ed. Santuário.
35. . PALESTRAS DO X\ CONGRESSO NACIONAL PARA LÍDERES DA RCC - Recebereis o Poder do Alto -
Pregador: D. José Luiz Azcona - 07/1991 - Aparecida do Norte - SP.
36. . PLANO DE AÇÃO 2002 RCC - BRASIL, 'Reavivando a Chama. '
37. . PLANO DE AÇÃO 2003 RCC - BRASIL, 'Por Causa de tua Palavra, Lançarei a Rede'.
38. SCHLINK, M. Basilea. Colocando-se na Brecha - o Poder da Intercessão.
39. SCHUBERT, Linda. A Hora Milagrosa. Loyola, São Paulo, SP, 7a edição.
40. TARDIFF, Emiliano e FLORES, José H. Prado. Sarças Ardentes, RJ, 1991.
41. VIANA, Maria Lúcia, A Intercessão na RCC - Manual do Intercessor. Santuário, Aparecida, SP, 2002.
47