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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS – DPP
CURSO DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
DOCENTE: ALAN FREIRE DE LACERDA
DISCENTES: CAIO SOUZA, ISADORA AGUIAR E RENAN RODRIGUES PESSOA

RELATÓRIO SOBRE O SEMINÁRIO DO GRUPO 01

REFORMA POLÍTICA: DISCUSSÕES SOBRE A VEDAÇÃO DA COLIGAÇÃO


PROPORCIONAL

O primeiro grupo dos seminários que vem discutindo as propostas de reforma política no Brasil
procurou falar acerca da extinção das coligações proporcionais a partir do pleito municipal de
2020 e a influência destas alianças partidárias para possíveis distorções que aconteceram na
eleição para deputado federal acontecidas no presente ano no Rio Grande do Norte.
Assim, o primeiro componente do grupo buscou expor o conceito das coligações na eleição
proporcional, caracterizadas como um arranjo entre partidos, em que estes se unem e no
momento da distribuição das cadeiras no Parlamento, seus votos são considerados como uma
unidade. Ademais, este buscou fazer uma retrospectiva histórica da coligação proporcional na
legislação brasileira, desde a sua instituição no Código Eleitoral de 1965; a sua aplicação na
Lei 9504/1997; o seu tratamento como norma constitucional a partir de 2006 e a proibição de
sua formação com a aprovação da Emenda Constitucional n° 97/2017. Na segunda parte de
sua apresentação, o aluno mostrou os efeitos das coligações nas eleições proporcionais
utilizando como exemplo as eleições para a Câmara Federal ocorridas em 2018 no RN. Foram
vistas a utilização de tabelas com a contribuição do que cada coligação havia contribuído para
a eleição dos membros do legislativo federal, seja a partir dos votos nominais, bem como os de
legenda. Observou-se que o principal efeito desta aliança partidária é dar chance a partidos
menores a conquistar suas cadeiras. Todavia, observou-se distorções importantes: o método
escolhido pela legislação brasileira em que os mais votados são eleitos, sem levar em conta a
contribuição dos partidos, não leva a real proporcionalidade entre opiniões e representação
legislativa. Do mesmo modo, foi verificado que o voto de legenda não contribui para a eleição
de um candidato da agremiação preferida do eleitor, mas servirá apenas para contabilizar os
votos totais da coligação.
O segundo a apresentar se prontificou a abordar nas causas que levaram as propostas de
emenda a constituição para a vedação da coligação proporcional, como as alianças sem critério
e distorções em eleições. Deu enfoque também em outro ponto da Emenda Constitucional
97/2011, que como uma medida saneadora adota a cláusula de desempenho, a qual restringe os
partidos que não atingirem a porcentagem requerida não terem acesso ao fundo partidário e
propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão, esses não serão extintos, porém deverão
custear a própria campanha, o que provavelmente ocasionará o encerramento de vários
“partidos nanicos”.
Explanou-se também sobre como teria sido as eleições de 2014 caso essas eleições já
não contassem com as coligações em proporcionais, onde foram utilizados dados do Marcio
Carlomagno para exemplificar, ainda na primeira tabela, quantos deputados cada partido iria
ganhar ou perder, assim como na tabela seguinte, os estados em que apenas um partido
conseguiria alcançar o quociente eleitoral elegendo assim todos os deputados.
Por fim, foram explorados os pontos positivos e os eventuais pontos negativos dessa mudança,
sendo destacados como pros o fato do veto em questão acabar com a distorção de se votar em
um partido e eleger candidatos de outra legenda, da mesma forma que pode reduzir o número
de “legendas de aluguel”, forçando a fusão ou a extinção de partidos pouco representativos no
país. Além disso, acaba com coligações de ocasião, montadas com fins exclusivamente de
estratégia eleitoral, da mesma forma que exige que partidos busquem candidatos viáveis,
forçando um maior diálogo com as bases.
Por outro lado, como consequência negativa desse conjunto de medidas, temos a possibilidade
de que os partidos pequenos e candidatos que estão fora dos grandes partidos sejam
prejudicados, uma vez que foram instituídas a cláusula de desempenho e as restrições do acesso
ao Fundo Partidário e ao tempo de TV e do rádio para propaganda eleitoral gratuita. E embora
esses partidos sejam de fato pequenos, os mesmos representam correntes ideológicas da própria
sociedade, ou seja, devem ter respaldo eleitoral.
Como alternativa para esse cenário, foram apresentadas duas propostas, a primeira delas diz
respeito às federações que representariam a união de partidos com afinidades ideológicas e
programáticas, essas sujeitas a regras específicas como a necessidade de que se preserve essa
união pelos anos seguintes do mandato do parlamentar, podendo perder o repasse do Fundo
Partidário e tempo de rádio e TV caso ocorra uma separação entre os partidos federados. A
segunda, por seu turno, defendida por Jairo Nicolau aponta para a coalizão entre duas propostas,
isto é, a somatória entre o fim das coligações proporcionais e a permissão para que os partidos
que não atingirem o quociente eleitoral possam disputar cadeiras, advogando que para uma boa
representação deve se haver equidade entre forças dos partidos.
Do exposto, constatou-se que a vedação das coligações nas eleições proporcionais é uma
importante medida para a correção de distorções no sistema eleitoral brasileiro. Detectou-se a
título de resultados, que é imprescindível a implantação de medidas que busquem aprimorar a
expressão da soberania popular e o controle dos legisladores sobre os eleitos. Para isso, é
fundamental que medidas como a proibição das alianças nas eleições para o Legislativo estejam
combinadas com mecanismos que protejam a representação das minorias, a partir da ampliação
do debate público com o fortalecimento da sociedade civil, possibilitando aos eleitores que
escolham de forma mais consistente as oportunidades de escolha que lhe são oferecidas.

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