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(1) A criatividade é expressão de uma fenomenologia complexa e transdisciplinar que envolve várias dimensões humanas integradas do corpo, mente e espírito.
(2) A criatividade tem sido estudada de forma limitada dentro das disciplinas acadêmicas, mas deve ser compreendida em sua natureza complexa e ecossistêmica.
(3) A compreensão transdisciplinar da criatividade reconhece seu caráter singular, recursivo, autoeco-organizador, contraditório e imprevisível.
Descriere originală:
Titlu original
MORAES, M. C. Criatividade como expressão de uma fenomenologia complexa e transdisciplinar.docx
(1) A criatividade é expressão de uma fenomenologia complexa e transdisciplinar que envolve várias dimensões humanas integradas do corpo, mente e espírito.
(2) A criatividade tem sido estudada de forma limitada dentro das disciplinas acadêmicas, mas deve ser compreendida em sua natureza complexa e ecossistêmica.
(3) A compreensão transdisciplinar da criatividade reconhece seu caráter singular, recursivo, autoeco-organizador, contraditório e imprevisível.
(1) A criatividade é expressão de uma fenomenologia complexa e transdisciplinar que envolve várias dimensões humanas integradas do corpo, mente e espírito.
(2) A criatividade tem sido estudada de forma limitada dentro das disciplinas acadêmicas, mas deve ser compreendida em sua natureza complexa e ecossistêmica.
(3) A compreensão transdisciplinar da criatividade reconhece seu caráter singular, recursivo, autoeco-organizador, contraditório e imprevisível.
Criatividade como expressão de uma fenomenologia complexa e
transdisciplinar. In: Congresso Barcelona, julho, 2014. 1 Expressão de uma fenomenologia A criatividade complexa e transdisciplinar, gerada por uma dinâmica integradora, na qual estão entrelaçadas várias dimensões humanas, em total integração do corpo, mente e espírito, unidos em um movimento de fruição vivenciado a partir de sensações de plenitude, prazer e bem estar. 1 Encontro da espiritualidade com a Indireta... criatividade ... Levam ao encontro de si mesmo, ao autoconhecimento, e que nos ajuda a melhor perceber nossas próprias potencialidades, até então adormecidas e que se revelam no ato criativo. 2 O estudo da criatividade tem sido aprisionado dentro das gaiolas epistemológicas disciplinares ... 2 O pensamento criador é uma forma Romo, apud Torre (2006, especial de resolução de problema. p. 23) 3 Albertina Mitjáns (1997), por sua vez, avança Criatividade X ao trabalhar a criatividade sob a ótica da complexidade complexidade, como expressão de um processo complexo da subjetividade humana, tanto individual como social, e que se expressa na produção de algo considerado novo e valioso em um determinado campo de ação humana. Ao compreender a criatividade em sua fenomenologia complexa, a autora reconhece o seu caráter singular, recursivo, autoeco-organizador, contraditório e imprevisível, segundo Ribeiro & Moraes (2014). mais do que defini-la, é preciso melhor A criatividade compreendê-la em sua fenomenologia ecossistêmica. (1) a ênfase na pessoa criativa, (2) nos conhecimento desenvolvido processos mentais envolvidos, (3) na ao redor desta área abrange influência do ambiente e dos aspectos quatro enfoques básicos: socioculturais sobre o ato criativo e (4) a ênfase no produto criativo pautado em alguns critérios, como originalidade, fluidez, utilidade e flexibilidade. criatividade se manifesta a partir de um Rollo May, apresentada em “encontro”, que se apresenta na própria seu precioso livro intitulado dinâmica da vida, em função da “A coragem de criar”, inseparabilidade da subjetividade e da publicado em 1975. objetividade, em seu diálogo com a vida. Para Rollo May (1982:39), “o primeiro fator Criatividade emergente que notamos no ato criativo é a sua natureza de encontro”. Encontro com uma ideia, uma visão interior, um insight, um processo de iluminação qualquer, a partir de um certo engajamento que acontece no ato de criar, no ato de brincar, ou seja, uma criatividade emergente no momento em que o encontro se materializa. 4 “a criatividade é o encontro do ser humano intensamente consciente com o seu mundo” (May,1982:53). as portas das gaiolas epistemológicas que gaiolas epistemológicas aprisionam as dimensões constitutivas de nosso sentir/pensar/agir/criar, pautadas no uso de práticas educacionais equivocadas, que não reconhecem a transdisciplinaridade como um princípio epistemo-metodológico que exige abertura, rigor e percepção mais apurada em relação aos processos de construção do conhecimento e à aprendizagem. 5 tanto o conhecimento, a aprendizagem, como também os processos criativos, implicam processos interdependentes, constituídos por uma tessitura funcional em rede, envolvendo aspectos interativos, recursivos, dialógicos, construtivos, hologramáticos, autoeco-organizadores, assim como socioafetivos, culturais, emergentes e transcendentes, que influenciam nosso sentir/pensar, agir e criar. Desta forma, a complexidade pode ser Conceito de complexidade compreendida como um princípio regulador do pensamento e da ação, capaz de articular relações, conexões, interações e que nos ajuda a organizar o pensamento para melhor compreensão da realidade, a ver os objetos relacionalmente, inseridos em seus respectivos contextos e dependentes deles. 6 Em sua dimensão organizacional, a dimensão organizacional complexidade nos revela que a realidade é multidimensional em sua natureza complexa, interdependente, mutável, entrelaçada e nutrida pelos fluxos que acontecem no ambiente e a partir do que cada um faz. É contínua e descontínua, indeterminada em sua dinâmica operacional que se manifesta dependendo do contexto, das situações vividas e das circunstâncias criadas. Em sua dimensão lógica, ou seja, em sua dimensão lógica dialógica1, a complexidade nos oferece outro panorama, outra perspectiva teórica que nos ajuda a avançar no processo de produção de conhecimento. Assim, para se construir um conhecimento transdisciplinar, capaz de transcender as fronteiras disciplinares, é preciso trabalhar a partir desta outra lógica, já não mais dualista e capaz de ajudar a transcender o nível de realidade primordial para que o conhecimento possa emergir em outro nível, superando contradições e ambivalências. Cada nível de realidade requer um conjunto de leis para sua explicação. 7 A transdisciplinaridade não é uma utopia ou Conceituando um tema para tertúlias acadêmicas sem um transdisciplinaridade fundamento qualquer. partir de Nicolescu (2002), foi possível Tais dimensões nos ajudam a ampliar o conceito de transdisciplinaridade, compreender determinados percebendo-se três dimensões envolvidas - fenômenos relacionados ao nível de realidade, nível de percepção e conhecimento e a lógica do terceiro incluído. ressignificar nossas práticas, a ampliar as competências docentes, indo além da instrumentalização pedagógica necessária, em direção ao desenvolvimento e evolução da consciência humana. Transdisciplinaridade é aquilo que transcende as disciplinas, que está entre, através e além das disciplinas (Nicolescu, 1999:33). A expressão ontologia complexa nos indica ontologia complexa que as relações sujeito/objeto, ser/realidade, são de natureza complexa, portanto, dinâmica e operacionalmente inseparáveis entre si, pois o sujeito traz consigo a realidade que tenta objetivar. É um sujeito, um ser humano que já não fragmenta a realidade, que não descontextualiza o conhecimento, um sujeito multidimensional, com todas as suas estruturas perceptivas e lógicas, como também sociais e culturais, à disposição de seu 8 processo de construção do conhecimento, já que a realidade não existe separada do ser humano, de sua lógica, de sua cultura e da sociedade em que vive. 9 toda identidade de um sistema complexo está sempre em processo de vir-a-ser. É algo inacabado, sempre aberto, em evolução, em mutação, em processo de transformação. A partir desta compreensão, todo conhecimento transdisciplinar é aberto, vai além do horizonte conhecido, implicando travessia de fronteiras, mestiçagem, criação permanente, aceitação do diferente e renovação das formas aparentemente acabadas de conhecimento. Pela transdisciplinaridade, transcendemos, criamos algo novo, que pode surgir a partir de um insight, de um instante de luz na consciência, de processos intersubjetivos em sinergia, onde algo acontece envolvendo as diferentes dimensões humanas. Ela reconhece a importância das emoções, dos sentimentos e afetos nos processos de construção do conhecimento, bem como a voz da intuição ao colocá-la em diálogo com a razão e com as emoções subjacentes. Enfim, entende a subjetividade humana não como uma realidade coisificante, mas como um processo vivo e multidimensional do individuo/sujeito concreto, atuante e criador do mundo ao seu redor. trabalha aquilo que é subliminar, que habita todo conhecimento de a região em que nossos sentidos, muitas natureza transdisciplinar vezes, não são capazes de penetrar, de analisar, de decodificar em um primeiro momento e que requer outras dimensões humanas, como a intuição, a imaginação, para sua melhor compreensão, a partir de um diálogo fecundo com a razão. 10 para que possamos incentivar diálogos mais Clareza epistemológica competentes entre as diferentes disciplinas, entre ciência, cultura e sociedade, entre individuo e contexto, educador e educando, ser humano e natureza e para a construção de uma base conceitual mais sólida para o desenvolvimento de conversações e de novos estilos de negociação de significados, a partir da maneira como observamos a realidade e construímos conhecimento. Daí, nossa preocupação anterior em relação à necessária abertura de nossas gaiolas epistemológicas, sem a qual fica difícil compreender o que estamos entendendo por conhecimento transdisciplinar e por fenomenologia complexa da criatividade. são aquelas que propiciam uma experiência atividades criativas de inteireza, de plenitude, algo em que o sujeito está envolvido por inteiro em sua multidimensionalidade e que exige certa flexibilidade estrutural de pensamento, de ação, de fluência cognitiva, espiritual, psicológica ao lidar com um objeto ou ao vivenciar determinado processo. São experiências ou vivências sentidas profundamente, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, nutridas pelos insights, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam como teias urdidas com materiais simbólicos. Compreender a criatividade como expressão de um estado de consciência transdisciplinar, no qual se dá uma experiência de plenitude, como estado interno do sujeito que vivencia o ato criativo, vem à nossa mente o conceito de “experiência ótima” de Mihaly Csiskszentmihalyi (1999), a partir do qual se pode chegar ao êxtase e à autorrealização. 11 expressão ou manifestação do ato criativo é um tipo de emergência que pode ou não ocorrer. Isto porque a incerteza, o indeterminismo e o acaso são aspectos ontológicos na relação sujeito/objeto, sujeito/realidade, já que o sujeito perturba o objeto e este perturba o sujeito. 12 para que ele se expresse, é preciso romper a o fenômeno da criatividade dicotomia existente entre a mente e o corpo, entre o consciente e o inconsciente, a matéria e o espírito, o sentir, o pensar, o agir e o criar, reconhecendo, assim, a importância da intuição, do imaginário, da emoção e da sensibilidade para a emergência deste potencial humano. 15 a criatividade como expressão de uma fenomenologia complexa transdisciplinar requer diferentes formas de expressão e de materialização do conhecimento ou objeto criativo, diferentes linguagens, dentre elas, as corporais, lúdicas, poéticas, estéticas, musicais, meditativas, que levem o sujeito transdisciplinar a explorar a riqueza de seu mundo interior, a se autoconhecer melhor, a perceber potencialidades até então adormecidas, ou até mesmo, a curar sua energia emocional, desbloqueando sua energia vital.