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Ensaio sobre a Origem das Línguas. ROUSSEAU, J.J.

Tradução de Lourdes Santos


Machado. in Os Pensadores.

Capítulo II: De como a primeira invenção da palavra não vem das necessidades, mas das
paixões.

§1 As necessidades ditam os primeiros gestos e as paixões arrancam as palavras. Se


entende que as línguas não são originalmente organizadas, altamente articuladas, mas são
frutos de emoção (dos poetas). Trata-se de uma linha de raciocínio que será seguida por
Rousseau na interpretação da origem. As línguas orientais mostram isso sendo vivas e
figuradas.

§2 Os homens inventaram PALAVRAS como EXPRESSÃO DE SENTIMENTOS


inicialmente, não de necessidades. O efeito das primeiras necessidades (físicas) dos
homens consistiu em separá-los, o que era “preciso acontecer” para que povoassem a terra
(finalismo).

§3 Por absurdo: a causa que separa os homens (suas necessidades primeiras) não poderia
resultar o efeito que os une (sua língua). A causa reside nas NECESSIDADES MORAIS,
NAS PAIXÕES (uma situação pós contratual, estabelecimento de uma convenção) (notar
ruídos hobbesianos) As necessidades físicas se satisfazem em silêncio, mas para tocar
emoções, expressar amor, cólera etc, A NATUREZA PEDE GRITOS E QUEIXAS. As
línguas primitivas era por isso mais cantantes e apaixonadas.

Capítulo III: De como a primeira linguagem teve de ser figurada

§1 Como a origem das palavras foram as paixões o homem só falava em tropos, em poesia.
“Só se chamaram as coisas pelos seus verdadeiros nomes quando foram vistas sob sua
forma verdadeira”. O “raciocício” veio depois da linguagem.

§2 “Como pode uma expressão ser figurada antes de ter sentido próprio?” (a figura é uma
mudança do sentido). Pede-se transpor não a palavra, mas A IDEIA OFERECIDA PELA
PAIXÃO. Exemplifica-se:

§3 Um HOMEM SELVAGEM se depara com outros e se espanta, amedronta-se. Esse medo


o faz ver esses como GIGANTES e assim os chama. Com o tempo e experiência, passa a
reconhecê-los e trata-los como HOMENS, deixando o gigante para o falso objeto que o
impressionara. Não caberia então expressar-se se não houvesse uma paixão, um espanto
que o impelisse a usar das palavras, e pois surgirem sempre inicialmente das paixões é que
são “figuradas”.

Capítulo IV: Dos caracteres distintivos da primeira língua e das mudanças que teve de
sofrer.

§1 Rousseau cita a COMPLEXIDADE DAS ARTICULAÇÕES DA LÍNGUA E DO PALATO,


em comparação aos sons da garganta, tanto que as crianças tem dificuldade para aprendê-
los. Cita a hipótese teológica de Padre Lamy que crê os homens terem recebido os demais
sons pela providência divina (aqui Rousseau não critica e nem aceita a tese explicitamente).
As poucas articulações permitem numerosíssimos tons e acentos.

§2 A primeira língua teria como caracteres distintivos fazer uso de imagens, sentimentos e
mecanicamente apresentar aos sentidos e entendimento as impressões quase imediatas da
paixão que a origina.

§3 Seria uma linguagem de poucas articulações, de fácil pronúncia. Os sons todavia seriam
variados pela diversidade de VOZES, RITMOS, QUANTIDADE, VOLUME. Pouco sobraria
as articulações, que são CONVENÇÕES. Iria cantar-se mais do que falar. Os radicais
seriam sons imitativos, ou das paixões que os originaram ou de objetos sensíveis
(onomatopeias).

A primeira expressão seria o acento, não haveria significante e significado, o SIGNO


propriamente NÃO EXISTIRIA, não há separação deste com o referente. O acento traduz as
paixões. No Emílio “não é o sentido da palavra que os bebês entendem, mas o tom que a
acompanha”.

§4 Essa língua possuiria muitas palavras para expressar o ser em suas varias relações, mas
poucos advérbios para exprimir estas mesmas relações (trata-se de uma relação de
objetividade, sem abstração dos atos dissociados do ser. A palavra possui o sentido de uma
expressão inteira. Privilégio da expressão em vez da exatidão - Luis Fernandes dos Santos
Nascimento _ Fala e Escrita). Uma linguagem cheia de anomalias, com harmonia e beleza
nos sons. Relaciona as línguas chinesa, grega e árabe como similares em certos aspectos.
Cita Crátilo de Platão. A tese platônica é de que o nome de uma coisa significa sua
natureza. Aqui no caso, para Rousseau, o nome da coisa não é uma escolha arbitrária.

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