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Professoras: Leticia Borges e

Camila Arruda
DIREITO EMPRESARIAL Aula 5
TEORIA DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Para formalizar um negócio é necessário adquirir personalidade jurídica, que nada mais é do
que o ato de contrair direitos e deveres na sociedade, o que é de fundamental importância
para que qualquer empreendimento possa atuar de forma legal. Para obter personalidade
jurídica é necessário se inscrever no órgão competente do setor em que a empresa atua.

Adquirir personalidade jurídica é importante não só para que uma ou mais pessoas passem a
ser vistas pela sociedade como empresa, podendo executar as suas funções legalmente, mas
para que também seja protegida pela legislação brasileira.

A personalidade jurídica é quando um indivíduo deixa de ser apenas pessoa física e por
meio de um processo de regularização torna-se uma pessoa jurídica perante a sociedade,
respondendo pelos direitos e deveres da sua empresa.
O contrato de empresário ou sociedade é firmado por uma ou mais pessoas quando elas desejam se obrigar
por vontade própria a contribuir com bens e serviços para exercer uma atividade econômica, partilhando de
esforços e resultados entre si. É por meio da inscrição do ato constitutivo em registro competente que o
empresário individual ou sociedade adquire personalidade jurídica.

➢ Somente depois que o contrato social é elaborado e registrado em público, é que a sociedade obtém
personalidade jurídica, estando pronta para responder pelas suas obrigações e adquirir direitos em nome
próprio.

➢ a separação da pessoa dos sócios da pessoa da sociedade acontece apenas após a concretização do
registro

Depois da aquisição de personalidade jurídica, a sociedade entre uma ou duas pessoas torna-se um sujeito
legal, recebendo a capacidade de direito e de obrigações.

➢ No entanto, os sócios não adquirem a qualidade de comerciantes, mantendo a sociedade sua própria
individualidade.

A sociedade passa a ter autonomia patrimonial.


Maria Helena Diniz “a personalidade jurídica,
como se pode ver, será, então, considerada como
um direito relativo, permitindo ao órgão judicante
derrubar a radical separação entre a sociedade
e seus membros, para decidir mais
adequadamente, coibindo o abuso de direito e
condenando as fraudes”.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
A desconsideração da personalidade jurídica é uma decisão judicial a partir da qual
os direitos e, mais comumente, deveres de uma pessoa jurídica, passam a se confundir
com os direitos ou responsabilidades de seus proprietários.

Assim quando uma pessoa jurídica for utilizada para fugir de suas finalidades, para
lesar terceiros, sua personalidade pode ser desconsiderada imputando a
responsabilidade aos sócios e membros integrantes da pessoa jurídica.

A desconsideração da personalidade jurídica permite superar a separação entre


os bens da empresa e dos seus sócios para efeito de determinar obrigações.
Código de Defesa do Consumidor, em 1990, como pode ser visto
em seu art. 28.

“Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica


da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver
abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato
ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A
desconsideração também será efetivada quando houver
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da
pessoa jurídica provocados por má administração.”
Direito Tributário, através dos artigos. 134, VII e 135, III, do Código Tributário Nacional, eis o teor dos
dispositivos:

“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
(...)
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:
(...)
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado”.
Código Civil a desconsideração da personalidade jurídica está
prevista no art. 50 do Código Civil:

“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica,


caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou
do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores
ou sócio da pessoa jurídica”.
• sempre que a pessoa jurídica não
cumprir a finalidade a que se destina,
desvio de causando, com isso prejuízo a
terceiros, considerando também como

finalidade: desvio de finalidade, ou melhor,


desvio de função, o desrespeito ao
princípio da função social da
empresa.

• ocorrerá quando não for possível


estabelecer claramente o que é da
confusão sociedade e o que é dos sócios e
também quando ocorrer a dissolução

patrimonial: irregular da pessoa jurídica, quando


desaparecem os sócios e os bens e
remanescem os débitos
Silvio de Salvo Venosa :

“a teoria da desconsideração autoriza o juiz, quando a desvio de finalidade, a


não considerar os efeitos da personificação, para que sejam atingidos bens
particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, mantidos
incólumes, pelos fraudadores, justamente para propiciar ou facilitar fraude. Essa
é a única forma eficaz de tolher abusos praticados por pessoa jurídica, por
vezes constituída tão-só ou principalmente para o mascaramento de atividades
dúbias, abusivas, ilícitas e fraudulentas”.
teoria maior
Regulamenta que exige-se o requisitos teoria menor
específicos para a desconsideração da Basta que haja o inadimplemento para que o
personalidade jurídica, como, do abuso juiz possa determinar a desconsideração da
caracterizado pelo desvio de finalidade ou personalidade jurídica e consequente acesso aos
confusão patrimonial. bens dos sócios.
➢abuso da personalidade jurídica ➢A teoria menor da desconsideração da
➢desvio de finalidade personalidade jurídica é muito menos ordenada
do que a teoria maior, pois a seu bom emprego
➢pela confusão patrimonial pressupõe o simples inadimplemento para com
os credores, sem ao menos analisar os reais
A teoria maior não pode ser aplicada com a motivos que levaram a sociedade a deixar de
mera demonstração de estar a pessoa se obrigar perante terceiros.
jurídica insolvente para o cumprimento de
suas obrigações. Exige-se, aqui, para além CDC
da prova de insolvência, ou a demonstração
de desvio de finalidade, ou a demonstração
de confusão patrimonial.
CC
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA E O CPC DE 2015
Ministro Luis Felipe Salomão, ponderou que a inovação apresentada pelo novo CPC
consistiu na previsão e regulamentação de procedimento próprio para a
operacionalização do instituto de desconsideração da personalidade jurídica.

“O instituto da desconsideração da personalidade jurídica se apresenta como


importante mecanismo de recuperação de crédito, combate à fraude e, por
consequência, fortalecimento da segurança do mercado, em razão do acréscimo de
garantias aos credores, atuando, processualmente, sobre o polo passivo da relação,
modificando ou ampliando a responsabilidade patrimonial.”
CPC 2015 - art. 134 - o pedido de desconsideração não inaugura ação autônoma, mas se instaura
incidentalmente, podendo ter início nas fases de conhecimento, cumprimento de sentença e executiva,
opção, inclusive, há muito admitida pela jurisprudência, tendo a normatização empreendida pelo novo
diploma o mérito de revestir de segurança jurídica a questão.”

A jurisprudência do STJ pacificou o entendimento de que a aplicação da teoria da disregard doctrine


dispensava a propositura de ação autônoma: REsp n.º 418.385/SP, rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, j.
19.6.2007; REsp n.º 1.034.536/MG, rel. Min. Fernando Gonçalves, j. 5.2.2009; AgRg no Agravo em
Recurso Especial n.º 9.925/MG, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 8.11.2011; REsp n.º 1.096.604/DF, rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 2.8.2012; e AgRg no Recurso Especial n.º 1.182.385/RS, rel. Min. Luis Felipe
Salomão, j. 6.11.2014.

Consoante assentado no julgamento do REsp n.º 1.096.604, o contraditório ficava diferido: "... sob pena
de tornar-se infrutuosa a desconsideração da personalidade jurídica, afigura-se bastante quando, no
âmbito do direito material, forem detectados os pressupostos autorizadores da medida a intimação
superveniente da penhora ...". Ainda, o REsp n.º 1.182.620, do C. STJ sublinhou que, "garantido o direito
ao contraditório, ainda que diferido, não há falar em nulidade de decisão que desconsidera a
personalidade jurídica”.
LEGITIMADOS
➢partes envolvidas no processo
➢ Ministério Público, somente quando lhe couber intervir no processo

➢não podendo ser instaurado de ofício pelo juiz, ressalvado o processo trabalhista,
cujo juiz tem poderes para iniciar a execução de ofício.
Será dispensável a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida logo
na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica, não havendo suspensão. Nesse caso
incumbe ao sócio ou a pessoa jurídica, na contestação, impugnar não somente a própria desconsideração, mas
também os demais pontos do processo.

De outro lado, quando não requerida a desconsideração da personalidade jurídica na inicial ocorrerá a
suspensão do processo.

De todo modo, instaurado o incidente, o sócio será citado para, no prazo de 15 dias úteis, manifestar-se e
requerer as provas cabíveis, no caso de desconsideração inversa em ação movida contra sócio será citada a
pessoa jurídica.

Posteriormente, concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória, atacável
por Agravo de Instrumento (art. 1.015, IV, do NCPC), e se a decisão for proferida pelo relator, quando o
incidente for instaurado originariamente perante o tribunal (art. 932, VI, NCPC), caberá agravo interno (art.
1.021, do NCPC).

Caso haja constrição judicial de bens, por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente
não fez parte o sócio, será possível a oposição de Embargos de Terceiro, nos termos do art. 674, § 2º, III, NCPC.
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE
JURÍDICA
Ocorre quando a pessoa jurídica passa a responder por obrigações que não são
originárias suas, mas de seus sócios ou administrador, em outras palavras, o
patrimônio da pessoa jurídica servirá para cumprir a obrigação do sócio devedor.

Referida hipótese já era admitida pela jurisprudência, pois visava combater a


utilização indevida do ente societário pelos sócios, o que poderia ocorrer nos casos
em que o sócio controlador esvazia o seu patrimônio pessoal e o integraliza na
pessoa jurídica.
TEORIA ULTRA VIRES SOCIETATIS
Se o administrador, ao praticar atos de gestão, violar o objeto social delimitado no ato constitutivo,
este ato não poderá ser imputado à sociedade.
Desta feita, a sociedade fica isenta de responsabilidade perante terceiros, salvo se tiver se
beneficiada com a prática do ato, quando então, passará a ter responsabilidade na proporção do
benefício auferido.
Pablo Stolze: esta teoria sustenta ser nulo o ato praticado pelo sócio que extrapolou os poderes a si
concedidos pelo contrato social. Esta teoria visa a proteger a pessoa jurídica.

Art. 1.015. CC:No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à
gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende
do que a maioria dos sócios decidir.
Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se
ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses:
I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;

Em suma, a teoria ultra vires societatis é caracterizada pelo abuso de poder por parte do
administrador, o que ocasiona violação do objeto social lícito para o qual foi constituída a empresa.
TEORIA DA APARÊNCIA (RECHTSCHEIN THEORIE)
Consiste na atribuição, pelo Direito, de valor jurídico a determinados atos, que em
princípio não teriam validade, mas que devem ser considerados válidos para
proteger a boa fé e a condução habitual dos negócios.

Requisitos objetivos e subjetivos:


objetivos: uma situação de fato cercada de circunstâncias tais que manifestamente o
apresentem como se fora uma segura situação de direito e que, nas mesmas
condições acima e se apresente o titular aparente como se fora o titular legítimo, ou
o direito como se realmente existisse.
Subjetivos: incidência em erro de quem, de boa-fé, a mencionada situação de fato
como situação de direito a considera; escusabilidade desse erro apreciado segundo
a situação pessoal de quem nele incorreu.

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