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Relativismo Cultural e Direitos Humanos

Serão os valores morais universais?


Ou dependerão do ponto de vista de cada
sociedade?
Os dados do problema

• Diferentes tradições e
culturas

• Direitos humanos
universais
Padrões de Cultura • Cada cultura reflete o modo de pensar e
de agir comuns aos membros de uma
sociedade.

• Sociedades diferentes possuem diferentes


tradições e culturas.

• As maneiras de pensar e agir variam no


espaço e no tempo
Poliandria

Nem em todas as sociedades humanas os casamentos são


monogâmicos, formados por um homem e uma mulher. No Tibete e no
Nepal uma mulher podia ter mais que um marido.
Poliginia

• Em muitos países de África, por exemplo, os homens podem casar com


mais do que uma mulher.
• Nas sociedades europeias, pelo contrário, esta prática não é permitida.
Infanticídio

• Os esquimós, como os
antigos romanos,
consideravam moralmente
permissível pôr fim à vida
dos recém-nascidos.

• Na nossa cultura, o
infanticídio é proibido.
Infanticídio • Os romanos e os esquimós consideravam o
infanticídio moralmente permissível.

• Nós consideramos o infanticídio moralmente


reprovável.

• Quem tem razão? Nós ou eles?

• Ou será que tirar a vida a um recém-nascido


não é um bem ou um mal em sentido absoluto,
mas que tudo depende do ponto de vista de
cada sociedade?
Verdades objetivas

• Alguns cientistas, filósofos e historiadores defenderam


que as diferenças de ponto de vista entre as diferentes
culturas são a prova de que em moral não existem
verdades objetivas.

• Que a Terra gira em torno do Sol é uma verdade objetiva,


não uma opinião.

• Se noutras épocas se pensou que o Sol girava em torno


da Terra, isso significa que essas pessoas estavam
enganadas.

• É um facto que a Terra gira em torno do Sol. Mas o


infanticídio ser ou não condenável não seria um facto:
apenas uma opinião.
Relativismo cultural
• O relativismo cultural é uma teoria que afirma que em
moral não há factos: tudo depende do ponto de vista de
cada sociedade.
• Que o infanticídio seja condenável é apenas a opinião
da nossa cultura; esta opinião não está mais certa ou
mais errada que outras maneiras diferentes de ver o
assunto – por exemplo, o ponto de vista dos esquimós e
dos romanos.
• Os valores morais apenas têm aplicação no interior de
cada cultura, não tendo qualquer validade fora das suas
fronteiras. Não podemos avaliar o comportamento dos
esquimós e dos romanos com base nas nossas próprias
regras.
• Ao rejeitar o infanticídio, a poliginia ou a poliandria, por
exemplo, a nossa cultura não estaria mais próxima da
verdade que as sociedades onde estas tradições se
aplicam.
• Os valores são convenções sociais.
Relativismo Cultural e Direitos Universais

Este ponto de vista está longe de ser consensual. A Declaração Universal dos
Direitos Humanos, por exemplo, atribui a todos os seres humanos vários direitos
de que estes devem beneficiar mesmo que a sociedade em que vivem não lhos
reconheça.
• Em 1948, após a 2ª Guerra Mundial, a Organização das
Nações Unidas, aprovou a Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Direitos Humanos Universais
Artigo 1
• Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. Dotados de razão e de consciência, devem relacionar-
se uns com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2
• Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as
liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção
alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de
religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou
social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.
Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no
estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território
da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território
independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma
limitação de soberania.
O conflito inevitável
• A Declaração dos Direitos Humanos
baseia-se na ideia de que os seres
humanos têm direitos apenas porque
são racionais e auto conscientes, isto
é, por serem pessoas.
• Os relativistas culturais defendem
que a ideia de direitos humanos não
passa uma ilusão, um produto típico
da nossa cultura.
• Será que os relativistas culturais têm
razão, isto é, que a não existem
valores universais?
• O nosso objetivo é dar uma resposta
a este problema.
Argumentos a favor do relativismo cultural

A diversidade cultural
Argumento da diversidade cultural

(1) O que reflete as condições de vida uma cultura


específica não pode ser universal.

(2) Os diferentes códigos morais são um produto de culturas


específicas.

 A moral não é universal.


Argumento da diversidade cultural: objeções.

Tal como a arte, a religião, a filosofia, as ciências ou a


maneira de cozinhar os alimentos, a moral é um produto da
cultura.

Contudo, nem todos os produtos da cultura carecem de


objetividade.

A ciência é um produto da cultura e as suas verdades são


universais. A proposição «A Terra gira em volta do Sol»
expressa uma verdade objetiva embora se trate de um
produto da cultura.
Argumento da diversidade cultural: objeções.

Há valores que não poderiam deixar de ser respeitados em


todas as sociedades, sob pena de a vida comunitária ser
posta em causa.

Todas as sociedades valorizam a verdade. A confiança


necessária ao estabelecimento de laços sociais estáveis
deixaria de existir se as pessoas não fossem censuradas por
mentirem.

A interdição de matar e a obrigação de cuidar dos filhos são


também universais.
Argumentos a favor do relativismo cultural

O desacordo moral
Argumento do desacordo moral

(1) Nas ciências, quando há discordâncias, os cientistas


podem ser imparciais e chegar a um acordo porque a
verdade em ciência é objetiva.

(2) Em questões de ordem moral, quando as pessoas


avaliam os hábitos e costumes das outras sociedades,
fazem-no segundo os padrões de cultura da sua própria
sociedade, não de forma imparcial.

 Os valores morais não são objetivos.


Argumento do desacordo moral: objeções.

A excisão – ou mutilação genital feminina – ainda hoje é


praticada em muitos países africanos.

A maioria das raparigas nos países onde esta prática ainda


se mantém submete-se voluntariamente, apesar dos efeitos
que daí decorrem para a sua saúde e a sua vida íntima. A
explicação para esta atitude encontra-se no desejo de cada
um de nós em ser reconhecido como membro de pleno
direito da comunidade a que pertence.

As raparigas só se tornam membros da sua comunidade


quando passam por este ritual.
Argumento do desacordo moral: objeções.

Contudo, muitas raparigas educadas nesta tradição


começaram a rejeitá-la.

Ao rejeitarem a excisão, estão a dar razão às pessoas que,


noutras culturas, criticam esta tradição e tentam fazê-la
desaparecer. Isto mostra que por vezes as pessoas adotam
padrões de cultura de sociedades diferentes.

Fazem-no por pensarem que há padrões de cultura que


podem ser melhores do que os seus.
Argumento da tolerância.

Se não aceitarmos o relativismo cultural, seremos


intolerantes relativamente às culturas diferentes da nossa.
Teremos tendência para impor às outras sociedades os
nossos próprios costumes e iremos pensar que as
sociedades diferentes da nossa são inferiores, primitivas ou
selvagens.

(1) Se não aceitarmos o relativismo cultural, seremos


intolerantes.
(2) Não devemos ser intolerantes.
(3) Logo devemos aceitar o relativismo cultural.
Argumento da tolerância: objeções.

Ao afirmar que devemos aceitar sem exceção tudo o que as


outras culturas praticam, estamos a aceitar um tratamento
diferenciado das pessoas em situações em que qualquer ser
humano merece a mesma forma de tratamento.
Além disso, o relativismo cultural, ao pretender respeitar os
valores de outras culturas está a basear-se, no argumento
da tolerância, num valor que é pretensamente universal – a
própria tolerância.
Ora isto é incoerente, pois ou o relativismo reconhece que a
tolerância é um valor universal e tem de abandonar a sua
tese principal, de acordo com a qual não há valores
universais ou então tem de abandonar a ideia de que o
relativismo é a melhor via para garantir a tolerância .
Argumentos contra o relativismo cultural

Argumento da intolerância
O argumento da intolerância

(1) O relativismo cultural defende que a tolerância entre


culturas é um bem e que a intolerância e o desrespeito
mútuos são um mal.

(2) O relativismo cultural defende também que o bem é tudo


aquilo que a maioria aprova; assim, se numa
determinada sociedade a maioria das pessoas aprovar a
intolerância, a intolerância é um bem.

 A intolerância é um bem e, em simultâneo, um mal.


O argumento da intolerância

O problema com este argumento é que a conclusão não


pode ser verdadeira.

Uma figura não pode ser quadrada e redonda; a Terra não


pode girar em volta do Sol e, em simultâneo, o Sol girar em
volta da Terra.

A intolerância não pode ser um bem e, ao mesmo tempo,


não ser um bem. O relativismo cultural parece estar em
contradição consigo próprio.
O argumento da intolerância

Para evitar esta contradição, o relativismo cultural terá de


deixar cair a tese de que tudo aquilo que a maioria das
pessoas numa dada sociedade aprovar é um bem. Mas isto
implica admitir que a sua teoria é falsa.

Em alternativa, o relativismo cultural terá de deixar cair a


ideia de que a sua teoria é a que melhor promove a
tolerância entre as diferentes culturas.
Argumentos contra o relativismo cultural

Argumento da maioria preconceituosa


O argumento das maiorias preconceituosas

(1) Para o relativismo cultural, o que a maioria das pessoas


numa sociedade aprova é um bem, e o que a maioria
desaprova é um mal.

(2) A maioria das pessoas numa sociedade aprova o


racismo e o sexismo.

 O racismo e o sexismo são um bem.


O argumento das maiorias preconceituosas

O relativista cultural, ao defender que o bem é tudo o que cada


sociedade aprova, pode ser acusado de a sua teoria levar ao
conformismo.

O conformismo é a atitude das pessoas que deixam de pensar por


si próprias para seguirem a opinião da maioria.

Por muito que a opinião da maioria se baseie em preconceitos e


falta de informação, para o relativismo cultural temos de seguir a
opinião da maioria.
O argumento das maiorias preconceituosas

Martin Luther King foi educado numa sociedade em que a maioria


das pessoas estava mal informada, era preconceituosa e favorável
ao racismo.

Mas King pensava por si próprio, não era conformista. Ele pensava
que o racismo era errado, fosse qual fosse o ponto de vista da sua
sociedade.

King pensava que a sua sociedade estava errada e não ele ou


quem se opunha ao racismo.

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