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MEDIDA DE ENERGIA DO SPT: INSTRUMENTAÇÃO PARA REGISTROS DE FORÇA

E DE VELOCIDADE NAS HASTES

Erinaldo Hilário Cavalcante1; Fernando Artur Brasil Danziger2; Bernadete Ragoni Danziger3;
Raimundo Leidimar Bezerra4

RESUMO

A medida de energia no SPT é a maneira mais adequada de aferir o nível de energia ou determinar a eficiência
com a qual um determinado equipamento de SPT é operado. Esse aspecto começou a ser compreendido no final da
década de 70 na Universidade da Flórida. No Brasil, as primeiras medições de energia foram feitas em meados da
década de 80, no IPT e na USP. Ao longo destes anos tem sido verificada uma grande variabilidade nos valores das
energias (ou eficiências de energia) medidas. Isso se deve a dois aspectos básicos: o sistema de SPT analisado e o
método empregado para determinação da energia. As variações nos sistemas de SPT são grandes e há pelo menos três
métodos pelos quais se pode calcular a energia transferida às hastes. Naturalmente, a aplicação de cada método depende
do tipo de instrumentação empregada para obtenção dos registros dinâmicos.
Este trabalho apresenta e discute resultados parciais de uma campanha de ensaios realizada para medir força e
velocidade numa seção das hastes do SPT. Os registros foram efetuados com instrumentação composta de strain-gauges
e acelerômetros. Os resultados obtidos demonstram a boa qualidade dos sinais de força e de velocidade adquiridos.

ABSTRACT

The most appropriate way to measure the energy transmitted to SPT rods or determine the SPT efficiency is by
direct instrumentation. Not before the end of the 70 decade did this aspect begin to be properly understood at Florida
University. The first SPT energy measurement in Brazil was carried out in the middle of the 80 decade at IPT and São
Paulo University. Since then a great variability in measured energy (or SPT efficiency) has been obtained. Such
variability is mainly due to two basic aspects: the SPT procedure itself and the method used to evaluate the energy from
the measured records. Differences in SPT procedures can vary in a large extent and there are at least three methods to
evaluate the energy transmitted to the rods. The choice of one from the available methods depends on the
instrumentation used.
The present paper presents and discusses partial results of force and velocity measurements carried out at a
section of SPT rods, obtained with the use of strain-gauges and accelerometers. Good quality results have been
obtained.

PALAVRAS-CHAVE – SPT, medida de energia.

INTRODUÇÃO

A utilização do SPT no Brasil como ferramenta de investigação geotécnica segue a grande maioria dos países, ou
seja, é preponderante sobre os demais métodos, DÉCOURT [1]. Isso se deve à simplicidade do equipamento e da
operação do sistema. Estes aspectos têm suas vantagens e suas desvantagens. Como vantagens destacam-se a
popularização do método e a experiência adquirida ao longo do tempo. Por outro lado, existe a desvantagem decorrente
da variabilidade encontrada na aparelhagem e no sistema operacional em diferentes regiões, bem como a grande
dependência do operador na qualidade dos resultados.

Neste contexto, os integrantes do Comitê Técnico (TC-16) reunidos em 1988 na cidade de Orlando e, em 1989,
na cidade do Rio de Janeiro, durante a realização do XII ICSMFE, preocupados com a qualidade dos dados obtidos com
o SPT, contemplaram-no com um procedimento internacional de referência, ISSMFE [2], e recomendaram a aferição do
equipamento em termos de energia transferida às hastes.

FAIRHURST [3] desenvolveu uma teoria para aplicação em sondas de percussão atuando em rochas, que foi
posteriormente utilizada por PALACIOS [4] e SCHMERTMANN & PALACIOS [5] para avaliação da energia

1
Doutorando, COPPE/UFRJ – Engenheiro/ATECEL/UFPB
2
Professor, COPPE/UFRJ
3
Professora, DEC/UFF
4
Professor, DEC/UFPB
transferida às hastes do SPT. Por esse motivo, PALACIOS [4] e SCHMERTMANN & PALACIOS [5] são, em âmbito
mundial, as referências básicas para o estudo da dinâmica do SPT.
No Brasil, as referências básicas que se destacam no estudo da dinâmica do SPT são BELINCANTA [6;7] ,
DÉCOURT [1] e DÉCOURT et al. [8]. Cabe ainda citar AOKI e CINTRA [9] pela aplicação teórica do princípio da
conservação da energia de Hamilton para estimativa da energia transferida às hastes.
O objetivo deste trabalho é discutir a qualidade dos dados obtidos com instrumentação recentemente empregada
para monitoração da energia transferida às hastes do SPT brasileiro, destacando-se a importância da medição da
velocidade de partículas nas hastes.

ENERGIA DO SPT

A energia potencial do martelo sofre uma série de perdas até chegar ao topo da composição de hastes. Estas
perdas são devidas principalmente à forma de levantar e soltar o martelo, ao peso da cabeça de bater e ao comprimento
da composição de hastes, conforme DÉCOURT [1]. Uma vez atingida a composição de hastes, a pouca experiência
existente (e.g. SCHMERTMANN & PALACIOS [5]) parece indicar que a perda até o amostrador do SPT é muito
pequena.

Previsão da Energia Transferida às Hastes do SPT

A teoria apresentada por FAIRHURST [3] serve de base para a parte teórica da pesquisa da tese de PALACIOS
[4], posteriormente apresentada resumidamente por SCHMERTMANN & PALACIOS [5].
FAIRHURST [3] descreve com detalhes o choque entre dois corpos de mesmo material, e SCHMERTMANN &
PALACIOS [5] resumem, adaptando para o caso do martelo e da composição de hastes, da seguinte forma: uma vez
tendo ocorrido o choque, uma onda de compressão se propaga com a mesma velocidade para cima no martelo e para
baixo nas hastes. Uma vez que o martelo tem um comprimento muito pequeno, a onda de compressão atinge sua
extremidade superior rapidamente. Sendo esta extremidade livre, a onda se reflete como onda de tração, de mesma
forma e magnitude, e progressivamente anula a onda de compressão que ainda vem chegando ao topo, até que
finalmente todo o martelo está sem qualquer tensão, no momento em que a onda de tração atinge o contato martelo-
haste. Entretanto, martelo e composição de hastes ainda estão em contato, uma vez que as hastes ainda estão sujeitas a
compressão. Então um novo pulso de compressão é gerado na interface, com um menor valor de tensão, o qual também
se propaga no martelo e na haste, da mesma forma como no primeiro pulso. O processo continua com novos pulsos de
compressão de intensidades reduzidas sendo geradas na interface, o que ocasiona uma onda de compressão em degraus
na composição de hastes, tal como ilustrado na Figura 1. A forma da onda depende fundamentalmente da relação de
áreas r=a/A, sendo a e A respectivamente as áreas da haste e do martelo.
A expressão para o valor da tensão incidente, σbn, no enésimo ciclo, é dada por:

n
1− r 
σbn = σbo   (1)
1+ r 
sendo σbo a tensão máxima, dada por
σbo = ρcV0 /(1+r) (2)
sendo ρ a massa específica do material, c a velocidade de propagação da onda e V0 a velocidade de impacto do martelo
no topo da composição de hastes.

SCHMERTMANN & PALACIOS [5] mostraram que quanto mais curto é o martelo maiores as tensões iniciais e
mais suave é a forma da onda de compressão propagando-se nas hastes. No caso do martelo ser rígido, tem-se a
Expressão (3) para a tensão σb, correspondente a um tempo t, obtida por FAIRHURST [4] em TIMOSHENKO &
GOODIER [10].
−a t ρ c

σ b = σ bo e Mm
(3)

sendo σbo a tensão inicial incidente nas hastes, dada por σbo = ρcV0, a, ρ, c e V0 como definidos anteriormente, e Mm a
massa do martelo. Considerando a = 4,2 cm2, ρ = 7850kg/m3, c ≅ 5120m/s e Mm = 65kg, onde os valores de a, ρ, c e Mm
são característicos para o sistema de SPT usualmente empregado no Brasil e V0 = 3,20m/s admitido como um valor
típico obtido por CAVALCANTE [11], tem-se na figura 2 a curva simulada de força em função do tempo, usando-se as
Equações 2 e 3.
Figura 1. Pulsos de força teórico e experimental em função do tempo para o sistema americano, segundo
SCHMERTMANN & PALACIOS [5].

90

80 Pulso de Força Simulado

70
Hipóteses: L = ∞
(Fmáx = 54,02kN)
r = a/A = 0
60
SPT usual no Brasil
Força (kN)

50
V0=3,20m/s
40
Mmartelo = 65kg
ahaste= 4,2cm2

30

20

10

0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 40

Tempo (ms)

Figura 2. Registro simulado de força em função do tempo para o sistema usual brasileiro.

No que concerne ao processo de propagação da onda nas hastes, SCHMERTMANN & PALACIOS [5]
mencionam que a onda de compressão inicial reflete na extremidade inferior de qualquer sistema real de SPT com
comprimento finito e retorna como onda de tração. Quando esta onda de tração atinge o contato entre o martelo e a
haste, no tempo 2  /c (  o comprimento da haste), o valor da tensão de tração excede a tensão de compressão então
existente entre o martelo e a haste. Isto produz uma tensão resultante de tração e deformação que faz com que a haste
seja puxada para baixo e se separe do martelo. Este momento foi denominado por aqueles autores como “tension
cutoff”, ou corte de tração, e interrompe a transferência de energia do martelo para a haste (Figura 1).
Segundo SCHMERTMANN & PALACIOS [5], o martelo irá finalmente manter novamente contato com a haste,
gerando um segundo impacto, porém este segundo ou outro choque subseqüente ocorre muito tarde para aumentar a
penetração significativamente. A Figura 1 ilustra o “tension cutoff”.

Determinação da Energia Transferida às Hastes

A energia transferida ao topo das hastes do SPT, Ei, é dada pela integral da força vezes a velocidade desde o
início do impacto até o tempo para o qual a integral atinge o valor máximo, conforme a Equação 4

t
Ei = ∫ F(t) v(t) dt (4)
t =0

sendo F(t) e v(t) os registros de força e velocidade em função do tempo, respectivamente.

O registro de força é obtido por meio da instalação de medidores de deformação (strain-gauges) numa seção
próxima ao topo das hastes, enquanto o registro de velocidade é obtido por meio da instalação de acelerômetros
colocados na mesma seção. Portanto, a partir de medições de força e de velocidade numa seção localizada no topo das
hastes do SPT, a energia resultante transferida às hastes será determinada integrando-se o produto da força pela
velocidade em relação ao tempo naquela seção. O tempo para o qual a energia transferida (calculada através da Equação
4) atinge o maior valor determina o intervalo máximo de integração (t = tmáx). A energia correspondente é a energia
máxima, EMX ou EFV.

Em razão de dificuldades encontradas por PALACIOS [4] durante a tentativa de utilização de acelerômetros
disponíveis na época, optou-se pelas medições de energia transferida às hastes a partir apenas de sinais de força, visto
que, teoricamente, isto é possível, dentro de certas condições e hipóteses. A metodologia seguida por PALACIOS [4]
foi posteriormente empregada por SCHMERTMANN & PALACIOS [5], BELINCANTA [6; 7], dentre outros.

A relação de proporcionalidade força-velocidade usada por PALACIOS [4], encontrada em TIMOSHENKO &
GOODIER [10], permite superar a limitação relativa à medição da velocidade de partículas, ou seja, desde que não haja
reflexão da onda, pode-se dizer que

Ev
σ= (5)
c
ou
cσ cF
v= = (6)
E Ea

sendo E o módulo de elasticidade do material (E = 207000MPa), σ a tensão, v a velocidade de partícula e as outras


grandezas como definidas anteriormente.

Portanto, substituindo-se a Equação 6 na Equação 4 obtém-se:

t
c
∫F
2
Ei = (t) dt (7)
Ea
t =0

A primeira aplicação da Equação 7 para determinar a energia transferida às hastes do SPT foi feita por
PALACIOS [4] e, posteriormente, por SCHMERMANN & PALACIOS [5]. Em ambos os trabalhos foram usadas
células elétricas de carga para monitorar a propagação da força incidente nas hastes, tendo sido constatado que a
transferência de energia do martelo para as hastes efetivamente é interrompida no tempo 2l/c.

A Equação 7 foi recomendada pela norma (hoje extinta) ASTM D 4633 [12] para determinação da energia
transferida às hastes do SPT, no que passou a ser denominado de método F2, ou EF2 conforme PDI [13]. O método
considera a integral da força ao quadrado no intervalo de tempo entre 0 e a “tension cutoff”. Quando a integral é
calculada até o tempo 2  /c, o método recebe a denominação E2F, conforme PDI [13]. Por sugestão da ASTM D 4633
[12], de PALACIOS [4] e de DÉCOURT et al [8], dentre outros, foram incorporados ao método EF2 alguns fatores de
correção.

Esta metodologia incorpora simplificações que, dependendo das condições do ensaio, pode conduzir a
resultados incorretos, conforme demonstrado por exemplo por CAVALCANTE [11].
REGISTROS DE FORÇA E DE VELOCIDADE DE PARTÍCULAS NAS HASTES DO SPT

Instrumentação Disponível

Na presente pesquisa, a instrumentação utilizada consistiu de um par de medidores de deformação (strain-gauges


elétricos) e um par de acelerômetros piezoelétricos com capacidade para registrar aceleração de até 5000g, fixados
diametralmente opostos numa seção de um segmento de hastes com 1m de comprimento, localizada a aproximadamente
0,5m abaixo da cabeça de bater (ver Foto 1a). Cada acelerômetro foi posicionado 0,10m abaixo e acima dos strain-
gauges superior e inferior da seção, respectivamente. A seção instrumentada mede aproximadamente 0,23m. Os strain-
gauges foram fixados 0,23m um do outro, enquanto os acelerômetros 0,03m.

Para aquisição dos sinais de deformação e de aceleração oriundos da instrumentação, foi utilizado o SPT
Analyzer (ver Foto 1b), cujo equipamento transforma automaticamente os sinais em registros de força (F1 e F2) e de
velocidade (V1 e V2) em função do tempo. Ao mesmo tempo, o equipamento calcula a energia do golpe, a partir da
média de cada par de registros ou de apenas um deles, ficando a seleção dos sinais usados no cálculo por conta do
operador. Da mesma forma, para cada golpe também é gerado o registro do deslocamento vertical da composição, bem
como a evolução da energia com o tempo. Durante a aquisição de dados, o operador poderá avaliar em tempo real a
qualidade dos sinais na tela do analisador do SPT, podendo, caso necessário, eliminar um sinal aparentemente
defeituoso. A tela do SPT Analyzer é de cristal líquido, sensível ao toque do dedo, possuindo uma interface bastante
amigável com o usuário, conforme mostra CAVALCANTE [11]. Os dados são automaticamente armazenados em um
cartão de memória com capacidade para 40Mb, o qual posteriormente possibilita a transferência dos sinais para um
microcomputador, aonde são efetuadas as análises de uma maneira mais detalhada. O programa PDA-W acompanha o
sistema de aquisição para o tratamento dos sinais em um computador.

O sistema de aquisição de dados opera com bateria própria de 12V com autonomia de 8 horas, recarregável em
fonte de energia de 100–250V, podendo ser utilizada alternativamente, quando necessário, bateria veicular. Os cabos de
conexão do sistema são facilmente conectados, o que permite uma rapidez operacional satisfatória durante a aquisição
de dados. O SPT Analyzer e a instrumentação foram adquiridos pela Área de Geotecnia da COPPE/UFRJ, com recursos
da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB).

(a) (b)
Foto 1. a) Segmento de 1m de haste instrumentada com strain-gauges, mostrando os locais para fixação de
acelerômetros; b) conjunto de acelerômetros e unidade de aquisição de dados, SPT Analyzer.

As Fotos 2 e 3 mostram detalhes da composição de hastes do SPT durante sondagens nas cidades do Rio de
Janeiro e de João Pessoa.

Qualidade dos Registros de Força e de Velocidade Obtidos

A Figura 3 mostra registros de força e de velocidade de partículas em função do tempo, obtidos dos sensores F1,
F2, V1 e V2, instalados numa haste de 12,39m de comprimento. Estes registros são típicos de uma série de 6 golpes do
SPT coletados durante uma etapa da campanha de ensaios realizada no bairro do Bessa, em João Pessoa, cuja análise
está apresentada em CAVALCANTE [11].
Foto 2. Instrumentação utilizada no SPT durante sondagens no Rio de Janeiro.

Foto 3. Instrumentação utilizada no SPT durante sondagens na cidade de João Pessoa.

Da Figura 3 observa-se a excelente qualidade dos sinais de força (F1 e F2) obtidos dos strain-gauges, visto que
os dois registros são praticamente coincidentes em todos os pontos, o mesmo acontecendo com os sinais de velocidade
(V1 e V2) oriundos dos acelerômetros. Esta foi uma característica marcante na maioria dos sinais coletados durante a
campanha de ensaios descrita por CAVALCANTE [11] com essa instrumentação. Neste caso, no cálculo da energia
utiliza-se a média dos respectivos sinais de força e de velocidade.

Com os dados obtidos da Figura 3 (médias dos registros de força e de velocidade) foram calculados os valores
das energias de acordo com as Equações 4 e 7. A integração do sinal de força ao quadrado (Equação 7) foi feita
utilizando-se dois intervalos: até o tempo de corte da onda (método F2); até o tempo 2  /c (método E2F). Cabe ressaltar
que não foi feita nenhuma correção nos valores assim calculados das energias. Os resultados mostraram que os valores
de EFV, EF2 e E2F estiveram muito próximos neste caso, ou seja, 366 Joules, 350 Joules e 319 Joules, respectivamente.
60 6
Bairro do Bessa - JP Strain-gauge 1 (F1)
Haste de 12,39m Strain-gauge 2 (F2)
Golpe 3 - N'= 4
50 Acelerômetro 1 (V1) 5
F1/F2 = 1,1
V1/V2 = 1,02 Acelerômetro 2 (V2)
EFV = 366 Joules
40 EF2 = 350 Joules 4
E2F = 319 Joules

Velocidade (m/s)
30 3
Força (kN)

20 2

10 1

0 0

-10 -1

-20 -2
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (ms)

Figura 3. Registros de força e de velocidade obtidos com instrumentação composta de strain-gauges e


acelerômetros em hastes do SPT brasileiro, com martelo pino-guia operado com corda e tambor em
rotação durante sondagens na cidade de João Pessoa, segundo CAVALCANTE [11].

A Figura 4 mostra uma seqüência de 10 golpes de SPT, com registros de força, de velocidade vezes a
impedância da haste e de deslocamento recentemente adquiridos durante uma etapa da campanha de ensaios para
medição da energia transferida às hastes do SPT realizada na cidade de João Pessoa. Os dados se referem a golpes em
hastes de comprimento  = 9,34m em solo de resistência intermediária. A Figura 4 demonstra novamente a excelente
consistência dos sinais de força e de velocidade e, conseqüentemente, de deslocamento, coletados com a instrumentação
apresentada.

80 32
BESSA_JOÃO PESSOA
Comprimento da haste = 9,34m 28
10 GOLPES
60 24
EVOLUÇÃO DOS DESLOCAMENTOS
FOR A; F= V*17.22 (kN)

20
DESLOCAMENTO (mm)

40 16

FORÇA; F = V*17.22 12

20 LEGENDA 8
FORÇA MEDIDA
F = V . 17,22 4

0 0

-4

-20 -8
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

TEMPO (l/c)
Figura 4. Registros experimentais de força, de velocidade vezes a impedância da haste e de deslocamento,
efetuados nas proximidades do topo das hastes do SPT brasileiro.
CONCLUSÕES

O trabalho apresenta resumidamente a metodologia empregada para previsão da energia transferida às hastes do
SPT à luz da bibliografia existente, aplicada à realidade brasileira.

Um equipamento capaz de medir força e velocidade numa haste instrumentada foi apresentado, bem como o
foram resultados parciais de uma campanha de ensaios. Os dados obtidos revelaram a excelente qualidade dos registros
de força, de velocidade e, conseqüentemente, dos deslocamentos, possibilitando efetuar medições de energia transferida
às hastes do SPT com significativa acurácia.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a todos que direta e indiretamente colaboraram na realização desta pesquisa, em especial à
Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB), por viabilizar a compra do sistema de aquisição de dados SPT
Analyzer; à COPPE/UFRJ; à Associação Técnico Científica Ernesto Luiz de Oliveira Júnior (ATECEL/UFPB ), pelo
apoio técnico e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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WST – International Reference Test Procedure for the Standard Penetration
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[11] CAVALCANTE, E. H. (2002), Estudo Teórico-Experimental Sobre o SPT, tese de doutorado, COPPE/UFRJ
(em preparação).
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[13] PDI (1999), PDA-W Users Manual, August, 1999.

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