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É possível afirmar que na atualidade vivemos uma fase em que os direitos políticos

estão cada vez mais perto do ideal para garantir a soberania popular e a democracia,
expressas na Constituição Federal de 1988. Porém, para que essa realidade se tornasse
possível, passamos por uma longa evolução, que se iniciou nos primórdios do descobrimento
do país.

PERÍODO COLONIAL (1500 – 1822)


A primeira eleição no Brasil ocorreu em 23 de janeiro de 1532 e aconteceu de forma
indireta na Vila de São Vicente, que era a sede da capitania hereditária de São Vicente, atual
São Paulo. Seu objetivo principal era escolher o conselho administrativo da vila e somente
seria disputada pelos chamados “homens bons”, que era uma expressão utilizada na época
para se referir a pessoas que tinham propriedades, bens ou fossem de famílias tradicionais.
Durante todo o período colonial as eleições tinham um caráter local e municipal, sendo
regidos pelo “livro das ordenações” e, posteriormente, pela Constituição Espanhola, que
possibilitava o voto para analfabetos. A ampliação das eleições para o âmbito nacional surgiu
em 1821, um ano antes da proclamação da independência, e pode-se dizer que foi nossa
primeira eleição nacional de acordo com os moldes atuais.
Algumas das instruções das eleições de 1821, apresentavam um sistema dividido em
quatro graus: o povo, em massa, escolhia os compromissados; estes, escolhiam os eleitores de
paróquia, que, por sua vez, escolhiam os eleitores de comarca; finalmente, estes últimos
procediam à eleição dos deputados. (FERREIRA 2005).
Podemos assim concluir que as eleições no período colonial careciam da vontade da
população brasileira, devido ao total controle que as classes dominantes e religiosas tinham
perante o eleitorado, baseando-se nas regras eleitorais europeias.

PERÍODO IMPERIAL (1822 – 1889)


No ano posterior às primeiras eleições gerais da história do país, no dia 07 de setembro
1822, houve a proclamação da independência do Brasil pelo então príncipe regente Dom Pedro
I. Sendo que em 03 de junho de 1822, o príncipe regente já estava convencido de que a
independência do Brasil de fato ocorreria naquele ano e, logo, fez a convocação de uma
Assembleia Constituinte com o objetivo de elaborar uma Constituição para o novo Estado
Soberano.
A partir da Assembleia Constituinte alguns ideais foram estabelecidos em relação aos
direitos políticos, um deles foi o voto censitário, que seria o voto permissionário a pessoas que
possuíssem uma renda anual equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca ou fosse
dono de grandes quantidades de terras. Devido a tal peculiaridade, o projeto passou a ser
conhecido como “Constituição da Mandioca”. A divisão dos poderes proposta pela Assembleia
Constituinte contrariou os interesses de Dom Pedro I devido a predominância do poder
legislativo sobre o executivo, limitando o seu poder e desafiando as suas pretensões
absolutistas. Tal fato o incentivou a dissolver da Assembleia Constituinte com o apoio militar,
gerando o acontecimento conhecido como “a Noite da Agonia”.
Após a dissolução da Assembleia, D. Pedro I convocou seis ministros e quatro políticos
de sua confiança para redigir junto com ele a nova Constituição Brasileira, que foi outorgada
em 25 de março de 1824, com o intuito de garantir o seu poder de imperador. Algumas das
características da nova Constituição eram: a concentração do poder nas mãos do imperador,
através do poder moderador, a exclusão da maioria da população brasileira do direito de votar,
pois apenas o eleitor rico que comprovasse determinada renda teria esse direito, a criação do
conselho de estado, onde os representantes eram escolhidos pelo imperador.
Durante todo o período de império e colônia as fraudes eleitorais eram frequentes, pois
além de não haver uma fiscalização eficiente eram permitidas ações que facilitavam as
alterações dos resultados. Uma das principais fraudes eleitorais decorreu da possibilidade do
voto por procuração, onde pessoas não compareciam aos locais de votação e enviavam um
representante munido de um instrumento de procuração para exercer o seu direito de voto.
Além disso não existia na época título eleitoral, as pessoas eram reconhecidas pelos
integrantes da mesa apuradora e por testemunhas, o que facilitava a ação dos fraudadores,
que contabilizavam votos de mortos, crianças e eleitores de outras cidades.
O ano de 1881 trouxe grandes mudanças no sistema político da época, nele foi
instituído a “Lei Saraiva”, em homenagem ao então Ministro do Império José Antônio Saraiva.
Tal Decreto trouxe consideráveis avanços para as eleições nacionais, quais sejam: a instituição
do título de eleitor, eleições diretas para todos os cargos eletivos do império e possibilidade de
um candidato não católico disputar o pleito. Apesar dos avanços que proporcionou, o Decreto
recebeu fortes críticas por seguir um caráter de exclusão social, uma vez que excluía os
analfabetos do direito ao voto.

PERÍODO REPUBLICANO (1889 – 1930)


Em 1891 foi promulgada a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, a
primeira constituição republicana da história do país, tendo como principais contribuições as
grandes modificações no regime político e jurídico. A construção desta Carta Magna foi
baseada no positivismo francês e na constituição norte americana, se estabelecendo o modelo
presidencialista e federalista.
A Magna Carta de 1891 ainda trouxe avanços como o voto direto masculino e não
secreto para os representantes do poder executivo e legislativo, a alteração do Estado em laico
e a exclusão do poder moderador (afastando do Imperador o poder político) e do Conselho de
Estado.
Em 1932, foi instituído o primeiro Código Eleitoral brasileiro, trazendo mudanças
consideráveis, como a instituição do voto secreto e obrigatório, do voto feminino, a
regularização das eleições federais, dentre outros. No mesmo ano, o TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) foi inaugurado no estado do Rio de Janeiro, que na época era a capital do país.
Dois anos depois, em 16 de julho de 1934, no governo Vargas, foi promulgada a
Constituição Brasileira de 1934. Os principais avanços que trouxe foi o voto feminino, a criação
da justiça eleitoral e a justiça do trabalho, o voto obrigatório para maiores de 18 anos e o voto
secreto. A questão social passou a assumir grande destaque no país: direitos democráticos
foram conquistados, a participação popular no processo político aumentou, as oligarquias
sentiram-se ameaçadas.

PERÍODO DITATORIAL (1937- 1945)


Apesar dos avanços que trouxe, o primeiro Código Eleitoral brasileiro foi revogado no
ano de 1937, após início do Estado Novo, instituída pelo presidente Getúlio Vargas. Em 10 de
novembro foi outorgada a Constituição de 1937, conhecida como “polaca”, trouxe um regresso
considerável dos direitos políticos do cidadão brasileiro, abolindo os partidos políticos,
suspendendo as eleições livres, estabelecendo eleições indiretas para presidente da
República, no qual teria um mandato de 6 anos. Durante o período de 10 anos não houve
eleições no país, período caracterizado por abolir vários direitos políticos, concentrando o
poder nas mãos das autoridades governantes.
No ano de 1945 a Justiça Eleitoral foi restabelecida e no mesmo ano Getúlio Vargas
anuncia eleições gerais e sofre o golpe militar. No período de hiato, houve a instituição do
Código Eleitoral que trouxe novidades para o cenário político, como: a obrigatoriedade da
vinculação dos candidatos a partidos políticos e a redução da idade mínima para votar, que
passou de 21 anos para 18 anos. Além disso, a Lei Agamenon, como também era conhecido o
Código Eleitoral, trouxe mais segurança às urnas com a finalidade de garantir o sigilo do voto,
utilizavam sobrecartas oficiais, uniformes e opacas; para evitar as fraudes, o código
determinava pena de detenção de três meses a um ano a quem se escrevesse mais de uma
vez e pena de seis meses a um ano para o eleitor que votasse no lugar de outro.

PERÍODO DITATORIAL (1964 – 1985)


Em 1964 instaurou-se o golpe militar, trazendo mais regressos para a manifestação da
cidadania, proibindo o voto direto para presidente da república e aos cargos de governador,
prefeito e senador, permitindo apenas o voto para deputado estaduais e federais e vereadores.
Para controlar o poder de Estado durante 21 anos, o regime ditatorial produziu 17 atos
institucionais, regulamentados por outros 104 atos complementares. Os atos Institucionais,
decretos que davam ao Executivo poderes excepcionais, constituíram o principal instrumento
utilizado para revestir de legalidade as ações do governo de exceção. No período entre 1964 e
1985 (fim da ditadura militar), o povo era tratado como ignorantes políticos, que não tinham
consciência política suficiente para exercer o seu direito de voto, e impedindo o cidadão de agir
como um ser político e transformador da democracia. Desse modo, o cidadão observou os
seus direitos políticos serem ceifados durante 21 anos mediante atos institucionais.

NOVA REPÚBLICA (1985 – atual)


O período que se iniciou com o fim do regime militar é conhecido como Nova República
e trouxe diversos avanços, como as eleições diretas para a presidência e prefeituras das
cidades, a concessão do direito de votar aos 16 anos e a permissão do voto ao analfabeto.
Em 1988 foi promulgada a nova Constituição Federal, conhecida como a Constituição
cidadã, que estabeleceu as eleições diretas, a eleição por maioria absoluta para presidente,
governadores e prefeitos (municípios acima de 200 mil eleitores, caso não haja maioria
absoluta na primeira votação terá segundo turno), estabeleceu o período de cinco anos para o
mandato do presidente, vedando a reeleição para o período subsequente, fixou a
desincompatibilização até seis meses antes das eleições, para presidente, governador e
prefeito que almejasse concorrer a outro cargo. A Carta Magna de 1988 também permitiu o
voto do analfabeto, tornou o voto facultativo para os maiores de 16 anos e menores de 18 e
deu maior autonomia aos partidos políticos, tornando-os pessoa jurídica de direito privado.16
Os anos 90 foram marcados por avanços consideráveis no sistema eleitoral brasileiro. Em 1993
mais de 67 milhões de pessoas foram às urnas para decidir, através de plebiscito, a forma e o
sistema de governo, sendo escolhidos a república e o presidencialismo. No ano posterior, foi
aprovada a Emenda Constitucional nº 5, de 7 de junho de 1994 que reduzia o mandato
presidencial de cinco para quatro anos. Nas eleições municipais de 1996 o brasileiro passou a
votar de maneira diferente: surgiram as urnas eletrônicas, uma inovação tecnológica que trouxe
mais segurança, confiabilidade, agilizou bastante a apuração dos votos e reduziu
consideravelmente as fraudes. Nos anos 2000 a máquina passou a ser utilizada nas eleições
em todo o país, sendo o Brasil o único país em que o sistema de apuração de votos é
totalmente eletrônico.
Nos anos 2000 a internet passou a ser uma das principais ferramentas das campanhas
eleitorais. Os candidatos utilizam blog e redes sociais para fazer uma espécie de marketing
pessoal. O candidato ainda pode receber doações online, através do cartão de crédito.

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