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Olá, Pessoal!
Bons estudos!!!
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2.1.1 CONCEITO
Resumindo:
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao
juiz de ofício:
[...]
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de
diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Y Tício estava jantando com ela (Mévia). Mévia pode até nem
saber do homicídio, mas para o processo a declaração tem
grande importância.
• TESTEMUNHAL;
• DOCUMENTAL;
• MATERIAL.
Podemos resumir:
DIRETAS
QUANTO AO OBJETO
INDIRETAS
PLENAS
QUANTO AO VALOR
NÃO PLENAS
REAIS
QUANTO AO SUJEITO
PESSOAIS
TESTEMUNHAL
MATERIAL
• No art. 158 do CPP que nos diz que quando a infração deixar
vestígios será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
• No art. 155 do CPP que nos preceitua que quanto ao estado de
pessoas, na esfera penal, somente se prova mediante certidão,
não se admitindo prova testemunhal.
Perceba que nas duas situações o Juiz só pode aceitar o fato como
verdadeiro se for comprovado exatamente da forma como a lei
preceitua.
Este artigo deixa claro que não são aplicáveis ao processo penal, por uma
possível analogia, as restrições ao processo estabelecidas na lei civil, via
de regra presentes no Código Civil e Código de Processo civil.
AUSÊNCIA
DE MARGEM
DE
LIBERDADE
TOTAL
MARGEM DE
LIBERDADE
EQUILÍBRIO NA
LIBERDADE Î
DECISÕES
FUNDAMENTADAS
2.1.6 ÔNUS DA PROVA
Conforme já visto, a prova não constitui uma obrigação das partes, pois,
caso não seja apresentada, não podemos afirmar que tal fato constitui uma
afronta ao direito.
Exatamente por isso que utilizamos a expressão ônus que caracteriza a
posição jurídica cujo exercício conduz o titular a uma posição mais
favorável. Sobre o assunto dispõe o CPP:
Perceba que logo no início do art. 156 o CPP trata da prova da alegação
discorrendo que ela deverá caber a quem a fizer.
Pergunto: A partir deste preceito podemos afirmar que o ônus da prova
cabe exclusivamente a quem acusa?
A resposta é negativa, pois caberá a quem alega determinado fato, seja a
defesa ou seja a acusação.
Assim, quem terá que provar que o delito foi doloso e não culposo é quem
acusa, mas quem provará uma alegação de uma possível excludente de
ilicitude será a defesa, pois ela ALEGA o fato.
Desta forma, podemos resumir:
ACUSAÇÃO FATO
OS CON
NSTITUT
TIV
VOS
• AUTOORIA
• MATERIALIDADE
• TIPICIDADE
• DOLO OU CULPA
• ETC
• ATENU UAN
NTESS
• ATIPICIDA ADE
• EXCLU UDEENTE
ES DE
ILIICITU
UDEE
• DESCLASSIFICAÇÃO
• PRIVILÉGIOS
• ETC
Bom, até aqui vimos a regra que é o ônus da prova caber ou a defesa ou à
acusação. Todavia, da leitura do art. 156, percebemos que a produção de
provas também pode ser feita, ex officio, pelo magistrado.
Este assunto é bem controvertido e encontramos diversas divergências
doutrinárias das quais teremos que tratar aqui para que você leve uma
compreensão geral sobre o tema para a sua PROVA.
Segundo Guilherme de Souza Nucci, a atuação de ofício pelo juiz "trata-se
de decorrência natural dos princípios da verdade real e do impulso oficial".
Não deve o magistrado, segundo o autor, "ter a preocupação de beneficiar,
com isso, a acusação ou a defesa, mas única e tão-somente atingir a
verdade".
Em sentido contrário, estudiosos alegam que, se o acusado é presumido
inocente até sentença penal condenatória transitada em julgado (artigo 5°,
LVII, CRFB); se compete privativamente ao Ministério Público a promoção
da ação penal pública, segundo o princípio da oficialidade da ação penal
insculpido no artigo 129, I, CRFB; se a Carta Política adota o sistema
acusatório para o processo penal, devendo o julgador ser imparcial e
autônomo em relação à acusação; como aceitar a atividade probatória
exercida ex oficio pela autoridade judiciária?
Se no processo penal, como garantia individual que este ramo representa,
vigora o princípio do in dubio pro reu, como justificar a atividade do
magistrado que, na dúvida, não absolve, mas determina produção de
provas?
Para começarmos a responder a estes questionamentos, observe o
interessante julgado do STJ:
"(...) O órgão acusador tem a obrigação jurídica de provar o alegado e não o réu
demonstrar sua inocência. É característica inafastável do sistema processual
penal acusatório o ônus da prova da acusação, sendo vedado, nessa linha de
raciocínio, a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 156 do Código de
Processo Penal. 3. Carece de fundamentação idônea a decisão condenatória que
impõe ao acusado a prova de sua inocência (...) É notório que o órgão acusador
tem a obrigação jurídica de provar o alegado e não o réu demonstrar sua
inocência. É característica inafastável do sistema processual penal acusatório,
como retratado no art. 156 do Código de Processo Penal.
Nesse sentido, afirma AFRÂNIO SILVA JARDIM: ´O réu apenas nega os fatos
alegados pela acusação. Ou melhor, apenas tem a faculdade de negá-los, pois a
não impugnação destes ou mesmo a confissão não leva a presumi-los como
verdadeiros, continuando eles como objeto de prova de acusação. Em poucas
palavras: a dúvida sobre os chamados fatos da acusação leva à improcedência da
pretensão punitiva, independentemente do comportamento processual do réu.
Assim,o ônus da prova, na ação penal condenatória é todo da acusação e
relaciona-se com todos os fatos constitutivos do poder-dever de punir do Estado,
afirmado na denúncia ou queixa; conclusão esta que harmoniza a regra do art.
156, primeira parte, do CPP com o salutar princípio in dubio pro reu."
Art. 5º
[...]
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos;
Vamos tratar especificamente das provas ilícitas e das ilícitas por derivação
que exigem um estudo mais aprofundado para efeito de PROVA:
Dispõe o CPP:
Cabe por fim ressaltar que a prova inadmissível só será destruída depois
de preclusa a decisão de desentranhamento.
Imagine que Tício esta sofrendo dois processos penais, um por roubo e
outro por homicídio. Durante o processo que tem como objeto o homicídio,
Tício, a fim de provar sua inocência produz determinada prova.
Será possível a utilização da prova produzida por Tício no processo que
versa sobre o roubo?
A resposta, segundo entendimento majoritário é que sim. Isso é o que se
chama de prova emprestada. Para a elucidação do tema, observe o
importante julgado:
Esse supra artigo revela uma importantíssima inovação trazida pela lei
nº 11.690/2008 que retirou a antiga obrigação de termos 02(dois)
peritos oficiais para o exercício do exame e atribuiu validade para que só
um possa realizar a perícia.
É importante ressaltar a necessidade de este perito possuir curso
superior, salvo se tiver ingressado na carreira antes da vigência da
supracitada lei (tal preceito não se aplica aos peritos médicos).
Mas e se o juiz não tiver peritos oficiais disponíveis. O que fazer?
Aplicar-se-á o seguinte dispositivo do Código:
A nova redação dada ao CPP trouxe inovações sobre este tema. Observe
o disposto:
Art. 159.
[...]
O assistente técnico é um perito que irá atuar por indicação das partes,
devendo, porém, aguardar sua admissão no processo por decisão do
juiz.
Conforme redação do § 4o, sua atuação será
A lei é clara ao estabelecer que não há obrigatoriedade de indicação de
assistente técnico por qualquer das partes, mas simples faculdade,
ficando a critério dos sujeitos processuais decidir se o indicarão ou não.
Esse assistente técnico atuará somente depois de ser admitido pelo Juiz
e após a conclusão dos exames e da elaboração do laudo pelos "peritos
oficiais". As partes serão intimadas da decisão de admissão do
assistente técnico (art. 159, §4º, CPP).
A nova lei faculta às partes requerer, com antecedência de 10 dias em
relação à audiência, a oitiva dos peritos para esclarecimento da prova ou
para resposta a quesitos, e neste último caso o perito poderá apresentar
resposta em laudo complementar.
Poderão, igualmente, apresentar pareceres redigidos pelo assistente
técnico, em prazo a ser fixado pelo Juiz, sendo que o assistente técnico
poderá ser indicado para oitiva em audiência (art. 159, §5º, I e II, CPP).
Art. 159.
[...]
PERITO “C”
Î
DESIGNADO
PARA
DIRIMIR A
DÚVIDA
CONCLUSÃO
“YYY”
PERITO “B”
NOVO EXAME
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PAPILOSCOPISTA DA POLÍCIA FEDERAL
PROFESSOR PEDRO IVO
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois
do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de
morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o
simples exame externo do cadáver, quando não houver
infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver
necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Exatamente por isso que o Art. 184 do CPP preceitua que o Juiz não
poderá negar a realização de perícias complementares que tenham por
objeto a comprovação do corpo de delito.
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Futuro (a) Aprovado (a),
2.3 INTERROGATÓRIO
2.3.1 CONCEITO
Caro aluno, após a leitura atenta dos conceitos até aqui apresentados,
surge um importante questionamento: O interrogatório é meio de prova ou
de defesa?
A resposta para esta pergunta gera, até hoje, inúmeros debates
doutrinários. Entretanto, para a sua prova, adote o entendimento que o
interrogatório é concomitantemente meio de prova e meio de defesa,
pois enquanto o acusado se defende, não deixa de ministrar ao Juiz
elementos úteis à apuração da verdade, seja pelo confronto com provas
existentes, seja por circunstâncias e particularidades das próprias
declarações que presta.
Sobre o tema, já se pronunciou o STJ:
[...]
Por outra ótica, foi privilegiada novamente o direito de
presença como braço do direito a ampla defesa, nesse
particular no que diz respeito ao direito do co-réu formular
reperguntas ao outro litisconsórcio passivo do processo,
assegurando o caráter híbrido do ato de
interrogatório, enquanto meio de defesa e de prova
(STJ, 6.º T., REsp 60.067-7/SP, rel. Min. Luiz Vicente
Cernicchiaro).
2.3.2 CARACTERÍSTICAS
É importante ressaltar que a nova redação do CPP deu fim à antiga regra
em que o Magistrado ditava as respostas do acusado para que fossem
reduzidas a termo. Hoje, a transcrição é feita com fidelidade ao que foi
dito pelo réu.
Pela importância para a prova, do conhecimento da revogação do citado
artigo, reproduzo a antiga redação:
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO
Quanto à nulidade relativa, deve ser arguída no momento oportuno, sob pena de
preclusão. Assim, deve ser verificado, no sistema processual, qual o ato passível de
nulidade, pois cada procedimento possui um momento fatal para argüição. O artigo
571 do CPP, nos mostra quando as nulidades devem ser arguídas
peremptoriamente.
Art. 185
[...]
§ 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz
garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada
com o seu defensor;
Agora imaginemos que Tício vai ser julgado e o promotor público pergunta:
“VOCÊ MATOU MÉVIA?” Resposta: (Silêncio). E o promotor: “Responda,
MATOU OU NÃO?” Resposta: (Silêncio). Após trezentas perguntas e
trezentos silêncios, o Juiz poderá pensar no velho ditado de que quem cala
consente???
É claro que não, pois o parágrafo único do artigo 186 veda esta
possibilidade.
Observe:
2.3.6 PROCEDIMENTO
INFORMAÇÃO
QUALIFICAÇÃO DO PERGUNTAS DO
SOBRE O DIREITO
ACUSADO JUIZ AO RÉU
AO SILÊNCIO
(ART. 185 DO CPP) (ART. 187 DO CPP)
(ART. 186 DO CPP)
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; Residência, meios de vida ou profissão,
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo oportunidades sociais, lugar onde exerce
particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a a sua atividade, vida pregressa,
quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e notadamente se foi preso ou processado
se com elas esteve antes da prática da infração ou depois alguma vez e, em caso afirmativo, qual o
dela; juízo do processo, se houve suspensão
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se condicional ou condenação, qual a pena
teve notícia desta; imposta, se a cumpriu e outros dados
IV - as provas já apuradas; familiares e sociais.
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por
inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a
infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e
tenha sido apreendido;
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à
elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; O JUIZ FACULTARÁ A
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa.
REALIZAÇÃO DE PERGUNTAS ÀS
PARTES, PODENDO INDEFERÍ-LAS
SE NÃO FOREM RELEVANTES OU
PERTINENTES
(ART. 188 DO CPP)
Art. 185.
§ 1º O interrogatório do réu preso será realizado, em sala
própria, no estabelecimento em que estiver recolhido,
desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.
Por razões de ordem pública muito grave, o ato também pode ser
realizado por videoconferência. Por exemplo: em razão de uma
inundação, ficou impossibilitado o deslocamento do presídio até o
fórum.
1 - DEFENSOR E ADVOGADO;
2 - DEFENSOR E DEFENSOR;
3 - ADVOGADO E ADVOGADO.
Quem pode estar presente? Tanto o acusado (réu preso) quanto seu
defensor (defensor que está presente no presídio) contam com o direito de
participar de todos os atos processuais. Haverá, portanto, um defensor no
presídio e outro no fórum (este último pode ser um advogado contratado ou
um outro defensor público). Caso o réu tenha dois advogados, nada impede
que um deles esteja no presídio e o outro no fórum, conforme já
comentado.
Caros alunos,
Agora, siga com força de vontade, pois tenho certeza que em breve seu
esforço será recompensado.
Pedro Ivo
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Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as
restrições estabelecidas na lei civil.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de
provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal,
seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade
policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao
esclarecimento da verdade.
DO INTERROGATÓRIO DO ACUSADO