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Art.

A capacidade, porém, aqui mencionada é a de direito ou de gozo, que difere da capacidade


de fato ou de exercício. Aquela é atribuída a todo ser humano, mas esta só a possuem os
que têm a faculdade de exercer por si os atos da vida civil.

Por outro lado, não apenas o ser humano é dotado de personalidade, porque a ordem
jurídica reconhece a certas entidades, que são as pessoas jurídicas, a capacidade de
exercer direitos e contrair obrigações.

*A pessoa relativamente incapaz pode não ser desprovida totalmente da possibilidade de


manifestar a vontade, de tal modo que os atos por ela praticados são apenas anuláveis
(art. 171, I), admitindo a confirmação ou ratificação (art. 172), e seu desfazimento depende
da iniciativa do interessado (art. 177).

Art. 5º

A incapacidade dos menores, todavia, poderá cessar por outros modos que não o
implemento da idade, a saber: “Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro,
mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial”. Trata-se de
negócio jurídico formal, pois exige escritura pública. A concordância haverá de ser de
ambos os pais. Na falta de um, cabe ao outro, com exclusividade, proceder à outorga, e por
“falta” tanto se entende a morte, a incapacidade, a ausência ou, simplesmente, o
desconhecimento do paradeiro. Neste último caso, por se tratar de circunstância fática,
será necessário o suprimento judicial para reconhecer essa circunstância. Exigindo a lei a
concordância de ambos os pais, não distingue se estes são ou não casados, e, mesmo
estando o menor sob a guarda de um deles, é imprescindível a concordância de quem não
a tem. Havendo, contudo, oposição injustificada, cabe o suprimento judicial, já que a lei
expressamente repele o abuso do direito (art. 187). A emancipação concedida pelos pais
produz efeitos independentemente de homologação judicial.

Se o menor estiver sob tutela (art. 1.728), a emancipação será concedida por sentença do
juiz, ouvido o tutor, em procedimento de jurisdição voluntária (art. 719 do CPC/2015).

Em qualquer caso, seja por concessão dos pais, seja por sentença, a emancipação é
irrevogável e só será possível se o menor tiver 16 anos completos e reclama registro de
emancipação no Registro Civil de Pessoas Naturais (arts. 9o, II, do CC e 29, IV, da Lei n.
6.015/73).

“Pelo casamento”. Podem casar o homem e a mulher com dezesseis anos, mas, enquanto
não atingida a maioridade civil, necessitarão de autorização de ambos os pais ou de seus
representantes legais (art. 1.517). Divergindo os pais ou havendo denegação injusta,
caberá suprimento judicial (arts. 1.519 e 1.631, parágrafo único).
Com o casamento, cessa para os menores a incapacidade e esta não se restabelece pela
dissolução do casamento ou da sociedade conjugal. É de notar que o estabelecimento de
união estável não faz cessar a incapacidade dos menores.

Vale, porém, acrescentar que, a despeito da emancipação, subsiste a responsabilidade dos


pais pela reparação civil dos danos causados pelos filhos menores.

Segundo o que dispõe o art. 1.708, do CC, com o casamento, a união estável ou o
concubinato do credor, cessa o dever de prestação de alimentos. Com o casamento,
comprovado nos autos, sobrevém a emancipação (art. 5o, II, do CC) e, demonstrado que a
apelante estuda em escola pública, não há liame legal que autorize a manutenção dos
alimentos. Apelo conhecido e improvido. (TJMG, Proc. n. 1.0309.06.012708-6/001(1), rel.
Cláudio Costa, j. 27.09.2007, publicação 09.10.2007).

Art. 6°

A morte presumida se dá, para os ausentes (arts. 22 e 23), quando autorizada a abertura
da sucessão definitiva, ou seja, dez anos depois de passada em julgado a sentença que
concede a abertura da sucessão provisória (art. 37 do CC) ou provando-se que o ausente
conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele (art. 38 do CC).
Por não poder identificar-se completamente a morte física com a ficta, retornando o
ausente nos dez anos subsequentes à abertura da sucessão definitiva, recuperará seus
bens, na conformidade, todavia, do art. 39; entretanto, o casamento do ausente presumido
morto fica dissolvido (art. 1.571, § 1o).

Processual civil. Capacidade de ser parte. Pessoa falecida. Ausência. Para alguém estar
em juízo é necessário que tenha capacidade de ser parte (capacidade judiciária). Em regra,
salvo algumas exceções, tem capacidade de ser parte a pessoa natural e a pessoa jurídica.
Como a existência da pessoa natural termina com a morte, pessoa falecida não tem
capacidade de ser parte. Ausente este pressuposto processual, pode o feito ser extinto de
ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição, nos termos do art. 267, § 3o, do CPC.
Recurso desprovido. (TJRS, Ap. Cível n. 70.017.278.250, rel. Des. Arno Werlang, j.
28.02.2007).

Art. 7º

São requisitos para declaração de óbito, sem decretação de ausência: a) o


desaparecimento da pessoa; b) não ter sido encontrado o cadáver para exame; c) prova da
presença no local em que ocorreu o perigo; d) circunstância que identifique a probabilidade
da morte, ou seja, a verossimilhança de sua ocorrência. Cabível, também, a declaração de
morte presumida do desaparecido ou feito prisioneiro em campanha, se não vier a ser
encontrado até dois anos após o fim do conflito. A declaração de morte presumida será
judicial, a requerimento de interessado, após a cessação das buscas.
A Lei n. 9.140, de 04.12.1995, alterada pela Lei n. 10.536, de 14.08.2002, reconheceu como
mortas pessoas desaparecidas em razão de participação ou acusação de participação em
atividades políticas no período de 02.09.1961 a 05.10.1988.

Para fins de obtenção de benefício previdenciário, basta “prova do desaparecimento do


segurado, em consequência de acidente, desastre ou catástrofe” (art. 78, § 1o, da Lei n.
8.213/91), dispensando a declaração de morte presumida ou qualquer prazo de ausência.

Art. 8º

A questão referente à fixação do momento do óbito de duas ou mais pessoas tem relevo
em matéria sucessória, já que, com a morte, “a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários” (art. 1.784 do CC), de modo que, se um dos falecidos
for herdeiro do outro, é preciso averiguar qual deles morreu primeiro. Não sendo possível
essa determinação, presumem-se simultaneamente mortos.

DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11º

Os direitos da personalidade são absolutos, extrapatrimoniais e perpétuos. De seu caráter


absoluto decorre a oponibilidade erga omnes, na medida em que geram o dever geral de
abster-se de sua violação. Sua extrapatrimonialidade afasta a possibilidade de
transmissão e, em consequência, são direitos impenhoráveis. Sendo perpétuos, não
comportam renúncia, nascendo e extinguindo--se com a pessoa, embora sob alguns
aspectos possam gozar de proteção para depois da morte. A impossibilidade de renúncia
não significa, entretanto, que a pessoa não possa em algumas circunstâncias, como ao
revelar fatos de sua intimidade, deixar de exercê-los, mas tal não significa que deles abriu
mão, podendo, por isso, a qualquer tempo recuperar-lhes o pleno exercício.

Dano à imagem. Direito da personalidade. Veiculação da imagem do autor em carnês de


pagamento (conta de energia elétrica). Ausência de autorização. Reprodução para fins
comerciais. Sentença que reconheceu o dano moral. Apelação requerendo reforma total da
sentença. Recurso adesivo para majoração. 1 – A imagem constitui um dos elementos
inerentes à personalidade, sendo o respectivo direito intransmissível e irrenunciável,
porém, disponível. 2 – O conjunto probatório é firme no sentido de que não houve
autorização do titular do direito para o uso de sua imagem em propaganda da ré. 3 – A
utilização da imagem ocorreu com nítidos fins publicitários e comerciais. 4 – O dever de
indenizar decorre da constatação da utilização da imagem sem autorização e com fins
comerciais, sendo desnecessária a comprovação de veiculação de cunho vexatório. 5 –
Danos morais que devem ser majorados. Desprovimento do recurso da ré. Provimento
parcial ao recurso adesivo. (TJRJ, Ap. n. 2007.001.13848, rel. Des. Elton Leme, j.
26.06.2007).

Apelação. Ação de indenização por danos morais. Legitimidade do espólio. Direitos da


personalidade. Preliminar acolhida. O exercício da defesa dos direitos da personalidade é
de caráter personalíssimo, não podendo ser transferidos a outrem. A ação de indenização
pelos danos morais sofridos em virtude de cobranças indevidas não pode ser ajuizada pelo
espólio da vítima das cobranças, eis que este não manifestou em vida o seu desejo à tutela
reparatória. Nos termos do art. 11 do CC, os direitos da personalidade são
intransmissíveis. (TJMG, Ap. Cível n. 1.0145.06.334053-6/001, rel. Nilo Lacerda, j.
02.05.2007, publicação 12.05.2007).

Art. 12º

Civil. Danos morais e materiais. Direito à imagem e à honra de pai falecido. Os direitos da
personalidade, de que o direito à imagem é um deles, guardam como principal
característica a sua intransmissibilidade. Nem por isso, contudo, deixa de merecer
proteção a imagem e a honra de quem falece, como se fossem coisas de ninguém, porque
elas permanecem perenemente lembradas nas memórias, como bens imortais que se
prolongam para muito além da vida, estando até acima desta [...]. Daí porque não se pode
subtrair dos filhos o direito de defender a imagem e a honra de seu falecido pai, pois eles,
em linha de normalidade, são os que mais se desvanecem com a exaltação feita à sua
memória, como são os que mais se abatem e se deprimem por qualquer agressão que lhe
possa trazer mácula. Ademais, a imagem de pessoa famosa projeta efeitos econômicos
para além de sua morte, pelo que os seus sucessores passam a ter, por direito próprio,
legitimidade para postularem indenização em juízo, seja por dano moral, seja por dano
material. Primeiro recurso especial das autoras parcialmente conhecido e, nessa parte,
parcialmente provido.

Art. 13º

A integridade física é direito da personalidade e, portanto, indisponível. Se, porém, a


separação de parte do corpo não importar sua diminuição permanente nem contrariar os
bons costumes, é admitida, sendo que a Lei n. 9.434, de 04.02.1997, exclui da
compreensão de tecidos o sangue, o esperma e o óvulo (art. 1o, parágrafo único). O
dispositivo cuida, evidentemente, da disposição de partes do corpo vivo, que, também, é
permitida para fins de transplante e tratamento, observadas as regras estabelecidas em lei
especial (Lei n. 9.434/97). Assim é que pode doar a pessoa juridicamente capaz, sendo
beneficiário o cônjuge, parente consanguíneo até o quarto grau, mediante autorização
preferencialmente por escrito e perante testemunhas. Para qualquer outra pessoa,
dependerá de autorização judicial, que é dispensada no caso de medula óssea. O incapaz
poderá doar medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus
responsáveis legais, haja autorização judicial e não ofereça o ato risco para sua saúde. A
doação é revogável. A disposição só se pode dar gratuitamente. A gestante não pode
dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, salvo para transplante de medula
óssea, não oferecendo risco a sua saúde ou ao feto. O autotransplante depende apenas do
consentimento do indivíduo ou de seus pais ou responsáveis, se for incapaz.
Art. 14º

A disposição para depois da morte pode ser de todo o corpo ou de parte ou partes dele.
Será, necessariamente, gratuita e é revogável. A Lei n. 9.434, de 04.02.1997, regula a
disposição post mortem de tecidos, órgãos e partes do corpo humano para fins de
transplante. A retirada de órgãos para essa finalidade deverá ser precedida de diagnóstico
de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não integrantes da equipe
de remoção e transplante, sendo admitida a presença de médico da confiança da família
do falecido no ato de comprovação e atestação da morte encefálica. A autorização para
retirada de partes do corpo do morto poderá ser dada pelo próprio doador e é revogável,
não estabelecendo a lei forma especial; entretanto, pela necessidade de documentação,
terá de ser por escrito, sendo aconselhável, embora não obrigatória, a escritura pública.
Não havendo autorização do doador, a retirada de tecidos e órgãos de falecido terá de ser
autorizada pelo cônjuge ou parente maior de idade, observada a linha sucessória, reta ou
colateral, até o segundo grau inclusive. Em se tratando de incapaz, a autorização deverá
ser permitida expressamente por ambos os pais ou por seus responsáveis legais. Não é
permitida a remoção de órgãos de pessoa não identificada. Não tendo a morte ocorrido
sob assistência médica, ou se a causa for mal definida ou a morte suspeita, é necessária
autorização de patologista encarregado da investigação. Após a retirada de tecidos,
órgãos ou partes do corpo, o cadáver será condignamente recomposto para ser entregue
aos parentes ou aos responsáveis legais.

Art. 16º

Registro civil. Retificação. Nome. Inclusão de apelido ao prenome pelo qual a requerente é
comprovada-mente conhecida no meio social em que vive. Admissibilidade. Inteligência
dos arts. 55, parágrafo único, e 58 da Lei n. 6.015/73. É admitida a retificação de registro
civil, nos termos dos arts. 55, parágrafo único, e 58 da Lei n. 6.015/73, para a inclusão de
nome ao prenome pelo qual a requerente é comprovadamente conhecida no meio social
em que vive. (TJPI, Ap. n. 3.000.808, rel. Des. João Batista Machado, j. 15.10.2003).

Art. 19º

A utilização de pseudônimo artístico não induz a notoriedade exigida pelo art. 58 da Lei n.
6.015/73 para viabilizar a alteração do prenome da requerente, quando inexistir provas de
que é publicamente conhecida pelo nome utilizado no exercício da profissão, mormente se
seu nome não revela qualquer conteúdo vexatório de forma a permitir o abrandamento do
princípio da imutabilidade do nome. Ademais, a requerente possui protestos lavrados
contra a sua pessoa, e o deferimento de seu pedido poderia causar prejuízos aos seus
credores. (TJSP, Ap. n. 392.456/0-00, rel. Des. Denegá Mo-randini, j. 18.10.2005).

Art. 23º

Se a pessoa desaparecida tem representante, em princípio não se declarará a ausência. A


representação pode ser legal ou convencional (art. 115) e, no primeiro caso, não se há de
cogitar de recusa de exercê-la. Já no segundo caso, é possível que o mandatário não
queira ou não possa exercer ou continuar exercendo o mandato, e é faculdade do
mandatário a renúncia (art. 682, I). Também pode ocorrer que o mandato seja insuficiente,
acarretando a ineficácia dos negócios realizados além da outorga (art. 662). Em tais
circunstâncias, é cabível a declaração de ausência e nomeação de curador, tal qual no
caso de o desaparecido não deixar procurador, só variando o prazo exigido para tanto (art.
26). O procedimento que terá de ser seguido acha--se nos arts. 744 e seguintes do
CPC/2015.

Art. 26º

Três são as etapas no procedimento, que se regula pelos arts. 744 e seguintes do
CPC/2015: a) a declaração de ausência; b) arrecadação dos bens com nomeação de
curador; e c) abertura da sucessão provisória. A distinção entre as fases é importante, na
medida em que a arrecadação pode ser determinada de ofício pelo juiz (arts. 738 c/c 744
do CPC/2015), enquanto o requerimento de declaração de ausência e abertura de
sucessão provisória dependem de iniciativa de interessado. Justifica-se a arrecadação
inclusive de ofício, porque, no dizer de José Olympio de Castro Filho, “o desaparecimento
de alguém do seu domicílio, sem deixar quem lhe administre os bens, cria para estes uma
situação de abandono capaz de gerar graves consequências não só para o indivíduo como
para a comunidade, nascendo daí o interesse do Estado em prover sua conservação e
segurança, não só no interesse de cidadão e seus herdeiros, sucessores ou credores,
como também no interesse público” (Comentários ao Código de Processo Civil, 2. ed. Rio
de Janeiro, Forense, 1980, v. X, p. 223). Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais
na rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por um ano, ou,
não havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, durante um ano, reproduzida
de dois em dois meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na
posse de seus bens (art. 745 do CPC/2015). Não comparecendo o ausente ou quem o
represente e também não havendo prova da morte, decorrido um ano da arrecadação se o
desaparecido não deixar representante ou procurador, ou três anos, se houver deixado,
poderá ser requerida por qualquer interessado (art. 27) a abertura de sucessão provisória.

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