Física dos Edifícios Eng.

Civil - 4ºano

1.Quantificação dos parâmetros térmicos:

1.1.Áreas

1.1.1.Areas úteis
.Cave
A (escadas + hall) = 4.5*2.8=12.6 m2
A (escritório) =13 m2

.Rés-do-chão
A (cozinha) = 36 m2
A (escadas +hall) = 4.6*2.8 = 12.9 m2
A (entrada) = 2.2*2.8 = 6.2 m2
A (I.S.) = (1.85*1.3)+(0.8*0.8) = 3.1 m2
A (sala comum) = 32.6 m2
A (despensa) = (3*.9)+(2.1*0.8)= 4.4 m2

.Andar
A(quarto1) =15+1.3 = 16.3 m2
A(quarto2) =16.6 m2
A(quarto3) =14.7 m2
A(quarto4) =12.7+1.3 = 14 m2
A(I.S) = (1.8*1)+(0.7*0.9)+(0.7*0.9)+(2.8*1.9) = 8.4 m2
A(hall) = (1.25*4.8) =6 m2
A(escadas) = 3*2.8 =8.4 m2
A(armário) = 0.7*1.5 = 1.1 m2

Área útil total =  Ai =206.3 m2

1.1.2.Areas brutas
.A (paredes interiores ) =(2.7*2.9)+
+2.7*(5.2+1.9+3.9+2.3+0.8+1+1+3.2+1+0.7+0.6+2)+
+2.7*(+3.5+1+0.8+0.9+1.8+3+2.3+0.9+0.5+0.7+1.4+3.5+3.9)
= 133.11 m2

.A ( lajes )
Cave =(9.5*3.3)+(2.3*0.7)+(8*6.8) = 87.36 m2
Rés-do-chão = (8*4.9)+(7.5*1.5)+(9.5*1.5)+(5.6*8.5)-(3.3*2.8) =103.06 m2
Andar = (8*4.9)+(7.25*0.5)+(8.5*2)+(0.6*8.5)+(7.5*4.4)+(3.6*1)-(3.3*2.8)
= 92.29 m2
Sótão = (8*5)+(8.5*3)+(7.5*5.5) = 106.75 m2

.A ( pavimento ) = 8*5 =40 m2

1
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1.1.3.Áreas de Envolvente Opaca exterior

A (fachada poente) = 8*3+2*3+8*2.9+1*2.9-12.49 = 43.61 m2

A (fachada nascente) = 8.5*3+1*3+0.5*3+3.7*2.9+3.9*2.9+1*2.9+0.5*2.9-10
= 46.39 m2
A (fachada norte) = 5*3+3*3+5*3+5*2.9+3*2.9+5*2.9-5.1 = 71.6 m2
A (fachada sul) = 6.1*3+7.3*3+5.1*2.9+7.3*2.9+1*2.9-1.8 –4.11 = 73.15 m2

Área total (fachadas) =Ai = 234.75 m2

A (cobertura ) = 106.75+(2*1)+(2.3*1) = 111.05 m2

1.1.4.Areas de envidraçados exteriores

A (env. poente) = 2*(2*2)+(1*2)*2+(0.7*0.7) = 12.49 m2
A (env. nascente) = (2*2)+(1*2)+(2*2) = 10 m2
A (env. norte) = 5*(0.3*3.4) = 5.1 m2
A (env. sul) = (0.9*0.7)+(2*0.9)+(0.8*0.7)+(0.7*0.7)+(0.9*0.7)+(1.3*0.7)
= 5.93 m2

A total env. = Ai = 33.52 m2

1.2.Coeficientes de transmissão térmica

.paredes dupla de tijolo

Rt = 0.04+(0.03/1.15)+0.31+0.16+0.21+(0.01/1.15)+0.12+(0.02/0.04)
= 1.374 m2.ºC/W
K = 1/Rt = 0.73 W/m2.ºC

.cobertura
K = 0.75 W/m2.ºC (condições de inverno)
K = 0.65 W/m2.ºC (condições de verão)

.envidraçados
K = 3.1 W/m2.ºC

.paredes interiores
K = 0.21 W/m2.ºC

.pavimento
K = 0.90 W/m2.ºC (condições de inverno)
K = 1.10 W/M2.ºC (condições de verão)

2
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

.Valores retirados da publicação do LNEC “Coeficientes De Transmissão Térmica De

Elementos Da Envolvente Dos Edifícios”

valor quadro pagina

1/he (m2.ºC/W) 0.04 3 I-10
1/hi (m2.ºC/W) 0.12 3 I-10
Rt tijolo furado de 15 (m2.ºC/W) 0.31 5 I-11
Rt tijolo furado de 11 (m2.ºC/W) 0.21 5 I-11
Rar (m2.ºC/W) 0.16 4 I-10
 reboco (W/m.ºC ) 1.15 2 I-7
 poliestireno expandido 0.040 1 I-4
moldado(W/m.ºC)
K cobertura laje aligeirada(W/m2ºC) 0.75 7.1 I-23
(condições de inverno)
K cobertura laje aligeirada(W/m2.ºC) 0.65 7.1 II-23
(condições de verão)
K vidro (W/m2.ºC) 3.1 10 II-31
K paredes interiores 0.21 5 I-11
K pavimento 0.90 5.1 II-15
(condições de inverno)
K pavimento 1.10 5.2 II-15
(condições de verão)

1.3.Factor de concentração

.Admitindo que a área de heterogeneidade é inferior a 30% da área total então

podemos recorrer ao quadro VI.5 do RCCTE:
. fc = 1.6
. fc (paredes interiores) = 1.3
.Para a cobertura e pavimento , admite-se o fc=1 visto não haver heterogeneidade
importante (p. 50 do RCCTE ).

1.4.Inércia térmica

.parede exterior dupla com isolamento térmico na caixa de ar e tijolo furado de 11

no pano interior logo Mi = M(massa situada do lado interior do isolamento )
pelo quadro V.5 Mi = 125 kg/m2 ( Mi max = 150 kg/m2 )

.parede interior simples de tijolo furado de 11

pelo quadro V.4 Mt = Mi = 150 kg/m2 ( Mi max = 300 kg/m2 )

.lajes aligeiradas de espessura 20 cm (locais fechados não enterrados )

pelo quadro V.2 Mt = Mi = 300 *0.5 = 150 kg/m2 (Mi max = 150 kg/m2 )

3
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.laje aligeirada interior de espessura 20 cm(com soalho)

pelo quadro V2 eV3 Mt = Mi =300*0.25 = 75 kg/m2 (Mi max = 300 kg/m2)

.laje de pavimento maciça (elemento em contacto com o solo )

Mi = 150 kg/m2 (não há isolamento térmico )

Assim:
It = (Mi*Si)/Apu = 474.9 kg/m2
Como:
It > 400kg/m2 logo a inércia é forte

1.5.Dados climáticos (anexo III do RCCTE )

.O Edifício fica situado nas zonas climáticas I3-V2

.valor da duração media na estação de arrefecimento (M ) = 2.2 meses
.GD(graus – dia) = 1600 ( ºC.dia.ano) ( quadro III.2 )
.Esul(energia solar média incidente numa superfície vertical orientada a sul na equação de
aquecimento) = 700 kW.h/m2.ano ( quadro III.2 )
.Tp(temperatura exterior de projecto ) = 32 ºC ( quadro III.3 )
.D(amplitude térmica diária) = 13 ºC ( quadro III.3 )

4
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2.Verificação do “Regulamento das Características do Comportamento

Térmico dos Edifícios”

2.1.Conforto de inverno
2.1.1.Verificação automática (artigo 5 do RCCTE )
.Apu = 206.3 m2 < 300 m2 ( verifica )

.K (paredes fachadas ) = 0.73 W/m2.ºC

K referência = 0.95 W/m2.ºC (quadro II.1 , anexo II do RCCTE )
K (paredes fachadas ) < K referência ( verifica )

.K (cobertura) =0.75 W/m2.ºC

K referência = 0.75 W/m2.ºC
K (cobertura) <= K referência (verifica)

.K (pavimento) = 0.90 W/m2.ºC

K referência = 0.75 W/m2.ºC
K (pavimento) <= K referência (não verifica)

.K (envidraçados) =3.1 W/m2.ºC

K referência = 4.2 W/m2.ºC
K (envidraçados) <=K referência (verifica)

.fc = 1.6 > 1.3 (não verifica )

.A (envidraçados ) = 33.52 m2
15 % Ap =0.15*206.3=30.95 m2
A (envidraçados ) >15% Ap (não verifica )

.Como não se verificam todas as condições impostas pela verificação automática , logo
não verifica automaticamente o regulamento então é obrigatório o calculo do valor das
necessidades nominais de energia útil de aquecimento do edifício mediante o preenchimento
e apresentação das folhas de calculo FCIV.1 e FCIV.2 que constam do anexo IV.

5
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

2.1.2.Verificação pelas folhas de calculo

Folha de Cálculo FCIV.1

Cálculo das Necessidades Nominais de Aquecimento do Edifício

Necessidades Nominais
Especificas de
Aquecimento (W/C)
Envolvente Opaca 357.488
Exterior
(da FCIV.1a)
Envolvente 30.48
Interior
(da FCIV.1b)
Envidraçados 103.91
(da FCIV.1c)
Renovação 189.38
de ar
(da FCIV.1d)
Total 681.258

Necessidades Nominais Especificas de 681.258


Aquecimento (W/C)

1600
Graus-Dias de Aquecimento 

0.024
=
Necessidades brutas de aquecimento 26160.3

(kWh/ano)

Ganhos solares úteis 2155.23

(kWh/ano)
=
N = Necessidades nominais de energia útil 24005.1

por estação de aquecimento(kWh/ano)

N 24005.1 116.4 (KW/m2.ano)

NIN = = =
AP 206.3

6
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

Folha de cálculoFCIV.1a
Cálculo das necessidades nominais específicas de aquecimento do edifício devidas à envolvente
opaca Exterior:

Perdas pelas paredes 

274.19
+
Perdas pelas coberturas 
83.3
+
Perdas pelos pavimentos
0
=
TOTAL da envolvente opaca exterior 357.49
(W/C)

1)Perdas pelas paredes:

A K KA
fC
(m2) (W/m2 C) (W/C)
Paredes dupla de 234.75  0.73  1.6 = 274.188
tijolo

2) Perdas pelas coberturas:

A K KA
fC
(m2) (W/m2 C) (W/C)
Coberturas 111.05  0.75  1 = 83.3

Sendo o sótão um espaço fortemente ventilado e não aquecido então considera-se a área de
cobertura sendo a área da laje de esteira.

7
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3) Perdas pelos pavimentos:

A K KA
fC
(m2) (W/m2 C) (W/C)
Pavimentos -  -  - = -*

*(não se considera haver perdas de calor pelos pavimentos devido a ausência de zonas exteriores
em contacto com pavimentos )

Folha de cálculo FCIV.1b

Cálculo das necessidades nominais específicas de aquecimento devidas à envolvente interior

A K KA
fC
(m2) (W/m2 C)
(W/C)
Envidraçados -  -  - = -
Paredes 17.01  1.3  .21
= 4.64
Coberturas -  -  - = -
Pavimentos 40  1  0.9
= 36
TOTAL
40.64

0.75
=
TOTAL da envolvente  30.48
interior (W/C)

Folha de cálculo FCIV.1c

Cálculo das necessidades nominais específicas de aquecimento devidas aos envidraçados

A K KA
Tipo de envidraçado
(m2) (W/m C)
2
(W/C)
Vidro duplo 33.52  3.1 = 103.91
TOTAL de perdas pelos envidraçados  103.91
(W/C)

8
 Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

Folha de cálculo FCIV.1d

Cálculo das necessidades nominais específicas de aquecimento devidas à renovação do ar

Área útil de pavimento  206.3

(m2)

Pé direito médio (m)  2.7

Taxa de renovação nominal  1

0,34
=
Total das perdas para renovação do ar  189.38
(W/C)

Folha de cálculo FCIV.1e

Cálculo dos ganhos solares úteis

Tipo de A Ae
Orientação Sv  f
envidraçado (m2) (m2)
S.E.    0,7 =
S. Vidro duplo 5.93  0.75  0.7  1,0 = 3.11
S.W.    0,7 =
Horizontal    0,85 =
=
Área equivalente total de vidro a Sul (m )  3.11
2


Energia solar média incidente
 700
(kWh/ano)
=
Ganhos solares brutos
 2177
(kWh/ano)

Factor de utilização dos ganhos solares  0.99
=
Ganhos solares úteis
 2155.23
(kwh/ano)

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Folha de Cálculo FCIV.2

Verificação da satisfação das exigências do regulamento (Inverno)

1) Valor máximo imposto no Artigo 5.º do Regulamento

NI =  1,3 Kfr Af + Khr Ah + Kenv Aenv + 0,34.pd  (0,024).GD

Ap

I1 I2 I3
Kfr 1,40 1,20 0,95
Khr 1,10 0,85 0,75 (W/m2 C) NI = 137.79
Kenv a) 4,2 4,2 4,2
b) 5,8 5,8 5,8
a) Zonas de edifícios com ocupação nocturna;
b) Zonas de edifícios de ocupação diurna dominante.

Kfr = 0.95 W/m2 C Área Af = 249.09 m2

Khr = 0.75 W/m2 C Área Ah = 151.05 m2

Kenv = 4.2 W/m2 C Área Aenv = 30.95 m2

Se Aenv > 0,15 Ap, então usar Aenv = 0,15 Ap na expressão definidora de NI

Ap = 206.3 m2

Aenv máximo = (0,15) Ap = (0,15)  206.3 = 30.95 m2

Aenv = 30.95 m2

2) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento

NIn = 116.4 < NI = 137.79

O edifício satisfaz as exigências do regulamento para o inverno.

10
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

2.2.Conforto de verão
2.2.1.Verificação automática (artigo 6 )
.as condições do nº5 do artigo 5 não são todas verificadas (não verifica )
.cobertura de cor clara (telha cerâmica vermelha) (verifica )
.inércia térmica forte (verifica )
.S=S´*Sv/0.85 = 0.04*0.75/0.85 = 0.035 <0.15 (verifica )

.As condições impostas pela verificação automática não são todas compridas então
é obrigatório o calculo do valor das necessidades nominais de energia útil de arrefecimento
do edifício mediante o preenchimento e apresentação das folhas de calculo FCV.1 e FCV.2
que constam do anexo V .

2.2.2.Verificação pelas folhas de calculo

Folha da cálculo FCV.1

Cálculo das necessidades nominais de arrefecimento resultantes da transmissão de calor através da
envolvente

Ganhos solares
Área S Ganho incidente
Orientação médios
(m2) Factor solar (kWh)
(kWh/m2)
N 5.1  0,7  0.035  26 = 30.25
NE -  0,7  -  - = -
E 10  0,7  0.035  67 = 16.42
SE -  0,7  -  - = -
Envidraçados S 5.93  0,7  0.035  67 = 9.73
SW -  0,7  -  - = -
W 12.49  0,7  0.035  77 = 23.6
NW -  0,7  -  - = -
Horiz. -  0,7  -  - = -
Área K AT
F
(m2) (W/m2 = C) (kWh.C/W)
W 43.61  1.6  0.73  7  0,36 = 128.36
E 46.39  1.6  0.73  10.5  0.36 = 204.81
Paredes
N 71.6  1.6  0.73  2.5  0.36 = 75.27
S 73.15  1.6  0.73  6  0.36 = 184.55
Coberturas 111.05  1.00  0.75  2  0,36 = 59.967
TOTAL 705.96

Factor de inércia  0.9

Duração média da insolação na estação de arrefecimento  2.2
=

11
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

Necessidades globais  1397.8

(kWh/ano)

Admite-se a adopção dos valores médios de Te indicado na tabela pag. 43 do RCCTE corrigido
pelo valor no quadro V.2.

Nec. Globais 1397.8 6.78 kWh

Necessidades nominais, Nvc = = =
Ap 206.3 m2.ano

Folha de cálculo FCV.2

Verificação da satisfação das exigências do regulamento (Verão)

1) Valor máximo imposto no artigo 6.º do Regulamento:

0,36 (1,3 Tf Kfr Af + Th Khr Ah) + Gref Aenv

Nv = .M
Ap

I1 I2 I3
Kfr 1,40 1,20 0,95 (W/m2 C)
Khr 1,10 0,85 0,75 Nv = 29.73 KWh/m2 ano

Classe de inércia Zona climática

térmica V1 V2 V3
Fraca 6,5 6,5 5,5
Gref
Média 16 16 12,5
(kWh/m2 mês)
Forte 25 17,5 14
Tf (C) 4,5 7 8,5
todas
Th 1,5 4 5,5

Kfr = 0.95 W/m2 C Área Af = 249.09 m2

Khr = 0.75 W/m2 C Área Ah = 111.05 m2

Se Aenv > 0,15 Ap, então usar Aenv = 0,15 Ap na expressão definidora de Nv.

Ap = 206.3 m2

Aenv máximo = (0,15) Ap = (0,15)  206.3 = 30.95 m2

Aenv = 30.95 m2

12
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

3) Verificação da satisfação das exigências do Regulament

Nvc = 6.78  Nv = 29.73

O edifício satisfaz as exigências do regulamento para o verão.

O EDIFÍCIO ESTÁ REGULAMENTAR.

13
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

4.Estudo alternativo : a influencia da localização

4.1.Dados
.Considera-se o mesmo projecto para o edifício situado na região autónoma dos
Açores (Mudam só os dados climáticos )
.O Edifício fica situado nas zonas climáticas I1-V1
logo o valor da duração media na estação de arrefecimento (M ) = 2.2 meses
.GD = 100 ( ºC.dia.ano) ( quadro III.2 )
.Esul = 50 kW.h/m2.ano ( quadro III.2 )
.Tp = 26 ºC ( quadro III.3 )
.D = 6 ºC ( quadro III.3 )

4.2.Verificação do Regulamento
4.2.1Conforto de inverno
4.2.1.1.Verificação automática (artigo 5 do RCCTE )
.Ap = 206.3 m2 < 300 m2 ( verifica )

.K (paredes fachadas ) = 0.73 W/m2.ºC

K referencia = 0.95 W/m2.ºC (quadro II.1 , anexo II do RCCTE )
K (paredes fachadas ) < K referencia ( verifica )

.K (cobertura) =0.75 W/m2.ºC

K referência = 0.75 W/m2.ºC
K (cobertura) <= K referência (verifica)

.K (pavimento) = 0.90 W/m2.ºC

K referência = 0.75 W/m2.ºC
K (pavimento) <= K referência (não verifica)

.K (envidraçados) =3.1 W/m2.ºC

K referência = 4.2 W/m2.ºC
K (envidraçados) <=K referência (verifica)

.fc = 1.6 > 1.3 (não verifica )

.A (envidraçados ) = 33.52 m2
15 % Ap =0.15*206.3=30.9 m2
A (envidraçados ) >15% Ap (não verifica )

.Como não se verificam todas as condições impostas pela verificação automática , logo não
verifica automaticamente o regulamento então é obrigatório o calculo do valor das necessidades
nominais de energia útil de aquecimento do edifício mediante o preenchimento e apresentação
das folhas de cálculo FCIV.1 e FCIV.2 que constam do anexo IV.

14
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

4.2.1.2.Verificação pelas folhas de calculo

Folha de Cálculo FCIV.1

Cálculo das Necessidades Nominais de Aquecimento do Edifício

Necessidades Nominais
Especificas de
Aquecimento (W/C)
Envolvente Opaca 357.488
Exterior
(da FCIV.1a)
Envolvente 30.48
Interior
(da FCIV.1b)
Envidraçados 103.91
(da FCIV.1c)
Renovação 189.38
de ar
(da FCIV.1d)
Total 681.258

Quadro obtido pelo estudo anterior (não há mudanças )

Necessidades Nominais Especificas de 681.258


Aquecimento (W/C)

Graus-Dias de Aquecimento 
100

0,024
=
Necessidades brutas de aquecimento 1635

(kWh/ano)

Ganhos solares úteis 153.95

(kWh/ano)
=
N = Necessidades nominais de energia útil 1481.05

por estação de aquecimento(kWh/ano)

15
 Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

N 1481.05 7.18
NIC = = =
AP 206.3

Folha de cálculo FCIV.1e

Cálculo dos ganhos solares úteis

Tipo de A Ae
Orientação Sv  f
envidraçado (m2) (m2)
S.E.    0,7 =
S. Vidro duplo 5.93  0.75  0.7  1,0 = 3.11
S.W.    0,7 =
Horizontal    0,85 =
=
Área equivalente total de vidro a Sul (m2)  3.11

Energia solar média incidente
 50
(kWh/ano)
=
Ganhos solares brutos
 155.5
(kWh/ano)

Factor de utilização dos ganhos solares  0.99
=
Ganhos solares úteis
 153.95
(kwh/ano)

Folha de Cálculo FCIV.2

Verificação da satisfação das exigências do regulamento (Inverno)

4) Valor máximo imposto no Artigo 5.º do Regulamento

NI =  1,3 Kfr Af + Khr Ah + Kenv Aenv + 0,34.pd =  (0,024).GD

Ap

I1 I2 I3
Kfr 1,40 1,20 0,95
Khr 1,10 0,85 0,75 (W/m2 C) NI = 8.99
Kenv a) 4,2 4,2 4,2
b) 5,8 5,8 5,8
c) Zonas de edifícios com ocupação nocturna;
d) Zonas de edifícios de ocupação diurna dominante.

16
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

Kfr = 1.40 W/m2 C Área Af = 249.09 m2

Khr = 1.10 W/m2 C Área Ah = 151.05 m2

Kenv = 4.2 W/m2 C Área Aenv = 30.95 m2

Se Aenv > 0,15 Ap, então usar Aenv = 0,15 Ap na expressão definidora de NI

Ap = 206.3 m2

Aenv máximo = (0,15) Ap = (0,15)  206.3 = 30.95 m2

Aenv = 30.95 m2

5) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento

NIn = 7.28 < NI = 8.99

O edifício satisfaz as exigências do regulamento para o inverno.

4.2.2.Conforto de verão
4.2.2.1.Verificação automática (artigo 6 )

.as condições do nº5 do artigo 5 não são todas verificadas (não verifica )
.cobertura de cor clara (telha cerâmica vermelha) (verifica )
.inércia térmica forte (verifica )
.S=S´*Sv/0.85 = 0.04*0.75/0.85 = 0.035 <0.15 (verifica )

.As condições impostas pela verificação automática não são todas compridas
então é obrigatório o cálculo do valor das necessidades nominais de energia útil
de arrefecimento do edifício mediante o preenchimento e apresentação das folhas de
cálculo FCV.1 e FCV.2 que constam do anexo V.

17
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

4.2.2.2.Verificação pelas folhas de calculo

Folha da cálculo FCV.1

Cálculo das necessidades nominais de arrefecimento resultantes da transmissão de calor através da
envolvente

Ganhos solares
Área S Ganho incidente
Orientação médios
(m2) Factor solar (kWh)
(kWh/m2)
N 5.1  0,7  0.035  26 = 3.25
NE -  0,7  -  - = -
E 10  0,7  0.035  67 = 16.42
SE -  0,7  -  - = -
Envidraçados S 5.93  0,7  0.035  67 = 9.73
SW -  0,7  -  - = -
W 12.49  0,7  0.035  77 = 23.6
NW -  0,7  -  - = -
Horiz. -  0,7  -  - = -
Área K AT
F
(m2) (W/m2 = C) (kWh.C/W)
N 71.6  1.6  0.73  2.5  0,36 = 75.27
Paredes E 46.39  1.6  0.73  10.5  0.36 = 204.81
S 73.15  1.6  0.73  6  0.36 = 184.55
W 43.61  1.6  0.73  7  0.36 = 128.36
Coberturas 111.05  1.00  0.75  -2.5  0,36 = -74.96
TOTAL 571.03

Factor de inércia  0.9

Duração média da insolação na estação de arrefecimento  2.2
=
Necessidades globais  1130.64
(kWh/ano)

Admite-se a adopção dos valores médios de Te indicado na tabela Ag. 43 do RCCTE corrigido
pelo valor no quadro V.2.

Necessidades nominais, Nvc = Nec. Globais = 1130.64 = 5.48 kWh

18
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

Ap 206.3 m2.ano

Folha de cálculo FCV.2

Verificação da satisfação das exigências do regulamento (Verão)

2) Valor máximo imposto no artigo 6.º do Regulamento:

0,36 (1,3 Tf Kfr Af + Th Khr Ah) + Gref Aenv

Nv = .M
Ap

I1 I2 I3
Kfr 1,40 1,20 0,95 (W/m2 C)
Khr 1,10 0,85 0,75 Nv = 16.77 KWh/m2 ano

Classe de inércia Zona climática

térmica V1 V2 V3
Fraca 6,5 6,5 5,5
Gref
Média 16 16 12,5
(kWh/m2 mês)
Forte 25 17,5 14
Tf (C) 4,5 7 8,5
todas
Th 1,5 4 5,5

Kfr = 1.40 W/m2 C Área Af = 249.09 m2

Khr = 1.10 W/m2 C Área Ah = 111.05 m2

Se Aenv > 0,15 Ap, então usar Aenv = 0,15 Ap na expressão definidora de Nv.

Ap = 206.3 m2

Aenv máximo = (0,15) Ap = (0,15)  206.3 = 30.95 m2

Aenv = 30.95 m2

6) Verificação da satisfação das exigências do Regulamento

Nvc = 5.48  Nv = 16.77

O edifício satisfaz as exigências do regulamento para o verão.

O EDIFÍCIO ESTÁ REGULAMENTAR.

19
Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

5.Estudo alternativo : melhoria da qualidade térmica através de ganhos solares

de inverno

.Para obter o máximo de ganhos solares , orienta-se a fachada com maior área de envidraçados
(fachada poente ) para Sul
.Apenas se representam as folhas de calculo FCIV.1 e FCIV.1e por serem as únicas cujo
valores mudam:

Necessidades Nominais Especificas de 681.258


Aquecimento (W/C)

Graus-Dias de Aquecimento 
1600

0,024
=
Necessidades brutas de aquecimento 26160.3

(kWh/ano)

Ganhos solares úteis 4546.08

(kWh/ano)
=
N = Necessidades nominais de energia útil 21614.2

por estação de aquecimento(kWh/ano)

N 21614.2 104.77
NIC = = =
AP 206.3

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 Física dos Edifícios Eng. Civil - 4ºano

Folha de cálculo FCIV.1e

Cálculo dos ganhos solares úteis

Tipo de A Ae
Orientação Sv  f
envidraçado (m2) (m2)
S.E.    0,7 =
S. Vidro duplo 12.49  0.75  0.7  1,0 = 6.56
S.W.    0,7 =
Horizontal    0,85 =
=
Área equivalente total de vidro a Sul (m )  6.56
2


Energia solar média incidente
 700
(kWh/ano)
=
Ganhos solares brutos
 4592
(kWh/ano)

Factor de utilização dos ganhos solares  0.99
=
Ganhos solares úteis
 4546.08
(kwh/ano)

Verificação da satisfação das exigências do Regulamento

NIn = 104.77 < NI = 137.79

O edifício satisfaz as exigências do regulamento para o inverno.

6.Conclusões

O edifício verifica o RCCTE nas condições de inverno . Apesar de se verificar o RRCTE nas
condições de inverno nas duas situações (1ªsituação – corresponde à realidade ; 2ª situação –
orientação da fachada “poente” a sul),obteríamos maiores ganhos solares na 2ªsituação.
Em relação as condições de Verão, o edifício verifica totalmente o RCCTE e não necessita de
alterações.

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