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1. Apresentação.................................................................................................3
5. Saúde Digital.................................................................................................12
HOSPITALAR
Apresentação
A transformação digital já deixou de ser um fenômeno futurístico e, hoje, é uma realidade do
mercado. Muitas são as empresas que abraçaram essa causa e mudaram seu mindset do
modelo analógico para o digital - com diversos canais que dialogam entre si e se alimentam
de informações.
Não nos faltam exemplos em diferentes setores onde a cultura digital e a tecnologia podem
colaborar para agilizar processos, torná-los mais assertivos e, consequentemente tornar
melhor a vida das pessoas. Contudo, ainda há espaço em mercados que só tem a ganhar
com a implementação de ferramentas da tecnologia dentro de seus ambientes de trabalho.
Sobretudo na área da Saúde, onde a agilidade e assertividade são duas palavras
fundamentais para preservar a vida e o bem-estar dos pacientes.
E é sobre essas oportunidades que este material aborda. Nosso propósito é mostrar como
empresas de diversos segmentos podem apostar na Saúde como uma forma de expandir
seus negócios dentro de um mercado que movimentou, entre 2010 e 2015, R$ 546 bilhões
segundo informações do relatório Conta-Satélite de Saúde no Brasil, do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2017. No período analisado, o montante
representou aproximadamente quase um décimo (9,1%) do Produto Interno Bruto do país.
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Dimensão do
mercado de Saúde no Brasil
Como mencionado na apresentação, o consumo de bens e serviços de saúde chegou
a quase 10% do PIB brasileiro no intervalo de entre 2010 e 2015. Dos R$ 546 bilhões
gastos neste período, as despesas do governo totalizaram R$ 231 bilhões e o
consumo das famílias e instituições sem fins lucrativos envolvidas na área da Saúde
alcançou um patamar de R$ 315 bilhões. Ainda de acordo com o relatório do IBGE,
em 2015, uma grande fatia destes bilhões - 79,2% - foi consumido em bens e serviços
de saúde, enquanto 19% foram destinados a medicamentos.
Não há dúvidas que o Brasil, além das oportunidades, apresenta também vários
desafios para investidores na prestação de serviços à saúde. O país, de dimensões
continentais, bateu a marca dos 208 milhões de habitantes em 2018, segundo o IBGE. Esse
total de brasileiros estava previsto para ser alcançado até 2020, segundo um estudo
publicado em 2004 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
9,1% R$ 315
é o percentual do PIB gasto com
bens e serviços de Saúde no Brasil
bilhões
entre 2010 e 2015 é o consumo das famílias e
instituições sem fins lucrativos
envolvidas na área da Saúde
+ 208
79,2%
milhões do valor acima foi consumido
de habitantes no Brasil em 2018,
em bens e serviços de saúde sem
segundo o IBGE
ser medicamentos
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Mais da metade deles tem fins lucrativos (57,8%), sendo que grande parte
desses hospitais particulares se encontram no interior (71,6% deles) em
municípios de grande porte (mais de 500 mil habitantes). A densidade de leitos -
razão que prevê a quantidade disponível de leitos para cada 1.000 habitantes -
atingiu em 2018 o valor de 1,96 em 2018, ficando abaixo da taxa de 3,2 leitos,
recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
47, 2 de brasileiros
1,96
é o valor da
são atendidos
densidade de
milhões
por planos
leitos no Brasil
de saúde
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HOSPITALAR
Mesmo que não sejam, em muitos casos, responsáveis pela decisão de adotar
uma determinada ferramenta ou tecnologia para um hospital ou clínica, esses
profissionais figuram como influenciadores nessas decisões - apontando
oportunidades que podem ser preenchidas por inovação.
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Os perfis dos
profissionais de
Saúde no Brasil
O Brasil está perto de bater a marca de
meio milhão de médicos. Segundo a
mais recente Demografia Médica, o país
registrou um total de 452.801 médicos.
O estudo foi conduzido pela Faculdade
de Medicina da Universidade de São
Paulo com apoio do Conselho Federal de
Medicina e do Conselho Regional de
Medicina de São Paulo. Os dados foram
apurados a partir de informações da
Associação Médica Brasileira e da
Comissão Nacional de Residência
Médica.
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Outros profissionais que não podem ficar de fora de nossa análise, por sua
contribuição e capacidade de se tornarem influenciadores nas tomadas de
decisão são os relacionados à Enfermagem - técnicos, enfermeiros e auxiliares.
Os colaboradores que compõem esse time somam 1,8 milhão de profissionais
no Brasil, sendo que a maioria possui o título de auxiliar ou técnico de
enfermagem - 77% segundo a Pesquisa Perfil da Enfermagem do Brasil, do
Conselho Federal de Enfermagem em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.
Os outros 23% são compostos por profissionais com curso superior de
Enfermagem.
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Essa tarefa se torna um pouco mais complexa quando se leva em conta que,
durante muito tempo, a Saúde não foi encarada como um negócio, mas sim um
“sacerdócio” em nome de salvar vidas. Na última década, essa mentalidade
começou a mudar, mas sem abandonar sua missão primária. Cada vez mais o
modelo arcaico de negociação entre setores se torna ultrapassado – as decisões
passam agora por um corpo de profissionais que devem justificar suas escolhas
para tornar qualquer aquisição mais segura e conhecer todos os eventuais
percalços da compra de um novo serviço, produto ou equipamento.
Com a Tecnologia tomando cada vez mais a frente das decisões de negócios, a área
de Compras e Suprimentos passa também a tomar decisões mais seguras,
embasada por informações. Contudo, essa mesma evolução torna as equipes
responsáveis pelas decisões maiores e leva mais pessoas a participarem da
definição de prioridade de compras. Segundo um estudo investigativo realizado pela
HIMSS Media, 86% dos profissionais de TI envolvidos na aquisição de suprimentos para a
cadeia da saúde gostam de discutir sobre o tema junto com colegas de equipe para
ampliar os horizontes a respeito da decisão de compra.
O mesmo estudo relata que mais da metade (51%) dos ciclos de compra para este
setor levam em média até 12 meses para se concretizarem e que os profissionais
de Tecnologia da Informação atuam como “consultores” durante quase todos os
estágios dessa compra. Por isso, há a necessidade de um bom relacionamento com
essa equipe e uma capacidade dos gestores de dialogar com os jargões técnicos do
meio.
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Tendências comportamentais
relacionadas à Saúde
Envelhecimento da população brasileira
Não é uma grande novidade a mudança demográfica que o Brasil está passando.
A pirâmide etária do país está mudando e nossa população está envelhecendo -
um fator que representa uma grande oportunidade para negócios em Saúde, não
apenas para tratamentos e diagnósticos como também para prevenção.
75,8
Enquanto a expectativa de vida dos homens,
em 2016, era de 72,9 anos, a das mulheres é a média atual da
atingiu 79,4 anos. Em 2060, elas devem chegar expectativa de vida
até os 84 anos! anos do brasileiro
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Comportamento de Saúde
40% 40%
era o total de brasileiros que se é o percentual atual de
atualizavam sobre saúde na brasileiros que buscam
televisão em 2010. Em 2017, o informações na web para
percentual passou para 24%. melhorar seus hábitos em 2017.
Em 2010 esse total era 19%.
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Saúde Digital
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Parte importante desse processo também vem de fora das estruturas hospitalares. As
chamadas “healthtechs” - startups voltadas para do atendimento médico -podem ser
celeiros de inovação. Essas empresas partem dos desafios e problemas do sistema atual
de saúde para propor soluções que tornem os processos mais velozes, ágeis e diminuir
as margens de erro. Contudo, apenas 6% das empresas cadastradas em seu banco são
dedicadas ao campo médico, segundo dados da Associação Brasileira de Startups.
O grande triunfo da Saúde 4.0 será tornar médicos e pacientes mais próximos,
estabelecendo uma relação mais transparente, ultrapassando as barreiras do espaço
físico e tornando o “gap” temporal cada vez menor - o que pode significar uma melhora
na qualidade de vida das pessoas.
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