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GRANDE DO SUL
DACEC - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,
ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO.
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
TRABALHADORES DA GERAÇÃO Y:
Um comportamento diferente?
Documento Sistematizador do Trabalho de Conclusão de Curso
TRABALHADORES DA GERAÇÃO Y:
Um comportamento diferente?
Documento Sistematizador do Trabalho de Conclusão de Curso
Três Passos/2012
O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e
vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.
José de Alencar
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por ter iluminado e guiado meus passos durante
Agradeço a meus pais, minha base de tudo, que com dedicação e afeto me ensinaram a
minha ausência, pois sabia que meu esforço não seria em vão.
Aos meus amigos, que estiveram ao meu lado transmitindo pensamento positivo em todos os
momentos.
Agradeço meus queridos professores, verdadeiros mestres, que com sabedoria e grande
Agradeço, em especial, a minha professora orientadora, Maira Fátima Pizolotto, que dedicou
seu tempo e sempre se mostrou disposta no que fosse preciso, durante a pesquisa,
pesquisa.
Agradeço a todos que contribuíram de certa forma, para que eu pudesse concluir este estudo
com êxito.
LISTA DE QUADROS
RESUMO ................................................................................................................................. 08
ÍNTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 34
3.1 Classificação do estudo .......................................................................................... 34
3.2 Universo amostral ................................................................................................... 36
3.3 Coleta de dados ....................................................................................................... 37
3.4 Análise de dados ..................................................................................................... 38
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 81
APÊNDICE B – Questionário aplicado aos gestores nos diferentes ramos de atuação .......... 93
ANEXO B – Pessoas de 05 anos ou mais de idade, por cor ou raça e sexo, segundo a condição
de alfabetização e os grupos de idade – Brasil - 2010 ............................................................ 100
INTRODUÇÃO
Essa geração traz indivíduos com personalidade e características marcantes, sendo que
as características mais notáveis é que, são profissionais que se relacionam de maneira
diferente com colegas e superiores, assim como almejam serem reconhecidos e
recompensados o mais breve possível. Diante disso, cabe às empresas identificarem essas
características e encontrarem ferramentas para se adequarem e ajustarem suas ações para
potencializarem as vantagens dessa nova etapa.
conviver em grupo, para que posteriormente esse indivíduo esteja preparado para entrar no
mercado de trabalho.
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DE ESTUDO
É necessário também dar uma atenção maior a este tema no ambiente educacional,
trabalhando com mais ênfase, pois é nesse meio que os indivíduos vão se preparando e
aprimorando seus conhecimentos para investir ou seguir na carreira que planejam
profissionalmente. Sendo assim, é interessante compreender o comportamento dos
trabalhadores da Geração Y.
Haja visto que o comportamento desta geração possa vir a interferir na conduta e nos
processos da empresa, assim como nos seus próprios anseios e ambições, este assunto torna-
se de grande importância, tanto para as próprias pessoas que se enquadram nessa geração,
como para os gestores das empresas e também, para as Universidades que preparam estes
jovens para o mercado de trabalho.
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
Entender como essa geração pensa, age e como se comporta dentro do ambiente de
trabalho é extremamente importante, pois estas atitudes estão diretamente relacionadas ao
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futuro da organização do qual esses grupo de pessoas fazem parte. Muitas vezes as empresas
perdem grandes profissionais desta geração por não assimilarem e perceberem suas
frustrações e seus anseios.
Comprometer os jovens desta geração no ambiente de trabalho, pode não ser uma
tarefa fácil, mas é necessária, assim como se torna cada vez mais importante compreender os
fatores que levam esses indivíduos a agirem e se comportarem de forma diferente das outras
gerações.
Este estudo é de grande valia, pois trará respostas a muitos indivíduos que ainda não se
realizaram profissionalmente, proporcionando uma visão mais detalhada de como é o
comportamento dos mesmos dentro da organização. E, ao mesmo tempo, este tema
possibilitará às empresas rever seus métodos de trabalho, até mesmo de tratamento com os
profissionais que desta geração fazem parte. Para Kanaane (2006) o engajamento do indivíduo
ao trabalho acontece a partir do momento em que o mesmo percebe que o que ele busca, o que
ele quer e o que ele deseja, tem possibilidade de ser atendido.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para Marcuse, Engels e Marx (1998, 1939, 2004 apud Oliveira. 2008), é possível
notarmos que o trabalho se encontra enraizado no decorrer da existência humana e não se
limita apenas a um fenômeno de dimensão econômica. A dimensão filosófica no trabalho
destaca a influência que o trabalho tem na vida das pessoas e comprova a relação que há entre
eles e o desenvolvimento humano.
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Kanaane (2006) afirma que o trabalho trata-se de uma ação humanizada exercida no
contexto social, sofrendo algumas influências relacionadas a diversos fatores, resultando com
isso a reciprocidade entre o trabalhador e os meios de produção. Segundo ele, através do
trabalho, o indivíduo pode transformar seu meio e modificar-se na medida que desenvolve sua
capacidade criativa, atuando como coparticipante na construção das relações de trabalho e da
comunidade na qual o mesmo está inserido.
autora, podemos dividir o tempo de vida em três etapas: oito horas de sono, oito horas de lazer
e oito horas de trabalho.
Segundo Lima (2002, apud Borges. 2007), o mercado de trabalho está se deparando
com grandes transformações neste início de século. Os profissionais estão enfrentando cada
dia mais desafios, como a questão da globalização, descentralização e terceirização. O autor
destaca ainda que os conceitos relacionados a emprego e trabalho estão mudando e, nesse
sentido, se faz necessário que os profissionais fiquem atentos a esses novos desafios e
habilidades que estão sendo exigidos.
Na visão de Foja (2009), o trabalho que faz sentido é aquele no qual o indivíduo se
sinta útil por estar realizando uma atividade que contribua para a sociedade e também para o
meio no qual o mesmo faz parte e onde este trabalho também possa ser reconhecido por
outras pessoas. É o ambiente onde o indivíduo tem a oportunidade de se relacionar com outras
pessoas e também ocupar seu tempo realizando rotinas diárias.
No entanto, para Gil (2001, p.215) “A procura de um significado para aquilo que
fazemos, constitui uma força motivadora nos seres humanos. Milhões de pessoas procuram no
local de trabalho as respostas para suas dúvidas”.
Giardino e Tozzi (2011) enfatizam que há entre as pessoas que integram a força do
trabalho nos dias de hoje, uma grande necessidade de realização no emprego, há um desejo de
fazer algo que traga satisfação e felicidade. A época em que o trabalho era algo considerado
penoso passou, atualmente ele é uma etapa importante da vida, por isso deve trazer realização
às pessoas.
De acordo com Giardino e Tozzi (2011), um grande problema nos dias de hoje é a
busca de um referencial de sucesso que não está de acordo com nossos próprios valores.
Muitos profissionais se comparam com colegas de diversos setores e acabam construindo uma
ilusão de realização total, que na realidade nunca será alcançada pelo fato das pessoas não
serem umas como as outras e terem necessidades e objetivos diferentes. A angústia desses
profissionais só passa quando os mesmos perceberem o que lhes faz mal e entenderem por
quais motivos estão desajustados no emprego e irem em busca de soluções.
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Já na concepção de Marchi (2011), o trabalho é mais do que uma simples palavra, ele
é um ato que nos leva adiante, é um verbo que nos acompanha durante toda a vida e em tudo
que realizamos. Trabalhar está ligado com as relações que mantemos tanto relações
familiares, afetivas ou profissionais.
Ainda o autor acrescenta que torna-se cada vez mais importante outro fator associado
ao trabalho, que é a paixão por aquilo que se faz. Segundo ele, nada é mais gratificante que
acordar e perceber que iremos trabalhar naquilo que somos apaixonados; essa sensação é o
que nos motiva a seguir em frente.
DuBrin (2003) destaca que um incentivo que faz diferença no moderno local de
trabalho é dar oportunidade para que os trabalhadores participem das tomadas de decisões,
dando espaço para que os mesmos sugiram melhorias para a organização.
Oliveira (2011) argumenta que muitos profissionais tiveram que se moldar às novas
exigências do mercado de trabalho, logo após um movimento no início dos anos 90, chamado
de reengenharia de processos. Na época, ocorreram grandes transformações nas empresas, e a
busca por melhores posições de cargos ou até mesmo para se manterem nas organizações,
levou os profissionais a aprimorarem seu conhecimento buscando uma maior qualificação.
Nesse sentido, o autor ainda afirma que as empresas se tornaram mais exigentes no
momento das contratações e pressionaram os seus colaboradores veteranos a aprimorarem
seus conhecimentos, justamente por serem constantes, por parte dos empregadores, a questão
de uma qualificação mais elevada. Atualmente, os jovens estão ingressando no mercado de
trabalho com uma idade maior, com média dos 21 anos, diferente da cultura de anos atrás,
onde com essa idade as pessoas já teriam cinco anos de experiências profissionais, porém,
com baixa qualificação; hoje, há boa qualificação e pouca experiência profissional.
Dutra (2002) salienta que ao colocarmos lado a lado a organização e as pessoas pode-
se observar um processo de troca de competências. Sendo que nesse processo, a organização
tem oportunidade de transferir seu patrimônio de conhecimento aos indivíduos, oportunizando
essas pessoas a enfrentarem novas situações tanto profissionais quanto pessoais, seja dentro
da organização ou até mesmo fora dela. Como também as pessoas que ao realizarem ou
desempenharem suas atividades estarão repassando todo seu aprendizado e sua capacidade
individual para a organização, contribuindo com a empresa para que a mesma possa enfrentar
novos desafios. Esse processo de troca de competências entre pessoas e organização pode
trazer benefícios para ambas as partes.
Gil (2001) reforça a ideia de que o comportamento humano é motivado pela busca de
se atingir determinados objetivos, mas muitas vezes, esses objetivos não são claros para os
indivíduos. Grande parte da motivação humana encontra-se na região considerada abaixo do
nível do consciente.
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Seguindo essa linha de pensamento, o autor ainda afirma que profissionais motivados
no ambiente organizacional, tanto individualmente quanto em grupo, realizando suas
atividades com satisfação, proporcionam resultados positivos na empresa, na sua concepção,
a motivação dos colaboradores é considerada como o principal combustível para que a
empresa aumente sua produtividade.
O autor argumenta que essas diferenças individuais é gerada por uma combinação de
influências ambientais e também relacionada a questão genética, sendo que alguns
colaboradores desempenham melhor suas atividades porque herdaram melhores habilidades e
desde a infância são estimulados a desenvolverem seu conhecimento e suas habilidades.
Porém, não basta adaptar-se somente com a questão da tecnologia. Segundo o autor,
deve se dar uma atenção maior às relações pessoais, que são norteadas por comportamentos,
atitudes, objetivos, expectativas e sonhos. Esse novo contexto de relacionamento mudou
nitidamente e hoje não possuem as mesmas características com os modelos e referências do
passado.
Segundo Fae (2006, apud Malheiros. 2009) as competências podem ser representadas
a partir da relação de três aspectos, sendo eles: O saber, saber-fazer e saber-agir.
Exemplificando de forma mais detalhada esses três aspectos, o saber corresponderia aos
conhecimentos adquiridos por determinado indivíduo, o saber-fazer corresponde as suas
habilidades e o saber-agir equivale às atitudes. Então, para o autor, a competência está
relacionada à interseção destes três aspectos.
De acordo com Reis (2003), o termo competência está relacionado com o termo
competição sendo a característica de quem é capaz de apreciar e de solucionar determinada
situação. Salientando que o oposto de competência implica pela negação desta capacidade,
guardando um sentimento, de certa forma, depreciativo do indivíduo.
A autora ainda acrescenta que competência deve ser um saber agir de modo
responsável e reconhecido, implicando na capacidade, habilidade, aptidão, idoneidade,
mobilização, integração, transferência de conhecimentos e recursos, que acabam levando a
um desempenho elevado.
Conforme Domingues (2002 apud MALACRIDA, 2011), uma geração não se define
isoladamente, é interagindo uma com a outra que cada uma delas vai definindo sua identidade
e contribuindo para a formação das outras. Com esse processo de interação, que as gerações
vão se moldando e são moldadas.
Para Carelli (2012), o senso comum define que geração é o que separa pais e filhos,
adolescentes de cinquentões, pessoas de diversas idades que pensam de maneira distintas
umas das outras. Já na visão da sociologia, a autora destaca que geração é aquela
acompanhada de eventos e acontecimentos históricos, é a convivência de pessoas que
compartilham os mesmos interesses, valores sonhos e ideais.
De acordo com Serrano (2010), há alguns anos atrás havia uma certa generalização
quanto ao comportamento e características dos indivíduos, independente da época que
viveram. Mas, com o passar do tempo, essas características foram mudando nitidamente,
tornando-se inaceitável imaginar que os adolescentes nascidos no século XIX se
comportariam da mesma forma que adolescentes nascidos no século XXI, ou até mesmo nos
anos 50, 60 ou 90. Segundo o autor, as gerações são identificadas com nomes específicos,
com o propósito de demonstrar as diferenças e as características dos indivíduos que nasceram
em épocas diferentes. Essas gerações classificam-se como:
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Geração X
Esta geração caracteriza-se pelos filhos da geração Baby Boomers, da Segunda Guerra
Mundial, sendo uma definição genérica para as crianças nascidas durante uma explosão
populacional. Quem integra a geração X são as pessoas nascidas aproximadamente entre os
anos de 1960 e 1980.
Geração Y
Geração Z
Indivíduos nascidos a partir de 2010. Nesta geração não se tem características precisas
e definidas, no entanto há uma certeza: são pessoas que nasceram num mundo conectado em
rede. Os integrantes desta geração poderão ser filhos tanto da geração Y, quanto da geração Z.
Robbins (2005) destaca que os Baby Boomers iniciaram no mercado de trabalho entre
a década de 60 e 80, sendo que os mesmos foram influenciados na questão dos movimentos
civis e pela guerra do Vietnã. Essa geração caracteriza-se pela realização pessoal e sucesso
material, são indivíduos pragmáticos com a tese de que os fins podem justificar os meios.
Segundo o autor, as pessoas pertencentes a essa geração visualizam as organizações que os
empregam apenas como um veículo para suas carreiras pessoais e procuram no trabalho
realização e reconhecimento pessoal.
geração está menos disposta a se sacrificar por seus empregadores do que as gerações
anteriores.
Halla (2010) descreve que o fato da expectativa de vida ser maior e a permanência
cada vez mais longa dos indivíduos no mercado de trabalho, tem levado as três gerações a
conviverem na mesma organização, tanto a geração Baby Boomers, como a Geração X e
indivíduos pertencentes a Geração Y. A autora acrescenta, ainda, que esse grupo de pessoas
discordam de várias questões, tais como valores, crenças, visões do mundo e expectativas.
A média de renda mensal per capita dos indivíduos da geração Y, podem ser
visualizados no Anexo C, conforme dados obtidos pelo IBGE Censo 2010. A população que
recebe até ¼ do salário mínimo é um total de 6.386.260 habitantes, deste total, 5.519.769 são
jovens alfabetizados e 866.452 não são alfabetizados. Os jovens que recebem mais de ¼ até ½
salário corresponde a um total de 9.735.472, destes, 9.176.555 são alfabetizados e 558.87 não
são alfabetizados. Podemos verificar, ainda, os jovens Y que recebem mais de ½ salário até 1
salário, sendo seu total 13.708.858 pessoas, deste número, 13.365.784 são alfabetizados e
343.042 não são alfabetizados. Os jovens que possuem de 1 salário até 2 salários mínimos
pertencem a um total de 10.857.666, os alfabetizados que se enquadram nesta faixa salarial
são 10.775.898 e os não alfabetizados totalizam 81.563. A média salarial de 2 a 3 salários
mínimos pertencem a uma população de jovens de 3.256.304, destes, 3.246.045 são
alfabetizados e 10.254 não possuem alfabetização. Os jovens da geração Y que se enquadram
na faixa salarial de 3 a 5 salários correspondem a um total de 2.280.204; os jovens
alfabetizados nesta faixa são 2.275.421 e os não alfabetizados totalizam 4.783. Já os
indivíduos desta geração, que recebem mais de 5 salários mínimos registram um total de
1.772.776; deste número de jovens, 1.769.988 possuem alfabetização e 2.788 não são
alfabetizados. Ainda há uma parcela de jovens que não apresenta nenhum rendimento, se
enquadram nesta faixa um total de 1.646.497 jovens, deste total 1.466.020 possui
alfabetização e 180.466 não é alfabetizado.
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Santos (2012) destaca que a geração Y está tomando o mercado de trabalho brasileiro.
Segundo ele, esses jovens são considerados individualistas, imediatistas e muito ambiciosos.
Ainda, na concepção de Santos (2012), essa geração nasceu num contexto de alta
competitividade. Desde crianças foram treinados e estimulados a serem os melhores. Fizeram
cursos de língua, intercâmbio e tiveram oportunidade de ingressar em boa faculdade. Essa alta
qualificação aliada com a facilidade em obter informações ligadas à tecnologia, são
exigências requeridas pelas empresas da atualidade, sendo organizações inseridas num
contexto com estruturas mais complexas. Mas esse quadro pode reverter-se em arrogância,
por parte dos profissionais, que passam a se achar indispensáveis e essenciais para o
empregador e acabam pressionando demais por desafios mais avançados como promoções e
salários.
a desejar, pelo contrário, estão impressionando seus superiores Baby Boomers ou “X” com
atitudes inovadoras e sem impor as hierarquias tradicionais.
Os autores destacam também que o sonho da geração Y está mudando de “ter um bom
emprego” para “ter um emprego que signifique alguma coisa”. Na medida em que a
economia cresce, as organizações se veem pressionadas a convencerem os integrantes da
geração Y de o quanto seu papel tem ligação com a missão da empresa e como ele pode
sentir-se motivado desde o seu primeiro dia de trabalho.
Para Halla (2010) com o surgimento da geração Y, com indivíduos sem garantia sobre
seu futuro profissional e com amplo conhecimento na área da tecnologia, passa a ser
indispensável que as organizações entendem o perfil dessa geração, buscando compreender
quais as expectativas desses indivíduos com relação ao mercado de trabalho. Desta forma,
possibilitará que haja uma relação maior entre ambos, ocorrendo assim um comprometimento
desses indivíduos para com a empresa. Segundo a autora, os indivíduos que integram a
geração Y apresentam dificuldade para se relacionar com seus superiores, além de serem
pessoas curiosas, impacientes e querem soluções de imediato.
Oliveira (2011) afirma que uma característica marcante da geração Y é o total domínio
das tecnologias recentes. A facilidade que hoje se tem em acessar vários tipos de tecnologia
acabou desenvolvendo nos jovens a capacidade fazer várias atividades simultaneamente. Para
a surpresa de muitos, um jovem trabalha, no mesmo instante em que ouve uma música,
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navega em redes sociais e ao mesmo tempo fala no celular, e mesmo assim não deixa de ser
produtivo.
Ainda segundo o autor, nos dias de hoje 20% dos gestores das empresas pertencem a
geração Y, são eles jovens formados com elevada formação acadêmica, pelo fato de cada ver
mais ser exigido graduação, pós-graduação, especializações e também conhecimentos de
línguas. Isso vem pressionando cada vez mais os jovens profissionais, pois nesse ambiente
cada vez mais complexo é indispensável diferenciar-se através da busca por novos
conhecimentos.
(...) são silenciosos e contundentes, parecem saber exatamente o que querem. Eles
não reivindicam: executam a partir de suas decisões, dos blogs e dos SMS. Não
polemizam nem pedem autorização: agem. Enquanto os X enfrentam o mundo
profissional com relativo ceticismo, os Y adotam uma visão esperançosa. Seu alto
nível de formação os torna mais decididos. Sua atitude diante da hierarquia é cortês,
mas não de estrito respeito ou amor/ódio, como a das gerações anteriores. A
integração dos Y às empresas está sendo especialmente complicada. Suas
expectativas são novas e eles se consideram “a geração excluída”.
Conforme Oliveira (2011), os jovens que integram a geração Y não aceitam o termo
“acomodado”. Argumentam que querem ser responsáveis pelo próprio sustento e preferem
viver a vida da forma que lhes pareça mais adequada, porém ainda resistem em dispensar o
que lhe traz felicidade pela independência. Os jovens dessa geração almejam posições
elevadas profissionalmente, começar “por baixo” lhes desmotiva e é um situação difícil de se
manter por muito tempo.
De acordo com Balian (2009), o grande desafio para lidar com a geração Y ocorre em
duas esferas, sendo elas: educacional e organizacional.
A empresa recebe o “jovem pronto”, já formado, falando muitas vezes vários idiomas,
com boa qualificação, mas desconhece como ocorreu essa formação educacional, e ignora as
dificuldades enfrentadas pelos educadores da formação desses jovens. Do mesmo modo, um
gestor de uma organização, muitas vezes, desconhece o jovem que está chegando no mercado
de trabalho sem experiência alguma, mas que muitas vezes supera o perfil desejado da
empresa.
comunicação efetiva, permitindo que qualquer geração possa vivenciar um novo “olhar de si e
do outro”.
Esse novo olhar, segundo a autora requer desenvolver a prática de saber ouvir, para
que haja uma comunicação efetiva de forma fluida e prazerosa. Compreender quais os valores
que cada geração prioriza e qual a sua contribuição nesse sentindo será um salto para a gestão
entre as gerações; nesse sentido, torna-se importante conhecer os comportamentos de cada
geração, assim como seus pontos vulneráveis.
Laiola (2012) afirma que com vinte e poucos anos, os jovens da chamada geração Y é
um grupo que está aos poucos provocando uma revolução silenciosa, sem bandeiras e o
estardalhaço como das gerações dos anos 60 e 70, mas que vem com uma força imensa e
poderosa de mudança, esses jovens são sabedores que as normas do passado não funcionam e
as novas normas, eles mesmos estão inventando sozinhos.
mundo onde a tecnologia avança rapidamente, onde se compartilha tudo, para esta geração se
torna mais prático e fácil entrar num site para tirar dúvidas, ou escolher um hotel, um
computador, ou uma moto por exemplo.
Ainda na percepção da autora, a geração Y não cria os mesmos vínculos que eram
criados no passado. Podem decidir sair „mochilar‟ por um tempo, ou criar uma banda, ou um
projeto que tenham grande interesse. Tudo isto porque viram um modelo falido de seus pais
que não podem se aposentar aos 60 anos ou 70 anos, tendo que ganhar a vida até seus 80, 90
anos. Os jovens Y querem ter prazer agora e não depois, porque não sabem quando este
depois surgirá.
Algumas características manifestadas por esta geração, para Kullock (2012), é que são
indivíduos tecnológicos, questionadores, direcionados para resultados, com uma tomada de
decisão muito rápida e com grande bom humor. Aceitam a liderança somente pela admiração,
são mais egoístas do que os indivíduos de outras gerações, querem ter prazer de forma
instantânea e tem mais dificuldade em receber feedback negativo.
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3 METODOLOGIA
Este capítulo visa a explicitar os aspectos metodológicos que nortearam este estudo.
Inicialmente, apresenta-se a classificação do estudo; na sequência encontram-se o universo
amostral, seguido da coleta de dados e, para finalizar é relatado como aconteceu a análise dos
dados coletados.
Segundo Vergara (2000), as pesquisas podem ser classificadas quanto aos fins e aos
meios. No que se refere aos fins, a presente pesquisa caracteriza-se como exploratória e
descritiva.
A pesquisa também pode ser caracterizada como descritiva, pois através dela foram
registrados, analisados e interpretados os dados coletados por meio de informações,
disponibilizadas pelos acadêmicos pertencentes a geração Y, dos cursos de Administração e
de Direito da UNIJUÍ, Campus Três Passos.
De acordo com Malhotra (2001), a pesquisa descritiva tem por objetivo descrever
algumas situações, normalmente características ou funções de mercado, se destaca por um
enunciado claro do problema, hipóteses específicas e necessidades de informações de forma
detalhada.
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Quanto aos meios, a pesquisa aqui exposta se caracteriza como sendo pesquisa
bibliográfica, documental, de levantamento, de campo e estudo de caso.
Caracteriza-se como levantamento, pois de acordo com Gil (2002), este tipo de
pesquisa permite realizar um sondagem de opinião pública, sobre um determinado assunto ou
tema. Sendo assim caracteriza-se essa pesquisa pela interrogação direta das pessoas, as quais
se deseja conhecer. Procedendo de forma a solicitar informações a um determinado grupo de
pessoas sobre o problema estudado. Na sequência, perante análise quantitativa, se obtém as
conclusões dos dados coletados.
Se caracteriza também como pesquisa de campo, pois para a obtenção dos dados, foi
necessário o deslocamento da pesquisadora até as empresas e também até a própria
universidade, onde foram coletadas informações para contemplar o foco da pesquisa.
Para a coleta de dados junto aos acadêmicos, a técnica de amostragem utilizada foi a
não probabilística por conveniência, que segundo Malhotra (2001, p.306):
Com relação ao tamanho da amostra, a pesquisa foi aplicada num total de 30% de
acadêmicos matriculados nos cursos de Administração e de Direito Campus Três Passos, o
que corresponde a 231 alunos matriculados no curso de Direito e 132 alunos matriculados no
curso de Administração. Sendo assim, foram selecionadas algumas turmas com número
considerável de alunos para se atingir este número proposto, foram aplicados 69 questionários
nas turmas de Direito e 57 questionários nas turmas de Administração. Deste total de
respondentes, foram selecionados os acadêmicos que se enquadravam na Geração Y, ou seja,
com idade entre 22 a 32 anos, o que correspondeu a 33 alunos do curso de Direito e 38 alunos
do curso de Administração.
A amostra utilizada neste estudo, com relação aos gestores das organizações, foi a
amostragem por julgamento, pois os sujeitos pesquisados, foram selecionados com base no
julgamento da própria pesquisadora. Na amostra por julgamento, a pesquisadora opta pelas
pessoas que serão inclusas na amostra, através de seu julgamento ou até mesmo experiências,
37
por serem sujeitos representativos para a população em interesse, ou por estarem ligadas a um
outro motivo (ZAMBERLAN, 2009). Neste sentido, foram aplicados questionários a seis
gestores de organizações localizadas em diferentes cidades do noroeste do estado do Rio
Grande do Sul e de diferentes setores, sendo eles: dois no setor de indústria, dois no setor de
comércio e dois gestores no setor de serviços.
Outra técnica de coleta de dados o qual foi utilizada é o questionário, que na visão de
Vergara (2000) consiste em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem
formulados, utilizando questões, de preferência fechadas, sendo que os questionamentos
devem ser expostos de maneira clara e precisa.
- Perfil acadêmico
- Perfil biográfico
- Perfil profissional
- Competências comportamentais
- Perfil do gestor
- Perfil da organização
De acordo com Gil (1999), a análise de dados tem o propósito de organizar e sumariar
os dados coletados a fim de possibilitar o fornecimento de respostas ao problema a ser
investigado.
A tabulação dos dados gerou resultados de frequência das respostas dos acadêmicos
de ambos os cursos, como também as respostas dos próprios gestores. Frequência, segundo
Malhorta (2001, p.400), “é uma distribuição matemática cujo objetivo é obter uma contagem
do número de respostas associadas a diferentes valores de uma variável, e expressar estas
contagens em termos percentuais”.
O ano de 1991 foi marcado pelo estreitamento das relações da UNIJUÍ/FIDENE com
o município de Três Passos. Começaram as negociações para a efetivação do Campus, o qual
envolvia diferentes segmentos da comunidade. Iniciava a definição das áreas prioritárias de
pesquisa, com ênfase na formação e na qualificação de técnicos e produtores, o que acabava
comprometendo a viabilização das instituições.
No mesmo ano, uma área de 21.912,3m² no distrito de Padre Gonzáles, foi destinada
para futuras instalações do Núcleo do PRCT-NORS, sendo esta uma doação realizada através
da Lei Municipal n.º 2.935/91. O Reitor da UNIJUÍ e Presidente da FIDENE, juntamente com
pró-reitores e coordenador do curso de Ciências Contábeis, o Executivo e o Legislativo
Municipal de Três Passos, lideranças representativas dos setores público, produtivo e
educacional, em reunião pública realizada na 21ª Delegacia de Educação, decidem por dar
início à construção das instalações do Núcleo do PRCT-NORS/Campus Universitário, com
recursos do município, da FIDENE e provenientes da filiação, para funcionamento em
agosto/92, do 1º Curso Superior - Ciências Contábeis.
componentes, mais quatro tópicos especiais em Administração, totalizando 3.000 horas. Neste
segundo semestre de 2012, o curso de Administração Campus Três Passos conta com um total
de 132 alunos matriculados; deste total, 65 são do sexo feminino e 67 do sexo masculino.
Atualmente, conta com 16 professores no respectivo Campus, os quais possuem as seguintes
titulações: 3 possuem especialização, 10 possuem mestrado e 3 professores possuem
doutorado.
Além de uma sólida formação teórica, tanto na formação humanística como na área de
conhecimentos específicos, o currículo do curso proporciona aos alunos a prática efetiva do
direito, através de estágio curricular obrigatório no laboratório jurídico denominado
44
O curso de Direito da UNIJUÍ tem como objetivo geral, além da formação técnica dos
acadêmicos, oportunizar uma reflexão aprofundada sobre o ensino e o saber jurídico no
contexto da crise que atinge o Direito, considerado como sustentador do status quo e como
força reacionária diante do avanço de outras Ciências Sociais. Já os objetivos específicos são:
No que diz respeito a quanto tempo os acadêmicos estão atuando na empresa, nota-se
que há alternativas que se igualam, sendo que 32% dos acadêmicos de Administração tem
menos de 1 ano de empresa e 32% atua a mais de 5 anos. Já no curso de Direito, a maioria dos
acadêmicos está atuando até 2 anos na empresa, representando 31%, seguido de 21% que
atuam a menos de um ano e ainda 21% que estão atuando a mais de cinco anos.
No que se refere à renda mensal dos acadêmicos, nota-se que 58% dos acadêmicos de
Administração recebem até dois salários mínimos; já no curso de Direito, o maior percentual,
52%, concentra-se em até um salário mínimo, seguido de 36% que recebem dois salários
mínimos. Comparando ambos os cursos, percebe-se que esta divergência de salários é pelo
fato da grande maioria dos acadêmicos de Direito estarem realizando estágio, o que resulta
numa baixa remuneração diante de outros setores exercidos pelos de Administração.
Estes percentuais são considerados elevados frente à faixa etária dos acadêmicos, pelo
fato dos mesmos não estarem atuando há muitos anos no mercado de trabalho. Nota-se,
através destes números, que há grande divergência comparado a algumas décadas atrás, onde
49
existia uma geração na qual se iniciava o trabalho em uma determinada empresa e nela
permanecia até o fim da carreira profissional. De acordo com os resultados apontados na
pesquisa, estes percentuais vão ao encontro dos motivos que levam estes jovens a trocarem de
emprego, com frequência, que de acordo com a maioria, foi a questão de melhor remuneração
e também maior valorização por parte da empresa. Portanto, observa-se que os profissionais
desta geração querem seu trabalho reconhecido e recompensado de acordo com seu
desempenho, para assim construírem uma relação de longo prazo com a organização da qual
pertencem.
Em nenhuma 0 0% 0 0%
Apenas uma 1 3% 2 6%
Em 2 12 31% 13 40%
Em 3 11 29% 8 24%
Em 4 11 29% 2 6%
Em 5 3 8% 5 15%
Em mais de 5 organizações 0 0 1 3%
Não responderam 0 0 2 6%
Total 38 100% 33 100%
Fonte: Elaborado pela autora
50
Para Lipkin e Perrymore (2010), essa geração não tem medo de encarar os desafios e
de expressar o que pensam, são pessoas com mais facilidade de assumir riscos e expressar
suas opiniões e ideias.
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 06 - Iniciativa
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
2 Em meu ambiente de trabalho costumo ter iniciativa diante das situações
cotidianas (iniciativa)
Administração 0% 0% 5% 5% 50% 40% 100%
Direito 0% 0% 0% 3% 45% 52% 100%
Fonte: Elaborado pela autora
Deste modo, nota-se que os acadêmicos de Direito sentem-se mais preparados para
assumirem maiores responsabilidades na empresa, até porque na grande maioria, como são
estagiários, suas atividades desempenhadas não exigem muitas responsabilidades além do que
a função lhes permite, o que demonstra que estes, acreditam ser capazes e com potencial para
assumir um cargo mais elevado. Já os acadêmicos de Administração, nesta questão, ficaram
divididos, mas mesmo assim, em grande parte concordam que poderiam ser desafiados a
assumirem posições maiores dentro da organização.
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 08 - Respeito
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
4 Costumo tratar meus superiores e colegas com total respeito frente ao cargo que
exercem (respeito)
Administração 0% 0% 0% 3% 16% 81% 100%
Direito 0% 0% 0% 0% 12% 88% 100%
Fonte: Elaborado pela autora
Tabela 09 - Envolvimento
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 10 - Comprometimento
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 11 - Interesse
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 12 - Persistência
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
10 Acredito que tenho potencial para subir de cargo de acordo com minha
capacidade (confiança).
Administração 0% 0% 0% 8% 32% 60% 100%
Direito 0% 0% 0% 6% 12% 82% 100%
Fonte: Elaborado pela autora
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
razão para este resultado pode estar relacionado também à questão salarial, que como já citada
no curso de Direito, se concentra na grande maioria em até um salário mínimo. Este motivo
pode estar gerando esta insatisfação, por parte desde acadêmicos; outro fator que pode resultar
nessa insatisfação em ambos os cursos, é a valorização que muitas vezes é pouca por parte das
empresas o que acaba gerando desmotivação dos colaboradores.
Tabela 17 - Satisfação
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
13 A organização da qual hoje faço parte é o que planejei para minha carreira
profissional (satisfação).
Administração 0% 5% 8% 21% 34% 32% 100%
Direito 0% 18% 9% 18% 15% 40% 100%
Fonte: Elaborado pela autora
Tabela 18 - Foco
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 20 - Organização
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
16 Quando inicio meu trabalho em uma empresa costumo estabelecer prazos para
crescer nesse ambiente (organização).
Administração 0% 0% 11% 24% 47% 18% 100%
Direito 0% 9% 9% 27% 18% 37% 100%
Fonte: Elaborado pela autora
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
17
Sei diferenciar meu trabalho da minha vida particular (profissionalismo).
Administração 0% 0% 8% 18% 29% 45% 100%
Direito 0% 0% 9% 3% 15% 73% 100%
Fonte: Elaborado pela autora
60
Tabela 22 - Coleguismo
Não responderam
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Nem Concordo
nem Discordo
Parcialmente
Parcialmente
Totalmente
Totalmente
Nº %
Concordo
Concordo
Discordo
Discordo
Tabela 25 - Motivos que levam os jovens da geração Y a procurarem outras oportunidades de trabalho.
Na sua opinião, qual o principal motivo que leva Administração Direito
os jovens da geração Y, ou seja, com idade entre Frequência % Válido Frequência % Válido
22 a 32 anos, muitas vezes já “estáveis” na
empresa, a procurarem outras oportunidades de
trabalho
Maior valorização 9 24% 10 30%
Novas experiências 6 16% 0 0%
Melhor remuneração 17 45% 19 58%
Melhor horário de trabalho 0 0% 0 0%
Maior identificação com a empresa 1 2% 0 0%
Maior identificação com o cargo 3 8% 2 6%
Melhores relações interpessoais 0 0% 1 3%
Outros 0 0% 0 0%
Não responderam 2 5% 1 3%
Total 38 100% 33 100%
Fonte: Elaborado pela autora
Por fim, foram questionados sobre quem deve se adequar nesta relação de trabalho, ou
seja, a geração Y ou as organizações, e as respostas foram novamente equilibradas,
demonstrando que os acadêmicos de ambos os cursos acreditam que devem se adequar.
Destes, 84% correspondem aos acadêmicos de Administração e 85% aos acadêmicos do curso
de Direito. No entanto, na opinião dos referidos cursos, não depende tão somente da empresa,
como também dos próprios jovens desta geração procurarem meios de se adequarem, cada
qual as suas regras e expectativas, ambos devem procurar se adequar para assim construírem
um ambiente organizacional favorável e satisfatório de se trabalhar.
Foram sujeitos da pesquisa dois gestores do setor de indústria, dois gestores do setor
comércio e dois do setor de serviços.
No que se refere ao gênero, todos os respondentes são do sexo masculino, com relação
a faixa etária, três dos gestores pertencem a geração Y e estão na faixa etária entre 22 a 32
anos, dois estão na faixa etária de 33 a 52 anos e um tem acima de 52 anos.
Quanto a formação, três entrevistados não possuem formação em nível superior e três
possuem nível superior, sendo Administração, Ciências Contábeis e Jornalismo e Direito.
Referindo-se ao cargo que estes gestores ocupam, são: Diretor Geral, Gerente Industrial,
Supervisor Geral, Gerente Administrativo e Diretor Presidente.
O tempo de atividade nas empresas, variam de três até mais de cinco anos. Já o tempo
no cargo de quatro gestores é até quatro anos e dois com mais de cinco anos.
A seguir, apresenta-se a tabela 27, para uma melhor visualização dos resultados:
64
Com relação aos colaboradores pertencentes à geração Y, ou seja, aqueles que tem
entre 22 a 32 anos de idade, analisando o ramo de indústria, um dos respondentes afirma ter
até dez colaboradores atuando nesta faixa etária, já o outro respondente possui mais de dez
colaboradores que fazem parte desta geração na empresa.
Quanto ao ramo comércio, uma das organizações possui colaboradores desta faixa
etária atuando até três anos e a outra afirma que atuam até cinco anos. No ramo serviço, um
dos respondentes afirma que os colaboradores desta faixa etária trabalham a até quatro anos
na empresa e outro que seus colaboradores pertencentes a esta geração trabalham a mais de
cinco anos na organização. Nesta questão, as respostas são divergentes, apenas uma das
organizações respondente aponta que seus colaboradores da geração Y estão atuando a mais
de cinco anos na empresa, os demais apresentam um resultado que demonstra que há uma
certa rotatividade de emprego por parte dos colaboradores, o que condiz com as respostas
obtidas pelos acadêmicos de Administração e de Direito na questão que se refere a quantidade
de organizações já trabalhadas, que apresentou um resultado elevado entre ambos os cursos,
sendo Administração 31% de acadêmicos que já trabalharam em duas, 29% em três e 29% em
quatro e do curso de Direito, 40% já trabalharam em duas organizações e 24% em três.
maioria, também visualizam uma boa relação, demonstrando que de fato os colaboradores
mantém uma relação amigável dentro da empresa, independente da sua faixa etária.
Já no ramo comércio, o que os gestores mais identificam nos jovens desta geração é
também a exposição de ideias, iniciativa, confiança, disciplina, coleguismo e multitarefa. No
ramo de serviços, a característica mais presente, na opinião dos gestores, é a multitarefa.
A questão do respeito com colegas e superiores que teve um alto índice de respostas,
por parte dos acadêmicos, também não é a característica que mais prevalece na opinião dos
gestores. No que se refere ao envolvimento, se estes jovens tem interesse em se fixar e crescer
na organização assim que firma um vínculo empregatício, também não foi o comportamento
mais citado pelos gestores, porém, na percepção dos acadêmicos respondentes esta é uma
característica que teve um alto percentual de respostas.
Quanto ao interesse por parte dos acadêmicos, se estes jovens procuram conhecer
todas as atividades desenvolvidas na empresa, novamente esta não é uma das principais
características apontadas pelos gestores, já entre as respostas obtidas pelos acadêmicos, o
quesito interesse apresentou um percentual elevado.
No que se refere à receptividade, este é um ponto que não foi citado por alguns
gestores o que vai ao encontro com as respostas obtidas pelos acadêmicos de Administração,
que, na sua maioria, não concorda totalmente em receberem de forma tranquila e natural
críticas relacionadas ao trabalho.
Tabela 31- A percepção dos gestores acerca das competências comportamentais dos colaboradores
da geração Y
Quais as competências comportamentais mais Indústria Comércio Serviço
presentes nos colaboradores desta geração no Frequência Frequência Frequência
desempenho de suas atividades
Exposição de ideias 2 2 1
Iniciativa 1 2 -
Autoconhecimento - - 1
Respeito 1 - 1
Envolvimento - 1 1
Comprometimento 1 1 1
Interesse - 1 1
Persistência 1 1 -
Abertura ao novo 1 1 -
Confiança - 2 1
Disciplina 1 2 -
Receptividade 1 - -
Satisfação 1 - -
Foco 1 - 1
Ousadia - 1 -
Organização 1 1 -
Profissionalismo 1 - 1
Coleguismo 2 2 -
Multitarefa 2 2 2
Disponibilidade - 1 1
Fonte: elaborado pela autora
Quando questionado o principal motivo que leva os jovens da geração Y, muitas vezes
já estáveis na empresa, a procurarem outras oportunidades de trabalho, a grande maioria dos
respondentes acreditam que o principal motivo é a questão de uma melhor remuneração. A
única divergência de resposta é em uma organização no ramo da indústria que acredita que o
principal motivo é a busca por novas experiências.
O resultado obtido pela maioria dos gestores vai ao encontro com o que a grande
maioria dos acadêmicos respondeu que seria realmente uma melhor remuneração o principal
motivo que os leva a procurarem outras oportunidades. Já a questão de uma maior valorização
que também teve um índice elevado de respostas pelos acadêmicos, é um ponto que não foi
apontado pelos gestores.
Tabela 32- Motivos que levam os jovens da geração Y a procurarem outras oportunidades de
trabalho
Na sua opinião, qual o principal motivo que leva os jovens Indústria Comércio Serviço
da geração Y, ou seja, com idade entre 22 a 32 anos, Frequência Frequência Frequência
muitas vezes já “estáveis” na empresa, a procurarem
outras oportunidades de trabalho
Maior valorização - - -
Novas experiências 1 - -
Melhor remuneração 1 2 2
Melhor horário de trabalho - - -
Maior identificação com a empresa - - -
Maior identificação com o cargo - - -
Melhores relações interpessoais - - -
Outros - - -
Total 2 2 2
Fonte: elaborado pela autora
Para Halla (2010), com o surgimento da geração Y, com indivíduos sem garantia sobre
seu futuro profissional e com amplo conhecimento na era da tecnologia, passa a ser
indispensável que as organizações entendem o perfil dessa geração, buscando compreender
quais as expectativas desses indivíduos com relação ao mercado de trabalho. Desta forma
possibilitará que haja uma relação maior entre ambos, ocorrendo assim um comprometimento
desses indivíduos para com a empresa.
da busca pelo saber, pelo desconhecido, a vontade de crescer na empresa, ou seja, querem seu
trabalho reconhecido e querem ser recompensados por isso, através de crescimento de cargos
e funções na empresa. Outro ponto citado é a questão da versatilidade que esta geração
apresenta, ou seja, são pessoas que se adaptam facilmente a várias circunstâncias; segundo
eles, estes jovens Y interagem com mais facilidade com as demais pessoas no dia a dia, são
pessoas mais participativas dentro do ambiente de trabalho e no desempenho das suas
atividades possuem grande entusiasmo.
As respostas obtidas pelos gestores do ramo de comércio, quanto aos pontos positivos
da geração Y são os seguintes: pessoas multifuncionais, ou seja, tem facilidade e domínio ao
desempenharem várias funções ou atividades simultaneamente, a vontade de aprender, de
buscar saber além do que lhes foi ensinado, até porque estes jovens tem interesse em crescer
na organização, para tanto necessitam ir em busca de novos conhecimentos.
Já os pontos negativos desta geração, na visão dos gestores, é que não buscam se
aprofundar na área, se acomodam com o conhecimento até então adquirido, a busca por outras
oportunidades de emprego, depois que estes jovens já estão a um certo tempo na empresa.
Esse comportamento acontece pelo fato de muitas vezes esses jovens se sentem
desvalorizados, ou por não estarem tendo o retorno esperado pela organização, não somente
por questões salariais que foi um ponto que teve alto índice por parte dos acadêmicos
respondentes, mas também, por acreditarem que tem um potencial maior dentro da empresa.
representando 52%, o que demonstra que no ambiente de trabalho esses indivíduos fazem a
frente tomando iniciativa perante as situações, com maior frequência do que os acadêmicos
respondentes de Administração 50%, que concordam parcialmente neste item .
A questão da persistência é algo que está mais presente nos acadêmicos de Direito. De
acordo com a pesquisa, estes responderam concordar totalmente com o considerável resultado
de 85%; em contrapartida, os acadêmicos de Administração concordam parcialmente, com
47%. Demonstra-se, desta forma, que diante das dificuldades encontradas no ambiente de
trabalho, estes acadêmicos são mais dedicados a solucioná-los do que os acadêmicos de
Administração.
Laiola (2012) afirma que com vinte e poucos anos, os jovens da chamada geração Y é
um grupo que está aos poucos provocando uma revolução silenciosa, sem bandeiras e o
estardalhaço como das gerações dos anos 60 e 70, mas que vem com uma força imensa e
poderosa de mudança, esses jovens são sabedores que as normas do passado não funcionam e
as novas normas, eles mesmos estão inventando sozinhos.
Outro critério que teve alto percentual de resposta, por parte dos acadêmicos de
Direito, é na questão da receptividade. Destes, 58% concordam totalmente que recebem um
feedback negativo sobre seu trabalho de forma tranquila e natural. Em contrapartida, os
acadêmicos de Administração, não tem tanta facilidade em receber esses retornos por parte da
empresa, pois suas respostas apontam concordarem parcialmente com a questão,
correspondendo 50%.
77
Outro ponto que se destaca entre as respostas obtidas pelos acadêmicos de Direito é a
variável ousadia; estes, na grande maioria, concordam totalmente com 46% que não tem medo
de assumirem riscos frente a determinadas situações e gostam de serem desafiados. Esta
resposta vai ao encontro a questão da confiança que também teve um resultado elevado por
esses jovens, pois se dentro do ambiente de trabalho esses indivíduos são confiantes nas
atividades que realizam, consequentemente, terão certeza de estarem tomando a decisão certa
no momento de assumirem riscos. Já os acadêmicos de Administração, nesta questão,
concordam parcialmente com 42% das respostas; são mais cautelosos antes de tomarem
alguma decisão, ou assumirem determinados riscos.
da carreira profissional, é porque há alguma frustração que não está sendo percebida por parte
dos gestores.
Recomendações
Diante dos resultados obtidos na pesquisa e tendo em vista a importância deste tema
tanto para os profissionais que pertencem a esta geração, como as próprias organizações que
dependem desses jovens para serem bem sucedidas no ramo em que atuam, recomenda-se
algumas ações para que possa haver uma maior sintonia entre geração Y e empresa e
consequentemente que ambas as expectativas sejam atendidas.
Para haver uma maior adaptabilidade por parte dos profissionais Y frente às
necessidades da organização, recomenda-se que os gestores mantenham um diálogo e
exponha com antecedência seus propósitos antes de tomarem determinadas decisões , para
que esses profissionais atendam às exigências da empresa com mais naturalidade, pois a
pesquisa apontou que a maioria dos acadêmicos tem certa dificuldade de se adaptarem ao
novo no ambiente da empresa.
sua capacidade. Diante disso, sugere-se às empresas que criem cargos e funções de maiores
responsabilidades, oferecendo também plano de carreira para seus colaboradores, para que
assim sejam contempladas as expectativas dos profissionais que possuem potencial e se
destacam dentro da organização.
Como constatou-se na pesquisa, há uma certa dificuldade por parte dos acadêmicos de
Administração em receberem críticas com relação ao seu trabalho. Por isso, propõe-se que as
empresas revejam seus métodos de transmitirem informações e opiniões aos seus
colaboradores. Salienta-se ainda, que assim como deve haver críticas construtivas, deve haver
também elogios, quando necessário, para que os colaboradores visualizem que seu trabalho de
fato está sendo reconhecido.
CONCLUSÃO
O cenário atual vem exigindo atenção, por parte das empresas, para novas formas de
pensar, se relacionar e de agir. As gerações vem se posicionando e se comportando de
maneira distinta de anos atrás e o propósito deste estudo foi analisar essas mudanças
comportamentais no ambiente de trabalho e da mesma forma identificar se este
comportamento influencia de forma positiva ou negativa nas atividades da empresa.
Um fator que pode ser observado na pesquisa é que ambos os cursos já trabalharam
em duas ou mais empresas e uma parcela muito baixa de acadêmicos, trabalha na mesma
empresa desde que iniciou a carreira profissional. Isto indica que há uma certa rotatividade
para com as empresas, o que leva a crer que algumas perspectivas não estão sendo supridas
tanto por parte das empresas, como por parte dos colaboradores que dela fazem parte.
acadêmicos, como a questão de cargos, os quais apontam estarem preparados para assumirem
maiores responsabilidades na organização; ainda, a pesquisa apontou que o principal motivo
que leva esses profissionais a mudarem de emprego é por melhores salários e ainda por uma
melhor valorização. Estes são fatores que podem estar relacionados com o fato destes
acadêmicos não pretenderem fazer carreira na empresa que hoje atuam.
Outro ponto que pode ser destacado que teve alto índice de respostas, foi a questão da
multitarefa, tanto os acadêmicos de ambos os cursos como os próprios gestores, apontam que
há uma facilidade por parte desses jovens em realizarem varias tarefas simultaneamente, o
que representa um ganho para empresa, pois quando várias atividades são contempladas ao
mesmo tempo, acaba agilizando o processo.
Da mesma forma, o feedback negativo não é recebido com tanta tranquilidade pelos
acadêmicos de Administração, comparado aos acadêmicos de Direito, que, de acordo com a
pesquisa, recebem críticas com mais naturalidade.
por critério da pesquisadora. Observou-se que, na maioria, são empresas de médio porte, com
mais de dez anos de existência no mercado, sendo todos os gestores respondentes do sexo
masculino.
Alguns pontos positivos e negativos foram apontados pelos gestores com relação ao
comportamento da geração Y no ambiente de trabalho. Os principais pontos positivos
levantados foram o coleguismo, vontade de crescer na empresa, busca por conhecimentos e
informações, interação, participação, entusiasmo, vontade de aprender, determinação,
comprometimento, multitarefa e aperfeiçoamento. Os pontos negativos, ressaltados pelos
gestores dos três setores, foram : dificuldade de subordinação, o trabalho não é tratado como
prioridade, ações de forma inconsequente, a mentalidade, não se aprofundam na área, a
procura por outras oportunidades de emprego, ideias inovadoras demais para serem
concretizadas, conversas paralelas sobre assuntos pessoais e muito tempo acessando redes
sociais.
trabalho. Cabe às empresas disponibilizarem espaço para estes profissionais exporem suas
ideias, opiniões, inclusive frustrações e diante disso encontrar meios de adequar essas
expectativas a realidade da empresa. Se de fato, a empresa corresponder às expectativas desta
geração, certamente estará contando com profissionais dedicados, realizados e dispostos a
desenvolverem um excelente trabalho na empresa.
REFERÊNCIAS
SANTOS, André Laizo. Estudo da FEA aponta que lidar com ansiedade da “Geração Y” é
desafio para empresas. Universidade de São Paulo- Brasil, São Paulo, 2012, 1-2, maio 2012.
Disponível em http://www5.usp.br/10610/estudo-da-fea-aponta-que-lidar-com-ansiedade-da-
geracao-y-e-desafio-para-empresas . Acesso em: 03 Jun 2012.
SERRANO, Daniel Portillo. Geração X, Geração Y, Geração Z. Portal do Marketing,
jun.2010. Disponível em:
http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Geracao_X_Geracao_Y_Geracao_Z.htm.
Acesso em: 25/04/2011.
SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
SPLENDOR, Ana Cristina. O sentido do trabalho para os Servidores da Prefeitura
Municipal de Três Passos. Relatório de estágio supervisionado. Unijuí, 1º semestre/2007.
TEIXEIRA, Enise Barth; ZAMBERLAN, Luciano; RASIA, Pedro Carlos. Pesquisa em
administração. Coleção Educação a Distância Série Livro-Texto. Ed Unijuí: Ijuí, 2009.
UNIJUÍ; DEAD. Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração da UNIJUÍ 2011.
UNIJUÍ, HISTÓRICO, acessado em 15.05.12, disponível em
http://www.unijui.edu.br/content/view/650/1210/lang,iso-8859-1
VELOSO, E. F. R.; DUTRA, J. S.; NAKATA, L. E. Percepção sobre Carreiras
Inteligentes: Diferenças entre as gerações Y, X e baby boomers. EnANPAD, 2008.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 3ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
WOOD, Junior Thomaz (org). Gestão Empresarial. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.
ZARIFIAN, P. Objetivo Competência: Por uma nova lógica. São Paulo. Atlas: 2001
88
APÊNDICE A
Curso de Administração
Prezado Colega!
Para tanto, solicito a sua colaboração respondendo às questões abaixo; garantimos que
as informações aqui coletadas serão utilizadas exclusivamente para fins acadêmicos e sua
identidade será preservada.
1. Curso:
( ) Administração ( ) Direito
2. Semestralidade:
3. Gênero:
( ) Masculino ( )Feminino
4. Idade:
5. Estado civil:
6. Residente em:
( ) Sim ( ) Não
9. Tempo de Empresa:
( ) Menos de 1 ano ( ) Até 2 anos ( ) Até 3 anos ( ) Até 4 anos ( ) Até 5 anos
( ) mais de 5 anos
( ) Menos de 1 ano ( ) Até 2 anos ( ) Até 3 anos ( ) Até 4 anos ( ) Até 5 anos
( )mais de 5 anos
1. Discordo totalmente
2. Discordo parcialmente
4. Concordo parcialmente
5. Concordo totalmente
91
1 2 3 4 5
15 Sinto-me a vontade para expor minhas ideias e opiniões em meu
ambiente de trabalho (exposição de ideias).
16 Em meu ambiente de trabalho costumo ter iniciativa diante das
situações cotidianas (iniciativa).
17 Atualmente me considero preparado para assumir um cargo com
responsabilidades maiores na organização (autoconhecimento).
18 Costumo tratar meus superiores e colegas com total respeito frente ao
cargo que exercem (respeito).
19 Ao estabelecer um vínculo empregatício tenho interesse em me fixar
e crescer na organização (envolvimento).
20 Considero-me comprometido no desempenho das minhas atividades
dentro da Organização da qual faço parte (comprometimento).
21 Tenho interesse e busco conhecer todas as atividades desenvolvidas
na organização (interesse).
22 Diante de problemas no meu ambiente de trabalho, tenho persistência
para buscar solucioná-los (persistência).
23 Costumo me adaptar as exigências e as necessidades da empresa
(abertura ao novo)
24 Acredito que tenho potencial para subir de cargo de acordo com
minha capacidade (confiança).
25 Cumpro meu expediente de trabalho conforme a empresa estabelece
(disciplina).
26 Recebo de forma tranquila e natural críticas relacionadas ao meu
trabalho (receptividade).
27 A organização da qual hoje faço parte é o que planejei para minha
carreira profissional (satisfação)
28 Pretendo continuar trabalhando na mesma empresa até o fim da
minha carreira profissional (foco).
29 Não tenho medo de assumir riscos e gosto de desafios na condução
do meu trabalho (ousadia).
30 Quando inicio meu trabalho em uma empresa costumo estabelecer
prazos para crescer nesse ambiente (organização).
31 Sei diferenciar meu trabalho da minha vida particular
(profissionalismo).
32 Tenho um relacionamento amigável com colegas e superiores
independente de sua faixa etária (coleguismo).
33 Tenho facilidade em desempenhar várias atividades simultaneamente
(multitarefa).
34 Em meu ambiente de trabalho me coloco a disposição para auxiliar
meus colegas e superiores sempre que necessário (disponibilidade).
92
35. Na sua opinião, qual o principal motivo que leva os jovens da geração Y, ou
seja, com idade entre 22 a 32 anos, muitas vezes já “estáveis” na empresa, a procurarem
outras oportunidades de trabalho:
( ) Outros___________________________________________________
APÊNDICE B
Curso de Administração
Prezado Gestor!
Para tanto, solicito a sua colaboração respondendo as questões abaixo; garantimos que
as informações aqui coletadas serão utilizadas exclusivamente para fins acadêmicos e a
identidade de sua empresa será preservada.
1- Gênero:
( ) Masculino ( ) Feminino
2- Idade:
( )Sim ( )Não
6- Tempo de empresa:
( )Menos de 1 ano ( )Até 2 anos ( )Até 3 anos ( ) Até 4 anos ( )Até 5 anos
( ) mais de 5 anos
7- Tempo no cargo:
( )Menos de 1 ano ( )Até 2 anos ( )Até 3 anos ( ) Até 4 anos ( )Até 5 anos
( ) mais de 5 anos
( ) Menos de 1 ano ( ) Até 2 anos ( ) Até 3 anos ( ) Até 4 anos ( ) Até 5 anos
( ) Até 10 anos ( ) mais de 10 anos
17- Estes colaboradores da geração Y, ou seja, com idade entre 22 a 32 anos estão
trabalhando na organização há quanto tempo:
( )Menos de 1 ano ( )Até 2 anos ( )Até 3 anos ( ) Até 4 anos ( )Até 5 anos
( ) mais de 5 anos
19- Como você percebe as relações interpessoais dessa geração com as demais no
ambiente de trabalho:
20- Como você percebe as relações interpessoais dessa geração com seus
superiores:
( ) iniciativa ( )receptividade
( ) autoconhecimento ( ) satisfação
( ) respeito ( ) foco
( ) envolvimento ( ) ousadia
( ) comprometimento ( ) organização
( ) interesse ( ) profissionalismo
( ) persistência ( )coleguismo
( ) confiança ( )disponibilidade
22- Na sua opinião, qual o principal motivo que leva esses jovens muitas vezes já
“estáveis” na empresa, a procurarem outras oportunidades de trabalho:
( )Outros_________________________________________________
24- Na sua percepção quais os pontos positivos e negativos desta geração quando
se refere ao seu comportamento no ambiente de trabalho:
Pontos positivos:_________________________________________________
ANEXO A
Tabela 01 - População residente, por situação do domicílio, sexo e grupos de idade – Sinopse
Variável = População residente (Pessoas)
Situação do domicílio = Total
Ano = 2010
Sexo
Brasil, Unidade da Federação e Município Idade
Total Homens Mulheres
População Total 190.755.799 93.406.990 97.348.809
Grupo de idade 50.094.118 24.808.882 25.285.209
Brasil 20 a 24 anos 17.245.190 8.630.227 8.614.963
25 a 29 anos 17.104.413 8.460.995 8.643.418
30 a 34 anos 15.744.512 7.717.657 8.026.855
Total 10.693.929 5.205.057 5.488.872
20 a 24 anos 870.906 437.737 433.169
Rio Grande do Sul
25 a 29 anos 893.999 445.502 448.497
30 a 34 anos 808.291 398.879 409.412
Total 3.089 1.550 1.539
20 a 24 anos 239 129 110
Barra do Guarita – RS
25 a 29 anos 214 110 104
30 a 34 anos 196 95 101
Total 2.328 1.167 1.161
20 a 24 anos 164 87 77
Bom Progresso – RS
25 a 29 anos 146 74 72
30 a 34 anos 116 54 62
Total 3.702 1.866 1.836
20 a 24 anos 253 126 127
Braga – RS
25 a 29 anos 238 110 128
30 a 34 anos 233 120 113
Total 5.459 2.685 2.774
20 a 24 anos 360 173 187
Campo Novo – RS
25 a 29 anos 372 196 176
30 a 34 anos 362 159 203
Total 4.044 1.975 2.069
20 a 24 anos 263 137 126
Chiapetta – RS
25 a 29 anos 281 140 141
30 a 34 anos 259 117 142
Total 7.748 3.802 3.946
20 a 24 anos 532 245 287
Coronel Bicaco – RS
25 a 29 anos 493 243 250
30 a 34 anos 504 246 258
Total 14.084 6.913 7.171
20 a 24 anos 900 438 462
Crissiumal – RS
25 a 29 anos 906 458 448
30 a 34 anos 880 437 443
Total 3.190 1.604 1.586
Derrubadas – RS
20 a 24 anos 186 99 87
98
25 a 29 anos 183 98 85
30 a 34 anos 195 91 104
Total 3.272 1.650 1.622
20 a 24 anos 195 111 84
Esperança do Sul – RS 25 a 29 anos 177 83 94
30 a 34 anos 169 81 88
Total 4.919 2.387 2.532
20 a 24 anos 354 181 173
Humaitá – RS
25 a 29 anos 302 147 155
30 a 34 anos 287 138 149
Total 2.267 1.148 1.119
20 a 24 anos 166 91 75
Inhacorá – RS
25 a 29 anos 137 64 73
30 a 34 anos 137 63 74
Total 4.855 2.413 2.442
20 a 24 anos 349 165 184
Miraguaí – RS
25 a 29 anos 312 146 166
30 a 34 anos 287 122 165
Total 10.222 5.210 5.012
20 a 24 anos 838 431 407
Redentora – RS
25 a 29 anos 697 353 344
30 a 34 anos 602 304 298
Total 13.968 6.811 7.157
20 a 24 anos 1.044 539 505
Santo Augusto – RS
25 a 29 anos 1.005 473 532
30 a 34 anos 1.008 470 538
Total 5.773 2.838 2.935
20 a 24 anos 368 187 181
São Martinho – RS
25 a 29 anos 353 173 180
30 a 34 anos 337 154 183
Total 2.647 1.375 1.272
20 a 24 anos 215 117 98
São Valério do Sul – RS
25 a 29 anos 179 94 85
30 a 34 anos 158 69 89
Total 3.011 1.531 1.480
20 a 24 anos 166 94 72
Sede Nova – RS
25 a 29 anos 197 105 92
30 a 34 anos 207 95 112
Total 13.719 6.713 7.006
20 a 24 anos 1.083 540 543
Tenente Portela – RS
25 a 29 anos 938 449 489
30 a 34 anos 843 433 410
Total 6.461 3.268 3.193
20 a 24 anos 331 161 170
Tiradentes do Sul – RS
25 a 29 anos 358 187 171
30 a 34 anos 395 204 191
Total 23.965 11.751 12.214
Três Passos – RS
20 a 24 anos 1.754 878 876
99
ANEXO B
Tabela 02 - Pessoas de 5 anos ou mais de idade, por cor ou raça e sexo, segundo a condição de alfabetização e os grupos
de idade - Brasil – 2010
Condição de alfabetização Sexo
e Total
grupos de idade Homens
Mulheres
Total (1) 50.094.118 24.808.882 25.285.209
20 a 24 anos (1) 17.245.192 8.630.229 8.614.936
25 a 29 anos (1) 17.104.414 8.460.995 8.643.419
30 a 34 anos (1) 15.744.512 7.717.658 8.026.854
ANEXO C
Tabela 03- Pessoas de 5 anos ou mais de idade, residentes em domicílios particulares, por classes de rendimento nominal
mensal domiciliar per capita, segundo a condição de alfabetização e os grupos de idade - Brasil – 2010
Ano = 2010
Condição de alfabetização Classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita (salário mínimo) (1)
e Mais de Mais de Mais de Mais de Mais de Mais de Sem
grupos de idade Até ¼ 1/4 a 1/2 1/2 a 1 1a2 2a3 3a5 5 rendimento
(2)
Total 6.386.260 9.735.472 13.708.858 10.857.666 3.256.304 2.280.204 1.772.776 1.646.497
20 a 24 anos 2.217.579 3.404.405 4.871.769 3.861.950 1.046.000 642.033 405.992 626.339
25 a 29 anos 2.078.806 3.227.870 4.593.999 3.775.380 1.195.106 865.397 668.149 538.661
30 a 34 anos 2.089.875 3.103.197 4.243.090 3.220.336 1.015.198 772.774 698.635 481.497
Não Alfabetizadas 866.452 558,87 343.042 81.563 10.254 4.783 2.788 180.466
20 a 24 anos 185.188 129.930 80.667 19.826 2.749 1.377 0.797 49.099
25 a 29 anos 282.842 182.053 110.339 26.579 3.451 1.595 0.985 60.673
30 a 34 anos 398.422 246.896 152.036 35.348 4.054 1.811 1.006 70.694