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Resumão Jurídico oo

NOÇÕES DE DIREITO a) direito adquirido: é o que já se incorporou defi- c) Domicílio (arts. 70 a 78) - Lugar onde a pessoa
nitivamente ao patrimônio e à personalidade de estabelece residência com ânimo definitivo.
LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL seu titular; Considera-se também domicí lio o lugar onde a
DECRETO-LEI 4.657 /42 b) ato jurídico perfeito: é o já consumado segundo profissão é exercida. Se a pessoa tiver várias resi-
a lei vigente; dências, o domicílio será qualquer delas. Se a pes-
Conceito c) coisa julgada: é a imutabilidade dos efeitos da soa não tiver residência habitual (ex.: circense), o
Direito é o conjunto das normas gerais e positivas, decisão que não mais comporta recursos. domicílio será o lugar em que for encontrada. Pos-
que regulam a vida social (Radbruch - Introdución a 4. Repristinação: lei revogada não se restaura por ter suem domicílio necessário (art. 76): incapaz, ser-
la Filosofia dei Derechp). a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposi- vidor público, militar, marít,imo e pessoa presa.
Direito objetivo - E a norma; de acordo com ela ção em contrário (art. 2º, § 2º, LICC). • Domicílio de eleição - E o domicílio escolhi-
devem agir os indivíduo~. Observação: a lei nova, que estabeleça disposições do pelas partes contratantes para o exercício e
Direito subjetivo - E a faculdade; quando se diz gerais ou especiais, a par das já existentes, não revo- cumprimento dos direitos e obrigações.
que alguém tem direito a algo, está-se referindo a um ga nem modifica a lei anterior (art. 2°, § 2º, LICC). 3. Fim
direito subjetivo. O direito subjetivo encontra proteção a) Morte real - Óbito comprovado - extingue a
no direito objetivo. Observação: há juristas que negam No espaço personalidade (art. 6º).
a existência do direito subjetivo (Kelsen e Duguit). • Territorialidade - Regra: a lei, em princípio, tem b) Morte civil - Não mais existe; resquícios: de-
seu campo de aplicação limitado no espaço pelas serdação.
Classificação do Direito Positivo fronteiras do Estado que a promulgou. c) Morte presumida - Indivíduo desaparece de seu
O Direito deve ser visto como um todo. As normas, • Extraterritorialidade-Os Estados modernos admitem domicílio sem deixar representante ou dar notí-
princípios e instituições devem relacionar-se de forma a aplicação, em determinadas circunstâncias, de leis es- cias. Possui efeitos patrimoniais e alguns pessoais.
harmõnica, formando um só sistema. No entanto, para trangeiras, para facilitar as relações internacionais. d) Ausência - Sucessão provisória e definitiva
fins didáticos, pode ser dividido em: • Território nacional: (arts. 22 a 39).
1. Direito Públi~o - Disciplina os interesses gerais da a) real: extensão geográfica ocupada pela Nação; com- 4. Comoriência - Quando dois ou mais indivíduos fale-
coletividade. E composto por normas de aplicação preende solo, subsolo, espaço aéreo, rios, lagos, fai - cem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se
obrigatória, cogentes, impositivas. São suas matérias xa de mar exterior que banha suas costas, etc.; um deles precedeu aos outros, presumir-se-ão simul-
principais: Constitucional, Administrativo, Tributário, b) ficto: embaixadas, navios, aeronaves, etc. taneamente mortos (art. 8º). Presunção (relativa ou
Penal, Processual (Penal e Civil), Internacional, etc. juris tantum - que admite prova em contrário) de
2. Direito Privado - Disciplina as relações dos indiví- Integração da norma jurídica (art. 4°, LICC) morte simultânea de duas ou mais pessoas.
duos entre si . São suas matérias: Civil e Comercial. • Analogia - Consiste em ap licar, à hipótese não pre-

Observação: há controvérsia quanto ao Direito do Trabalho


(tese majoritária: Direito Privado). Há quem defenda a
existência de um terceiro gênero, denominado Direito
Social, cujos princípios são concomitantemente do Di-
reito Público e Privado (ex.: Código de Defesa do Con-
sumidor, o próprio Direito do Trabalho, etc.).
vista especialmente em lei , dispositivo relativo a
um caso semelhante.
• Costumes - Já visto.
• Princípios gerais de Direito - Orientam a com-
preensão do sistema jurídico.
• Eqüidade - Embora não esteja prevista na LICC,
auxilia nesta missão; trata-se do uso de bom senso
Capacidade
Aptidão para exercer direitos e assumir obrigações:
a) de direito: própria de todo ser humano ; inerente
à personalidade;
b) de fato: aptidão para exercitar pessoalmente os
atos da vida civil.
1. Absol utamente incapazes (art. 3º) - Devem ser
,•
m
- adaptação razoável da lei ao caso concreto. representados por seus pais, tutores ou curadores: 1
Fontes do Direito .• menores de 16 anos; •
Diretas, imediatas ou formais
1. Lei - Norma imposta pelo Estado e tomada obriga-
Conceito de Direito Civil
Direito Civil é o ramo do Direito Privado destina-
• portadores de enfermidade ou deficiência mental
sem discernimento para a prática dos atos; 1
tória em sua observância. "Ninguém será obrigado do a reger as relações familiares, patrimoniais e obri- • pessoas que não puderem exprimir sua vontade,
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei" (art. 5°, II, CF). A lei é a principal
fonte de Direito. As demais são acessórias.
gacionais que se formam entre os indivíduos enquan-
to membros da sociedade.
mesmo por causa transitória.
2. Relativamente incapazes (art. 4°) - Devem ser
assistidos por seus pais, tutores ou curadores:

2. Costume - Reiteração constante e uniforme de Divisão do Código Civil • maiores de 16 e menores de 18 anos;
uma conduta, na convicção de esta ser obrigatória. 1 . Parte geral - Normas sobre pessoas físicas e jurí- • ébrios habituais, viciados em tóxico e os que por
Espécies: dicas (arts. 1° a 69), domicílio (arts. 70 a 78), bens deficiência mental tenham discernimento reduzido;
a) segundo a lei (secundum legem): a lei se reporta ex- (arts. 79 a 103) e fatos jurídicos (arts. l04 a 232). • excepcionais sem desenvolvimento mental completo;
pressamente aos costumes e reconhece a sua obri- 2. Parte especial - Normas sobre Direito das • pródigos (pessoas que dissipam seus bens fazen-
gatoriedade; é admitido em nosso ordenamento; Obrigações (arts. 233 a 965), Direito de Empresa do gastos excessivos ou anormais).
b) na falta da lei (praeter legem): a lei deixa lacu- (arts. 966 a 1.195), Direito das Coisas (arts. 1.196 a Observação: os índios são regidos por lei especial.
nas que são preenchidas pelo costume; também 1.510), Direito de Família (arts. 1.511 a 1.783) e 3. Com capacidade plena - Maiores de 18 anos e
é admitido; Direito das Sucessões (arts. 1.784 a 2.027); dispo- emancipados.
c) contra a lei (contra legem): o costume contraria sições finais e transitórias (arts. 2.028 a 2.046).
o que dispõe a lei; corrente majoritária não o Emancipação
aceita em nosso Direito. Aquisição da capacidade plena antes de 18 anos (art.
PESSOAS FÍSICAS 5º e parágrafo único) por concessão dos pais por instru-
Indiretas, mediatas ou não-formais mento público, sentença do juiz, casamento, exercício
1. Doutrina - Interpretação da lei feita pelos estudio-
E JURÍDICAS de emprego público efetivo, colação de grau superior,
sos da matéria. Arts. 1º a 78 do Código Civil estabelecimento civil ou comercial ou existência de
2. Jurisprudência - Conjunto uniforme e constante relação de emprego, tendo economia própria.
das decisões judiciais sobre casos semelhantes. Pessoa natural (física)
Conceito Pessoa jurídica (moral ou coletiva)
Vigência das leis Ser humano considerado como sujeito de obriga- Ente resultante da criação da lei para facilitar a
No tempo ções e direitos. Toda pessoa é capaz de direitos e deve- atuação humana em certas re lações. A lei empresta-
1. Início da vigência: res na ordem civil (art. 1º). lhe personalidade, capacitando-a para ser sujeito de
a) regra geral: 45 dias após a publicação ( vacatio direitos e obrigações (arts. 40 a 69).
legis); Personalidade

,•
b) prática: na data da publicação ou em outra data Conjunto de capacidades da pessoa. Os direitos da Classificação
que a própria lei determinar. Publicada a lei, personalidade estão previstos nos arts. 11 a 21. 1. Direito Público
ninguém se escusa de cumpri-la alegando que 1. Início - Nascimento com vida (ainda que por algum a) Externo - Outros países, Santa Sé e organismos
não a conhece (art. 3º, LICC - Princípios da tempo), mas a lei põe a salvo os direitos do nascituro. internacionais (ex.: ONU, OEA).
Obrigatoriedade e Continuidade das Leis). Nascituro é o ente que já foi gerado ou concebido, b) Interno
2. Término da vigência: mas ainda não nasceu. Tem expectativa de vida, sendo • Administração direta - União, Estados Mem-
a) lei temporária: nasce com termo prefixado de titular de direito eventual (ex.: resguardo de herança). bros, Distrito Federal, Territórios e Municípios. m
duração; 2. Individualização • Administração indireta - Autarquias e enti-
1
b) revogação: lei posterior retira a eficácia da ante-
rior. Pode ser expressa ou tácita; total (ab-roga-
a) NolJ!e - Reconhecimento da pessoa ,na socieda-
de. E inalienável e imprescritível. E composto
dades de caráter público criadas por lei (ex.:
fundações públicas). •
ção) ou parcial (derrogação). por prenome, patronímico (sobrenome) e agno- 2 . Direito Privado 1
3. Irretroatividade: a lei é expedida para disciplinar me (Júnior, Filho, Neto, etc.). a) Espécies
casos futuros, não atingindo situações passadas. Ad-
mite-se a retroatividade respeitando-se (art. 6º, LICC):
b) Estado - Posição na sociedade; modo particular
de existir (ex.: estado civil, político, etc.).
• fundações particulares - elementos: patrimônio
(bens livres) e finalidade (religiosa, cultural, etc.); •
Resumão Jurídico
•partidos políticos (Lei 10.825/03 ); b) Res nullius - Coisas de ninguém (peixes no fundo Elementos do negócio jurídico
•organizações religiosas (Lei 10.825/03); do mar, coisas abandonadas, etc.). Elementos essenciais
•associações - sem fin s econômi cos; c) Públicos - Uso comum do povo (rios, mares, estra- 1. Gerais
• sociedades - com finalidade econômica: simples das, ruas, etc .); uso especial (hospitais e escolas a) Capacidade do agente
ou empresárias (o que as diferencia é o seu objeto). públicas, secretarias, ministérios, etc.) e dominicais • Falta de capacidade: absoluta - ato nulo ; rela-
Observação: empresa pública e sociedade de eco- (patrimônio disponível das pessoas de Direito tiva - ato anulável.
nomia mista suj eitam-se ao regime das empresas Público: terras devolutas e terrenos de ma,rinha). b) Objeto (lícito, possível, determinado ou deter-
privadas (art. 173 , § 1º, CF). Observação: os bens públicos de uso comum do povo minável)
b) Início da existência legal e os de uso especial são inalienáveis enquanto con- • Defeito no objeto - ato nulo.
• Pessoa Jurídica de Direito Público - Fatos históri- servarem sua qualificação ; os bens públicos domi- c) Consentimento (manifestação de vontade) - Pode
cos, criação constitucional, lei especial e tratados. nicais podem ser alienados, observadas as exigên- ser expresso ou tácito (desde que não se exija forma
• Pessoa Jurídica de Direito Privado - O que lhe cias da lei . Os bens públicos não estão suj eitos a expressa). O silêncio pode importar em anuência, se
dá origem é a vontade humana que se materia- usucapião. as circunstàncias e os usos o autorizarem e não for
liza no ato de constituição (contrato ou estatu- necessária a declaração de vontade expressa. Nas
to social), que deve ,ser levado a registro. Coisas fora do comércio declarações de vontade se atenderá mais à intenção
c) Domicílio (art. 75) - E a sua sede jurídica. a) Insuscetiveis de apropriação - U so inexaurível nelas consubstanciada do que ao sentido literal da lin-
• União - Distrito Federal; Estados - suas capitais; (ar, luz solar, etc.). guagem, devendo ser interpretado conforme a boa-fé.
Município - lugar da administração municipal. b) Personalíssimas (vida, honra, liberdade, etc.). • Defeitos: ausência de consentimento, erro,
• Demais pessoas jurídicas - lugar onde funcio- c) Legalmente inalienáveis - Bens de família (arts. dolo, coação, lesão, estado de perigo, simula-
nam suas diretorias e administrações ou o lugar 1.7 11 a 1.722, CC, e Lei 8.009/90) e bens gravados ção, fraude contra credores.
onde elegerem no contrato (foro de eleição). com cláusula de inalienabilidade (art. 1.911 , CC). 2. Especiais (forma prescrita ou não defesa em lei)
d) Término - Dissolução deliberada de seus mem- • Defeito na forma - ato nulo.
bros, determinação da lei, decurso de prazo,
falta de pluralidade de sócios, decisão judicial. FATOS JURÍDICOS Elementos acidentais
e) Grnpos despersonalizados - Sociedades de Cláusulas secundárias, segundo a vontade dos
fato ou irregulares, massa falida, espólio, etc. Arts. 104 a 232 do Código Civil negociantes.
f) Responsabilidade 1. Condição -A eficácia do negócio jurídico subordi-
• Direito Público - Regra: responsabilidade Conceitos na-se a um evento futuro e incerto.
objetiva (art. 37, § 6º, CF). Fato comum - Ação humana ou fato da natureza Espécies:
• Direito Privado - Regra: responsabilidade sub- sem repercussão no Direito. a) Suspensiva - A eficácia do ato fica suspensa até
jetiva. Fato jurídico - Acontecimento ao qual o Direito a ocorrência do evento (ex.: dou-lhe um carro se
atribui efeitos (aquisição, resguardo, transformação, eu ganhar na loteria).
Desconsideração da personalidade jurídica modificação e extinção das relações jurídicas). b) Resolutiva - A ocorrência do evento faz com
(disregard of the legal entity) que extinga o direito (ex.: deixo de lhe dar mesa-
Vincula e atinge bens particulares dos administra- Classificação dos fatos jurídicos da se você repetir de ano) .
dores e sócios da pessoa jurídica, visando a impedir Fato jurídico natural (sentido estrito) c) Casual - Depende de acontecimento natural for-
abusos, desvios de finalidade e fraudes (art. 50). O 1. Ordinário - Ocorre normalmente, sem interferên- tuito (ex.: dou-lhe um carro se chover amanhã).
juiz pode determinar que o patrimônio <,los sócios res- cias: morte, m aioridade, prescrição e decadência . d) Potestativa - Decorre da vontade de uma das
ponda pelas dívidas da pessoa jurídica. E uma exceção 2. Extraordinário - Inevitabilidade, imprevisibilida- partes ,(ex.: dou-lhe uma jóia se você cantar
à regra de que a pessoa jurídica responde pelos atos de do evento e ausência de culpa pelo ocorrido bem). E proibida a condição quando depende do

..
praticados em seu nome, com seu patrimônio. ( caso fortuito ou força maior). arbítrio ou capricho de uma das partes.
2. Termo - A eficácia do negócio jurídico subordina-
Prescri ão se a um evento futuro e certo (embora a data possa
OBJETO DO DIREITO - BENS ser determinada ou indeterminada).
É a perda do direito de É a perda do próprio Espécies:
Arts. 79 a 103 do Código Civil p retensão (ação), pela direito. a) Inicial (dies a quo) - Fixa o momento em que a
inércia do seu titular. eficácia do negócio deve iniciar.
Conceito de bens b) Final (dies ad quem) - Determina a data da ces-
São as coi sas (materiais ou imateriais) enquanto 1. Extingue a preten- 1. Extingue o direito, atin- sação dos efeitos do negócio.
economicamente valoráveis, satisfazendo a necessida- são (ação). gindo, indiretamente, a 3. Modo ou encargo - Cláusula acessória aderente a
de humana. ação. atos de mera liberalidade (ex.: doação, testamento)
que impõe um ônus ou uma obrigação à pessoa con-
Classificação legal 2. Prazo estabelecido 2. Prazo estabelecido pela templada pelo beneficio (ex.: dou-lhe dois terrenos,
Bens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91) apenas pela lei. lei ou vontade das partes. desde que em um deles você construa uma escola).
a) Imóveis - Não podem ser removidos ou transporta-
dos de um lugar para outro sem sua destruição. 3. Não pode ser decla- 3. Na decadência decorren- Defeitos do negócio jurídico
Móveis - Podem ser transportados de um lugar rada de ofício pelo te de prazo legal. o juiz Ausência de vontade - Negócio nulo.
para outro, por força própria (semoventes) ou estra- juiz nas ações patri- deve declará-la de ofício,
nha, sem alteração de sua substância. moniais; deve ser ar- independentemente de Vícios de consentimento
b) Infungíveis - Não podem ser substituídos por outros güida pelas partes. argüição. 1. Ignorância (completo desconhecimento) ou erro
do mesmo gênero, qualidade e quantidade (ex.: imó- (falsa noção que se tem do objeto ou de uma pessoa)
veis, quadro de pintor famoso). Fungíveis - Podem 4. A parte pode não 4. A decadência decorrente - Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais,
ser substituídos por outros do mesmo gênero, quali- alegá-la. É renun- de prazo legal não pode o ato será anulável; se recair sobre aspectos acidentais
dade e quantidade (ex.: uma saca de café). ciável após a consu- ser renunciada pelas par- ou secundários, o ato será válido (arts. 138 a 144).
c) Inconsumíveis - Proporcionam reiterados usos, permi- mação. tes, nem antes nem depois 2. Dolo (artificio empregado para enganar a outra parte)
tindo que se retire toda a sua utilidade, sem atingir sua de consumada. - Se recair sobre aspectos essenciais ou substanciais, o
integridade (ex. : casa). Consunúveis - São bens mó- ato será anulável; se recair sobre aspectos acidentais
veis cujo uso importa na destruição imediata da própria 5. Não corre contra de- 5. Corre contra todos, como ou secundários, o ato será válido, porém obriga a satis-
coisa (ex.: alimentos). Admitem apenas um uso. terminadas pessoas. regra . fação de perdas e danos (arts. 145 a 150). Se ambas as
d) Divisíveis - Podem ser partidos em porções reais e partes agirem com dolo, nenhuma poderá alegá-lo
distintas, formando cada qual um todo perfeito (ex.: 6. Pode ser suspensa, 6. Não admite suspensão ou para anular a obrigação ou reclamar indenização.
uma saca de arroz). Indivisíveis - Não podem ser interrompida ou im- interrupção. Só pode ser 3. Coação-Pressão tisica (ato nulo) ou moral (anulável)
partidos em porções, pois deixariam de formar um pedida pelas causas obstada sua consumação exercida sobre alguém para obrigá-lo a praticar deter-
todo perfeito (ex.: um boi). previstas na lei. pelo exercício efetivo do minado ato (arts. 151 a 155). Excluem a coação: amea-
e) Singulares - São os que, embora reunidos, se con- direito ou da ação. ça a exercício regular de um direito e temor reverencial.
sideram de p er si, independentemente dos demais. 4. Estado de perigo - Ocorre quando alguém, premido
Coletivos (ou universais) - São as coisas que se 7. Prazo geral de 1O 7. Não há regra geral para da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua familia,
encerram agregadas em um todo (ex.: biblioteca, anos (art. 205). Pra- os prazos. Podem ser de de grave dano conhecido pela outra parte, ~ssume obri-
espólio, massa falida). zos especiais de 1, dias, meses e anos, pre- gação excessivamente onerosa (art. 156). E anulável.
Bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97) 2, 3, 4 e 5 anos (art. vistos em dispositivos 5. Lesão - Ocorre quando uma pessoa, sob premente
a) Principais - Existem por si, independentemente de 206). esparsos pelo Código. necessidade, ou por inexperiência, se obriga a pres-
outros. tação manifestamente despr9porcional ao valor da
b) Acessórios (regra: acessório segue o principal) - Fato jurídico humano prestação oposta (art. 157). E anulável. No entanto, ·
Sua existência pressupõe a de um principal. 1. Ato jurídico em sentido amplo ou voluntário não se decretará a anulação do negócio se for ofe-
• Espécies: frutos , produtos, rendimentos e benfei- a) Ato jurídico em sentido estrito - Mera realiza- recido suplemento suficiente ou se a parte favoreci-
torias. Estas se classificam em: necessárias ( con- ção de vontade gerando conseqüências jurídicas da concordar com a redução do proveito.
servação do bem - ex.: conserto do telhado da previstas em lei (ex.: perdão, reconhecimento de
casa), útei s (facilitam ou aumentam o uso do bem filho). Vícios sociais
- ex.: garagem) e voluptuárias (embelezamento, b) Negócio jurídico - Celebrado com intuito de 1. Simulação - Declaração enganosa da vontade, visan-
deleite ou recreio - ex.: pintura artística, piscina). auto-regulamentação de interesses; autonomia do a obter resultado diverso do que aparece; cria uma
Bens considerados em relação da vontade (ex .: contratos) .. apar~ncia de direito, iludindo terceiros ou burlando a
ao titular do domínio (arts. 98 a 103) 2. Ato ilícito ou involuntário - E o contrário ao direi- lei. E ato nulo (art. 167). Contudo, este subsistirá no
a) Particulares. to; pode ter efeitos penais, administrativos e civis. que se dissimulou, se for válido na forma e substância.
Resumão Jurídico
2. Fraude contra credores - Prática maliciosa de atos sando a extensão do dano, as condições econômi- Responsabilidade por atos de terceiros
que desfalcam o patrimônio do devedor, com o fim de cas dos envolvidos e o grau de culpa do agente. São também responsáveis pais, tutores, empregadores
colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas en;i Não se avalia mediante simples cálculo, mas vi- e donos de hotéis (art. 932). Ainda que não haja culpa por
detrimento dos direitos de credores ( arts. 158 a 165). E sando a compensar a sensação de dor da vitima. parte dessas pessoas, elas responderão pelos atos pratica-
necessário que haja o ato prejudicial ao credor, por tor- b) Dano patrimonial dos pelos terceiros (responsabilidade objetiva - art. 933).
nar o devedor insolvente, e a intenção de prejudicar. • Dano emergente - Efetiva diminuição do pa-
trimôni o da vítima . Efeitos civis da decisão proferida
Ineficácia do negócio jurídico • Lucro cessante - O que ela deixou de ganhar. no juízo criminal
Se o dano patrimonial e o moral decorrem do mesmo A responsab ilidade civil é independente da crimi-
Nulidade Anulabilidade
fato, serão cumuláveis as indenizações. nal, não se podendo questionar mais sobre a existên-
1. lnteresse da coletivida- 1. Interesse do prejudica- 3. Relação de causalidade - A responsabilidade civil cia do fato ou sobre quem seja seu autor quando essas
de, matéria de ordem do, matéria de ordem não pode existir sem a relação de causalidade entre questões se acharem decididas no juízo criminal (art.
pública; eficácia erga privada; eficácia ape- o dano e a conduta ilícita do agente. Se houve 935). Assim, havendo responsabilidade criminal, po-
omnes. nas para quem alegou. dano mas sua causa não está relacionada com o derá haver repercussão na esfera civil.
comportamento do agente, inexiste a relação de • Sentença penal condenatória (autoria e fato com-
2 . Argüida por qualquer 2. Alegada somente pelo causalidade, não havendo a obrigação de indenizar. provados) : vincula - condenação na esfera cível.
interessado ou pelo prejudicado. • Sentença penal absolutória (negatória do fato e/ou
Ministério Público. Subjetiva autoria): vincula - absolvição na esfera cível.
1. Conduta - Idem anteriormente. • Sentença penal absolutória (falta de provas - non
3. Não pode ser suprida 3. Pode ser sanada pelo 2. Dano - Idem acima. liquet): não vincula - o juiz cível pode condenar ou
pelo juiz, que pode re- juiz, que não pode re- 3. Elemento subjetivo - Haverá responsabilidade por inde- absolver, dependendo das provas carreadas ao pro-
conhecê-la de oficio. conhecê-la de ofício. nização somente se existir culpa em sentido amplo do cesso. Penal - verdade real, o que realmente ocor-
agente, que.abrange o dolo e a culpa em sentido estrito. reu; na dúvida, juiz absolve. Civi l - verdade fonnal.
4. Não se convalesce pelo 4. Pode se convalescer a) Dolo - E a voluntariedade; é a violação intencional
decurso do tempo. pelo decurso do tempo. do dever jurídico; o agente quer o resultado (dire- Transmissibilidade do dever de indenizar
to) ou assume o risco de produfi-lo (eventual). Falecendo o responsável pela reparação, seus herdeiros,
5. Em regra não prescreve 5. Prescreve em prazos b) Culpa (em sentido estrito) - E a violação de um dentro das forças da herança, devem indenizar (art. 943).
(exceções: quando a lei mais ou menos exíguos dever que o agente poderia conhecer e acatar.
permitir, negócios de ou em prazos decaden- Não há intenção de violar o dever jurídico, mas Regras sobre cálculo de indenização
fundo patrimonial, etc.). ciais. este acaba sendo v\olado por: São defin idas nos arts. 944 a 954.
• Imprudência - E a prática de um fato perigo-
6. Efeito ex tunc (desde 6. Efeito ex nunc (de so (ex.: dirigir veículo em rua movimentada
aquele momento). A agora em diante). A em excesso de, velocidade). OBRIGAÇÕES - PARTE GERAL
declaração de nulidade declaração de anula- • Negligência - E a ausência de precaução ou indi-
retroage à data da ce- bilidade não retroage. ferença em relação ao ato realizado (ex.: deixar Arts. 233 a 420 e 840 a 886 do Código Civil
lebração do negócio Anulado o ato, os efei- arma de fogo ao fácil alcance de uma criança).
nulo. tos operam a partir da • Imperícia - Falta de aptidão para o exercício Conceito de obrigação
decisão. de arte o u profissão (também caracteriza a Relação jurídica de natureza transitória entre credor
çulpa, embora não esteja expressa no art. 186). e devedor cujo objeto consiste numa prestação pessoal
Ato nulo E o médico, dentista, engenheiro, etc. que, em e econômica.
• praticado por absolutamente incapaz, sem a devida face de wn desconhecimento ou falta de práti-
representação; ca, no desempenho de suas funções, venha a Elementos constitutivos
• objeto ilícito ou impossível; causar dano a interesses jurídicos de terceiros. 1. Subjetivo: sujeito ativo - credor (beneficiário da
• quando não se revestir o ato da forma prescrita em lei; Pela teoria da responsabilidade subjetiva, haverá inde- obrigação); sujeito passivo - devedor.
• quando for preterida solenidade essencial; nização toda vez que o agente tenha praticado o ato 2. Objetivo: objeto da obrigação - prestação.
• quando houver simulação; danoso porque o conhecia e o quis, como também 3. Vínculo jurídico: elo que suj eita o devedor a deter-
• quando a lei dec larar o ato nulo ou lhe negar efeito. quando o agente, embora não o conhecesse e não o minada prestação em favor do credor.
quisesse, tenha agido por negligência ou imprudência
Ato anulável ou violado norma que podia ou devia conhecer e aca- Fontes
• praticado por relativamente incapaz, sem assistên- tar. Prevalece a teoria da previsibilidade. Se o ato era • Lei (fonte primária ou imediata das obrigações).
cia de seus representantes legais; previsível (para a pessoa diligente, prudente e conhe- • Negócio jurídico unilateral (ex.: promessa de re-
• por vício resultante de erro, dolo, coação, lesão, estado cedora da norma), então haverá culpa para o agente. compensa) ou bilateral (ex.: contratos).
de perigo ou fraude contra credores, quando essenciais; • Ato ilícito - obrigação de reparar o dano.
• por falta de legitimação (ex.: venda de imóvel sem 4. Nexo causal - Idem anteriormente.
outorga do outro cônjuge); Classificação das obrigações
• se a lei assim o declarar. O Código Civil adota, como regra, a teoria subjetiva. Quanto ao objeto
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 1. Positivas
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda a) Obrigação de dar:
ATO ILÍCITO E que exclusivamente moral, comete ato ilícito (art. 186). • coisa certa (arts. 233 a 242): o devedor se obriga
a entregar coisa individualizada (móvel ou imó-
RESPONSABILIDADE CIVIL • Culpa contratual - Resulta da violação de um vel, abrangendo acessórios); o credor não é obri-
Arts. 186 a 188 e 927 a 954 do Código Civil dever inerente a um contrato (ex.: o inquilino que gado a receber outra coisa, ainda que mais valio-
não paga o aluguel). sa; até a entrega da coisa, esta pertence ao deve-
Conceito de ato ilícito • Culpa extracontratual ou aquiliana - Resulta da dor com seus acréscimos. Se a coisa perecer an-
Ato praticado em desacordo com a normaj uridica, cau- violação de um dever fundado em princípios gerais tes da tradição, sem culpa do devedor, extingue-
sando danos a terceiros e criando o dever de repará-los. do direito, como o respeito às pessoas e aos bens se a obrigação; havendo culpa, haverá indeniza-
alheios; deriva de infração ao dever de conduta, im- ção pelo valor da coisa, mais perdas e danos.
Teorias da responsabilidade posto pela lei (ex. : motorista em excesso de veloci- • coisa incerta (arts. 243 a 246): o devedor se obri-
Objetiva dade provoca atropelamento). ga a entregar objeto incerto, porém já indicado
1. Conduta (é o fato lesivo) pelo gênero e quantidade, faltando definir a qua-
a) Ação - conduta positiva - É a reg~a. Exclusão da ilicitude (art. 188) lidade (ex.: obrigação de entregar 1O bois). A
b) Omissão - conduta negativa - E necessário Não constituem atos ilícitos: os praticados em legítima determinação se faz pela escolha (concentra-
que existam o dever jurídico de praticar determi- defesa ou no exercício regular de um direito; deterioração ção). Esta pertence, em regra, ao devedor, se o
nado ato, a prova de que a conduta não foi prati- ou destruição de coisa alheia ou lesão a pessoa, a fim de contrário não resultar da obrigação. O devedor
cada e a demonstração de que, caso a conduta remover perigo iminente; ausência de nexo de causalidade; não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a
fosse praticada, o dano seria evitado. culpa exclusiva da vítima; caso fortuito ou força maior. prestar a melhor. Realizada a escolha, a obriga-
2. Dano ção transforma-se em dar coisa certa.
a) Dano moral - Em sentido próprio, refere-se ao Obrigação de indenizar b) Obrigação de fazer (arts. 247 a 249): consiste na
abalo dos sentimentos de uma pessoa, provocan- Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem fica prestação de um serviço ou ato positivo (material
do-lhe dor, tristeza, desgosto, depressão, etc.; em obrigado a repará-lo (art. 927). Os bens dos responsá- ou imaterial) do devedor (ex.: trabalho manual,
sentido impróprio ou amplo, abrange a lesão de veis pela ofensa ou violação do direito de outrem fica- intelectual, científico, artístico, etc.). A impossibili-
todos e quaisquer bens ou interesses pessoais rão suj eitos à reparação do dano patrimonial ou moral dade de o devedor cumprir a obrigação de fazer,
(exceto econômicos), como a liberdade, o nome, a causado. Se a ofensa tiver mais de um autor, todos res- bem como a recusa em executá-la, acarreta o ina-
família, a honra, a integridade fisica, etc. No dano ponderão solidariamente pela reparação (art. 942). O dimplemento contratual. Se houver recusa ao cum-
moral não se pede um preço para a dor, mas um titular da ação pode propô-la contra um ou todos ao primento de obrigação de fazer fungível (que pode
meio para atenuar, em parte, as conseqüências do mesmo tempo. Aquele que pagar a indenização terá ser executada por terceiro), será livre ao credor
prejuízo. Art. 5°, X, Constituição Federal de 1988: direito de regresso contra os demais, para reaver o que mandá-lo executar à custa do devedor ou pedir
"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a desembolsou. A indenização também se aplica a: indenização por perdas e danos. Se for de obrigação
honra e a imagem das pessoas, assegurado o • danos causados por animais (art. 936); infungíve\, resolve-se em perdas e danos, não se
direito à indenização pelo dano material ou moral • danos causados por prédios em ruínas (art. 937); podendo constranger fisicamente o devedor. No
decorrente da sua violação", O Código Civil não • danos por coisas lançadas das casas (art. 938); entanto, admite-se a execução específica mediante
traz critérios para a quantificação da indenização • responsabilidade por cobrança de dívida não venci- cominação de multa diária (astreinte), estabelecida
por dano moral. Deve o magistrado fixá-la anali- da ou já paga (art. 940). pelo juiz.
Resumão Jurídico
2. Negativas c) Compensação (arts. 368 a 380) - Duas ou mais e) Paritários (os interessados discutem as cláusulas
• Obrigação de não fazer (arts. 250 e 251): o deve- pessoas são ao mesmo tempo credoras e devedo- contratuais em pé de igualdade) ou de adesão em
dor se compromete a não praticar certo ato que ras urnas das outras; as duas obrigações se extin- (urna das partes adere às cláusulas já estabelecidas er
poderia ser praticado, não fosse a obrigação assu- guem até onde se compensarem. As prestações pela outra - não podem ser impressos com letras ior
mida (ex.: obrigação de não construir acima de devem ser fungíveis entre si. miúdas ou redação confusa e ambígua; na dúvida,
certa altura para não obstruir a visão do vizinho). d) Confusão (arts. 38 1 a 388) - Incidência em uma adota-se interpretação mais favorável ao aderente). de
mesma pessoa das qualidades de credor e deve- f) Consensuais (perfazem-se pelo simples acordo em
Quanto a seus elementos dor, operando-se a extinção do crédito, pois nin- de vontades - compra de um bem móvel), sole-
1. Simples - Um sujeito ativo, um sujeito passivo guém pode ser credor e devedor de si mesmo. nes (lei exige forma especial para sua celebra- ci-
e um objeto. Observação: o novo Código Civil trata a transa- ção - compra de imóvel) ou reais (perfazem-se di-
2 . Compostas ção (arts. 840 a 850 - extinção da obrigação por com a entrega da coisa - depósito, penhor).
a) Pluralidade de objetos: mútuas concessões) e a arbitragem (arts. 851 a g) Principais (existem por si, independentemente
• cumulativa - dar um carro e um aparta- 853 - as partes confiam a árbitros a solução de de outro) ou acessórios (sua existência supõe a
mento; o inadimplemento de urna envolve o seus conflitos de interesses) como formas de do principal - ex.: fiança). ·re-
descumprimento total. contrato e não corno formas de pagamento. h) Pessoais (intuitu personae - a pessoa do contra- tos
• alternativa (arts. 252 a 256) - entregar um tante é fundamental para sua realização) ou
cavalo ou dois bois; o devedor se desonera Extinção sem pagamento - Ocorre nos casos de impessoais (a pessoa do contratante é indife-
com o cumprimento de urna das obrigações. remissão (perdão), renúncia, prescrição, impossibi- rente para a conclusão do negócio). ea
A escolha pertence ao devedor, se o contrá- lidade de execução por caso fortuito ou força maior
rio não ficou estipulado no contrato. e implemento de condição ou termo extintivo. Efeitos dos contratos ,a o
b) Pluralidade de sujeitos (credores ou devedores) Exceção de contrato não cumprido
- Solidariedade (arts. 264 a 285) - cada um Pagamento judicial - Ocorre por meio de urna Nenhum dos contratantes poderá, antes de cum-
tem direito ou é obrigado pelo total da dívida: ação judicial - execução forçada. P,rir sua obrigação, exigir a do outro (arts. 476 e 477). oe
• ativa - pluralidade de credores; E regra nos contratos bilaterais (sinalagrnáticos).
• passiva - pluralidade de devedores. Declaração unilateral de vontade
A solidariedade não se presume. Resulta da (arts. 854 a 926) Direito de retenção uir
lei ou vontade das partes (art. 265). • Promessa de recompensa. Permite ao credor conservar coisa alheia em seu
• Gestão de negócios. poder além do momento em que deveria restituir, até zo
Outras modalidades • Pagamento indevido. o pagamento do que lhe é devido (ex.: possuidor de nto
• líquidas (certas quanto à existência e determina- • Enriquecimento sem causa. boa-fé em relação às benfeitorias necessárias e úteis).
das quanto ao objeto) ou ilíquidas (dependem • Títulos de crédito.
de apuração prévia); Revisão dos contratos (arts. 478 a 480)
• divisíveis ou indivisíveis - comportam ou não Em princípio os contratos devem ser cumpridos
fracionamento, sem prejuízo de sua substãncia CONTRATOS como foram estipulados (pacta sunt servanda).
(arts. 257 a 263); Excepcionalmente, admite-se a revisão judicial dos
• propter rem - híbridas: parte direito real , parte Arts. 421 a 839 do Código Civil contratos quando uma das partes vem a ser prejudi-
direito pessoal (ex.: condomínio); cada sensivelmente por uma alteração imprevista da
Conceito de contrato conjuntura econômica. O evento extraordinário
Cláusula penal (arts. 408 a 416) Acordo de vontades que visa à criação, modificação ou imprevisto, que dificulta o adimplemento da obriga-
Penalidade acessória imposta pela inexecução total extinção de relações jurídicas de natureza patrimonial. ção, é motivo de resolução contratual por onerosi-
ou parcial da obrigação (compensatória) ou pelo re- dade excessiva (rebus sic stantibus). A parte lesada
tardo em seu cumprimento (moratória). O limite é o Elementos constitutivos ingressa em juízo pedindo a rescisão do contrato ou tra-
valor da obrigação principal. Se houver cumprimento 1. Duas ou mais pessoas. o reajustamento da prestação.
parcial, a pena pode ser reduzida proporcionalmente. 2 . Capacidade.
3 . Consentimento. Arras ou sinal
Mora (arts. 394 a 401) - Retardamento ou imper- 4. Objeto lícito, possível, determinado ou determi- Prova de conclusão do contrato, assegura o tsti-
feito cumprimento da obrigação por culpa: nável e economicamente apreciável. cumprimento da obrigação e é princípio de paga-
a) do devedor (solvendi, debitoris) - não cumpre 5. Forma prescrita ou não defesa em lei. mento (arts. 417 a 420). Arrependimento previsto ixe-
na forma, tempo e lugar estipulados: • implica arras confirmatórias; arrependimento bi-
• ex re - previsto em lei; Princípios não previsto, arras penitenciais. lu-
• ex persona - providência do credor (ex.: noti- 1. Autonomia da vontade: liberdade para estipular
ficação). o que lhes convier. Evicção
b) do credor (accipiendi, creditoris) - recusa em 2. Observância e supremacia das normas de ordem Perda da propriedade para terceiro por sentença
aceitar o cumprimento da obrigação. pública, que visam ao interesse coletivo. judicial e ato jurídico anterior (arts. 447 a 457). Nos
Se a parte que incorreu em mora corrigir sua fa- 3. Obrigatoriedade das obrigações (pacto sunt ser- contratos onerosos, o alienante responde pela evicção.
lha, haverá purgação da mora. vanda): em regra, o simp les acordo de duas ou O alienante somente ficará isento de responsabilidade
mais vontades é suficiente para gerar o contrato. se foi pactuada a cláusula de exclusão da garantia e o [d,
Extinção das obrigações 4. Relatividade dos efeitos: o contrato, como regra, adquirente, infonnado do risco, o aceitou.
Pagamento direto só vincula as partes que nele intervierem.
a) pessoas: sol vens (devedor) e accipiens (credor); 5. Boa-fé objetiva: as partes devem agir com lealda- Vício redibitório
b) objeto e prova do pagamento: quitação (arts. de, probidade e confiança recíprocas (art. 422). Vício ou defeito oculto na coisa que a torna impró-
313 a 326); pria para o uso a que se destina ou lhe diminui o valor
c) lugar do pagamento (arts. 327 a 330): quérable Formação (arts. 441 a 446 e Código de Defesa do Consumidor).
- domicílio do devedor; exceção: portable - e Duas vontades: proposta (ou oferta) e aceitação. "Redibir" significa restituir coisa defeituosa.
domicílio do credor; • Regra: feita a proposta, vincula o proponente (art. 427).
d) tempo - vencimento: fixado pelas partes (arts. Código Código de Defesa do
331 a 333). Momento da celebração Civil Consumidor
a) entre presentes: momento da aceitação da proposta;
Formas especiais de pagamento b) entre ausentes (teoria da expedição): momento Objeto: bens, ob- Objeto: produtos (móveis
a) Pagamento por consignação (arts. 334 a 345) - em que a aceitação é expedida. jetos de contratos ou imóveis; corpóreos ou
0 devedor deposita a coisa devida (móvel ou comutativos (mó- incorpóreos) e serviços.
imóvel), liberando-se de obrigação líquida e Local da celebração veis ou imóveis).
certa. Se for em dinheiro, pode optar pelo depó- Regra: no lugar em que foi proposto; admite-se dis-
Defeito oculto na Defeito oculto, aparente ou s,
sito extrajudicial em conta bancária. posição em contrário (art. 435). d.
b) Pagamento com sub-rogação (arts. 346 a 351) - coisa. de fácil constatação; quali-
~ a-
Substituição na obrigação de urna coisa por Classificação dade no produto ou serviço
outra (real) ou de urna pessoa por outra (pes- a) Unilaterais (apenas um dos contratantes assume não correspondente à pro-
soal) com os mesmos ônus e atributos. obrigações em face do outro) ou bilaterais (direitos paganda, rótulo, etc.
c) Imputação ao pagamento (arts. 352 a 355) - Pes- e obrigações para ambas as partes - sinalagrnáticos).
soa obrigada por dois ou mais débitos da mesma b) Onerosos (ambas as partes assumem obrigações) Efeitos: rescindir o Efeitos: idem.
natureza, líquidos e vencidos, a um só credor tem o ou gratuitos (oneram somente uma das partes) - contrato, pedir aba-
direito de escolher qual deles está pagando. Em regra, os contratos bilaterais são também one- timento no preço ou
rosos, e os unilaterais, gratuitos. Exceção: mútuo substituir ou con-
Pagamento indireto sujeito a juros, que obriga a devolução da quantia sertar a coisa.
a) Dação em pagamento (arts. 356 a 359) - Acor- emprestada (contrato unilateral), devendo-se pa-
do de vontades entre credor e devedor em que gar os juros (contrato oneroso). Prazos de Prazos de
há a entrega de uma coisa (móvel ou imóvel) em c) Comutativos (prestações de ambas as partes são decadência: decadência: L
substituição de dinheiro. conhecidas e guardam relação de equivalência) a) Móveis - 30 dias a) Produtos ou serviços du-
b) Novação (arts. 360 a 367) - Criação de obriga- ou aleatórios (urna das prestações não é conheci- da tradição. ráveis - 90 dias da cons-
ção nova e extinguindo a anterior, modificando da no momento da celebração do contrato). b) Imóveis - 1 ano tatação ou da entrega.
o objeto (objetiva ou real) ou substituindo uma d) Nominados (denominação prevista em lei) ou da tradição. b) Produtos não-duráveis -
das partes (subjetiva - ativa ou passiva). Não inominados (contratos criados pelas partes, não 30 dias da constatação
produz satisfação do crédito. havendo tipificação legal). ou entrega .

ofissional
Resumão Jurídico
Extinção da relação contratual Empréstimo (arts. 579 a 592) Fâmulo de posse
1. Normal: cumprimento.
2. Rescisão ou dissolução:
a) causas anteriores ou contemporâneas - nuli-
Alguém entrega uma coisa para outrem, gratuita-
mente, obrigando-se este a devolver a mesma coisa
ou devolver outra da mesma espécie e quantidade.
Detém a coisa em virtude de dependência eco-
nômica ou vínculo de subordinação (ex.: caseiro -
art. 1.198). •a:
dade, condição resolutiva, arrependimento;
b) causas supervenientes - resolução (descum-
Há duas espécies:
1. Comodato - Empréstimo de uso em que o bem Objeto •
primento voluntário ou involuntário), resili- emprestado deverá ser restituído, não podendo Todas as coisas que puderem ser objeto de pro- a:
ção (acordo bilateral-distrato - ou unilateral) ser fungível ou consumível (ex.: uma casa). priedade.
rl1
ou morte de um dos contratantes em obriga-
ções personalíssimas.
Não restituindo o bem, o comodante pode in-
gressar com ação de reintegração de posse e
cobrar aluguel.
Classificação
a) Direta (exercida por quem detém materialmen-
e
Principais contratos
Compra e venda (arts. 481 a 532)
Um dos contratantes se obriga a transferir o do-
mínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe o pre-
2. Mútuo - Empréstimo de consumo em que o
bem usado, sendo fungível ou consumível, não
poderá ser devolvido e a restituição será em seu
equivalente, por outra coisa do mesmo gênero,
te a coisa) ou indireta (posse exercida por meio
de outra pessoa - ex.: proprietário que tem a
coisa por meio do inquilino).
b) Justa (adquirida sem vícios) ou injusta (adquiri-

ço em dinheiro. Elementos: coisa, preço e consen- qualidade e quantidade (ex.: um quilo de feijão). da com violência - esbulho; às escondidas - clan-
so. Não transfere o domínio. Este é transferido pe- Pode ser gratuito ou oneroso (feneratício). destina; ou com abuso de confiança - precária).
la tradição (bens móveis) ou pelo registro do título e) Boa-fé (o possuidor ignora os vícios que impe-
aquisitivo no Cartório de Registro de Imóveis Depósito (arts. 627 a 652) dem sua aquisição legal) ou má-fé (o possuidor
(bens imóveis). A lei proíbe que os ascendentes Uma pessoa (depositário) recebe de outra (depo- tem ciência dos vícios).
vendam aos descendentes quaisquer bens, sem que sitante) um objeto móvel para guardá-lo, temporá- d) Nova ou velha (mais de um ano e um dia).
haja o consentimento dos outros descendentes e ria e gratuitamente, até que o depositante o recla-
do cônjuge do alienante, salvo se casado sob o me. Depositário que não restitui a coisa ao final do Aquisição
regime de separação obrigatória (art. 496), sob contrato (infiel) pode ter sua prisão decretada. Apreensão da coisa, exercício de direito, disposi-
pena de anulação do ato. Essa venda poderia simu- ção da coisa, tradição e constituto possessório (aque-
lar uma doação em prejuízo dos demais herdeiros. Mandato (arts. 653 a 709) le que possuía em nome próprio passa a possuir em
Cláusulas especiais: retrovenda (arts. 505 a 508), Alguém (mandatàrio) recebe de outro (mandante) nome de outrem - ex.: proprietário que vende imóvel
venda a contento (arts. 509 a 512), preempção ou poderes para, em seu nome (em nome do mandante), e continua em sua posse como locatário - art. 1.205).
preferência (arts. 513 a 520) e reserva de domínio praticar atos ou administrar interesses. O instrumento do
(arts. 521 a 528). mandato escrito é a procuração. O mandato pode ser Quem pode adquirir
legal, judicial ou convencional (ad judicia ou ad nego- A própria pessoa, seu representante (mandatá-
Troca ou permuta (art. 533) tia). Substabelecer uma procuração significa conferir a rio) e terceiro (gestor de negócios).
As partes se obrigam a dar uma coisa por outra terceira pessoa os poderes que recebeu do mandante.
que não seja dinheiro. Operam-se, ao mesmo Efeitos da posse
tempo, duas vendas, servin~o as coisas trocadas de Transporte (arts. 730 a 756) 1. Invocar interditos (ações)
compensação recíproca. E anulável a troca de Uma pessoa ou empresa se obriga, mediante a) ameaça - interdito proibitório;
valores desiguais entre ascendentes e descenden- retribuição, a transportar, de um local para outro, b) turbação - manutenção de posse;
tes, sem o expresso consentimento dos outros des- pessoas ou coisas (animadas ou inanimadas). e) esbulho - reintegração de posse;
cendentes e do cônjuge do alienante. d) nunciação de obra nova - impedir obras que este-
Seguro (arts. 757 a 802) jam em desacordo com regras de construção;
Estimatório (arts. 534 a 537) Uma pessoa (segurador) se obriga perante outra e) dano infecto - caução de futuros e eventuais
Uma das partes (consignatário) recebe da outra
(consignante) bens móveis, ficando autorizada a
vendê-los, obrigando-se a pagar um preço estima-
(segurado), mediante o pagamento de um prêmio,
a garantir-lhe interesse legítimo relativo a pessoa
ou coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de
danos.
2. Percepção de frutos
a) Possuidor de boa-fé - Tem direito aos frutos
•a:
do previamente, se não restituir as coisas consig- riscos futuros, previstos no contrato. percebidos, ao uso e gozo da coisa, às despe- •
nadas dentro do prazo ajustado.
Fiança (arts. 818 a 839)
sas de produção; não tem direito aos frutos
pendentes quando cessa a boa-fé.
a:
Doação (arts. 538 a 564) Também chamada caução fidejussória, é a b) Possuidor de má-fé - Responde pelos pre- rl1
Uma pessoa, por liberalidade, transfere de seu
patrimônio bens ou vantagens para o de outra, que
os aceita. Os ascendentes podem fazer doações a
promessa feita por uma ou mais pessoas de garan-
tir ou satisfazer a obrigação de um devedor, se este
não a cumprir, assegurando ao credor seu efetivo
juízos, pelos frutos colhidos e percebidos e
pelos frutos que por sua culpa se perderam,
mas tem direito às despesas de produção.
e
seus filhos , mas isso importa em adiantamento da
legítima. Nula será a doação da parte excedente do
que poderia dispor em testamento. Há nulidade da
cumprimento. 3. Faculdade de legítima defesa da posse e des-
forço imediato (art. 1.210), empregando meios
estritamente necessários e proporcionais.

doação inoficiosa apenas no que exceder à legíti- DIREITO DAS COISAS 4. Indenização de benfeitorias necessárias e úteis
ma dos herdeiros. A doação pode ser revogada se (posse de boa-fé) ou só necessárias (posse de
houver ingratidão (ex.: atentar contra a vida ou Arts. 1.196 a 1.51 O do Código Civil má-fé).
caluniar o doador) ou descumprimento de encargo. 5. Faculdade de ser mantida sumariamente (por
Os direitos podem ser classificados em: meio de liminares) em caso de posse velha.
Locação (arts. 565 a 578 e 593 a 626) a) pessoais: relações entre pessoas, abrangendo o
Uma das partes, mediante remuneração, se sujeito ativo, o passivo e a prestação que o se- Perda da posse
compromete a fornecer à outra, por certo tempo, o gundo deve ao primeiro (ex.: contratos); Abandono , tradição, perda ou destruição,
uso de uma coisa, a prestação de um serviço ou a b) das coisas: relação entre o homem e a coisa que posse de outrem e constituto possessório (arts.
execução de determinado trabalho. se estabelece diretamente (ex.: propriedade), 1.223 e 1.224).
Há três espécies: contendo três elementos: o sujeito ativo, a coisa
1. Locação de serviços - Prestação de serviços e a relação (ou o poder) do sujeito ativo sobre a Composse
economicamente apreciável. coisa (domínio). Pluralidade de sujeitos e coisa indivisa:
2. Locação de obras ou empreitada - Execução a) pro indiviso - cada um tem a parte ideal do
de obra ou trabalho. Conceito bem·
Observação: pela disposição atual no Código Civil, Direito das Coisas é o conjunto de regras que re- b) pro diviso - divisão de fato do bem.
a prestação de serviços e a empreitada não são gulamentam as relações jurídicas entre o homem e
espécies de locação e ,sim contratos autônomos. as coisas. Propriedade (arts. 1.228 a 1.368)
3. Locação de coisas - E o contrato pelo qual uma Direito que a pessoa física ou jurídica tem de usar,
das partes (locador ou senhorio) se obriga a Conteúdo do Direito das Coisas gozar (ou fruir), dispor de um bem ou reivindicá-lo de
ceder à outra (locatário ou inquilino), por tempo 1. Posse. quem injustamente o possua. Reafirma-se a função so-
determinado ou não, o uso e gozo de coisa não 2. Direitos reais: cial da propriedade acolhida no art. 5°, XXlll, da
fungível , mediante certa remuneração (art. 565). a) propriedade; Constituição Federal.
Se houver mais de um locador ou locatário, en- b) direitos reais sobre coisa alheia:
tende-se que são solidários, se o contrato não • uso - enfiteuse, superfície, servidão, usu- Restrições ao direito de propriedade
estipulou o contrário. A locação de imóveis ur- fruto, uso e habitação; Constitucionais, administrativas, militares e civis.
banos são regulados pela Lei 8.245/91. O loca- • garantia - penhor, hipoteca e anticrese;
dor só pode exigir uma das seguintes garantias, • direito real de aquisição - compromisso Classificação
sob pena de nulidade: a) caução (máximo três irretratável de venda. a) Plena - Quando estão presentes todos os ele-
meses); b) fiança; c) seguro-fiança locatícia. mentos da propriedade (uso, gozo, disposição e
Durante o prazo convencionado, não poderá o Posse (arts. 1.196 a 1.227) reivindicação).
locador reaver o imóvel alugado; o locatário Exercício pleno ou não de alguns dos poderes b) Limitada - Quando recai sobre ela algum ônus
poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada. O inerentes à propriedade (art. 1.198). (ex.: hipoteca) ou é resolúvel.
locatário poderá denunciar a locação por prazo
indeterminado mediante aviso por escrito ao Teorias Propriedade im~vel
locador, com antecedência mínima de 30 dias. • Subjetiva (Savigny): corpus (poder físico sobre a 1. Aquisição
No caso de alienação, o locatário tem direito de coisa) e animus (intenção de ter a coisa para si). a) Acessão: formação de ilhas; aluvião (acrés-
preferência para adquirir o imóvel em igualdade • Objetiva (Ihering): apenas corpus. cimo paulatino de terras às margens do rio
de condições com terceiros. O Código Civil adota a teoria objetiva. mediante lentos depósitos naturais ou desvio
Resumão Jurídico
de águas); avulsão (repentino deslocamento de 5. Constituição - Contrato, testamento, usucapião ou e) devedor continua na posse do bem.

•D! uma porção de terra por força natural violenta,


desprendendo de um prédio e juntando-se a
outro); álveo abandonado (rio que seca ou des-
via totalmente seu curso); e artificiais (acrésci-
sentença judicial.
6. Extinção - Renúncia do dono do prédio dominan-
te, resgate, confusão, não uso durante dez anos con-
secutivos ou construção de estrada. Pode ser remo-
Sub-hipoteca - A lei permite que o mesmo bem
sej a hipotecado mais de uma vez, se não houver
proibição expressa. O bem deve ter valor superior
• mos feitos pelo homem: plantações e constru- vida desde que não diminua as vantagens do prédio
ao da soma de todas as hipotecas .
6. Perempção - Extinção da hipoteca pelo decurso de
D! ções). dominante. 30 anos. Esse prazo não comporta suspensão nem
b) Usucapião: Observação: não confundir com passagem forçada, interrupção.
m
e • extraordinária: 15 anos (o prazo cai para 1O
anos se o possuidor estabelecer moradia ou
realizar obras de caráter produtivo);
que é instituto de direito de vizinhança, onde uma
das propriedades está encravada.
7. Extinção - Desaparecimento da obrigação princi-
pal, destruição da coisa, renúncia do credor, adjudi-
cação ou consolidação.

• • ordinária: 1O anos e justo título - prova de


boa-fé (o prazo cai para 5 anos se o imóvel foi
adquirido onerosamente, estabelecendo mora-
dia ou investimento de caráter econômico);
Usufruto (arts. 1.390 a 1.411)
1. Conceito - Direito real que uma pessoa tem de usar
(ex.: morar) ou fruir (ex.: alugar) a coisa alheia,
temporariamente, sem alterar-lhe a substância.
Anticrese (arts. 1.506 a 1.510)
1. Conceito - Direito real de garantia pelo qual o cre-
dor retém o imóvel do devedor e recebe seus frutos
• constitucional: 5 anos; o limite na área rural é 2. Partes: até o valor emprestado.
50 hectares (arts. 191 , CF, e 1.239, CC) e na a) usufrutuário: aquele que tem direito de usar ou fruir 2. Partes:
urbana, 250 m 2 (arts. 183 , CF, e 1.240, CC). a coisa; a) credor anticrético: empresta o dinheiro e recebe a
Em qualquer dessas hipóteses, a pessoa não b) nu-proprietário: dono da coisa. posse do imóvel;
pode ser proprietária de nenhum outro bem imó- 3. Objeto - Móveis e imóveis. b) devedor anticrético: recebe o dinheiro e entrega o
vel. Os imóveis públicos não podem ser objeto 4. Classificação: bem.
de usucapião. a) quanto à extensão: universal 011 particular; 3. Características:
e) Modos derivados: sucessão hereditária (causa b) quanto à duração: temporário ou vitalício. a) exige capacidade das partes, escritura, registro e
mortis) e registro de transferência (inter vivos). 5. Constituição - Contrato, testamento ou por força a entrega real da coisa;
2. Perda: alienação, renúncia, abandono, perecimen- de lei. b) não confere direito de preferência na venda.
to, desapropriação e usucapião. 6. Extinção - Morte do usufrutuário, término do pra- 4. Efeitos - O credor pode arrendar a terceiros ou fruir
zo (30 anos se em benefício de pessoa jurídica), pessoalmente e reter a posse até 15 anos.
Propriedade móvel destruição da coisa, consolidação, prescrição, re- 5. Extinção - Pagamento da dívida, término do prazo
• Aquisição e perda: originária - ocupação e usu- núncia ou desistência. A nua propriedade pode ser (máximo 15 anos), renúncia do credor, perecimento
capião (extraordinária, 5 anos; ordinária, 3 anos); alienada; o usufruto, em regra, é inalienável (só po- do bem ou desapropriação.
derivada - especificação (transformação de coisa de ser alienado ao próprio nu-proprietário).
móvel em espécie nova), confusão (mistura entre Direito real de aquisição (arts. 1.417 e 1.418)
coisas líquidas), comistão (mistura entre coisas só- Uso e habitação (arts. 1.412 a 1.416) Compromisso ou promessa irretratável de venda
lidas), adjunção (justaposição de uma coisa sobre a Em relação a esses institutos, aplicam-se regras 1. Conceito - Contrato pelo qual uma pessoa se obri-
outra), tradição (entrega da coisa) e herança. semelhantes às do usufruto. ga a vender a outra bem imóvel, outorgando-lhe a
escritura após o cumprimento das obrigações.
Çondomínio (ou compropriedade) Enfiteuse 2. Partes:
E a propriedade em comum. Um mesmo bem pode O atual Código proíbe a constituição de enfiteuse, a) compromissário - comprador;
pertencer a várias pessoas, cabendo a cada uma igual bem como a subenfiteuse e a cobrança de laudêmios b) compromitente - vendedor.
direito sobre o todo. nas transmissões do bem aforado . As atuais enfiteuses 3. Objeto - Bens imóveis.
Há duas espécies: ficam mantidas, subordinando-se às disposições do 4. Requisitos:
•D! 1. convencional ou voluntário (arts. 1.314 a 1.330) -
resulta de acordo de vontade das pessoas;
2. edilício - prédio de apartamentos (arts. 1.331 a
antigo Código (arts. 678 e seguintes) e leis especiais,
até sua paulatina extinção (art. 2.038).
a) ausência de cláusula de arrependimento (irretra-
tável) ;
b) outorga (uxória ou marital);
• 1.358, CC, e Lei 4.591 /64). Superfície (arts. 1.369 a 1.377) e) inscrição no Registro de Imóveis.
5. Execução - Escritura definitiva ou sentença consti-
D! Direitos de vizinhança (arts. 1.277 a 1.313)
Vem substituir a enfiteuse. O proprietário concede,
por tempo determinado, gratuita ou onerosamente, a tutiva de adjudicação compulsória.
m Aplicam-se nos casos de: outrem (superficiário) o direito de construir ou plan- 6. Extinção - Execução voluntária do contrato, exe-
e •


uso anormal da propriedade;
árvores limítrofes;
passagem forçada ;
tar em seu terreno. Deve ser regi strada. Não autoriza
obra no subsolo, exceto se for inerente ao objeto da
concessão.
cução compulsória (adjudicação no registro imobi-
liário) , distrato (mútuo consentimento) ou resolu-
ção judicial.
• •

águas;
limites entre prédios e construção (devassamento,
águas e beirais, paredes divisórias e tapagem).
Direitos reais de garantia
Penhor (arts. 1.431 a 1.472)

Propriedade resolúvel
1. Conceito - Transferência da posse de coisa móvel
ou mobilizável realizada pelo devedor ao credor,
Resumão Jurídico
A coleção Resumão Jurídico é um projeto editorial da
É a que se extingue com a ocorrência de uma con- para garantir o pagamento de um débito. Barros , Fischer & Associados Ltda. em parceria com o Exord,
dição resolutiva ou de um termo final (ex.: dou minha 2. Partes: Instituto de Orientação para Reciclagem em Direito.
fazenda a X até abril de 2020, quando então aproprie- a) credor pignoratício: empresta o dinheiro e rece-
dade será de eventual neto). be a coisa;
b) devedor pignoratício: entrega o bem.
3. Características:
DIREITOS REAIS SOBRE a) em regra, recai sobre coisas móveis - exceção:
safra futura ;
COISAS ALHEIAS b) é acessório, uno e indivisível;
Arts. 1.369 a 1.51 O do Código Civil e) exige, em regra, a entrega da coisa (tradição) - DIREITO CIVIL
exceção: penhor rural, industrial ou de veículo, 3' edição Abril/2005
Espécies em que a posse da coisa continua com o devedor. Autor: Lauro R. Escobar Jr., juiz de Direito Auditor do Tribunal de
• Direitos reais de gozo ou fruição . 4. Classificação: Justiça Militar/SP; professor em diversos cursos jurídicos, especial-
• Direitos reais de garantia. a) convencional: civil, mercantil, rural (agrícola ou mente do Instituto Exord; autor de diversas obras sobre Direito Civil,
Direito Penal Militar e Direito Processual Penal Militar; graduação e
• Direito real de aquisição. pecuário), industrial; pós-graduação pela Pontifíc ia Universidade Católica de São Paulo
b) de direitos (arts. 1.451 a 1.460); Arte: Maurício Cioffi
Direitos reais de gozo ou fruição e) de veículos (arts. 1.461 a 1.466); Revisão: Márcia Men in
Servidão predial (arts. 1.378 a 1.389) d) legal (arts. 1.467 a 1.472). Resumão Jurídico - Direito Civil é uma publicação da Barros,
Fischer & Associados Ltda., sob licença editorial do Instituto Exord.
1. Conceito - O proprietário de um prédio deve 5. Extinção - Pagamento, perecimento da coisa, re- Copyright© 2005 Lau ro R. Escobar Jr. Direitos desta edição reserva-
suportar o exercício de alguns direitos em favor do núncia, confusão ou adjudicação judicial. dos para Barros, Fischer & Associados Ltda
proprietário de outro prédio. Como recai somente Endereço: Rua Pad re Garcia Velho, 73, cj . 22
sobre bens imóveis, necessita de registro. Hipoteca (arts. 1.473 a 1.505) Pinheiros, São Paulo, CEP 0542 1-030
Telefone/fax: 0(xx)11 3034-0950
2. Partes: 1. Conceito - Direito real de garantia que grava coisa Site : www.bafisa.com.br
a) prédio dominante: tem direito à servidão; imóvel pertencente ao devedor sem transmissão de E-mail: bafisa@uol.com.br
b) prédio serviente: deve servir ao outro prédio. posse ao credor.
•D! 3. Características:
a) os prédios devem pertencer a proprietários dife-
rentes;
2. Partes:
a) credor hipotecário: empresta o dinheiro ;
b) devedor hipotecante: oferece o bem em garantia.
Exord: Av. Pauli sta, 171, 7° andar. - Tel.: 0(xx)11 3372-2500
Site: www.exord. com.br - E-mail : exord@exord.com.br
Impressão: Eskenazi Indústria Gráfica Ltda
Acabamento: Badge Comercial de Plásticos Ltda.
• b) serve à coisa e não ao dono; 3. Bens hipotecáveis - Imóveis, acessórios móveis
Distribuição e vendas: Bafisa, tel. : 0(xx)11 3034-0950

D! e) não se presume, deve ser expressa, interpretan- em conjunto com imóveis, nua propriedade e domí- Atenção
do-se restritivamente; nio útil , estradas de ferro , recursos minerais, navios ISBN 85-88749-52-1
m d) é indivisível e inalienável, não podendo ser usa- e aeronaves. É expre ssamente

e da para outra finalidade. 4. Espécies - Convencional, legal e judicial.


proibida a reprodu-
ção total ou parcial
4. Classificação: 5. Características:

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do conteúdo desta
a) quanto à natureza: rural ou urbana; publicação sem a
a) é contrato ace.ssório e indivisível, sempre de

• b) quanto ao modo de exercício: contínua ou não;


e) quanto à exteriorização: aparente ou não.
natureza civil;
b) exige registro (publicidade e especialização) ;
prévia autorização
do editor.
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Da mesma série: Família & Sucessões, Processo Civil, Direito Comercial, Direito Penal (Parte Geral e Parte Especial). Processo Penal, Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Tributário, Direito do Trabalho e Êtica Profissional

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