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Medida de Eficiência - Direito do Consumidor

Turma: N06
Aluno: Álvaro Brito do Nascimento Neto

0434769-73.2014.8.19.0001 – APELACAO. DES. NATACHA TOSTES OLIVEIRA -


Julgamento: 12/05/2016 - VIGESIMA SEXTA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR Apelação
Cível. Ação Declaratória de Obrigação de Fazer c/c Indenizatória e pedido de antecipação
de tutela. Telefonia. Pessoa idosa. Alegação de interrupção do serviço de linha telefônica
por vários dias seguidos. Sentença que julgou parcialmente procedente o pedido autoral
condenando a ré ao conserto da linha telefônica e ao pagamento de metade das custas e
cada parte arcando com as despesas de seus advogados. Apela o autor requerendo a
reforma in totum da sentença. Dano moral configurado, pela falta do serviço essencial à
pessoa idosa, que não logrou êxito na solução administrativa. Perda do tempo útil.
Sentença que merece parcial reforma para condenar a ré a compensar o autor pelos danos
morais fixados em R$4.000,00 (...)

A perda do tempo útil pode-se configurar nas mais diversas vertentes das relações jurídicas,
dentre outras, em relação ao Direito do consumidor, as diversas tentativas anteriores pelo
consumidor de resolução extrajudicial e amigável do conflito, mormente nos diferentes
meios utilizados (Call Center, PROCON, Agência Reguladora, entre outros) é fator
preponderante à escala de configuração do dano moral indenizável, alinhando-se com os
da Política Nacional de Relações de Consumo no inciso V do artigo 4º do CDC: rápida,
portanto, não tardia, resolução do impasse.
A demora, a perda de tempo útil agrava a indenização por dano moral, portanto, mesmo se
determinada conduta, em primeira análise, for caracterizada como mero aborrecimento,
havendo comprovada subtração de valioso tempo do ofendido, em desrespeito a condutas
não adversariais, acabará, por tal razão, atingindo direitos da personalidade e, por isso, não
só irá transpor para o dano moral indenizável como, igualmente, potencializará as balizas
da extensão do dano e o grau de culpa do ofensor.
Fazendo referência a Mirna Cianci “O dano moral tem caráter exclusivamente
compensatório e a sua avaliação levará em conta o grau de repercussão ocasionado na
esfera ideal do ofendido, tais como os reflexos sociais e pessoais, a possibilidade de
superação física ou psicológica e a extensão e duração dos efeitos da ofensa”. (Ed.
Saraiva, 2003, pág. 109)

DES. LUIZ FERNANDO DE CARVALHO - Julgamento: 13/04/2011 - TERCEIRA CAMARA


CIVEL.CONSUMIDOR. AÇÃO INDENIZATÓRIA. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
DE TELEFONIA E DE INTERNET, ALÉM DE COBRANÇA INDEVIDA. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. APELAÇÃO DA RÉ. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA
OCORRÊNCIA DE UMA DAS EXCLUDENTES PREVISTAS NO ART. 14, §3º DO CDC.
CARACTERIZAÇÃO DA PERDA DO TEMPO LIVRE. DANOS MORAIS FIXADOS PELA
SENTENÇA DE ACORDO COM OS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS IGUALMENTE CORRETOS.
DESPROVIMENTO DO APELO.DES. ALEXANDRE CAMARA - Julgamento: 03/11/2010 -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL Agravo Interno. Decisão monocrática em Apelação Cível que
deu parcial provimento ao recurso do agravado. Direito do Consumidor. Demanda
indenizatória. Seguro descontado de conta corrente sem autorização do correntista.
Descontos indevidos. Cancelamento das cobranças que se impõe. Comprovação de
inúmeras tentativas de resolução do problema, durante mais de três anos, sem que fosse
solucionado. Falha na prestação do serviço. Perda do tempo livre. Dano moral configurado.
Correto o valor da compensação fixado em R$ 2.000,00. Juros moratórios a contar da
citação. Aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do CPC, no percentual de 10%
(dez por cento) do valor corrigido da causa. Recurso desprovido.”

A reparação por danos morais tutela, nas situações corriqueiras, um ou alguns poucos
direitos de personalidade.
Imagine que um consumidor tenha, injustamente, seu nome encaminhado a órgãos de
proteção ao crédito. Foi vítima dos danos morais. Imagine que, nessa mesma situação, o
consumidor ligou várias vezes ao fornecedor, procurou órgãos de proteção ao consumidor,
e a violação permaneceu. Houve, portanto, duas violações: à honra; e ao tempo produtivo
ou útil. Punir apenas uma vez o fornecedor, com uma só indenização, significa desprezar
vários direitos da personalidade envolvidos, em afronta básica ao direito fundamental
implícito de proteção ao tempo produtivo ou útil do consumidor.
A perda do tempo utilizado para o trabalho, para o estudo, e até mesmo para o convívio em
família, mercê da forma como as empresas prestadoras e fornecedoras tem se portado
perante seus consumidores no que tange ao atendimento, ultrapassa o limite do mero
aborrecimento, ingressando no patamar indenizável do dano, não apenas compensatório,
como também punitivo e disciplinar de acordo com os ditames da responsabilidade civil.
No entanto, cumpre esclarecer que nem toda situação de desperdício do tempo justifica a
reação das normas de responsabilidade civil. Apenas o desperdício “injusto e intolerável”
poderá fundamental eventual reparação pelo dano material e moral sofrido.
E, por se tratar de conceitos novos, caberá à doutrina especializada e a jurisprudência,
estabelecer as balizas hermenêuticas da sua adequada aplicação.
Vitor Gunglinski (2012), citando, inclusive, jurisprudência, anota esforço neste sentido:
“A ocorrência sucessiva e acintosa de mau atendimento ao consumidor, gerando a perda de
tempo útil, tem levado a jurisprudência a dar seus primeiros passos para solucionar os
dissabores experimentados por milhares de consumidores, passando a admitir a reparação
civil pela perda do tempo livre.

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