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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium


Curso de Administração

Julia Nayara Caperucci


Juliano Pires da Silva
Lucas Pereira dos Santos
Maike Henrique Rocha Zellerhoff

A APLICAÇÃO DO PROGRAMA 5S EM UMA


INDÚSTRIA METALÚRGICA
Indústria de Embalagens Metálicas de Lins - SP

LINS - SP
2016
JULIA NAYARA CAPERUCCI
JULIANO PIRES DA SILVA
LUCAS PEREIRA DOS SANTOS
MAIKE HENRIQUE ROCHA ZELLERHOFF

A APLICAÇÃO DO PROGRAMA 5S EM UMA INDÚSTRIA METALÚRGICA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Administração sob a
orientação do professor Me. Ricardo
Yoshio Horita e orientação técnica da Profª
Esp. Érica Cristiane dos Santos
Campaner.

LINS – SP
2016
JULIA NAYARA CAPERUCCI
JULIANO PIRES DA SILVA
LUCAS PEREIRA DOS SANTOS
MAIKE HENRIQUE ROCHA ZELLERHOFF

A APLICAÇÃO DO PROGRAMA 5S EM UMA INDÚSTRIA


METALÚRGICA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,


para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Me. Ricardo Yoshio Horita
Titulação: Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de
São Carlos – UFSCAR.
Assinatura:_______________________

1º Prof.(a): ______________________________________________________
Titulação: ________________________________
Assinatura:_______________________

2º Prof.(a): ______________________________________________________
Titulação: ________________________________
Assinatura:_______________________
Agradeço a Deus primeiramente, pelas oportunidades que a mim foram
dadas e por conceder-me tudo o que foi necessário para concluir mais uma etapa
importante na minha vida.
Dedico aos meus pais Benedito “in memoria”, e a minha linda mãe
Osmana, pela educação que me proporcionaram, e mesmo estando longe
estavam torcendo por mim, me incentivando e apoiando sempre.
Agradeço o meu namorado Vitor, pela paciência comigo, me apoiou e
acreditou no meu potencial, sempre ao meu lado, ajudando, incentivando nos
momentos bons e ruins.
Amo todos vocês e não tenho palavras à altura para agradecer-lhes por
tudo que fizeram e ainda fazem na minha vida!
Agradeço a todos os meus amigos em especial ao Fabricio Carnevalle
por todo apoio e força durante todos esses anos, pois fizeram a diferença
também nos momentos difíceis fazendo com que eu nunca desacreditasse da
minha capacidade e perdesse a fé de que tudo daria certo.
Não poderiam faltar os professores que durante todos esses longos
anos, me ensinaram lições que levarei por toda a vida, e em especial, Professor
Orientador Ricardo Horita que nos acompanharam nesta jornada e nos
auxiliaram para chegarmos ao final deste nosso objetivo.
Por fim, ao meu grupo de monografia, que entraram em minha vida neste
período e que juntos unimos força para alcançar os nossos objetivos. Agradeço
a Deus por ter a oportunidade de conviver com pessoas especiais que não
mediram esforços para a conclusão deste trabalho.
Obrigado por tudo!
Julia Nayara Caperucci

Primeiramente ao amado e soberano Deus, que nunca desistiu de mim e


meu deu o incentivo para voltar a estudar, além de saúde, força, foco e pessoas
ao meu lado que me ajudaram e deram a mim a oportunidade de ajuda-las nessa
trajetória.
A minha mãe Julia e minha irmã Juliene pela compreensão, paciência e
pelo apoio que sempre me deram não somente neste projeto, mas em outros
momentos também.
A todas as pessoas que diretamente ou indiretamente, contribuíram para
a construção dos meus valores: meus pais, os mestres do presente e do passado
e todos os que compartilharam um pouco do que sabem comigo e com os meus
colegas nesta vida acadêmica.
Aos meus colegas Julia, Maike, Lucas que se dedicaram no
desenvolvimento desse trabalho.
Juliano Pires da silva

Dedico meu trabalho em primeiro lugar a DEUS, que com toda certeza
sempre esteve comigo durante esses quatro anos. A minha mãe Augusta Neuza
em especial que jamais mediu esforços, me apoiando e estando ao meu lado
enfrentando todas as dificuldades ao longo desses anos, minha irmã Fernanda,
meu irmão Donizete, a minha amada esposa Ediene Pereira, que apareceu em
minha vida no decorrer dessa jornada, e independente das dificuldades abraçou
esse sonho comigo me ajudando até o último dia, ao meu pai Noé Pereira dos
Santos “in memória”, mesmo não vivenciando esse momento da minha vida,
sentiria muito orgulho de seu filho.
Aos integrantes desta equipe, expresso aqui minha gratidão, pois juntos
lutamos com toda força e garra para este trabalho acontecer, Julia Caperucci,
Juliano Pires e Maike Zellerhoff, juntamente com orientador e Prof. Me. Ricardo
Horita.
A empresa, por abrir as portas para pesquisa e dando todo o suporte
necessário para a elaboração deste trabalho. Toda equipe docente do
Unisalesiano, que me lapidou durante a minha formação acadêmica, a equipe e
ao Programa Escola da Família que me deu a oportunidade de fazer esse sonho
acontecer.
Aos meus amigos, em especial Andreia Lopes, Jessica Fortunato e Vitor
Reis que sempre estiveram ao meu lado me apoiando e aos meus familiares que
contribuíram de alguma forma para meu crescimento pessoal durante esse
período da minha vida.
Por fim, a mim Lucas Pereira dos Santos pela força de vontade, dedicação
e obstinação durante esse tempo de Graduação, farei sempre o melhor para que
eu possa realizar meus objetivos. Obrigado a todos e um forte abraço no coração
e que Deus sempre esteja olhando e intercedendo por nós.

Lucas Pereira dos Santos

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades e me


permitir concluir este trabalho.
A esta Universidade, seu corpo docente, direção e administração, que foi por
meio dos estudos que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela
acendrada confiança no mérito da equipe.
Ao meu orientador Prof. Me. Ricardo Horita, pela sua profunda sabedoria e dom
em orientar e ensinar, pelas suas correções e críticas que me possibilitaram um
crescimento acadêmico.
Aos meus amigos Júlia, Lucas e Juliano que com dedicação e trabalho em
equipe foi possível concluir esse magnífico trabalho de conclusão de curso.
A minha noiva Lohaine Milena, que foi minha base, meu alicerce ao longo da
faculdade, ela que antes de ser companheira foi amiga, que não economizou
críticas e repreensões, sou feliz em ter você.
Aos meus pais Vanusa e Sergio que sempre me cobraram como forma de
motivação para iniciação e conclusão de um curso superior.

Maike Henrique Rocha Zellerhoff


AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nos proporcionar essa grande


experiência nas nossas vidas.
Aos nossos pais, que sempre nos apoiaram dando forças para que nunca
desistíssemos dos nossos objetivos e sonhos.
As professoras Érica e Jovira, e ao Professor Ricardo Horita, que
sempre nos apoiaram, sempre estiveram prontamente dispostas a nos ajudar
quando foi preciso, a nos tranquilizar quando estávamos preocupados sempre
com muita atenção.
A empresa, que abriu as portas para o começo da realização desse sonho,
sempre recebendo a gente com muita dedicação, comprometimento e respeito.
Por fim, agradecemos a todos os Professores que durante esses anos
foram mais do que professores, sempre dando conselhos e ensinando os
caminhos a serem seguidos. Obrigado por acreditarem que seríamos capazes
de nos tornar profissionais!

Julia Nayara Caperucci


Juliano Pires da Silva
Lucas Pereira dos Santos
Maike Henrique Rocha Zellerhoff
RESUMO

Devido à acirrada concorrência e clientes mais bem informados, as


empresas sentem a necessidade de manter constante melhoria no processo de
produção buscando a qualidade dos seus produtos fabricados associados ao
aumento da produtividade das linhas de produção. Assim, tanto as empresas de
pequeno quanto os de grande porte devem atentar-se cada vez mais aos
programas de gestão da qualidade. A melhoria contínua é vital e deve ser
considerada como estratégia para qualquer organização adquirir vantagem
competitiva, preocupando-se em atender às expectativas de seus clientes
acerca de seus produtos. Este trabalho aborda a metodologia do programa 5S,
programa que atua diretamente na otimização dos sensos de utilização, ordem,
limpeza, saúde e disciplina, com ampla abordagem no ambiente de trabalho,
processos e pessoas, sendo a base para a implantação dos demais programas
de gestão da qualidade. Foi elaborado um estudo de caso em uma empresa
atuante no mercado no ramo metalúrgico, com o objetivo de identificar a
importância da melhoria nos processos e conscientização dos colaboradores ao
executar as operações de fabricação de latas, visando tornar o ambiente fabril
mais adequado. Na busca pela implantação da qualidade total, o programa 5S
representa a etapa primária na identificação de pontos passíveis de melhorias
como também analisar e propor as correções cabíveis. O presente trabalho teve
como objetivo aprofundar nos conceitos de 5S e a realização de uma avaliação
dos processos de produção e do ambiente produtivo em uma empresa
metalúrgica de grande porte. Após os estudos realizados foi desenvolvido uma
proposta de intervenção na aplicação dos conceitos do programa 5S para corrigir
os desvios no processo, com o principal objetivo de melhorar o ambiente fabril e
mostrar a importância de mobilizar, motivar e conscientizar todos os
colaboradores envolvidos no processo.

Palavras–chave: Programa 5S. Melhoria. Qualidade. Produtividade.


ABSTRACT

Due to fierce competition and well-informed customers, the companies feel


the urge of maintaining a constant improvement in the production process,
searching the quality of their manufactured products associated to the increase
in productivity of the assembly lines. That way, both the small and big companies
have to pay more and more attention to the quality management programs. The
continuous improvement is vital and has to be considered as a strategy for any
company to achieve competitive advantage, and it has to concern about meeting
their customers’ fulfillments about their products. This paper approaches the 5S
program methodology, which directly impacts the optimization of the senses
utilization, order, cleanliness, health and discipline, with a broad approach at the
work environment, processes and staff, being the base for the implementation of
the other quality management programs. A study has been made at a company
acting in the metallurgical industry, and it has the purpose of identifying the
importance of the improvement in the processes and the awareness of the staff
while executing the operation of the can manufacturing, trying to turn the factory
environment more suitable. In the search for the total quality implantation, the 5S
program represents the primary step in identifying which points have to be
improved as well as analyzing and suggesting possible corrections. The aim of
this work was to deepen the 5s concepts and make an evaluation about the
production processes and the productive environment in a big metallurgical
company. After the study was carried out, it was developed an intervention
proposal for the implementation of the 5s program concepts in order to correct
the process variance, having the main purpose of improvement the factory
environment and showing the importance of bring to bear, motivate and make all
the staff aware.

keywords: 5S Program. Improvement. Quality. Productivity.


LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Complexo Industrial ........................................................................... 14
Figura 2: Linha de produção dos aerossóis ...................................................... 16
Figura 3: Organograma ..................................................................................... 18
Figura 4: Tipos de latas .................................................................................... 20
Figura 5: Uma visão sistêmica dos cinco Sensos ............................................. 31
Figura 6: Ferramentas e Contribuições do 5S .................................................. 37
Figura 7: Foto aérea da empresa...................................................................... 38
Figura 8: Fachada da empresa ......................................................................... 38
Figura 9: Logo da empresa ............................................................................... 39
Figura 10: Fluxograma do processo produtivo .................................................. 40
Figura 11: Bobina de aço .................................................................................. 41
Figura 12: Área de recebimento das bobinas ................................................... 41
Figura 13: Corte da bobina ............................................................................... 42
Figura 14: Área do corte da bobina................................................................... 43
Figura 15: Envernizamento ............................................................................... 43
Figura 16: Equipamento de proteção coletivo ................................................... 44
Figura 17: Impressora ....................................................................................... 45
Figura 18: Processo de recravação .................................................................. 45
Figura 19: Layout da fábrica ............................................................................. 46
Figura 20: Materiais sem utilização ................................................................... 46
Figura 21: Materiais em locais impróprios ........................................................ 47
Figura 22: Colaborador com ato inseguro ......................................................... 47

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Interpretação do 5S - Japonês - Inglês - Português ......................... 32


Quadro 2: Frequência de uso ........................................................................... 33

LISTA DE SIGLAS
CRER - Centro de reabilitação e readaptação Dr. Henrique Santillo................22
POP – Procedimento operacional padrão.........................................................43
U.V. – Ultra violeta ............................................................................................45
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 12

CAPÍTULO I – INDÚSTRIA DE EMBALAGENS METÁLICAS ........................ 14


1 HISTÓRICO ........................................................................................... 14
1.1 História da Indústria de Embalagens Metálicas ...................................... 14
1.1.1 Embalagens metálicas ........................................................................... 16
1.2 Missão .................................................................................................... 18
1.3 Visão ...................................................................................................... 18
1.4 Valores ................................................................................................... 19
1.5 Clientes .................................................................................................. 20
1.6 Concorrentes .......................................................................................... 20
1.7 Responsabilidade social ......................................................................... 21
1.7.1 Instituto Germinare ................................................................................. 21
1.7.2 CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo .. 22
1.2 Responsabilidade ambiental .................................................................. 22

CAPÍTULO II – O PROGRAMA 5S .................................................................. 23


1 O QUE É A QUALIDADE....................................................................... 23
1.1 Surgimento da qualidade........................................................................ 23
1.2 Definição da qualidade ........................................................................... 24
1.3 Programas e ferramentas de qualidade ................................................. 25
1.3.1 Programa 5S .......................................................................................... 25
1.3.2 Benchmarking: a busca do referencial de excelência ............................ 26
1.3.3 Ciclo PDCA ............................................................................................ 27
1.3.4 TQC e TQM ............................................................................................ 27
1.3.5 Seis Sigma ............................................................................................. 28
2 CONCEITOS DO PROGRAMA 5S ........................................................ 30
2.1 Fundamentos do programa 5S ............................................................... 31
2.1.1 Seiri – Senso de utilização ..................................................................... 32
2.1.2 Seiton – senso de ordenação ................................................................. 33
2.1.3 Seisou – senso de limpeza..................................................................... 34
2.1.4 Seiketsu – senso de saúde .................................................................... 34
2.1.5 Shitsuke - senso de disciplina ................................................................ 35
2.2 Objetivo dos cinco sensos ...................................................................... 36
2.3 Os benefícios que o programa 5S proporciona ...................................... 36

CAPÍTULO III – A PESQUISA.......................................................................... 38


1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 38
1.2 Processo produtivo de embalagens metálicas ....................................... 40
1.2 Os benefícios do programa 5S na empresa ........................................... 48
1.3 Dificuldades da aplicação ....................................................................... 48
1.4 Parecer final do caso .............................................................................. 48

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 50


CONCLUSÃO ................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 52
APÊNDICES ..................................................................................................... 55
12

INTRODUÇÃO

Indústrias metalúrgicas de grande porte com atuação no mercado interno


e externo buscam a produtividade de suas linhas de produção assim como a
qualidade de seus produtos, uma vez que procuram atender às exigências de
seus clientes e a otimização dos processos fabris. Para garantir a produtividade
é crucial gerir de forma clara a infraestrutura, a organização e a boa imagem dos
ambientes de produção, ressaltando que a qualidade depende da introdução de
programas voltados para a gestão da melhoria contínua, que passaram a ser
estratégias de muitas empresas para obter um lugar de destaque no mercado e
adquirir vantagens competitivas.
Para a gestão efetiva e total da qualidade, cumpre esclarecer que é
essencial organizar as atividades, conscientizar os colaboradores e a gerência
com o auxílio de programas específicos. Grandes empresas e até mesmo
empresas de pequeno porte hoje utilizam o programa 5S que tem como essência
a otimização dos sentidos de utilização, ordem, limpeza, saúde e disciplina, com
ampla abordagem no ambiente de trabalho, processos e pessoas. Para sua
implantação adequada, o comprometimento e a participação dos funcionários
são os requisitos básicos.
O programa 5S é considerado por muitos estudiosos como sendo a base
para a gestão e implantação dos demais programas de qualidade, como o TQC
‘Total Quality Control’ que traduzido é Controle da Qualidade Total, e o TQM
‘Total Quality Management’ que traduzido é Gestão da Qualidade Total.
Com o objetivo de identificar e aperfeiçoar as melhorias obtidas na
reimplantação do programa 5S, uma vez que este programa já havia sido
iniciado, bem como alavancagem da produtividade, foi realizada uma pesquisa
de campo na Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, uma empresa
brasileira, localizada na cidade de Lins. A companhia atua no processamento de
latas, onde conta com duas unidades de produção, uma em Lins e outra em
Barretos.
Para a realização da pesquisa de campo, utilizou-se da pergunta
problema: a efetiva aplicação do programa 5S possibilita a melhoria da qualidade
da gestão de produção?
13

Para tanto, em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese:


A implantação do programa 5S provoca mudanças que buscam facilitar os
processos produtivos, o gerenciamento, o ambiente industrial e empresarial.
O trabalho está assim estruturado:
Capítulo I – discorre sobre a evolução histórica da Indústria de
Embalagens Metálicas, estruturas por unidades de novos negócios e da Fábrica
de Latas.
Capítulo II: define os conceitos sobre qualidade, a origem do Programa
5S, as funcionalidades desse processo e a sua implantação.
Capítulo III: apresenta a introdução, relato do trabalho de acordo com o
assunto estudado, discussão, benefícios, dificuldades e o parecer final sobre o
caso.
Por fim, vêm a proposta de intervenção e a conclusão.
14

CAPÍTULO I

INDÚSTRIA DE EMBALAGENS METÁLICAS

1 HISTÓRICO

Figura 1: Complexo Industrial

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

1.1 História da Indústria de Embalagens Metálicas

A Indústria começou em 1953, quando seu fundador José Batista


Sobrinho, mais conhecido como Zé Mineiro, iniciou as operações de uma
pequena planta com capacidade de processamento de cinco cabeças de gado
por dia, na cidade de Anápolis, no interior de Goiás.
A expansão começou a partir da construção de Brasília, quando José
Batista Sobrinho passou a comercializar carne para as construtoras que se
instalaram na região para construir a nova capital federal.
Em 2005, a companhia iniciou seu processo de internacionalização,
adquiriu 100% do capital social da Swift- Armour, aumentando sua capacidade
de abate para 19,9 mil cabeças por dia operando com 21 plantas no Brasil e 5
15

na Argentina.
Em 2007, a Indústria tornou-se a primeira empresa de carnes do Brasil a
abrir seu capital na bolsa de valores, além de criar sua área de relação com
investidores. No mesmo ano, a companhia expandiu suas operações através da
aquisição da empresa norte-americana Swift Company, ingressando no mercado
de bovinos e suínos nos EUA e na Austrália.
Em 2008, a companhia adquiriu a Tasman Group, na Austrália, a divisão
de bovinos da Smithfield Foods e os confinamentos da Five Rivers, com
capacidade para engordar 2 milhões de animais por ano nos EUA.
Em 2009, a Indústria incorporou as operações do grupo Bertin, assumiu o
controle da Pilgrim’s Pride, ingressando no mercado Norte Americano de aves.
Além disso, a companhia amplia sua capacidade de abate no Brasil em 5.150
bovinos, com a aquisição de cinco novas unidades.
Em 2010, adquire a Tatiara Meats e os ativos da Rockdale Beef, na
Austrália, além do Grupo Toledo, na Bélgica. Anunciou neste mesmo ano a
aquisição do confinamento McElhaney nos Estados Unidos.
Em maio de 2011, adquiriu a divisão de Higiene & Limpeza do Grupo
Bertin, aumentando sua atuação no ramo de bens de consumos como
sabonetes, produtos de limpeza e outros, a divisão chama-se Flora, onde opera
desde 1980.
Em 2012, a Indústria aumenta sua participação na Pilgrim’s Pride,
assumindo 75,3% do capital social da empresa. No Brasil, amplia a capacidade
anual de processamento de bovinos em 2 milhões de cabeças e inicia sua
operação no segmento de aves, expandindo em 15% sua capacidade global de
produção por meio do aluguel dos ativos da Frangosul. A Vigor deixa de ser uma
subsidiária da Indústria estudada e realiza a abertura de seu capital, passando
a ter uma estrutura corporativa própria e independente.
Em 2013, a companhia adquire a Seara Brasil e consolida-se como líder
global no processamento de aves. Além disso, o grupo passa a atuar no
segmento de alimentos industrializados, transformando-se na segunda maior
plataforma brasileira de produção e distribuição de produtos de valor agregado.
Neste mesmo ano, adquiriu a empresa Paulista de alimentos Massa Leve.
Em 2014, essa Indústria adquiriu ativos de processamentos de aves da
Céu Azul Alimentos, entre eles duas fábricas de ração e três incubatórios, lugar
16

onde ficam os ovos até o desenvolvimento do embrião.


Em 2015, a companhia anunciou a compra da unidade de suínos da Cargil
por 1,45 bilhão de dólares. Em junho do mesmo ano, adquiriu a Moy Park que
pertencia a empresa brasileira Marfrig por cerca de 1,5 bilhões de dólares.
A Indústria analisada comercializa produtos de higiene e limpeza,
colágeno, embalagens metálicas, biodiesel, entre outros. O diversificado portfólio
do grupo conta com marcas reconhecidas em todo o mundo como Swift, Friboi,
Maturatta, Cabana Las Lilas, Pilgrim’s, Gold Kist Farms, Pierce. Essa variedade
de produtos está presente em 24 países de 5 continentes (entre plataformas de
produção e escritórios) atendendo mais de 300 mil clientes em mais de 150
nações.

1.1.1 Embalagens metálicas

Figura 2: Linha de produção dos aerossóis

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

A Indústria de Embalagens Metálicas é uma das maiores empresas de


processamento de latas do Brasil, conta com duas unidades de produção no
Brasil, uma em Lins, e outra em Barretos. Com milhares de funcionários tem
capacidade de produção de 60 milhões de latas por mês (720.000.000 anual),
17

das quais 50% são utilizadas pela própria empresa. Além de 50% recicladas as
latas são fabricadas por um sistema onde elimina a emissão de solventes na
atmosfera, proporcionando um ambiente seguro aos funcionários.
Qualidade, praticidade e sustentabilidade são os pilares para o
desenvolvimento e criação das latas. Produz latas de aço sanitárias cilíndricas,
retangulares, quadradas e tronco piramidais com vários tipos de tampa e
acabamentos adequados às necessidades do cliente.
A lata de aço destaca-se por ser biodegradável, 100% reciclável e as latas
de alimentos por dispensar conservantes, garante que o produto mantenha suas
propriedades naturais inalteradas. É leve, resistente e no caso de são protegidos
por mais de dois anos, mesmo em condições adversas de clima, transporte e
manuseio.
Alguns dos motivos que a levam a estar entre as maiores empresas do
segmento são os diferenciais que oferecem aos clientes:
a) integração total de processos: aquisição da melhor matéria prima,
corte de bobinas, envernizamento, impressão, estamparia, montagem
da lata, entrega suporte ao envasamento e serviços técnicos;
b) tecnologia: utiliza o que há de mais atual em tecnologia para fabricação
de latas, com um dos mais modernos parques industriais do país,
capaz de fabricar uma grande variedade de modelos que podem ser
personalizados de acordo com a demanda de cada cliente. Trabalha
com sistemas de inspeção visual Care Controls, controle estatístico do
processo, software supervisório, melhoria contínua - Kaisen,
impressoras Crabtree, tampas easy-open, electrocoating Corima,
soldadoras Soudronic e máquinas Sabatier, Krupp, LTG e Littel;
c) qualidade: a política de qualidade assegura que as necessidades dos
clientes sejam atendidas por meio de funcionários qualificados e
delegação de autoridade;
d) sustentabilidade: é utilizada as melhores práticas para a indústria de
latas, como impressoras com tintas ultravioletas (UV), entre outros; e
e) rastreabilidade onde os clientes, através de uma etiqueta, podem
rastrear todas as etapas do processo.
A empresa conta com mais de 447 colaboradores distribuídos em diversas
funções abaixo descritos no organograma da fábrica de latas.
18

Figura 3: Organograma

CORDENADOR DE SUPERVISOR DE
PRODUÇÃO PRODUÇÃO

COORDENAÇÃO
GARANTIA DA
QUALIDADE

GERENTE SUPERVISOR DE
INDUSTRIAL ARMAZENAGEM

COORDENADOR DE
SUPERVISOR
MANUTENÇÃO

SUPERVISOR DE
PCP
DIRETOR
GERENTE
COMPRADOR
COMERCIAL

GERENTE SUPERVISOR
COMPRADOR
ADMINISTRATIVO ADMINISTRATIVO

COORDENADOR DE
RECURSOS
HUMANOS

Fontes: Elaborada pelos autores, 2016.

1.2 Missão

“Ser o melhor naquilo que nos propusermos a fazer, com foco absoluto
em nossas atividades, garantindo os melhores produtos e serviços aos clientes,
solidez aos fornecedores, rentabilidade satisfatória aos acionistas e a certeza de
um futuro melhor a todos os colaboradores.”

1.3 Visão

Acreditar que um dos principais diferenciais competitivos é a qualidade


das pessoas, por mais simples que sejam suas funções, pessoas preparadas e
motivadas fazem a diferença.
19

1.4 Valores

A empresa Indústria de Embalagens Metálicas (2016), acredita que por


meio de seus valores, é possível transmitir para outros indivíduos a transparência
e os objetivos da organização através dos itens abaixo:
a) atitude de dono: comprometido com o resultado, conhece com
profundidade aquilo que faz e tem a visão do todo. Age com obstinação,
disciplina e foco no detalhe. É mão na massa, busca sempre ser o
melhor naquilo que faz e não desiste nunca. Está sempre disponível e
dá o exemplo. Indigna-se, não se conforma, não fica quieto nem se
omite quando vê algo que não funciona bem ou possa ser melhorado.
É atento aos gastos e à economia de cada centavo. Está engajado com
a cultura da organização;
b) determinação: é obstinado, entrega resultados superiores e cumpre
seus compromissos. Faz as coisas acontecerem, busca alternativas
para os problemas e engaja as pessoas em prol de um objetivo comum.
Tem senso de urgência, atitude de dono e não desiste nunca;
c) disciplina: cumpre o combinado, é pontual com horário e seus
compromissos. Executa suas tarefas de forma disciplinada. É focado,
pragmático, otimiza o tempo, atividades e recursos. Entrega resultados,
não cria justificativas e desculpas;
d) disponibilidade: é receptivo, acessível, disponível, não tem dia e não
tem hora, está sempre pronto e tem o trabalho como prioridade. Está
aberto ao novo, às mudanças e motivado para novos desafios;
e) simplicidade: faz as coisas acontecerem de forma simples e prática, é
mão na massa, indo direto ao ponto, descomplica e desburocratiza
respeitando as normas;
f) franqueza: é direto, sincero, verdadeiro e transparente em suas
relações, sempre com respeito, de forma positiva, agregadora e
acolhedora. Não se omite, expressa suas opiniões mesmo quando
contrária aos demais. Sabe dizer não; e
g) humildade: sabe ouvir, é atencioso, considera a opinião dos outros, não
importa quem fez, importa é o que fizemos. Não tem vergonha de
perguntar nem de dizer que não sabe. Não é arrogante nem vaidoso e
20

age com respeito. Não se preocupa com status nem se acha dono da
verdade. Prioriza o nós e não o eu.

1.5 Clientes

A Indústria de Embalagens Metálicas produz latas para os clientes


externos, internos e as demais unidades. HEinz, Goiás Verde, Hypermaracas,
Oderich, Dez Alimentos, Swift estão classificadas como seus maiores clientes.
No cenário mundial de carnes enlatadas, os principais mercados
consumidores são: Inglaterra e os EUA. Dentre os principais produtos da fábrica
de latas destacam-se: a produção de latas trapezoidais nos modelos com
chaveta e easy open que representa o total de 80% da exportação da divisão de
latas do Brasil.

Figura 4: Tipos de latas

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

1.6 Concorrentes
21

Atualmente existem empresas atuando como concorrentes da Indústria


de Embalagens Metálicas, que são caracterizadas pela fabricação de latas para
condicionamento de diversos produtos alimentício. As principais concorrentes
são: Rojek, Mococa, Prada, Paulista, Iguaçu e a Rimet.

1.7 Responsabilidade social

A Empresa promove atividades com o intuito de criar, nas sociedades


onde atua uma rede de ações com fins sociais e culturais.
A Companhia reconhece que, além do impacto econômico por meio da
geração global de mais de 135 mil empregos, também tem um papel positivo nas
comunidades onde opera e assim contribui para o desenvolvimento social e
econômico muito além dos impactos diretos e indiretos das operações. A
Empresa acredita que um forte relacionamento com as comunidades locais é
fundamental para o sucesso dos negócios. Cada uma das unidades procura
atuar ativa e positivamente nas comunidades onde operam. A Empresa provê
suporte financeiro para algumas instituições de caridade e apoia eventos locais
no entorno das fábricas, como campanhas para prevenção de câncer, doação
de alimentos e projetos de educação.

1.7.1 Instituto Germinare

Em 2009, a Empresa criou o Instituto Germinare com o objetivo de unificar


as diversas iniciativas sociais que sempre estiveram presentes nos trabalhos
desenvolvidos pela companhia. Estabelecida em fevereiro de 2010, a escola,
construída próxima à matriz da Empresa em São Paulo, oferece gratuitamente
educação primária e secundária para jovens talentos, com o objetivo de preparar
melhores cidadãos para enfrentar os desafios da vida através de rigorosa
formação acadêmica e ampla exposição cultural.
A Escola Germinare tem por objetivo formar cidadãos preparados no
ponto de vista acadêmico e humano, com repertório cultural amplo, valores
éticos consolidados e atitudes positivas diante da vida e da sociedade. Isso
ocorre porque a Empresa vê a Educação como fundamental instrumento de
transformação de qualquer sociedade.
22

Atualmente, 360 estudantes estão matriculados recebendo gratuitamente


material escolar, alimentação e uniformes. O investimento nas futuras gerações
irá capacitar essa juventude com valores morais e éticos que permitirão contribuir
positivamente com a sociedade. A Escola Germinare representa o que a
Empresa acredita ser o principal instrumento para a transformação social: a
educação. O instituto busca inovar e empreender a fim de construir uma
sociedade mais justa.

1.7.2 CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo

A Empresa tem o orgulho de apoiar o CRER - Centro de Reabilitação e


Readaptação Dr. Henrique Santillo que tem como desafio oferecer tratamentos
de reabilitação aos portadores de deficiências físicas e auditivas.
O crescimento da Companhia está associado às iniciativas sociais em
todas as regiões onde atua.
Além da doação de equipamentos médicos importantes para o
atendimento dos pacientes e apoio mensal na alimentação ao Centro, a Empresa
firmou uma parceria para encaminhamento e seleção de pessoas com
necessidades especiais no mercado de trabalho para as unidades da Empresa
em Goiás.

1.2 Responsabilidade ambiental

Além de utilizar práticas para prevenção do meio ambiente a empresa


atua junto com órgãos fiscalizadores de saneamento a fim de conscientizar da
importância da preservação.
A Empresa busca redução de consumo através de programas que já
conseguiram reduzir 450.000 litros de água nos processos industriais, o que
seria suficiente para abastecer 3.000 habitantes por dia.
De acordo com o site da Empresa o compromisso com a natureza, com
a sociedade e com as gerações futuras, se dá através das ações cotidianas que
investem nas melhorias de processos e na conscientização das pessoas para
que contribuam a favor da natureza e da preservação dos recursos naturais.
23

CAPÍTULO II

O PROGRAMA 5S

1 O QUE É A QUALIDADE

Segundo Rodrigues (2006), o conceito de qualidade não é algo novo. Ao


longo da história é possível verificar diversas preocupações com a qualidade dos
produtos desde a existência da humanidade. O autor ainda cita que a revolução
mercantil possibilitou uma maior integração entre as sociedades por meio do
intercâmbio de produtos confeccionados por artesãos.
Já no período da revolução industrial, com a criação de maquinários,
foram possíveis a produção em série e a preocupação com a qualidade, com
abordagem na padronização e uniformidade aos processos.
Assim, verifica-se que o mundo dos negócios como era no início da
civilização não é conhecido atualmente, Rodrigues (2006, p. 5), cita que a partir
do século XX, as preocupações voltadas à qualidade, tinham uma abordagem
mais sistematizada, fazendo parte das normas e objetivos das empresas.
Principalmente após a Segunda Guerra Mundial, as indústrias bélicas
tinham a preocupação de produzir mais e com maior eficiência, forçando-os a
criarem novas técnicas de controle de produção e de qualidade.
Com o advento da globalização, o mercado ficou mais competitivo e
exigente, obrigando as empresas que quisessem continuar sólidas a buscarem
técnicas e práticas que visassem à melhoria dos processos de forma contínua,
à gestão da qualidade e ao foco e atendimento ao cliente, mais especificamente
os stakeholders.
Stakeholders é a pessoa que influencia os negócios da empresa. Com o
tempo, foram desenvolvidos programas com enfoque no gerenciamento da
qualidade, alguns desses apresentados a seguir. (STAKEHOLDER, 2013)

1.1 Surgimento da qualidade

Inicialmente, antes de mencionar os programas voltados a qualidade, é


necessário entender seu conceito. Segundo Faria (2016), o termo qualidade
24

surgiu por causa da segunda guerra mundial. Nas grandes indústrias


americanas, havia uma preocupação com a qualidade do que era produzido, os
produtos passavam por uma avaliação, onde eram verificados se os produtos
teriam as mesmas características do projeto e se não apresentavam defeitos.
Desta forma, os japoneses desenvolveram um método de controle da
qualidade oposto daquele conhecido na América. Este identificava a causa dos
defeitos para serem tratados, evitando assim, a produção de peças defeituosas.
Após este controle, surgiram vários outros métodos e programas voltados à
qualidade como: o TQC (Total Quality Control), ou Controle da Qualidade Total
e o conceito de defeito-zero, ou seja, tudo pode ser bem feito na primeira vez.
De acordo com Rodrigues (2006), o milagre industrial japonês teve como
pioneiros Juran e Deming, considerados pelos japoneses os grandes
realizadores de tal feito no início dos anos 50. Juran (1988) define a qualidade
por ‘fitness for use’ assim sendo, ‘adequação ao uso’ e para Deming (2003), a
qualidade é definida de acordo com as exigências e necessidades dos
consumidores. Tais exigências sofrem alterações conforme o tempo, desta
forma, as especificações da qualidade também se alteram.
O termo qualidade popularizou-se a partir de 1987 com a normatização
na criação da ISO9000, uma certificação de garantia da qualidade definida por
padrões adotados internacionalmente, utilizada atualmente não só em indústrias
mas nos diversos segmentos de mercado, além de ser pré-requisito para
participação em pregões na bolsa de valores.

1.2 Definição da qualidade

A conceituação do termo qualidade pode ser específico e ao mesmo


tempo amplo, segundo Paladini (2004, p. 20): “Definir qualidade de forma
errônea leva a Gestão da Qualidade a adotar ações cujas consequências podem
ser extremamente sérias para a empresa (em alguns casos, fatais em termos de
competitividade)”.
De acordo com Neto; Souza (2016), a definição em desacordo com o que
será esperado de um processo, produto ou serviço pode gerar interpretações e
observações genéricas a certa da qualidade esperada, isso porque a qualidade
tem várias dimensões que são abordadas pelas empresas atualmente, sendo:
a) qualidade intrínseca: satisfação obtida;
25

b) qualidade extrínseca: defeito ou irregularidade encontrada (padrão);


c) custo: adequado para a empresa e acessível ao cliente;
d) atendimento: comunicação e entrega (local, prazo, quantidade,
produto correto);
e) segurança: de quem produz para quem compra;
f) moral: rotatividade, absenteísmo, imagem da marca, funcionários,
sustentabilidade.
Sempre que as empresas conseguirem alcançar as seis dimensões da
qualidade terá a satisfação do cliente consequentemente a consolidação da
empresa e da marca. Conforme o catálogo da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), a ISO 9000:2015 é uma norma que descreve conceitos e princípios
que fundamentam a gestão da qualidade, que são universalmente aplicáveis.

A garantia da qualidade não trata somente de controle, mas de todos


os aspectos da gestão da qualidade – planejamento, controle e
melhoria da qualidade. É a parte da gestão da qualidade que provê a
estrutura. (O’HANLON, 2009, p. 2)

O´Hanlon (2009 p.4) cita a nova definição da qualidade apontada na ISO


9001:2000 como sendo o grau pelo qual um conjunto de características inerentes
satisfaz a requisitos, que segundo o mesmo, “Se essa definição não é muito
esclarecedora, ao menos nos dá o básico: satisfação de requisitos, quaisquer
que sejam e quem querem que os tenha estabelecido”.

1.3 Programas e ferramentas de qualidade

Serão abordados alguns programas e ferramentas de qualidade dentre os


vários disponíveis aos gestores da qualidade.

1.3.1 Programa 5S

Segundo Rodrigues (2006), o Programa 5S originou-se no Japão na


década de 50, é considerado como um modelo ou programa de educação e
iniciação à qualidade nas organizações. É formado por cinco sensos, Seiri
(Senso de Utilização), Seisou (Senso de Limpeza), Seiton (Senso de Ordem),
Seiketsu (Senso de Saúde) e Shitsuke (Senso de Disciplina). Este programa é
utilizado com a finalidade de melhoria da qualidade, aumento de produtividade e
26

diminuição de desperdícios. A implantação correta do programa é com todos os


sensos em perfeita harmonia, não devendo ser utilizada de forma separada ou
ausência de um dos sensos.

O Programa 5S, como ficou mundialmente conhecido, busca através


da otimização da utilização, ordem, limpeza, saúde e disciplina, o
comprometimento e a participação do trabalhador em relação a fatores
básicos e que consistem em pré-requisitos à implantação de um
programa de melhoria. (RODRIGUES, 2006, p. 214)

Este programa será visto com maiores detalhes no item 2.

1.3.2 Benchmarking: a busca do referencial de excelência

De acordo com Rodrigues (2006), é considerado como uma técnica ou


ferramenta com o objetivo de facilitar e disseminar a busca pelas melhores
práticas, através de análise comparativa com o melhor e com os concorrentes.

A filosofia do Benchmarking se adapta muito bem aos ensinamentos de


Sun Tzu em A Arte da Guerra’, livro escrito em 500 a.C.: ‘Conheça o seu
inimigo e conheça a você mesmo; em uma centena de batalhas você
nunca estará em perigo’. (RODRIGUES, 2006, p. 219)

Sua essência está em conduzir as empresas a maximizar o desempenho


organizacional e a competitividade, com foco nos processos. Pode também ser
entendido como um atalho para a excelência dos processos, que segundo
Rodrigues (2006), o benchmarking interno tem como vantagens o trabalho em
diversos departamentos da empresa procurando melhoria contínua das práticas
devido à facilidade em obter informação e a integração de toda a organização.
Segundo Rodrigues (2006), o processo de um benchmarking é composto por
três principais etapas, onde, o que é preciso é conhecê-la e adaptá-la de forma
adequada às necessidades específicas da organização, sendo:
a) planejamento: identificação dos problemas, do objetivo do
benchmarking, das empresas que serão comparadas e dos métodos
de coleta de dados;
b) análise: determinação do grau de desempenho das empresas e
projeção de níveis futuros e
c) implantação: apresentação dos resultados do benchmarking e obter
aceitação e estabelecer metas de nível funcional.
27

1.3.3 Ciclo PDCA

É uma sigla em inglês que significa Plan, Do, Check, Action, que pode ser
traduzida como: Planejar, Executar, Checar e Ação.
Normalmente é utilizado para desenvolvimento, implementação e
melhoria da gestão da qualidade, com uma abordagem sistemática em controle
de processo, além de ser considerada como uma ferramenta de melhoria
contínua.
Para Campos (2004), o método PDCA é um caminho para se atingirem
as metas.

Melhorar continuamente um processo significa melhorar continuamente


os seus padrões (padrões de equipamento, padrões de materiais,
padrões técnicos, padrões de procedimento, padrões de produto, etc.).
Cada melhoria corresponde ao estabelecimento de um novo ‘nível de
controle’ (novo valor-meta para um item de controle). (CAMPOS, 2004,
p. 35)

Para garantir que as metas voltadas à melhoria contínua sejam


alcançadas, é fundamental a utilização do método PDCA.
Segundo Campos (2004), nesta situação, existem duas formas para a
implementação do método, sendo a projeção de um novo processo para atingir
o objetivo desejado ou a realização de sucessivas alterações nos processos
existentes.

1.3.4 TQC e TQM

Tanto o TQC Total Quality Control que traduzido é Controle da Qualidade


Total, como o TQM Total Quality Management que traduzido é Gestão da
Qualidade Total, representam o mesmo sistema, que ao passar das décadas
mudou sua abordagem que, de controle passou para a gestão da qualidade.
(HENRIQUE; FIORO, 2013)
Segundo Campos (2004, p. 14), “o TQC, como praticado no Japão, é
baseado na participação de todos os setores da empresa e de todos os
empregados no estudo e condução do controle da qualidade”.
Este programa tem uma abordagem mais sistemática na prevenção de
problemas críticos, buscando uma ação preventiva em relação à ocorrência de
problemas originadas das mesmas causas, o gerenciamento participativa, o
28

envolvimento e comprometimento da alta gerência.


Pode-se assim dizer que, é uma ferramenta que busca a interação dos
esforços das pessoas com a maior quantidade de máquinas e uma satisfatória
quantidade de informação, que, em sinergia, desenvolve a qualidade total.

Primeiro devemos reconhecer quais são os fins (resultados) desejados


para uma empresa. Como objetivo de uma organização humana é
satisfazer às necessidades das pessoas, então o objetivo, o fim, o
resultado desejado de uma empresa é a Qualidade Total. (CAMPOS,
2004, p. 14)

Campos (2004), define Qualidade Total como sendo as dimensões que,


de alguma forma, afetam a satisfação das pessoas e por consequência, a
sobrevivência da empresa, sendo elas: Qualidade, Custo, Entrega, Moral e
Segurança.
Com a implementação eficiente da gestão da qualidade, é possível
analisar melhorias na redução de defeitos, e consequentemente, a diminuição
dos custos de produção.

A otimização do processo engloba os esforços destinados a minimizar


custos, reduzir defeitos, eliminar perdas ou falhas e, enfim, racionalizar
as atividades produtivas. É evidente que o reflexo dessas melhorias
pode migrar diretamente para os produtos, que, afinal são resultados dos
processos otimizados. (PALADINI, 2004, p. 34)

Faz-se necessário entender que tanto o TQC ou TQM é um sistema muito


complexo e de grande aplicabilidade nas organizações, porém é crucial a
integração da gestão da qualidade com os stakeholders, ou partes interessadas,
a inspeção dos processos, controle estatístico e os demais programas de suporte
a Gestão da Qualidade Total como os Seis Sigma.

1.3.5 Seis Sigma

Programar e melhorar os processos internos de fabricação de maneira


que garanta a qualidade tornando as operações mais eficientes e econômicas é
o que posiciona as empresas de forma estratégica no mercado (PANDE;
NEUMAN; CAVANAGH, 2001). A metodologia Seis Sigma é considerada
também como uma ferramenta que visa identificar e implementar melhorias nos
processos, para assim, garantir menores custos e consequentemente, aumentar
29

os lucros.
Assim, “O Seis Sigma é um processo altamente disciplinado, que nos
ajuda a focar no desenvolvimento e a entrega de produtos e serviços quase
perfeito” (CHASE; JACOBS; AQUILANO, 2006, p. 189).
Os sigmas são utilizados como índice ou escala de qualidade, sendo 1
sigma a escala mais baixa que configura um processo com muitas falhas e
defeitos em grande potencial devido à ausência de qualidade e o 6 sigma a
escala mais alta onde o processo tem excelência na operação, que dentro da
metodologia possui apenas 3,4 defeitos por milhão de oportunidades (CHASE;
JACOBS; AQUILANO, 2006)
As especificações da qualidade de um determinado produto ou serviço
dependem do que o cliente deseja em relação ao que a empresa pode entregar
e estão atreladas às características primárias do produto ou serviço.
Contudo, não é uma estratégia voltada apenas para os processos, mas
também aborda a visão do negócio como um todo. (RODRIGUES, 2006)

Seis Sigma é uma rigorosa e disciplinada metodologia com foco no


negócio, que usa ferramentas, técnicas e análise estatística para medir
e melhorar o desempenho operacional de uma organização, através da
identificação e eliminação dos defeitos e desperdícios, e da agregação
de valores ao processo ou produto, com objetivo de aumentar a
satisfação do cliente e reduzir os custos do processo (RODRIGUES,
2006, p. 11)

Porém, qualquer ferramenta ou programa de qualidade apenas terá


sucesso efetivo com resultados significativos, com a implantação do Programa
5S, que é considerado a base de qualquer gestão da qualidade, justamente
devido o significado e aplicação efetiva de cada senso.
Segundo Rodrigues (2006, p. 463): “a experiência demonstra que
qualquer programa de melhoria da qualidade e produtividade deve iniciar-se com
a mudança de hábitos dos colaboradores quanto à limpeza, organização, asseio
e ordem do local de trabalho”.
Ainda segundo o autor, o Seis Sigma como qualquer outro programa de
qualidade, somente obterá resultados significativos com a implantação de todos
os sensos no processo, tornando o capaz de melhoria.
De acordo com Rodrigues (2006), na abordagem padrão da metodologia
Seis Sigma no ciclo DMAIC “Define, Measure, Analyse, Improve, Control” que
traduzido significa Definir, Medir, Analisar, Implementar e Controlar, o Programa
30

5S juntamente com outras ferramentas torna-se crucial para a melhoria do


processo eliminando os problemas, reduzindo custos e agregando valor para o
cliente.
Uma implementação bem-sucedida do Seis Sigma é baseada no uso de
práticas pessoais seguras, bem como de metodologias e técnicas. (CHASE;
JACOBS; AQUILANO, 2006, p. 200)

2 CONCEITOS DO PROGRAMA 5S

De origem Japonesa, o 5S iniciou na década de 50, logo após a Segunda


Guerra Mundial, com a finalidade de reestruturar o país.
De acordo com a história, foi criado pelo Dr. Kaoru Ishikawa um
engenheiro químico japonês, orador de conceitos da Qualidade Total. (RIBEIRO,
2006)
“O 5S é uma técnica japonesa, um estilo de vida, um jeito especial de
viver”. (ARAÚJO, 1997, p. 98)
De acordo com Marshall (2006), o 5S é uma filosofia que busca a
participação dos colaboradores nos processos para a mudança no local de
trabalho evitando desperdícios, mantendo a limpeza e a arrumação das salas.
Campos (1999, p.173) afirma que: “o programa 5S não é somente um
evento episódico de limpeza, mas uma nova maneira de conduzir a empresa
com ganhos efetivos de produtividade”.

A importância dos 5S’s parece tão óbvia que muitas pessoas cometem
o erro de pensar em cada termo, como se eles fossem uma espécie de
talismã. Entretanto, é preciso lembrar que na verdade, os 5S’s são um
meio de se atingir fins específicos. E, ao implementar os 5S’s, é
necessário ter em mente esses objetivos. (OSADA, 1992, p.33)

Os cincos sensos são integrados, formando um sistema. Não há


necessidade de separá-los, cada senso interligado é um pré-requisito para a
implantação do seguinte. (SILVA, 1994)
O Programa 5S é base para qualquer programa de qualidade, e quando
bem aplicado é considerado uma excelente ferramenta de transformação
organizacional. (GONZALEZ, 2005)
De acordo com Ribeiro (1994), as práticas do 5S estão presentes em toda
31

população, pátria, sociedade, família, zelando pela limpeza, segurança, bem-


estar, sensatez e respeito ao próximo.

Figura 5: Uma visão sistêmica dos cinco Sensos

Fonte: Silva, 1994, p. 28.

No Brasil, a prática do programa 5S, iniciou formalmente a partir de maio


de 1991, criando um ambiente de qualidade total. De acordo com Silva (1994),
o programa 5S tem caráter universal, podendo aplicá-lo em empresas públicas
e privadas, com ou sem envolvimento em programas de qualidade e
produtividade.
Por ser de simples entendimento, fácil aplicação e por gerar resultados
notórios e instantâneos em todas as organizações, o 5S é responsável por
preparar o ambiente para vastas mudanças. (GODOY; MATOS, 2004)
O 5S é um programa simples, mas um escritor já dizia: “ser simples é a
coisa mais difícil do mundo”. “É fácil de começar, difícil de manter, mas,
sobretudo é altamente mobilizador do potencial humano latente nas
organizações”. (SILVA, 1994, p.25)

2.1 Fundamentos do programa 5S

Segundo Osada (2004), o nome surgiu de cinco palavras japonesas


32

iniciadas pela letra S, na tradução adotou-se a palavra senso para expressar os


termos.

Quadro 1: Interpretação do 5S - Japonês - Inglês - Português


JAPONÊS INGLÊS PORTUGUÊS
Utilização
Arrumação
1ºS Seiri Sorting Senso de
Organização
Seleção
Ordenação
2ºS Seiton Systematyzing Senso de Sistematização
Classificação
Limpeza
3ºS Seisou Sweeping Senso de
Zelo
Asseio
Higiene
4ºS Seiketsu Sanitizing Senso de
Saúde
Integridade
Autodisciplina
5ºS Shitsuke Self-Disciplining Senso de Educação
Compromisso
Fonte: Lapa, 1998, p.2.

Os 5S's foram interpretados como ‘sensos’ não só para manter o nome


original do programa, mas porque refletem melhor a ideia de profunda
mudança comportamental. É preciso ‘sentir’ a necessidade de fazer.
Assim, adotou-se: senso de utilização, para seiri; senso de ordenação,
para seiton; senso de limpeza, para seisou; senso de saúde, para
seiketsu e senso de autodisciplina, para shitsuke. Outros termos
encontrados na literatura com certa frequência são: organização,
arrumação ou seleção, para seiri; ordenação, arrumação, organização
e sistematização, para seiton; higiene, asseio ou padronização para
seiketsu e disciplina, educação e comprometimento para shitsuke.
Limpeza tem sido adotada sem variações para seisou. (SILVA, 1994,
p. 14-15)

2.1.1 Seiri – Senso de utilização

Para Ribeiro (1997, p.99) “é separar as coisa necessárias das que são
desnecessárias, dando um destino aquelas que não são úteis para um
determinado local.”
Possuir senso de utilização é separar materiais, equipamentos, utensílios,
informações e dados, descartando o desnecessário para as atividades da rotina.
(GONZALEZ, 2005)

Na linguagem do 5S significa distinguir o necessário do desnecessário,


33

tomar as decisões difíceis e implementar o gerenciamento pela


estratificação, para livrar-se do desnecessário. Ocupar-se das causas
para eliminar o desnecessário, impedindo que se transforme em
problemas. (OSADA, 1992, p.27)

De acordo com Osada (2004), as principais vantagens do seiri são:


a) conseguir liberação de espaço;
b) eliminar ferramentas, armários, prateleiras e materiais em excesso; e
c) eliminar itens fora de uso.

2.1.2 Seiton – senso de ordenação

De acordo com Osada (1992), organizar é guardar de acordo com a


facilidade para manuseá-las de acordo com a frequência utilizada. Quando está
organizado e identificado as pessoas poupam tempo encontrando as coisas
facilmente.

Quadro 2: Frequência de uso


Frequência de uso Onde Guardar

Toda Hora No Local de Trabalho

Todo Dia Próximo ao local de trabalho


Toda Semana Almoxarifado

Sem Uso Previsível Colocar à disposição


Fonte: Silva, 1994, p.32.

Ordenar é guardar as coisas necessárias, de acordo com a facilidade


de acessá-las levando em conta a frequência de utilização, o tipo e o
peso do objeto, como também uma sequência lógica praticada, ou de
fácil assimilação. Quando se tenta ordenar as coisas, necessariamente
o ambiente fica mais arrumado, mais agradável para o trabalho e,
consequentemente, mais produtivo. (RIBEIRO, 1994, p. 18).

Conforme Osada (2004), arrumar significa guardar, levando em


consideração a eficiência, a qualidade e a garantia, ou seja, procurar a forma
ideal de se guardar as coisas.
É importante lembrar que quando se fala em organização, refere-se
também ao planejamento dos trabalhos, deve-se organizar o tempo e a
sequências das tarefas a realizar ao longo do dia, aumentando a produtividade
pessoal e profissional. (LEONEL, 2011)
34

Segundo Ribeiro (2010), as vantagens do senso são:


a) diminuição do cansaço físico por movimentação desnecessária;
b) melhoria do fluxo de pessoas e materiais;
c) diminuição do estresse por buscas mal sucedidas;
d) melhor utilização do tempo disponível;
e) adequação da estrutura física aos objetos desejados.
“Não é difícil visualizar e avaliar o conceito. Difícil é colocá-lo em prática.”
(OSADA, 2004, p 71)

2.1.3 Seisou – senso de limpeza

Ter senso de limpeza é eliminar a sujeira para conservar limpo o ambiente


e também manter dados e informações atualizadas para facilitar na tomada de
decisão. É necessário evitar a procedência da sujeira impedindo a recorrência
do problema, pois mais importante do que limpar é não sujar. (LAPA, 1998)

Limpar é eliminar a sujeira, inspecionando para descobrir e atacar as


fontes de problemas. A limpeza deve ser encarada como uma
oportunidade de inspeção e de reconhecimento do ambiente. Para
tanto, é de fundamental importância que a limpeza seja feita pelo
próprio usuário do ambiente. (RIBEIRO, 1994, p. 18)

A limpeza é ferramenta que aumenta a vida útil dos equipamentos, a


qualidade, a segurança de todos os outros elementos. Por isso, eliminar toda
sujeira, falhas e erros são pontos-chave de vistoria do Programa 5S. (OSADA,
1992). Para efetuar o Seisou tudo deve estar em seu devido lugar, para isso
deve-se decidir o lugar de cada coisa. Depois de elaborado o plano de
instalação, poderá encontrá-las com facilidade. (CAMARGO, 1994, p. 15)
Dentre as vantagens deste senso conforme Osada (2004), destacam-se:
a) ambiente mais agradável e sadio;
b) prevenção de acidentes;
c) diminuição de desperdício;
d) prevenção de poluição;
e) melhoria da imagem interna e externa da empresa.

2.1.4 Seiketsu – senso de saúde


35

Ter senso de saúde significa preocupar-se com a saúde, seja físico,


mental ou emocional, pois ela é essencial para a felicidade do colaborador e de
sua família. (RIBEIRO, 2010)
Para Osada (1992), o Seiketsu é manter e praticar constantemente os três
primeiros sensos para que eles não se percam. A comunicação visual deve ser
utilizada para construir padrões e instruções objetivas.

Manter o asseio é conservar a higiene, tendo o cuidado para que os


estágios de organização, ordem e limpeza, já alcançados, não
retrocedam. Isto é executado através da padronização de hábitos,
normas e procedimentos. (RIBEIRO, 1994, p. 19)

De acordo com Bittencourt (2010), é importante identificar os problemas


que afetam a saúde dos colaboradores, deve-se também verificar os estados
dos banheiros, refeitórios, salas e áreas de descansos.
Gonzalez (2005) cita como principais vantagens do Seiketsu:
a) preservar a saúde, reduzindo gastos com doenças e acidentes;
b) reduzir riscos de contaminação;
c) reforçar hábitos de higiene pessoal;
d) reduzir ou evitar acidentes no trabalho;
e) propiciar crescimento da autoestima e cuidados com a saúde;
f) oferecer condições propícias à produtividade.

2.1.5 Shitsuke - senso de disciplina

“Ser disciplinado é cumprir rigorosamente as normas e tudo o que for


estabelecido pelo grupo. A disciplina é um sinal de respeito ao próximo”.
(RIBEIRO, 1994, p. 19)
Conforme Osada (2004), ter autodisciplina é praticar os sensos de
Utilização, Ordenação, Limpeza e Saúde em uma doutrina de vida, tendo bons
hábitos no modo de operar, de sentir e de viver, estabelecendo a qualidade total.
A disciplina é fundamental para manter a ordem nos setores, este senso
é o requisito mínimo para que a organização funcione. (OSADA, 1992)

O Shitsuke é o cumprimento rigoroso daquilo que for estabelecido entre


as pessoas (regras de convivência), bem como das normas e
procedimentos vigentes, sem necessitar monitoramento, é uma atitude
de respeito ao próximo. (RIBEIRO, 2006, p. 186)
36

A ausência de disciplina causa desperdícios de recurso e tempo,


descontentamento entre as pessoas e informações desnecessárias. O respeito
às normas e as pessoas são essenciais para o trabalho em equipe e eficiência
dos processos e do programa 5S. (OSADA, 1992)
Segundo Gonzalez (2005), as vantagens do senso de autodisciplina são:
a) cooperação entre os colegas;
b) responsabilidades bem definidas;
c) melhoria das relações humanas no trabalho;
d) manutenção de padrões mais elevados de qualidade;
e) melhoria da imagem da empresa;
f) satisfação dos clientes.

2.2 Objetivo dos cinco sensos

De acordo com Campos (1994, p. 28), "o 5S promove o aculturamento


das pessoas a um ambiente de economia, organização, limpeza, higiene e
disciplina, fatores fundamentais à elevada produtividade".
Do ponto de vista de Silva (1996), os objetivos do 5S são os mesmo da
educação, desenvolver cidadãos capazes de continuar o seu progresso após a
escola. No ponto de vista organizacional, o programa melhora a qualidade do
ambiente e do trabalho, estimulando o potencial dos colaboradores.

2.3 Os benefícios que o programa 5S proporciona

Muitos são os benefícios do programa 5S. Um deles é servir como base


para outras ferramentas de produção ou de qualidade. (RIBEIRO, 2006)
Jesus (2003), relaciona os benefícios do programa 5S para os
colaboradores e para a organização. Para as empresas, a aplicação do 5S reflete
em um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, incentivando a
participação de todos com o objetivo de evitar desperdícios e retrabalhos,
refletindo na redução de custos, melhoria da qualidade e da produtividade. Ao
eliminar o desnecessário, facilita-se o manuseio e a guarda dos itens a serem
utilizados. Tudo isso leva a empresa a tornar-se mais competitiva no mercado.
Para os colaboradores, o programa melhora a qualidade de vida, o crescimento
profissional e pessoal pois é uma fonte de conhecimento e oportunidades;
37

estimula o trabalho em equipe, aumentando o comprometimento com os


resultados.

Figura 6: Ferramentas e Contribuições do 5S

Fonte: Ribeiro, 2006, p. 26.

Segunda Silva (1994), por só trazer benefícios o programa 5S pode ser


implantado em qualquer organização independente do segmento ou tamanho,
assim desenvolvendo o espírito de equipe, autoestima, tornando o ambiente
organizado e facilitando a localização de objetos, otimizando recursos,
eliminando desperdícios e conscientizando sobre o meio ambiente.
38

CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

De acordo com Ribeiro (1994), o 5S está longe de ser a solução para


todas as dificuldades de uma empresa, entretanto se trata de um método simples
com efeitos imediatos e duradouros para a sociedade, organização, clientes e
meio ambiente.
Através da utilização do programa 5S as empresas buscam melhorias no
ambiente e nas condições de trabalhos, tornando-o estimulador para transformar
potenciais em realizações. (SILVA, 1996)
Com o objetivo de analisar a importância e os benefícios que o Programa
5S proporciona ao processo produtivo, foi realizada uma pesquisa na Indústria
de Embalagens Metálicas – Lins de fevereiro a outubro de 2016. Utilizando o
método de estudo de caso e pesquisa descritiva com base qualitativa.

Figura 7: Foto aérea da empresa

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Figura 8: Fachada da empresa

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


39

Figura 9: Logo da empresa

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

A Indústria de Embalagens Metálicas atua no setor voltado


exclusivamente na produção de embalagens metálicas para consumo interno e
venda para terceiros, estando localizada na via de acesso Lins/Getulina s/nº,
Bairro Parque Industrial em Lins.
Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos e
técnicas:
a) Método de Estudo de Caso: foi realizado um estudo de caso, na
Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, analisando a importância
e os benefícios que o Programa 5S proporciona ao processo
produtivo.
b) Métodos de Observação Sistemática: foram observados, analisados
e acompanhados os procedimentos aplicados ao processo produtivo
como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso.
c) Método Histórico: foi observada a evolução histórica da empresa
Indústria de Embalagens Metálicas de Lins – SP.

Técnicas:
A. Roteiro de estudo de caso (APÊNDICE A)
B. Roteiro de observação sistemática (APÊNDICE B)
C. Roteiro histórico da Indústria Metalúrgica (APÊNDICE C).

1.1 Relato e discussão sobre o Programa 5S na Indústria de Embalagens


Metálicas.

Pode-se recorrer ao Programa 5S para reduzir as perdas e melhorar o


40

processo produtivo, melhorar a qualidade do ambiente de trabalho,


consequentemente levar a empresa a maior lucratividade.
Para a Indústria de Embalagens Metálicas – Lins, a implementação e
utilização trará bons resultados, promovendo melhorias nos processos,
conscientizando os colaboradores da importância dos sensos do programa.
O Programa 5S é muito dinâmico e cria condições para outros programas
de qualidades, o que poderá trazer melhorias e lucros para a empresa.

1.2 Processo produtivo de embalagens metálicas

Figura 10: Fluxograma do processo produtivo

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


41

O início da produção começa a partir do recebimento das bobinas de aço.

Figura 11: Bobina de aço

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Nota-se que existe um local apropriado para o armazenamento da matéria


prima, condizente ao programa 5S. Porém, como pode ser observado na figura
12, seria necessária a aplicação do senso de utilização, pois pode-se verificar o
desperdício de energia no setor, as luzes ficam acessas mesmo quando não tem
ninguém no local. É conveniente a aplicação do senso de ordenação para que
as folhas malas sejam armazenadas em um único lugar, retirando-as da faixa de
passagem dos colaboradores, conforme a segunda imagem da figura.

Figura 12: Área de recebimento das bobinas

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


42

Vale ressaltar a utilização do senso de limpeza, pois conforme a terceira


imagem da figura 12 existe lixo entre as ferramentas de trabalho.
Após o recebimento, são feitos o corte da bobina em folhas e a preparação
para o envernizamento.
Durante o processo são realizadas inspeções pelo equipamento dentre
eles: furos, deformações e ondulações e manchas/oxidações. Caso haja um
desvio, a folha é rejeitada pelo equipamento. Os operadores também realizam
as inspeções de qualidades descritas nos procedimentos operacionais padrão
(POP).

Figura 13: Corte da bobina

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Durante esse processo é de extrema importância a utilização do senso


Seiketsu (Saúde), pois deve-se utilizar as luvas anticorte para manuseio das
bobinas evitando acidentes durante a operação com a chapa de aço.
Também é necessário o senso Seiton (Ordenação) para facilitar os
procedimentos com as máquinas. Deve-se padronizar etiquetas e colocar em
todos os painéis dos maquinários utilizados. Notou-se que o uniforme estava
armazenado, em local impróprio, fora do armário disponibilizado para o
colaborador, em desacordo com o senso de ordenação que orienta um lugar
para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
43

Figura 14: Área do corte da bobina

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Deve-se colocar em prática, o senso Shitsuke (autodisciplina) onde todas


as pessoas envolvidas nas atividades do departamento sejam orientadas sobre
a importância dos sensos no setor.
O senso de Ordenação também deve ser aplicado no setor, pois conforme
a imagem figura 14, o palete com as folhas malas ficam no meio do caminho sem
um local apropriado, podendo ser causa de acidente.
Após o processo de corte é realizado o envernizamento dos dois lados da
folhas, aplicando o acabamento para proteção contra oxidação e contaminação
dos produtos, podendo ser dourado, transparente ou esmaltado, sobre os quais
serão impressos os rótulos.
São produzidos em média 6 mil folhas por hora, sempre com
acompanhamento dos operadores evitando problemas na produção.

Figura 15: Envernizamento

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


44

Durante esse processo é utilizado produtos que podem ser tóxicos em


contato com áreas sensíveis do corpo, sendo de extrema importância a utilização
do senso Seiketsu (Saúde) pois deve-se utilizar as luvas, toucas e óculos para
evitar contato, podendo ocasionar problemas de saúde.
Os equipamentos de proteção coletivo devem estar em local de fácil
acesso, e conforme a imagem detectou-se a importância de atentar ao senso de
Saúde (Seiketsu).

Figura 16: Equipamento de proteção coletivo

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Após o envernizamento, as folhas são armazenadas em fardos e


transportadas para a litografia, onde serão impressos os rótulos.
Os rótulos são definidos pelos clientes, sendo realizado por impressoras
dual color totalmente automatizadas com capacidade média de 3,5 mil folhas por
horas e em seguida seca por iluminação u.v.
45

Figura 17: Impressora

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Durante a impressão, o ambiente de trabalho fica com um odor muito forte.


Assim, verificou-se mais uma vez a necessidade de aplicação do senso Seiketsu
(Saúde), pois deve-se utilizar as luvas, toucas e óculos. Aproveitando o estudo,
observou-se a necessidade da aplicação do Seiton (Ordenação), que auxiliará
na padronização e colocação de identificações dos botões nos paineis.
Após a impressão, as folhas são enviadas para a linha de montagem e
estamparia, onde serão montados os corpos e as tampas das latas.
É feito o corte de acordo com o tamanho dos corpos e fundos, entrando
para o processo de soldagem, envernizamento das reservas, marcação dos
frisos e pestanhas. Depois destes processos, é feito a junção do corpo e do fundo
(recravação), sendo finalizado o processo com a paletização e embalagem.

Figura 18: Processo de recravação

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


46

Durante o processo final verificou a necessidade de aplicação do senso


Seisou (limpeza): manter o ambiente de trabalho limpo facilitando o dia a dia,
lembrando que o importante é não sujar. A fábrica ainda conta com um layout
projetado para facilitar o fluxo de materiais, insumos e produtos acabados
conforme demonstrada na imagem abaixo:

Figura 19: Layout da fábrica

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

Em um olhar geral, foi observada a necessidade de aplicação de todos os


sensos do programa 5S:
a) senso Seiri (utilização): pode-se retirar paletes com folha malas do
setor de bobinas, cortes e litografia. Pode-se retirar do setor de bobina, de
embalagens e até da sala administrativa os materiais sem utilização, conforme
a imagem.

Figura 20: Materiais sem utilização

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


47

b) senso Seiton (organização): as máquinas de alguns setores não eram


identificadas, dificultando a execução das atividades; alguns materiais não
ficavam em seus devidos lugares, poluindo o ambiente e dificultando a
localização do mesmo.

Figura 21: Materiais em locais impróprios

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016

c) senso Seisou (limpeza): é necessário manter o ambiente e as


ferramentas de trabalho limpo e arejado para melhorar o ambiente; notou-se um
ambiente com muita teia de aranha e pó.
d) senso Seiketsu (saúde): manter as condições higiênicas pessoais e
sanitárias do ambiente para a melhor qualidade de vida do colaborador. Nas
imagens pode-se perceber o colaborador manuseando uma folha de aço sem a
luva anticorte e a presença de fios enrolados sem uma devida proteção, estando
em desacordo com o senso da saúde.

Figura 22: Colaborador com ato inseguro


48

Fonte: Indústria de Embalagens Metálicas de Lins, 2016


e) senso Shitsuke (disciplina): orientar todas as pessoas envolvidas nas
atividades sobre a importância do programa 5S. É importante fazer uma reunião
com a presença de todos para alinhar sobre o programa e as suas regras.

1.2 Os benefícios do programa 5S na empresa

A Indústria de Embalagens Metálicas de Lins tendo os sensos aplicados


torna-se mais produtiva, prevenindo acidentes, eliminando os desperdícios,
reduzindo os custos e melhorando o ambiente de trabalho.
A Indústria de Embalagens Metálicas de Lins tem o certificado ISO 9001
Sistema de Gestão da Qualidade. Por este motivo, é necessário ter disciplina
buscando sempre melhoria no processo produtivo. O 5S é o programa base de
implantações de outros programas de qualidade.
Deve-se lembrar que, o programa não é um evento, e sim uma nova
maneira para conduzir a empresa, pois trata-se de uma alternativa simples e
econômica para combater desperdícios e aumentar os ganhos.

1.3 Dificuldades da aplicação

A maior dificuldade para a implantação do programa é a resistência dos


funcionários devido ao medo, as incertezas com o programa e a aversão às
mudanças. O 5S deve começar nos mais altos níveis hierárquicos, pois os
funcionários não compreendem os benefícios do programa, podendo pensar que
é perda de tempo.
Ressalta-se que o setor da gestão da Qualidade da Indústria de
Embalagens Metálicas de Lins já estão se preparando para começar a aplicação
do programa.

1.4 Parecer final do caso

É possível notar que, a implantação do Programa 5S de maneira eficaz e


contínua, tende a melhorar a qualidade dos produtos e beneficiar a empresa.
Entretanto, para o sucesso da implantação, deve-se ter o comprometimento e o
envolvimento de todos, para assim alcançar os resultados desejados.
49

O Programa 5S aplicado corretamente gerará impactos positivos na


gestão da produção, facilitando o dia a dia, melhorando não só as condições de
trabalho, mas criando um ambiente estimulador para os colaboradores
comprometidos com o programa.
50

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Baseado nas visitas e pesquisas realizadas na Indústria de Embalagens


Metálicas de Lins e nas referências utilizadas, nota-se a importância da
implantação do Programa 5S na empresa.
Sugere-se à empresa as seguintes propostas:
a) treinar e conscientizar os gestores para que entendam a essência do
programa, servindo como exemplo para os demais colaboradores;
b) realizar treinamentos periódicos, sempre incentivando os
colaboradores a participarem e se dedicarem ao programa, mostrar
as evoluções e resultados obtidos através da aplicação do mesmo;
c) implantar um senso por vez, não esquecendo da importância de cada
um deles e reconhecendo cada etapa concluída;
d) nomear um setor ou pessoa que fique responsável pela gestão do
programa;
e) registrar os problemas durante a implantação, auditorias através de
fotografias, marcando reuniões periódicas e mostrando as
oportunidades de melhoria; e
f) buscar motivar e disciplinar os colaboradores através de prêmios e/ou
bonificações, estimulando metas para serem cumpridas em
determinado período.
51

CONCLUSÃO

O Programa 5S é uma ferramenta que busca o ambiente mais organizado,


produtivo, sem desperdícios de matérias e sempre buscando, de maneira significativa,
a preservação do meio ambiente, e que acaba influenciando no aumento da
produtividade.
De maneira flexível, o Programa permite, de forma gradativa, ajudar na
implementação, aceleração e modernização de outros programas. Assim, passam a
ter qualidade maior em relação à produtividade, além de melhorar o ambiente de
trabalho. Por consequência, os clientes que visitam a empresa saem satisfeitos com
a condução da empresa.
Com base em todas as pesquisas realizadas na Indústria de Embalagens
Metálicas de Lins foi observado o quanto é importante a utilização do Programa 5S no
processo produtivo. Nas análises realizadas, averiguou-se a necessidade de uma
ferramenta de qualidade.
Para a aplicação do Programa 5S na empresa, é necessário que o mesmo seja
bem aceito pelos colaboradores, buscar minimizar e se possível, eliminar as
resistências entre os profissionais do departamento auditado, o que facilitará a
aplicação do programa e o desenvolvimento do processo.
Por fim, conclui-se que a empresa está no caminho certo, pois com a aplicação
do Programa 5S os impactos por ele causados melhoram as condições do processo
produtivo, melhorando as condições de trabalho dos colaboradores e,
consequentemente, a qualidade do produto, trazendo o reconhecimento e a
fidelização dos clientes.
O trabalho proporcionou crescimento intelectual e profissional, pois aprofundou
nossos conhecimentos no Programa 5S. Pelo estudo elaborado, pode-se verificar o
dia a dia da empresa, todos os seus problemas e desafios. O processo produtivo exige
muita responsabilidade dos colaboradores para que o produto final supra às
expectativas do cliente, prezando sempre pela qualidade total.
52

REFERÊNCIAS

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55

APÊNDICES
56

APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Apresentar os objetivos relacionados ao estudo de caso. Descrever os


métodos e técnicas utilizadas na pesquisa. Caracterizar os aspectos principais
do caso (o assunto específico/ departamento/ setor).

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado.

Descrição dos materiais e métodos empregados na empresa e nos trabalhos


(Programa 5S e outros programas de qualidade).

1.2 Discussão

Confronto entre teoria e a prática utilizada pela empresa.

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre manutenção ou


modificações de procedimentos
57

APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:
Localização:
Cidade: Estado:
Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Benefícios para os colaboradores


2 Benefícios no processo produtivo
3 Dificuldades de manter o Programa 5S
4 Desperdício
5 Limpeza
6 Saúde
7 Segurança
8 Controle de Qualidade
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APÊNDICE C – Roteiro Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:
Localização:
Cidade: Estado:
Atividade:
Data da Fundação:

II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA

1 Surgimento
2 Missão, Visão, Valores, Crenças
3 Evolução
4 Processos produtivos
5 Produtos
6 Concorrentes
7 Clientes
8 Fornecedores
9 Projeto de Expansão
10 Organograma

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