BARRAQUI, Douglas. A Política em Wolfgang Leo Maar. Brasil, 2011.
Disponível em: https://dougnahistoria.blogspot.com/2011/09/politica-para- wolfgang-leo-maar.html. Acesso em: 17 fev. 2019. KAMPMANN, Anderson. Resumo do Livro: O que é política?. Brasil, 2009. Disponível em: https://crentassos.com.br/blog/2009/11/terminei-resumo-do- livro-o-que-e-politica.html. Acesso em: 16 fev. 2019. MAAR, Wolfgang Leo. O que e política. 16ª ed. - São Paulo: Brasiliense, [1982?]. 109p. PAULA, Camila. Como surgiu a política?. Brasil, 2017. Disponível em: https://descomplica.com.br/blog/filosofia/como-ocorreu-o-surgimento-da politica/. Acesso em: 16 fev. 2019.
RESUMO DA OBRA
A obra de Wolfgang Leo Marr, intitulada “O que é política”, relata de
forma esclarecedora os vários significados da política e suas mais diferentes facetas. Trazendo uma descrição da historia da política, seja ela no papel do Estado interventor, intervindo assim na vida da sociedade, tanto no contexto político e também no contexto social. Apresenta o homem como ser político, pois a todo o momento estamos exercendo nosso papel político, seja no meio institucional que estamos inseridos ou ate mesmo no convívio social, pois exercemos a máxima da política que esta extremamente ligada ao poder. Aborda-se também os partido políticos, como forma de controlar as ações do Estado para o seu próprio bem comum, bem como para agir no Estado, buscando os interesses da sociedade e o seu bem-estar social. Entretanto, discorresse sobre a política na nossa atualidade, pois os fatos exposto por Wolfgang está bastante enraizados no nosso meio hoje em dia. Pois traça um paralelo entre política, cultura e ideologia e como esses três, cada um dentro do seu campo de atuação pode influenciar de forma negativa ou positiva os atos políticos seja dos atores políticos, como da sociedade.
AUTOR
O autor Wolfgang Leo Maar é Professor Titular concursado na
Universidade Federal de São Carlos (2004), onde leciona desde 1979. Estudou na Escola Politécnica - USP e fez Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo, Mestrado e Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1988). Pós-doutorado na Universität Kassel - Alemanha (1992; 2000- 2001; 2003). Foi professor visitante na Unicamp (1996), na Universidade de São Paulo (1997,1998,1999) e na PUC-SP (2012). Pesquisador Colaborador do Cenedic-USP. Experiência na área de Filosofia e Teoria Política, com ênfase em História da Filosofia Contemporânea, principalmente nos seguintes temas: Idealismo Alemão, Dialética, Marx e Marxismo, Teoria Crítica, Adorno, Habermas, Teorias Políticas Contemporâneas.
INTRODUÇÃO
Precisamos entender antes de tudo, o que é política e como ela surgiu.
Segundo o Dicionário Dicio, política possui vários significados, dentre eles defini-se política como: “Direção de um Estado e determinação das formas de sua organização.”. Nessa linha de pensamento, é que surgiu na Grécia Antiga, aproximadamente no século VI a.C. Tendo como principal atividade uma melhor organização e gerenciamento da polis (cidade-estado). Dentro das polis havia uma autogerenciamento, ou seja ato gestão que podemos entender como administrar um local pelos seus participantes, ao olharmos para a Grécia Antiga, percebemos que essa forma de gerir os rumos da sociedade da época, deu-se inicio a democracia. Ao iniciarmos a leitura do arquivo, nos deparamos com um relato sobre a campanha das “Diretas Já”, campanha essa que buscava institui no País eleições diretas para os cargos de Presidente e Vice-presidente da Republica, naquele momento o Brasil, enfrentava anos de Ditadura Militar e só através da atividade política é que podíamos lograr êxitos, pois defini-se conforme Leo Maar que política “passa a ser uma espécie de mal necessário, uma atividade social transformadora pela qual se visa realizar certos fins utilizando-se de determinados meios”. Porém as eleições se deram por colégio eleitoral, elegendo-se assim Tancredo Neves como Presidente e José Sarney, como vice-presidente da República. Após a eleição, o Vice-Presidente é empossado como Presidente da República, pois o então Presidente Tancredo Neves não pôde assumir em decorrência de está hospitalizado, vindo a falecer dias depois. Com o intuito de salvar economia brasileira eu passava por graves e sérios problemas o Governo lança o Plano Cruzado, que visava ações que melhorassem a vida da população de baixa renda. Dar-se inicio a partir desse momento a redemocratização do Brasil. Portanto é através da política que as ações do Estado são postas em prática.
1.0 – A POLÍTICA E AS POLÍTICAS
“Apesar da multiplicidade de facetas a que se aplica a palavra
"política", uma delas goza de indiscutível unanimidade: a referência ao poder político, à esfera da política institucional”. “[...] se oculta ao eleitor o seu ser político, atribuindo-se esta qualidade apenas ao eleito”.
Como relatado anteriormente, a sociedade é um ser político, pois o
mesmo exerce política a todo o momento, porém tem-se o pensamento que apenas os que foram eleitos através do voto é que tem essa tarefa política. Nós estamos exercendo nosso papel político, quando se põem em prática as “políticas” pregadas pelos mais diversos segmentos da sociedade. O autor cita a questão das políticas da Igreja e entendem-se como política dentro desse contexto as formas que a Igreja utilizada para interferir nas questões sociais e expor sua opinião, ou seja, as ações postas em prática para combater a miséria, violência, etc. Não só a Igreja, mais os sindicatos, os artistas que a afirmarem que não entende de política, fazem isso conforme o autor da política institucionalizada, mas não da política de intervenção, pois os mesmos aos se engajarem em qualquer movimento da sociedade civil, como formadores de opinião estão exercendo seu papel político.
“Uma conjuntura institucional insatisfatória, pela
corrupção ou pela violência, jamais dissociadas, reflete- se numa desmoralização da atividade política — politicagem — que pode reverter em apatia ou na procura de alternativas extra-institucionais como a luta armada.” “A política dos partidos, portanto, tem duas faces: uma em relação à sociedade e seus interesses; outra como política de disputa do governo”.
“Conjuntura são todos os eventos que vem acontecendo que são
interligados e que afetam a imagem do País. De forma a compreender que as situações são influenciadas por outras.” Vimos nos últimos anos, um aumento real da corrupção e da violência. Esses dois interferem significativamente na vida da sociedade brasileira, quando se desvia dinheiro público para beneficio próprio esquece-se assim do papel da política que é buscar o bem comum de todos, os recursos que não são empregados de forma proba tendem influenciar de forma direta no aumento da violência. Pois através da política é que se determina se a sociedade será violenta ou não, política tem escolhas. Infelizmente vimos que os agentes políticos, pelo menos em sua maioria, tem feto escolhas que tem influenciado de forma negativa a vida da sociedade, pois esses não buscam legislar para o bem comum e sim para o seu bem-estar. Haja vista que nossos sistemas, sejam de saúde, educação, segurança tem piorado a cada dia, não é oferecido ao cidadão, pagador de impostos que sustenta essa grande máquina pública, serviços de qualidade. Esse descrédito da sociedade na atividade política tem feito com que o cidadão parta para a “luta armada”. A luta armada, pelo menos nos dias atuais, não se dá pela arma de fogo, e sim, pelas manifestações dos diversos segmentos da sociedade e também pela maior arma que o cidadão possui que é o voto. Temos como exemplo as ultima eleições, onde o cidadão cansado de ações políticas que não surtam efeito na melhoria dos serviços prestados, na forma de legislar, renovou em sua maioria o Congresso Nacional, bem como elegeu um Presidente, que se apresentou como uma nova forma de fazer política. Essa renovação se deu, pois o cidadão percebeu que os partidos políticos, era apenas a forma que políticos que não tinham interesse em auxiliar a organização da sociedade, continuarem exercendo poder, enriquecendo de forma ilícita, havendo assim um desgaste desses partidos, tido como tradicionais, dando lugar ao “novo” e a “nova forma de se fazer política”.
2.0 – O POETA E O LIBERTADOR
“A atividade política passa a ser uma espécie de mal
necessário, uma atividade social transformadora pela qual se visa a realizar certos fins utilizando-se de determinados meios. Enfim, um instrumento de que há precisão na vida em sociedade”.
Quando o autor afirma que a política é um mal necessário, há certo
equivoco quanto a isso, pois se algo é necessário ele não pode ser mal. Porem ao afirmarmos que a política sendo mal, nos faz refletir de como algo sendo mal pode influenciar positivamente na vida da sociedade? A resposta está em entendermos que a política tem que está sincronizada e sintonizada com os problemas do cidadão, seja nos péssimos serviços oferecidos, seja no baixo salário pago aos trabalhadores, ao identificar esses problemas é necessário pôr em prática ações articuladas do Governo, essa articulação se dar através dos atores públicos envolvidos.
3.0 – ATIVIDADE POLÍTICA, ESTADO E COTIDIANO
“O que significa a política na atualidade brasi-
leira? Que papel ela ocupa na vida das pessoas aqui e agora? Seria uma atividade confinada ao mundo dos iniciados, os "políticos", reservada a situações especiais? Ou diz respeito à vida prosaica dos homens "comuns", no seu cotidiano?”
O cidadão na atualidade tem se conscientizado de que ele é o
mandatário do poder, entendendo que se os atores públicos envolvidos não estão exercendo seu papel, esses serão substituídos, através do voto. A condução política do País tem que ser algo a ser bastante discutido entre toda a sociedade civil organizada. Tendo como exemplo, os movimento sociais, onde esses agrupamentos de pessoas lutam por alguma causa ou objetivo buscando o bem-estar social dos seus envolvidos. Não podemos confundir os movimentos sociais com as manifestações espontâneas, pois os movimentos sociais possuem demandas políticas e social. No Brasil, nós possuímos diversos movimentos sociais, sindicatos, podemos citar a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Ordem dos Advogados do Brasil, etc. Esses Movimentos Sociais buscam uma melhoria na estrutura da sociedade, pois é através dela que pode haver mudanças nas políticas adotadas para esses movimentos. Por exemplo, o Movimento Sem- Terra, se não houvesse as manifestações para a distribuição de terra para essa camada da sociedade, provavelmente poucos teríamos avançado nessa temática. O momento decisivo na aquisição de significado político por um movimento social residiria na capacidade de dirigir coletivamente os interesses sociais específicos como objetivos políticos amplos. A atividade política da sociedade civil produz dirigentes e dirigidos, pois resulta no consenso, persuasão, no convencimento público para adquirir força. Elementos básicos das instituições civis são a organização e a mobilização. Enquanto na política institucional fala-se pelo e para o povo, nos movimentos sociais é o povo quem fala e está presente cotidianamente. CONCLUSÃO
A diferença entre sociedade política e sociedade civil é bastante
explanada na obra de Leo Maar. Entendemos que a sociedade política é formada pelos Poderes instituídos no País, já a sociedade civil é formada pelos cidadãos e cidadãs que buscam meios para os representarem frente ao Estado, seja pelos Movimentos Sociais, os Partidos Políticos. A política faz nascer na sociedade valores e referencias, onde a política tem papel civilizador. O autor nos ínsita a pensar em questões como coloca: Qual o papel do Estado perante a sociedade? Será mesmo que vivemos em um país democrático? Quais os limites das ações do Estado? E o que estamos fazendo enquanto cidadãos, como seres políticos, para alterar a atual realidade política de nosso país. A resposta para esses questionamentos está em entendermos que nós enquanto cidadãos não devemos estar envolvido na vida política do País, apenas no momento da captação do sufrágio e sim que nós possuímos papel importante para a melhoria dos rumos da nossa sociedade, para que aja um despertar na busca do bem-estar comum e que os políticos nada mais são atores que devem legislar, não em causa própria mais em causa coletiva.