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DISCIPLINA P1 P2 2a. CH P3
19/04
Professora:
Conceição Almeida da Silva
2019.1
PRÉ-REQUISITO Não há
EQUIVALÊNCIA Não há
O aluno deverá compreender as estratégias envolvidas no
processamento da leitura e produção de textos, tendo em
vista o caráter dialógico da língua, caracterizada pelas
interações sociocomunicativas que se estabelecem entre os
seus diversos usuários.
OBJETIVOS
Deverá também adquirir conceitos e informações que lhe
permitam desenvolver habilidades de reconhecimento e
distinção dos aspectos cognitivos, linguístico-semânticos e
textuais, tanto do ponto de vista da produção dos textos
quanto do ponto de vista da recepção.
1. Leitura e Interpretação.
2. Produção de textos.
EMENTA
3. Atualização gramatical.
4. Redação técnico-científica.
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Básica:
BECHARA, Evanildo. Gramática da Língua Portuguesa. RJ: Lucerna, 2002.
_______. O que muda com o novo acordo ortográfico. RJ: Nova Fronteira, 2008.
KOCH, Ingedore Villaça e TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo, Contexto, 2009.
Bibliografia Complementar:
AZEREDO, José Carlos de. Fundamentos de Gramática do Português. RJ: Jorge Zahar, 2004.
CUNHA, C. F. e CINTRA, L. F. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro, Editora
Nova Fronteira, 2001.
AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2012.
CITELI, Beatriz. Produção e leitura de textos. São Paulo, Cortez, 2003.
VIANA, Antônio Carlos. (org.) Roteiro de Redação – Lendo e Argumentando. SP: Scipione, 2004.
CALENDÁRIO DE AULAS E PROVAS – NOITE
MÊS DIAS PROVAS
FEVEREIRO 22
MARÇO 01 08 15 22 29
ABRIL 05 12 26 12/04 – P1
MAIO 03 10 17 24 31
14/06 – P2
07 14 21 28
JUNHO 17/06 – 2ªCh
24/06 – P3
16 aulas + 4 dias de avaliação.
Planejamento de aulas
Conectivos e outros
Leitura e interpretação
22/02 03/05 operadores argumentativos
Tipos de leitura
Teste 2 – trabalho em grupo
Fichamento
Texto e textualidade
01/03 10/05 Praticando – trabalho em
Fatores de textualidade
grupo
Pressupostos e subentendidos
Resumo
08/03 Frase, oração, período e parágrafo: 17/05
frase, oração, período.
Parágrafo – tipos de parágrafo.
Trabalho em grupo –
15/03 A frase e os fatores de textualidade 24/05
resumo
O parágrafo padrão
Coesão e coerência
22/03 31/05 Resenha
Coesão e relações de sentido
A importância do ato de ler – leitura
e debate.
29/03 Teste 1 – trabalho em grupo 07/06 Revisão para a prova
Habilidades básicas de produção
textual
A construção de períodos coesos e
05/04 coerentes 14/06 PROVA – P2
Gêneros e tipos textuais
Vista de provas: P2 e 2a
Chamada
12/04 PROVA – P1 21/06
Entrega de trabalhos
pendentes
Vista de prova P1
O texto dissertativo Vista de prova final – P3
26/04 28/06
O parágrafo dissertativo: parágrafo- Entrega de resultados finais
padrão
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................... 6
I – LEITURA E INTERPRETAÇÃO ..................................................... 7
Tipos de leitura .............................................................................. 10
Texto e textualidade ...................................................................... 12
Pressupostos e subentendidos ..................................................... 15
Frase, oração/período e parágrafo ................................................ 18
Coesão e coerência ....................................................................... 24
II – PRODUÇÃO DE TEXTOS ............................................................ 36
Habilidades básicas de produção textual ...................................... 36
A construção de períodos coesos e coerentes ............................. 41
Gêneros e tipos textuais ................................................................ 44
O texto dissertativo ......................................................................... 48
Coectivos e outros operadores argumentativos ............................ 52
III – REDAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA ............................................. 60
Fichamento .................................................................................... 60
Resumo ......................................................................................... 67
Resenha ........................................................................................ 74
IV – ATUALIZAÇÃO GRAMATICAL (consulta) ................................. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 101
Esta apostila tem por objetivo servir como um guia para o
acompanhamento das aulas de Português Instrumental. No entanto,
esse material não exclui a necessidade de consultar outras fontes,
tanto as relacionadas na bibliografia quanto outros materiais, digitais
ou fotocopiados.
I –Introdução
Você está iniciando o seu curso de nível superior, o que exigirá de
você uma habilidade cada vez maior no uso da língua portuguesa.
Portanto, rever alguns conceitos e aprender a usá-los para alcançar
determinados fins comunicativos será uma das metas desse curso de
português.
6
II – Leitura e interpretação
O que é ler? O que é interpretar?
7
Veja agora a definição dada pelo Google para o verbo INTERPRETAR:
8
COMPREENDER INTERPRETAR
Reconhecer o que está escrito no texto; Estabelecer conexões entre o texto e o contexto
Entender palavras, expressões e frases no texto; (ou seja, o que não está no texto), tendo por base
Reconhecer as ideias do texto, de modo objetivo, as palavras e as frases do texto;
baseando-se nas frases e nas palavras que Reconhecer as ideias do texto, de modo subjetivo,
formam o texto. baseando-se em seus conhecimentos prévios.
9
Tipos de leitura1
A – Leitura inspecional: leitura rápida, feita para tomar conhecimento
do conteúdo geral do texto, através de títulos e da fixação de alguns
parágrafos. Esse tipo de leitura pode ser realizado em alguma
situações – quando se está com muita pressa, por exemplo –, mas não
é suficiente para se dizer que entedeu o texto, sendo necessário voltar
ao texto para lê-lo outra vez, com mais calma e atenção. É a leitura
inspecional que realizamos quando lemos as manchetes de jornais, os
anúncios ou os quadros de
aviso da faculdade, por
exemplo.
ATENÇÃO! Uma leitura
apressada, feita sem atenção,
pode provocar falha de B – Leitura analítica: leitura
compreensão e levá-lo a uma
atenta, reflexiva, pausada, com
conclusão equivocada sobre o
texto lido. releitura de alguns trechos ou
parágrafos, que tem o propósito
de captar e guardar as
informações principais do texto.
Esse é o tipo de leitura que se deve fazer quando se pretende
assimilar conteúdos novos, quando se busca reter novos
conhecimentos, quando se pretende ampliar conhecimentos prévios
sobre algum assunto e quando se lê textos acadêmicos com a
finalidade de aprendizagem. A realização da leitura analítica requer o
emprego de algumas estratégias:
Estratégias textuais e linguísticas: títulos, parágrafos, coesão e coerência, conteúdo
lógico semântico do texto etc.
Estratégias contextuais ou extralinguísticas: intenções do autor, contexto situacional,
interlocutores (quem fala, para quem) etc.
Estratégias intertextuais: conhecimentos prévios adquiridos por meio de todos os
textos com os quais interagimos ao longo da vida.
1
Leia mais em: SOUZAL.M. CARVALHO, W. C. Compreensão e produção de textos. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1995. P. 61.
10
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
Leia o texto seguinte para responder as questões apresentadas na
sequência:
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P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
12
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Como a autora define texto ou discurso?
13
Fatores de textualidade
Para ter textualidade, um texto precisa respeitar uma série de fatores,
entre os quais destacaremos:
os fatores pragmáticos:
Intencionalidade produtor do texto;
o
Aceitabilidade receptor do texto;
o
Situacionalidade situação de produção do texto;
o
Informatividade quantidade de informações conhecidas e
o
novas;
o Intertextualidade conhecimento de outros textos.
a coerência: relativa ao sentido;
a coesão: relativa às relações lógicas entre os elementos
linguísticos do texto, que contribuem com a coerência.
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
14
Pressupostos e subentendidos
Considere as frases seguintes:
15
3) Pedro sabe que José chegou?
4) Pedro trabalhou pouco na última semana.
5) Pedro gosta de carros importados.
6) Pedro concluiu o doutorado em 2 anos.
16
nenhum elemento linguístico da frase. Subentendidos são
efeitos secundários da enunciação, estão implicados de modo
indireto e precisam ser descobertos pelo interlocutor. Os
subentendidos podem ser negados pelo autor do texto.
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
O diálogo seguinte possui algumas informações implícitas. Você
consegue identificá-las?
17
Frase, oração/período e parágrafo
2
Frase : unidade textual
de sentido completo, que se inicia
Frase é todo enunciado com letra maiúscula e termina com
capaz de estabelecer um sinal de pontuação (. ? ! ...)
comunicação; é a unidade
mínima da comunicação. Nominal (sem verbo):
Tudo bem?, / Atenção, pessoal!
“Dia de muito, véspera de nada.” /
“Cada macaco no seu galho.” /
Tempo claro a parcialmente nublado, com chuva isolada no final do
dia.”
2
A parte da gramática que descreve as regras segundo as quais as palavras se
organizam em frases se chama SINTAXE.
18
Eu acordei tarde. / Eu fui à escola. / Chegamos cedo ontem. / Vou
trabalhar até tarde hoje.
Uma frase pode conter mais de um verbo. Nesse caso, cada verbo da
frase equivale a uma oração.
A – parágrafos descritivos:
19
B – parágrafos narrativos:
A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas,
que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com
imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até
remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para
assistir às cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já
estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho
paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados.
(ASSIS, Machado. 1999, p. 12).
C – parágrafos dissertativos:
Cada parágrafo deve falar de uma única ideia-núcleo (ideia
principal), e essa ideia deve ter relação com o assunto tratado no
texto. Veja as qualidades esperadas de um parágrafo dissertativo:
20
A FRASE e os fatores de textualidade
- Você precisa falar com a vizinha, mas não sabe se ela está em casa.
Então alguém que está com você olha para a casa da vizinha e diz: “A
porta está aberta.”
- Seu patrão te convoca para uma reunião na sala dele. Você entra e
se senta. Ele então te diz: “A porta está aberta.”
O que faz com que essas frases tenham sentidos diferentes em cada
um dos casos analisados?
EXEMPLO:
Pode-se transformar o sistema imunológico, ao mudar a forma de
pensar. Para isso, é preciso desenvolver uma autoimagem positiva,
amando a si mesmo e dispondo-se a abandonar o passado e a
perdoar. O corpo sempre reflete o estado da consciência em
determinado momento. À medida que as crenças são mudadas, o ser
humano transforma-se tanto física como emocionalmente. Portanto,
tudo isso contribui para que as pessoas se tornem completas e se
curem de seus males.
21
O parágrafo-padrão facilita a nossa compreensão do texto, visto que
traz, de forma resumida, já na primeira frase, qual é a ideia central do
parágrafo.
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Leia os parágrafos seguintes e identifique se eles são
descritivos, narrativos ou dissertativos.
c) O dinheiro pode nos dar conforto e segurança, mas ele não compra
uma vida feliz. O dinheiro compra a cama, mas não o descanso.
Compra bajuladores, mas não amigos. Compra presentes para uma
mulher, mas não o seu amor. Compra o bilhete da festa, mas não a
alegria. Paga a mensalidade da escola, mas não produz a arte de
pensar. Você precisa conquistar aquilo que o dinheiro não compra.
Caso contrário, será um miserável, ainda que seja um milionário.
(Augusto Cury)
22
2) O texto seguinte trata-se de uma redação de vestibular todo
escrito com parágrafo-padrão. Leia-o, atentamente, e
identifique qual é a ideia núcleo de cada um dos parágrafos.
MOBILIDADE URBANA
23
Coerência e Coesão
Coerência:
fator responsável pelo sentido do texto;
pressupõe a construção de sentidos a partir da interação entre
conhecimentos compartilhados pelos interlocutores;
suscita a mobilização tanto de informações explícitas, dadas
no próprio texto, como de informações implícitas, que precisam
ser inferidas (pois estão subentendidas) ou que estão
pressupostas.
envolve aspectos lógicos, semânticos e cognitivos;
o aspectos lógicos: dizem respeito ao emprego da
razão para a interpretação das informações
apresentadas. Ao ler o texto esperamos que as ideias
não sejam contraditórias; que as informações sigam
uma progressão (não seja tautológico, repetitivo) e que
traga informações relevantes.
o aspectos semânticos: dizem respeito ao
conhecimento linguístico, ao significado das palavras e
das expressões da língua.
o aspectos cognitivos: dizem respeito ao modo como
percebemos e interagimos com o mundo, com as
diferentes situações nas quais estamos inseridos, e
que nos possibilita compartilhar conhecimentos com os
demais.
24
Coesão:
“forma como os elementos linguísticos presentes na superfície
textual se interligam, se interconectam, por meio de recursos
também linguísticos, de modo a formar um ‘tecido’ (tessitura)”
(KOCH, 2004, P.35);
pode ser de dois tipos: coesão referencial e coesão sequencial;
Coesão referencial:
o anáfora e catáfora:
anáfora: refere algo que já foi dito antes;
catáfora refere algo que ainda será dito depois.
o mecanismos gramaticais e lexicais.
mecanismos gramaticais: pronomes, artigos, elipse,
concordância, correlação entre tempos verbais,
conjunções etc.
mecanismos lexicais:
reiteração: repetição de palavra ou nominalização;
substituição: sinônimos antônimos, hipônimos,
hiperônimos;
associação: emprego de palavras que pressupõem
outras pertencentes ao mesmo campo semântico.
Coesão sequencial: progresso do texto, elementos que fazem
com que o texto “ande”, diga sempre algo mais. Isso pode ocorrer
por meio da manutenção do tema, por meio da progressão
temática ou por ligações semânticas.
25
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
Texto: [Conto] Circuito fechado – Ricardo Ramos
26
3) Considere a finalidade do emprego do ponto final em um texto.
Analise que efeitos de sentido o ponto final possibilita no texto.
27
7) Na tira cômica do Hagar (acima), o impasse do diálogo foi causado
por um problema de coesão. Explique.
28
TESTE 1
Vamos testar suas habilidades de leitura e interpretação de textos?
QUESTÃO 1
“Beber é mal, mas é muito bom.”
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.)
a) O ponto de vista do autor sobre o ato de beber (álcool) está implícito na frase.
Explique qual é esse ponto de vista.
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.
QUESTÃO 5 (ITA-2002)
Assinale a interpretação sugerida pelo seguinte trecho publicitário: Fotografe os
bons momentos agora, porque depois vem o casamento.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura
digitalização de sua obra, depreende-se que
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava
‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”
Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas
partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento
a) “a singularidade”.
b) “tais vantagens”.
c) “os gabos”.
d) “longe disso”.
e) “em geral”.
A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER – Paulo Freire
Habilidades básicas de
produção textual
36
Quanto ao fragmento 2, fica claro desde o início que se trata de uma
pessoa distribuindo afazeres entre doutras três. As três primeiras
frases falam sobre isso, e a última retoma e reforça o que a pessoa
vinha falando. Portanto, esse parágrafo possui unidade, fala de um
único assunto. As ideias estão claras, e a quantidade de informações é
suficiente – não está conciso demais nem diz mais que o necessário.
37
Repetição da mesma palavra Ambiguidade e duplo sentido
A América Latina é uma região A prefeitura tem procurado
que tem dívidas. Sua dívida aproveitar espaços públicos como
externa chega a bilhões de estacionamentos para a realização
dólares, sendo o Brasil, a de espetáculos.
Argentina e a Venezuela os • O enunciado permite duas
principais países que alimentam interpretações:
essa dívida. 1. A prefeitura transforma
espaços públicos em
Repetição de ideias estacionamentos para realização
O governo do Estado, por meio de de espetáculos.
planejamento antecipado, decidiu 2. A prefeitura utiliza espaços
verificar todos os sintomas públicos, como estacionamentos,
indicativos de fraude na para a realização de espetáculos.
Previdência. Cada um,
isoladamente, dos casos serão Pleonasmos
analisados. O aniversário foi uma bela
surpresa inesperada.
Você deve comparecer
Repetição da palavra “quê” pessoalmente ao Detran.
Os recursos que resultaram dos Mantenha a mesma velocidade.
esforços que a Secretaria da Gostaria de conviver junto a
Cultura e Educação despendeu natureza.
não deveriam ser empregados em
matérias que duram pouco. Redundância
Os recursos resultantes dos A redundância consiste no uso de
esforços despendidos pela ideias supérfluas, de detalhes
Secretaria da Cultura e inúteis ou óbvios, de ideias e
Educação não deveriam ser palavras repetidas, que
empregados em materiais comprometem a clareza da
não duráveis. mensagem. Por exemplo:
Vimos por meio desta carta convidar Vossa Senhoria, devido a sua formação
na área de educação, a participar, no dia 30 de outubro do presente ano, do II
38
Congresso Nacional de Educadores. Informamos, ainda, que no Congresso
estarão presentes educadores de todo o Brasil. O Congresso será realizado no
Memorial da América Latina, às 9h da manhã.
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Leia os fragmentos de texto a seguir e identifique se possuem:
coesão, coerência, clareza, correção, concisão e precisão.
39
a) A largada será no Leme. A chegada acontecerá no mesmo
local da partida.
40
i) Campanha contra a violência do governo do estado entra em nova
fase.
Tira 1:
Tira 2:
41
nos preocupar em ser claros, coerentes e coesos (volte a consultar, na
unidade anterior, os conceitos de coesão e coerência para relembrar).
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Reúna os períodos simples seguintes em um único período
composto, fazendo os ajustes necessários e empregando elos
coesivos adequados.
42
educação de qualidade. A falta de educação de qualidade leva o país a
ter muitos problemas estruturais.
43
No horário político ouviu-se muitas anedotas. Faltaram os projetos
sócios econômicos. Ao eleitor faltou perceber que uma nação não vive
só de palhaçada. Necessita de segurança, educação e saúde.
Com o fim das eleições o brasileiro talvez veja que quem atuará no
espetáculo circense será ele próprio. Fazendo o papel de pierrot, o
palhaço triste. E descubra com o passar do tempo que 'pior que ta
fica’.”
44
ter opinião (tese) e argumentos (provas). Se a redação de
vestibular não for produzida respeitando minimamente essas
instrução, não será uma redação de vestibular.
Carta comercial: é um gênero escrito produzido no âmbito das
empresas, apresenta autor e destinatários que são
funcionários da empresa ou de outra empresa, pode ter alguns
ou vários parágrafos, depdende da finalidade da carta, precisa
ter local, data, saudação, conteúdo, despedida e assinatura.
Se uma carta não apresentar minimamente esses elementos,
não será uma carta.
Aula: é um gênero oral produzido em âmbito escolar ou
acadêmico, é produzido por um professor e destinado a
alunos, precisa ter uma linguagem clara e correta. Além disso,
precisa respeitar as possibilidades de conteúdo previstos pela
situação de comunicação.
Conversa: é um gênero oral produzido por duas ou mais
pessoas, de modo que todas possam falar alternadamente,
sobre temas que sejam do interesse de todos os envolvidos.
Deixa de ser uma conversa se apenas uma pessoa fala.
Tese; Ensaio;
Dissertação; Resenha;
Monografia; Resumo;
TCC – Trabalho de Fichamento.
conclusão de curso
Artigo;
Descrição
Adjetivos e expressões que expressam características; verbos no
pretérito imperfeito e verbos no infinitivo. Tempo estático. Cenário,
cena. Lugares, objetos, pessoas, procedimentos, componentes etc.
45
Narração
Advérbios de tempo e lugar. Verbos no pretérito perfeito. Palavras que
expressam ações e movimentos, nomeiam seres. Personagens.
Mudança no tempo e no espaço. Relação entre anterior e posterior.
Dissertação-expositiva (Exposição)
Verbos impessoais. Nominarizações. Modalizações. Linguagem formal,
objetividade, clareza, simplicidade.
Dissertação-argumentativa (Argumentação)
Conjunções, locuções conjuntivas, advérbios, locuções adverbiais.
Operadores argumentativos. Juízo de valor.
Injunção/instrução
Verbos no imperativo e no infinitivo. Perguntas, ordens, instruções,
modos de fazer, orientações, interpelações.
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Identifique qual é o tipo textual predominante nos seguintes
textos:
46
Texto 1: Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-
me cedo, ansiada como está, coitadinha e disse: "Sei que você vai ser
sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozinha
que lhe quer tanto". As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu
larguei dos braços dela e vim desengasgar-me aqui no meu quarto,
chorando escondida. (MORLEY, Helena. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1942.)
Texto 2: “Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha pernas
ossudas, dentes afiado, olhos azuis esbugalhados e cabelos cor de
limão. Como um dos seis filhos dos Steiner, estava sempre com fome.
Na rua Himmel, era considerado meio maluco ...” (SUZAK, Markus. A menina que
roubava livros, Intínseca, 2005)
47
O texto dissertativo
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
Observe os exemplos a seguir e observe os graus de pessoalidade
presentes em cada frase. Complete a tabela como exemplificado.
48
FRASE-EXEMPLO GRAU DE
IMPESSOALIDADE
Analisei todos os fatos e concluí que o - presença do eu – grau
réu é culpado. máximo de pessoalidade
O parágrafo dissertativo
49
Reveja a seguir o modelo de parágrafo apresentdo por Othon
Moacir Garcia, conhecido como parágrafo-padrão (já visto na parte
anterior):
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Leia os parágrafos seguintes e identifique as três partes de um
parágrafo-padrão.
50
I – Não é difícil perceber que a liberação da arma de fogo para o uso
por civis pode ocasionar um problema ainda maior para a sociedade.
Recentemente, um fato divulgado nos noticiários chocou a população:
um policial atirou em direção a um grupo de jovens e acabou matando
um adolescente de 16 anos com um tipo pelas costas. Se um
profissional treinado para o ofício age com tal descontrole, imagina um
cidadão comum que não recebe preparo nenhum? Desse modo, torna-
se difícil sustentar o argumento de que a liberação da arma diminuirá o
número de casos de violência, visto que, como demonstrado, pode
acabar provocando ainda mais mortes.
51
Conectivos e outros operadores argumentativos
52
TESTE 2
Vamos testar suas habilidades de produção de textos?
QUESTÃO 1 (Enem/2003)
No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de
violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete:
QUESTÃO 2 (Enem/2013)
QUESTÃO 3 (Enem/2010)
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer
uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões,
isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time
dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do
bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área.
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol,
realizado em 2 9, contém vários conectivos, sendo que
“Sei lá o que te dizer sobre esse negócio de ser feliz, mas acho que, pra todo mundo
encontrar a felicidade, a gente tem que dizer um ‘não’ bem grande pras coisas ruins
que acontecem pra gente na vida.”
Assinale a alternativa que propõe a transposição dessa frase para uma forma
adequada ao português escrito culto.
a) Não sei muito bem o que te dizer sobre isto que você está perguntando, o que é
ser feliz?, mas acho que, talvez, precisamos, todo mundo, negar fortemente as
coisas ruins que nos acontece, para, assim, alcançar a felicidade.
b) É difícil de dizer o que seja ser feliz, mas a gente tem de tentar encontrar a
felicidade, dizendo “não”, com bastante energia, a tudo que acontece de ruim na
vida, não só para mim, mas para todo mundo igual.
c) Não sei exatamente o que dizer a respeito de “o que é ser feliz”, mas acredito que
seja necessário negar energicamente todos os aspectos ruins da vida para se
alcançar a felicidade.
d) Tenho dificuldade em falar disso que você perguntou, mas acredito que ser feliz
implica dizer “não”, com muita força, às coisas ruins que acontecem para nós, para
que alcances, e ttodo mundo também, a felicidade.
e) Isso de “ser feliz” é complexo, e por isso não sei muito bem o que falar, mas
imagino que para todo mundo mesmo encontrar a felicidade precisam de negar
veementemente os acontecimentos negativos da vida.
QUESTÃO 5 (TTN-1989)
Marque a opção que não completa, de forma lógica e gramaticalmente coesa, o
trecho fornecido.
Todo ano, nessa época, São Paulo festeja o Santo Genaro, padroeiro dos
napolitanos. A rua São Genaro é pequena e apresenta riscos para os
frequentadores das atividades. Em virtude disso, _____
QUESTÃO 8
Considerando os aspectos que diferenciam tipos textuais e gêneros textuais, faça a
associação entre os conceitos apresentados na coluna A e as informações
apresentadas na coluna B:
A – narração, descrição, dissertação, injunção.
B – conto de fadas, lista de chá de bebê, redação de
vestibular, publicidade.
C – formas diferentes de concretização dos textos, que
apresentam características específicas.
1 – Gêneros textuais D – sequência teoricamente definida pela natureza
linguística de sua composição.
2 – Tipos textuais E – artefatos culturais construídos historicamente pelo ser
humano.
F – aspectos lexicais e sintáticos, tempos verbais, relações
lógicas.
G – forma composicional, estilo, conteúdo, propriedades
funcionais.
Assinale a alternativa que apresenta a associação CORRETA:
a) 1 – A, D, G; 2 – B, C, E, F.
b) 1 – B, C, D, G; 2 – A, E, F.
c) 1 – B, C, E, G; 2 – A, D, F.
d) 1 – C, E, F; 2 – A, B, D, G.
e) 1 – D, E, F, G; 2 – A, B, C.
QUESTÃO 9
Considerando a definição de tipo textual, faça a associação entre as características
apresentadas na coluna A e os exemplos apresentados na coluna B:
QUESTÃO 10
Classifique os textos seguintes de acordo com os seguintes códigos:
(A) gênero aviso
(B) gênero classificado
(C) gênero tira cômica
(D) gênero verbete
55
Fichamento3
Conceitualmente, fichamento é
um resumo das principais ideias de um texto. É bastante utilizado
como técnica de estudo e no processo de revisão da literatura. Nele,
são resumidas e destacadas as partes mais importantes do texto com
o objetivo de fazer futuras consultas.
3
Para mais informações acerca da elaboração de fichamentos, também pode consultar
os seguintes links:
60
http://www.monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-
fichamento.htm
http://www.fichamento.com.br/comofazer.html
Em muitos casos, é interessante que você siga normas da ABNT na
construção do seu fichamento. Ao seguir as normas da ABNT, você
poupará tempo caso precise utilizar este documento para futuros
trabalhos.
Tipos de fichamento
Existem modelos diferentes deste recurso, cada um utilizado conforme
a sua necessidade. Desta forma, é necessário saber exatamente o que
você quer com o fichamento. Existe o fichamento bibliográfico, o
fichamento de citações e o fichamento de resumo ou conteúdo. Cada
um deles é explicado detalhadamente a seguir.
SILVA, Maria lima. A antropologia social em sua plenitude. Manaus: Revista ser, 1987.
61
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132). Segundo capítulo.
SILVA, Maria lima. A antropologia social em sua plenitude. Manaus: Revista ser, 1987.
“(...) uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição
da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a
instauração da República (...)” (p. 3 ).
“(...) na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a
defesa de honra (...)” (p. 132).
“(...) a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo totalmente masculino
(...)” (p. 43).
SILVA, Maria lima. A antropologia social em sua plenitude. Manaus: Revista ser, 1987.
A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por
creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.
62
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
I. O fichamento é um dos gêneros acadêmicos mais solicitados
pelos professores universitários. Leia o fragmento de texto a
seguir. Depois, faça as atividades apresentadas na sequência.
Conceituação:
Dentro do empreendimento acadêmico e/ou científico, muito do esforço
de organizar e sistematizar os conhecimentos, de modo a obter novas
informações, consiste precisamente em registrá-lo adequadamente à
medida que se coleta. Estas rotinas são denominadas genericamente
de ”documentação”, e consistem na competência de fazer
apontamentos ao se coletar material adequado para análise ou
pesquisa ou composição de trabalhos.
63
da monografia de conclusão de curso do graduando, da dissertação de
mestrado, da tese do doutorando.
64
(para o leitor) de uma obra científica, filosófica, literária ou mesmo de
uma matéria jornalística.”
65
após a citação, deve constar entre parênteses o número da página de
onde foi extraída a citação;
a transcrição tem que ser textual e não esquemática;
a supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se
no local da omissão, três pontos, entre colchetes [...] ou entre
parênteses (...).
O fichamento não deve conter opiniões ou posicionamentos do leitor.
O fichamento não deve acrescentar novas informações ao que foi
exposto pelo texto.
Se houver erros de grafia ou gramaticais, copia-se como está no
original e escreve-se entre parênteses (sic).
66
d) “A prática do fichamento representa, assim, um importante
meio para exercitar a escrita (...)”.
e) A prática do fichamento representa, assim, um importante meio
para exercitar a escrita”
Resumo4
4
Para mais informações acerca da elaboração de resumos, consultar os seguintes links:
www.biblioteca.fsp.usp.br/~biblioteca/guia/a_cap_05.htm
http://vet.ufmg.br/ARQUIVOS/DOCUMENTOS/20110919083303.pdf.
67
O resumo deve ser elaborado na forma de resumo estruturado, com no máximo 155
palavras.
No caso de relatos de pesquisa ou revisões sistemáticas o resumo deve conter objetivo,
método ou metodologia, resultados e conclusão, conforme exemplificado a seguir:
RESUMO
Objetivo: iniciar com o verbo no infinitivo. Método: apresentar o método de pesquisa
contendo características da amostra, grupo de estudo ou material selecionado para
análise, procedimentos utilizados para a coleta e análise de dados, local e período do
estudo; informar sobre aspectos éticos. Resultados: indicar os resultados mais
relevantes. Conclusão: responder apenas ao objetivo.
P
PRRA
ATTIIC
CAAN
NDDO
O......
1) Leia o texto seguinte para resolver as atividades propostas.
68
lógica dos dinossauros que criou a cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os
países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Os
meios de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência, bem
simbolizado nos filmes de Schwazenegger como o “Exterminador do Futuro”. Nessa cultura
o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos
processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cutura da
paz. E sempre de novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a
Freud nos idos de 1932: é possivel superar ou controlar a violência? Freud, realisticamente,
responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte…Esfaimados
pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes de
receber a farinha”.
Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da violência funcionam poderosas
estruturas. A primeira delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico. Viemos de
uma imensa explosão, o big bang. E a evolução comporta violência em todas as suas fases.
São conhecidas cerca de 5 grandes dizimações em massa, ocorridas há milhões de anos
atrás. Na última, há cerca de 65 milhões de anos, pereceram todos os dinossauros após
reinarem, soberanos, 133 milhões de anos. A expansão do universo possui também o
significado de ordenar o caos através de ordens cada vez mais complexas e, por isso
também, mais harmônicas e menos violentas. Possivelmente a própria inteligência nos foi
dada para pormos limites à violência e conferir-lhe um sentido construtivo.
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do
homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos
de violência como o Estado, as classes, o projeto da tecno-ciência, os processos de produção
como objetivação da natureza e sua sistemática depredação.
Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos
conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é
a competição e não a cooperação, por isso, gera guerras econômicas e políticas e com isso
desigualdades, injustiças e violências. Todas estas forças se articulam estruturalmente
para consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos.
A essa cultura da violência há que se opôr a cultura da paz. Hoje ela é imperativa. É
imperativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas as partes, o pacto
social mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. É imperativa porque o potencial
destrutivo já montado pode ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a continuidade do
projeto humano. Ou limitamos a violência e fazemos prevalecer o projeto da paz ou
conheceremos, no limite, o destino dos dinossauros.
Onde buscar as inspirações para cultura da paz? Mais que imperativos voluntarísticos, é o
próprio processo antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A
singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no
fato de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas
69
de agressividade, temos capacidades de afetividade, com-paixão, solidariedade e
amorização. Hoje é urgente que desentranhemos tais forças para conferir rumo mais
benfazejo à história. Toda protelação é insensata.
O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a
marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da
violência mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A
competitividade continua a valer mas no sentido do melhor e não de destruição do outro.
Assim todos ganham e não apenas um.
Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição que
remonta aos tempos de César Augusto, vêem no cuidado a essência do ser humano. Sem
cuidado ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a existir.
Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de uns
para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou
Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que
representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como
Gandhi, Dom Helder Câmara e Luther King e outros. Importa fazermos as revoluções
moleculares (Gatarri), começando por nós mesmos. Cada um estabelece como projeto
pessoal e coletivo a paz enquanto método e enquanto meta, paz que resulta dos valores da
cooperação, do cuidado, da com-paixão e da amorosidade, vividos cotidianamente.
70
exemplo, o número de atos de violência contra a mulher em São Paulo.
Precisamos opor a cultura da paz à cultura da violência. Onde buscar
as inspirações para a cultura da paz? Somos seres sociais e
cooperativos, temos capacidades de afetividade. O homem pode
intervir no processo de evolução. Desde os tempos de César Augusto,
os filósofos acham que o cuidado é a essência do ser humano. Gandhi,
dom Hélder Câmara e Luther King são figuras que deram exemplo de
comportamento. Eu acho que todos nós devemos lutar pela paz.
71
03) Leia o resumo científico seguinte e classifique-o em simples não
estruturado ou simples estruturado.
72
04) Leia o resumo científico seguinte e classifique-o em simples não
estruturado ou simples estruturado.
73
Resenha5
5
Para saber mais sobre como elaborar uma resenha, consulte: CAMPOS, Magda. Manual de
gêneros acadêmicos: Resenha, Fichamento, Memorial, Resumo Científico, Relatório, Projeto de
Pesquisa, Artigo científico/paper, Normas da ABNT. 1ª edição. 2015. Disponivel em:
https://www.academia.edu/10981399/Manual_de_gêneros_acadêmicos_Resenha_Fichamento_Me
morial_Resumo_Científico_Relatório_Projeto_de_Pesquisa_Artigo_científico_paper_Normas_da_
ABNT.
74
Apresenta comumente: 1. Resumo bem sintético; 2. Dados gerais da
obra; 3. Apreciação.
EXEMPLO:
Ficha técnica:
Tropa de Elite 2 Brasil , 2010 - 116 min Ação /
Drama
Direção: José Padilha
Roteiro: José Padilha, Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, André Ramiro, Maria
Ribeiro, Pedro Van Held, Irandhir Santos, Seu
Jorge, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Tainá
Müller
Sinopse:
2010. Nascimento (Wagner Moura) enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater
de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema
é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de
pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o
filho adolescente. Quando o universo pessoal e o profissional de Nascimento se
encontram, o resultado é explosivo.
Crítica a Tropa de Elite 2: O filme apresenta uma imagem negativa do Brasil no
exterior, principalmente a do Rio de Janeiro, uma vez que é evidenciada a
corrupção na polícia civil, na política e na secretaria de segurança. Mostra o
envolvimento do governador do Rio de Janeiro com milicianos, apresenta a câmara
dos deputados como um ninho de corruptos. O filme foi estreado no ano de eleição o
que pode ser visto como uma forma sutil de oposição ao atual governo do Estado do
Rio de Janeiro.
O filme elimina toda esperança de solução para o problema da criminalidade no
Brasil, já que existe uma parceria entre os governantes e os criminosos onde estes
muitas das vezes financiam as campanhas eleitorais. Por outro lado exalta o BOP
em detrimento a policia civil, sendo este o único órgão onde não existe corrupção.
Sabemos que o Brasil enfrenta muitos problemas com a corrupção, porém não se
pode generalizar, visto que existem muitas pessoas íntegras e comprometidas em
fazer o que é certo nesses órgãos tidos como a banda podre, como é o caso da
polícia civil apresentada pelo filme.
75
Resenha Temática: Trata-se de uma leitura apreciativa de um mesmo
tema em textos diferentes ou em diferentes autores. De acordo Köche,
Boff e Pavani (2009, p. 105)3 “a resenha temática consiste em um
gênero textual que sintetiza mais de um texto ou obra, em torno de um
só assunto, estabelecendo relações entre suas ideias”.
76
Resenha Crítica: A resenha crítica é um tipo de resenha que se inicia
pela referência bibliográfica do texto resenhado, apresenta o autor e a
obra, resume as principais ideias do texto, apresenta uma apreciação
crítica tanto de aspectos formais quando conteudísticos desse mesmo
texto e ainda faz uma recomendação “crítica” de quem deve lê-lo.
77
Para saber mais sobre esses e outros gêneros acadêmicos, você pode
consultar:
78
V – Atualização Gramatical
79
Sintaxe – a estrutura da oração.
80
Observação: verbo nocional = verbo que expressa uma noção, que possui um significado
claro.
81
O emprego da vírgula
82
Na escrita, a vírgula serve para indicar uma pausa a ser feita na leitura.
Se for ignorada, a interpretação do texto poderá ficar comprometida e
até adquirir um outro sentido. Veja:
“Quando eu tinha 10 anos, dei uma torta de maçã para minha mãe
supergostosa.”
ou
Quando eu tinha 10 anos, dei uma torta de maçã para minha mãe,
supergostosa.
83
Veja:
84
Estou vencendo mais uma etapa dos meus estudos corajosamente.
Ou
Ou
"Nas cidades
pequenas" indica um
lugar, "No ano que Adjunto adverbial é o termo da oração
vem" indica um que indica uma circunstância (dando
tempo, ideia de tempo, lugar, modo, causa,
"Corajosamente" finalidade, etc.).
indica um modo. São
adjuntos adverbiais.
Uso da crase
85
SEMPRE OCORRERÁ A CRASE QUANDO:
86
Prepositivas
à espera de à ocidental
à cata de busca à razão de
à semelhança de às expensas de custas
à primeira vista à farta
à hora certa à vista
à milanesa à procura de
à espanhola à beira de
à roda de à parte
à custa de Conjuntivas:
à americana à medida que
à oriental à proporção que
87
B) Usa-se crase antes dos pronomes demonstrativos aquele(s),
aquela(s) e aquilo somente se o verbo exigir a preposição, ou seja, o
verbo precisa ser um verbo transitivo indireto. Para sabermos isso,
podemos utilizar o artifício de trocar tais pronomes pelos pronomes
também demonstrativos este(s), esta(s), isto. Se esses pronomes
vierem procedidos pela preposição a ocorrerá a crase.
Ex:
a) Amo aquela menina Amo esta menina
b) Falo àquela menina Falo a esta menina
c) Adoro aquele teatro Adoro este teatro
d) Vou àquele teatro Vou a este teatro
e) Aquilo nunca me interessou Isto nunca me interessou.
f) Jamais me referi àquilo Jamais me referi a isto.
CASOS FACULTATIVOS:
88
Ex: Não te refiras a(à) Maria José.
Nunca se usa:
Camões referiu-se a Inês de Castro.
89
Mas: Se houver o S de plural, é sinal que ocorreu o artigo e então,
haverá a crase.
Não falo às pessoas estranhas.
Veja algumas preposições: até, de, entre, por, sobre, antes, com,
contra, desde, sob, após, em, para, perante, sem, trás.
90
Empreender --- Caatinga
Contra-almirante --- Contra-abertura
PRONOMES
PRONOMES PESSOAIS
Pessoa do discurso CASO RETO CASO OBLÍQUO
1ª pessoa do singular Eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa do plural Nós nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo
91
no, na, nos, nas – quando vêm depois ex: Eles levaram o cachorro.
de verbos terminados em som nasal. Eles levaram-no.
PRONOMES POSSESSIVOS
Pessoa Singular Plural
1ª meu, minha meus, minhas
2ª teu, tua teus, tuas
3ª seu, sua seus, suas
1ª nosso, nossa nossos, nossas
2ª vosso, vossa vossos, vossas
3ª seu, sua seus, suas
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pessoa Variáveis Invariáveis
1ª este, esta, estes, estas isto
2ª esse, essa, esses, essas isso
3ª aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo
PRONOMES INDEFINIDOS
Variáveis Invariáveis
algum, alguma, alguns, algumas alguém
todo, toda, todos, todas tudo
outro, outra, outros, outras nada
muito, muita, muitos, muitas algo
pouco, pouca, poucos, poucas cada
92
interrogativos os pronomes: que, quem, qual (quais), quanto (quanta,
quantos, quantas).
Observação importante:
93
ACENTUAÇÃO
Para aprender as regas de acentuação, vale relembrar:
Regras principais
Sémen ou sêmen
Fémur ou fêmur
Fénix ou Fênix
94
Bónus ou bônus
Pónei ou pônei
Académico ou academic
OXÍTONAS
Ele tem pouco dinheiro, mas juntos eles têm muito potencial.
III – acentuar as vogais ‘i” e “u”, sozinhas ou com “s”, formando hiato
em sílaba final de palavras oxítonas.
85
Baú, aí, Piauí, país, tuiuiú X saci, angu, tutu, ali
PAROXÍTONAS
Ontem ele não pôde sair da cama, mas hoje ele já pode.
II- acentuar as vogais ‘i” e “u”, sozinhas ou com “s”, formando hiato em
palavras paroxítonas.
96
deverá se acentuada de acordo com a
outra regra:
heróon / heróon.
Antes: Agora:
Pára (v. parar) X para (preposição) Para = verbo e preposição
Péla (v. pelar) X pela (preposição) Pela = verbo e preposição
Pélo (v. pelar) X pêlo (substantivo) X Pelo = verbo, substantivo e
pelo (preposição) preposição
6
Disponíveis em: https://portuguesemdestaque.blogspot.com.br/2013/06/operadores-argumentativos_12.html. (adaptado)
97
Observe que além de e e também dão ideia de soma. Somam as
ideias de boa formação em Economia + não se envolver em
negociatas.
Observação:
De acordo com Garcia (1988), legitimamente, só os fatos ou
fenômenos físicos têm causa; os atos ou atitudes praticados ou
98
assumidos pelo homem têm razões, motivos ou explicações. Da
mesma maneira, os primeiros têm efeitos; e os segundos,
consequências.
Toda oração que vem à direita dos operadores: mas, porém, contudo,
todavia e no entanto sempre tem o argumento mais forte, o argumento
que predomina. Exemplo:
99
a) A apresentação foi coroada de sucesso: estiveram presentes
personalidades do mundo artístico, pessoas influentes nos meios
políticos e até o Presidente da República.
O filósofo usou o operador mesmo para indicar o que seria (para ele) o
argumento mais forte neste enunciado.
Assim que Antonio chegar, peça para ele vir a minha sala.
100
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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