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Os PCNs e Algumas
Estratégias de Ensino
no Componente
Curricular de
Matemática 2
1. OBJETIVOS
• Desenvolver noções aprofundadas de utilização do Refe-
rencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
• Identificar e destacar as estratégias de ensino, organiza-
das para a aquisição e troca de novos conhecimentos ma-
temáticos.
• Analisar e estabelecer padrões que atendam aos Parâme-
tros Curriculares Nacionais.
• Analisar, interpretar, formular e resolver situações proble-
ma significativas, relacionadas ao ensino e aprendizagem
da Matemática.
• Reorganizar e ampliar os conhecimentos matemáticos na
busca de aperfeiçoar a interpretação dos problemas e das
dificuldades.
• Desenvolver no aluno a percepção de que ele é parte in-
tegrante da sociedade e transformador do ambiente.
50 © Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemática II
2. CONTEÚDOS
• Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
• Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Fun-
damental (Ciclo I).
• Currículos.
• O que o aluno aprende e como ele usa isso socialmente?
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta unidade discutiremos sobre o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil, os PCNs (Plano Curricular Na-
cional) do componente curricular de Matemática, o Currículo e o
conteúdo que os alunos aprendem em Matemática.
Seguindo nossos objetivos para o estudo deste Caderno de Re-
ferência de Conteúdo, precisamos evidenciar quais seriam as compe-
tências e habilidades mínimas que os alunos, como destinatários do
ensino, devem desenvolver ao longo dos diferentes ciclos e etapas.
Diferentemente das outras unidades que compõem o pre-
sente estudo, pretendemos estabelecer, em primeiro lugar, quais
seriam as principais dificuldades que surgem no processo de en-
sino e aprendizagem, para então apontarmos a maneira que os
Parâmetros Curriculares sugerem para a superação de tais dificul-
dades.
Veremos algumas das dificuldades mais evidentes e, antes
de tudo, queremos explicar que as apontamos somente a título
de prevenção, ou seja, não queremos que a visão antecipada de
tais obstáculos seja tão assustadora a ponto de tolher a criativida-
de dos futuros educadores. Muito pelo contrário, você deve olhar
para essas situações como o artesão olha para sua matéria-prima,
pois é delas que surgirão os educadores de sucesso.
8. CURRÍCULO
Quando falamos em currículo, podemos elencar vários tipos,
classificados conforme os mais variados critérios. Nesta unidade,
vamos destacar apenas dois tipos de currículo na escola de hoje, o
currículo real ou efetivo, e o currículo prescrito.
Um currículo real ou efetivo é aquele que acontece nas
salas de aula, e o outro currículo, o prescrito, é o que é submetido
aos discursos, aos documentos oficiais e oficiosos, entre eles
o Plano Político Pedagógico (PPP), os Regimentos Escolares,
Planejamentos, Planos de Ensino, Planos de Aula, Projetos, Diários
de Classe, Livros didáticos, Cadernos dos alunos, Referenciais
Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI) e os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs).
Quando direcionamos nosso diálogo para o currículo real,
percebemos que o eixo em torno do qual ele gira é a sala de aula,
apontando e registrando atividades quase sempre ligadas a deter-
minado conteúdo específico. Tais atividades supõem disponível
© U2 - Os PCNs e Algumas Estratégias de Ensino no Componente Curricular de Matemática 59
de outras dualidades clássicas tais como pensar (razão) x sentir (emoção), que
ainda impedem um olhar mais amplo para o aluno em aulas de matemática.
Temos como hipótese que uma tal ultrapassagem poderia ser obtida por meio
de ações didáticas que envolvessem cuidados com alguns aspectos básicos
do processo de ensinar e aprender matemática, e que apresentamos a seguir
para estimular o debate e a reflexão que pretendemos provocar por meio desta
palestra:
• Ampliação da forma como encaramos os alunos em sala de aula
considerando suas dimensões afetiva, cognitiva e social.
• O modo de abordar os conteúdos de matemática
• A procura por diminuir a distância entre a matemática e as demais disciplinas,
especialmente artes e língua materna
• Favorecer uma compreensão da matemática como ciência, como jogo e
como instrumento de resolução de problemas
• Não desprezar os conhecimentos matemáticos que vêm da criança e de
sua comunidade
• Pensar em como considerar as diferenças e ritmos de aprendizagem entre
os alunos
• Rever concepções de conhecimento e inteligência que conduzem as ações
docentes
• Buscar formas de envolver a comunidade no trabalho da escola
• Ter na avaliação e no planejamento, aliados para uma reflexão constante
sobre o ensinar e o aprender.
Certamente os desejos envolvidos em tais aspirações são de que os
conhecimentos matemáticos contribuam para manter vivos no aluno, por toda a
escolaridade, a curiosidade e o desejo de saber que toda criança manifesta ao
entrar na escola. Mais que isso esperamos que o saber matemático se traduza
para o aluno como um conjunto de recursos aos quais recorra para resolver com
êxito diferentes tipos de problemas que se apresentem a ele nas mais variadas
situações, para tomar decisões, para decidir por essa ou aquela conduta, e que
não tenha sentido apenas em um determinado momento pontual de uma aula.
Para nós, a aula de matemática pode tornar-se um fórum de debate e negociação
de concepções e representações da realidade, um espaço de conhecimento
compartilhado no qual os alunos sejam vistos como indivíduos capazes de
construir, modificar e integrar idéias, tendo a oportunidade de interagir com outras
pessoas, com objetos e situações que exijam envolvimento, dispondo de tempo
para pensar e refletir acerca de seus procedimentos, de suas aprendizagens em
aulas de matemática (SMOLE, 2012).
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c) desorganização.
d) resistência.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) d.
2) a.
3) c.
4) b.
12. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, analisamos os objetivos dos Referenciais
Curriculares da Educação Infantil, os Parâmetros Curriculares Na-
cionais da Educação Fundamental (Ciclo I), os Currículos e o que os
alunos aprendem e utilizam socialmente.
O educador precisa conhecer os documentos oficiais para
melhor planejar o que almeja e como pretende alcançar resulta-
dos positivos no ensino da Matemática. Dessa maneira, o currículo
do componente curricular de Matemática passa a ser melhor orga-
nizado e aplicado, podendo se transformar em conteúdos reais e
significativos para nossos alunos.
Na Unidade 3, abordaremos os seguintes assuntos: a criança
e a Matemática; ideias e práticas nas séries iniciais; orientações
didáticas e observação/registro/avaliação.
13. E-REFERÊNCIAS
BERKENBROCK, E. O.; JAQUES, E. M. V. Matemática na educação infantil. Disponível em:
<http://www.ierg.com.br/hp/revista>. Acesso em: 12 set. 2008.