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SUMÁRIO
1.1 Pintura.............................................................................................
1.2 Fotografia....................................................................................................
2. 1 Sujeito/Objeto........................................................................
2.2 Feminino....................................................................
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(...)uma fotografia não é apenas uma imagem (no sentido em que uma
pintura o é), uma interpretação do real; é também um vestígio, um rastro
direto do real, como uma marca ou uma máscara mortuária.
(SONTAG,1979,p.111)
Neste sentido, a autora acima nos incita a iniciar uma reflexão sobre a questão do
registro da memória em se tratando do aparato fotográfico e em que medida tal
vestígio do “real” difere do realizado pela pintura. Pois o substrato do que foi
apreendido pela câmera diz respeito a um rastro de uma presença física outrora
existente.
Hegel define a arte como “ natureza re-engendrada, natureza nascida de novo nas
invenções do gênio”. Portanto, podemos nos questionar se a fotografia, enquanto
rastro do real, vestígio e ainda máscara mortuária se contrapõe à ideia da pintura
enquanto criação de um gênio.
1.2- Fotografia
A definição mais difundida de fotografia é “escrito ou desenho que a luz faz”. Sendo
o significado de “photos” correspondente a luz e “ graphein” escrever.
De acordo com a maioria dos manuais clássicos que definem a fotografia , é dito
que esta é em princípio uma impressão luminosa fixada num suporte bidimensional
sensibilizado por químicos. ( referência). Uma curiosidade é a utilização em torno se
sua invenção, de terminologias ligadas às artes gráficas com terminações em “tipo”.
(daguerreótipo, ambrótipo, calótipo). No entanto, Daguerre, diz que a fotografia é
“algo mais que um instrumento para desenhar a natureza: pelo contrário, é um
processo químico- físico que lhe dá ( à natureza) a possibilidade de se reproduzir.”
A fotografica enquanto meio ganha tal status ao ser entendido e reconhecido como
Arte. Adquirindo assim tal qualidade até atingir o patamar de autonomia ao ser
considerado um gênero em si mesmo. Pois, anteriormente, a fotografia era
considerada, ora ciência, ora arte.
Marius de Zayas afirma que “ A fotografia não é uma arte, mas as fotografias podem
se fazer arte”. ( Zayas, Marius, revista 291, p. 130, 1915 a 1916). Diante de tal
colocação, um outro modo de pensar se faz possível, por meio da singularidade.
Uma comparação com o método psicanalítico poderia se dar, pois o analisante
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