Sunteți pe pagina 1din 6

VELHO HOMEM E NOVO HOMEM: ROMANOS 6:15-23

Érica Guedes Rebouças

Introdução
O apóstolo Paulo tem sua importância na história da salvação diante do volume
de material presente no cânon das Escrituras. Um terço do Novo Testamento foi escrito
por ele, além das várias doutrinas desenvolvidas, ao longo de suas epistolas, através do
Espirito Santo.

Segundo Ridderbos (2004), a interpretação mais adequada atualmente com


relação a pregação de Paulo é a que releva os aspectos presente e futuro da escatologia.
Desse modo, essa interpretação baseia-se em uma relação dependente entre o "já" e o
"ainda não", por exemplo, a Igreja já é co-participante da ressurreição futura por causa de
Cristo, enquanto ainda vive nesse mundo temporariamente. Além disso, a Igreja está sob
o regime do Espírito, o qual não é o ponto de partida de uma nova vida subjetivamente,
mas objetivamente.

Diante disso, a proposta do trabalho é analisar o texto de Romanos 6:15 – 23 para


atestar a usabilidade dessa interpretação, seguindo uma estrutura determinada. Para isso,
será enfatizado o tema do Velho e Novo Homem, especificando as características de cada
uma dessas categorias.

Estrutura da Teologia Paulina


O apóstolo Paulo apresenta uma divisão bem definida em suas epistolas.
Inicialmente, ele expõe uma doutrina e, posteriormente, traz exortações práticas a partir
daquela doutrina especifica.

Além disso, é bem provável que Paulo trabalhe sua teologia ao longo das epistolas,
também de forma semelhante. Um dos tópicos aplicados a essa teologia é o de uma
estrutura fixa, que funciona como chave interpretativa. Essa estrutura pode ser melhor
visualizada a partir da Figura 1, abaixo.
Velha Nova
Era Era

Figura 1 – Estrutura de Interpretação

Para explicar essa estrutura de forma mais clara, tomei a liberdade de defini-la a
partir do tema abordado na epístola aos Romanos, a carta escolhida para se trabalhar nesse
trabalho. Partindo do conhecimento prévio de que o tema principal de Romanos é a justiça
de Deus, e que a justificação pela fé é a base da doutrina presente nessa carta, o autor
Padilha Jr. (1989) classifica e caracteriza dois tipos de pessoas. Primeiro, os que não são
declarados justos por Deus, e que são definidos como escravos que vivem sob o reino da
lei, do pecado e da morte, declarados inimigos de Deus e alheios a Sua vontade. O outro
tipo é formado por aqueles que são justificados, que foram transportados para o reino de
Deus, da vida, ou seja, eles foram trasladados do presente século para o século vindouro
pelo ato de Deus em Cristo, dando início a uma nova criação. Cada um desses tipos de
pessoas expressa o que a estrutura denomina de “era”. A “Velha Era” representa o
primeiro grupo que foi descrito. Esta ainda não findou, mas se encontra nos seus “últimos
dias”. A “Nova Era”, caracterizada pela ausência do mal, já foi iniciada em Cristo, e já é
possível desfrutá-la, mas ainda não em plenitude.

No entanto, é preciso compreender que a “velha” e a “nova” significa algo que


ocorre dentro da história da redenção, ou seja, não se trata aqui de uma decisão tomada
pela fé e que, em determinado momento, foi feita na vida do cristão individual, mas
daquilo que ocorreu na vida de Cristo e daquilo que seu povo participa com ele no sentido
corporativo. (Ridderbos, 2004)

Romanos 6:15-23

O capitulo 6 de Romanos inicia, em detalhes, um aspecto ou uma ramificação


prática da salvação, que é a santificação. Paulo usa da analogia de senhor/escravo para
aproximar a verdade divina aos leitores. Isso pode ser visto no início do versículo 19,
quando ele diz “Falo como homem...” (MacArthur, 2014; Calvino, 2014).

No versículo 16 desse capitulo, Paulo lembra os leitores que eles são escravos. E
que eles podem estar sob o domínio de dois senhores, pecado ou justiça (Cristo). Além
disso, Paulo acrescenta que esse domínio é determinado pela direção da obediência, ou
seja, a quem se oferecer, com frequência, esse será o seu senhor. Segundo Wiersbe (2000),
o verbo “oferecer” significa “colocar à disposição, apresentar, oferecer como sacrifício”.

A partir dessa definição, Paulo continua a discussão lembrando aos leitores da


antiga escravidão ao pecado e da nova escravidão em Cristo. O apóstolo mostra que eles
devem se submeter ao seu novo senhor, e que o antigo senhor não tem mais domínio sobre
eles, e por isso não há justificativa para viver nos pecados da antiga vida. (MacArthur,
2014)

Velho Homem

Fazendo uso da estrutura apresentada anteriormente, é possível listar termos que


Paulo se apropria para definir a “Velha Era”, que faz referência ao Velho Homem, no
caso desse estudo.

O primeiro termo que aparece na sequência, versículo 17, é “outrora”. Esse regime
é caracterizado pela expressão que aparece em seguida “escravos do pecado”, ou seja, em
outro tempo, nós éramos escravos do pecado, estávamos sob o seu domínio e por isso
vivíamos hostis a Deus. Se não fosse por Deus, como diz no início do versículo, e por sua
graça, não seria possível uma nova vida, uma nova humanidade. Passando para o
versículo 20, pode ser visto que Paulo dá uma característica, quando estávamos nessa
condição, “isentos em relação à justiça”. Uma outra versão traz a palavra “livres” em
lugar de “isentos”. Segundo Padilha Jr. (1989), Paulo está afirmando que anteriormente,
enquanto escravos do mal, a justiça não tinha domínio sobre nós, e por isso não podíamos
obedecê-la.

No versículo 19, Paulo continua seu raciocínio de que quando escravos do pecado,
estávamos isentos em relação a justiça e por isso entregue totalmente ao pecado. Por isso,
ele fala sobre o uso dos membros do corpo para impureza e maldade. Nesse caso,
“membros” refere-se aos instrumentos de operação do pecado, uma forma de resumir que
todo corpo caminhava para um fim de completa depravação.

A argumentação nesse mesmo contexto é continuada no versículo 21, em que o


termo “naquele tempo” trata também da “Velha Era”, e que por não poder obedecer a
justiça, os benefícios que podia se extrair desse viver era vergonha, e consequentemente
a morte.

Novo Homem

Seguindo a estrutura proposta, se faz necessário também listar os termos que


definem a “Nova Era”, ou Novo Homem. A primeira expressão que merece destaque é
“fostes feitos servos da justiça”, e está no versículo 18. Paulo afirma que essa condição
não é possível por nossos próprios méritos, mas unicamente pela misericórdia de Deus,
quando ele diz “Mas graças a Deus...”. Além disso, a gratidão que Paulo dirigiu a Deus
foi uma forma que ele usou para ensinar e nos despertar a odiar o pecado, assim como o
nosso novo senhor, que escolheu nos tirar da antiga servidão. (Calvino, 2014)

É interessante notar que, no versículo 17, através de um paralelismo com o


versículo 18, há uma relação entre o termo anteriormente citado com a expressão “viestes
a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues”. A partir dessa relação,
pode-se interpretar, segundo MacArthur (2014), que os escravos da justiça estão inseridos
em um molde da verdade, e que há desejo tanto de conhecer, quanto de obedecer a Palavra
de Deus.

Paulo, logicamente, prossegue seu raciocínio (versículo 19) afirmando que


aqueles que são moldados pela verdade, oferecem “os vossos membros para servirem a
justiça”. Todas as faculdades daqueles que são escravos de Deus estão voltadas para
justiça. O serviço dessa justiça traz um benefício, a “santificação”, que Paulo dá ênfase
através da repetição nos versículos 19 e 22, cujo termo, “agora”, nos orientam para
interpretar que Paulo está falando do Novo Homem nesses dois versos. Segundo
MacArthur (2014), o benefício da escravidão em Cristo é a santificação, e a consequente
vida eterna.

Para finalizar e resumir toda argumentação que veio se desenvolvendo entre os


versículos 15 a 22 do capítulo 6, Paulo traz o versículo 23, o qual afirma que a obediência
ao pecado, nos faz escravos dele e isso nos leva a morte, mas por causa da obra de Deus
em Cristo, nós não mais somos escravos do pecado, pelo contrário, somos escravos de
Cristo e herdeiros da vida eterna. Por esse motivo, não devemos mais viver como que
escravos do pecado, mas em santificação. A Tabela 1 a seguir mostra de forma mais
visível a comparação entre o Velho e Novo Homem, ou seja, a Velha e Nova Era.

Tabela 1 – Comparações entre a Velha e Nova Era em Romanos 6:15-23.

Velho Homem (Velha Era) Novo Homem (Nova Era)

Quem são? Servos do Pecado Servos da Justiça

Quais características? Isentos em relação à justiça Moldados pela doutrina

Como usa os membros? Para impureza e maldade Para servir à justiça

Qual benefício? Coisas vergonhosas Frutos para santificação

Consequência? Morte Vida Eterna

Conclusão

O estudo foi baseado no texto de Romanos 6:15 – 23, no qual foi aplicado a
estrutura de interpretação, comprovando sua usabilidade dentro da Teologia Paulina. O
tema escolhido para discussão foi a nova humanidade em Cristo. Primeiramente, foram
listados termos chaves que Paulo usou ao longo do texto, os quais caracterizaram o Velho
Homem, e posteriormente, listou-se também as características do regime no Novo
Homem.

Diante disso, pode-se concluir que a proposta do trabalho foi atingida


satisfatoriamente, e que foi possível o uso da estrutura de interpretação em Romanos 6:15
– 23. No texto, notou-se que somente a obra de Deus, em Cristo, marcou o início da nova
humanidade, e que esse início não anulou a existência da “Velha Era”. Assim como a
Figura 1 mostra uma interseção entre as eras, assim ocorre hoje, os escravos da justiça
inseridos em um tempo que ainda há o reino do mal, em seus “últimos dias”. Por causa
disso, Paulo constantemente adverte aqueles que fazem parte da nova criação a viverem
em santificação.
Referências

CALVINO, J. Comentário de Romanos - João Calvino. Tradução: Valter Graciano


Martins. 3ª edição. São Jose dos Campos, SP: Fiel, 2014.

MACARTHUR, J. Bíblia de Estudo MacArthur. São Paulo: Sociedade Bíblica do


Brasil, 2010.

PADILHA JR., W. Exposição da Epístola aos Romanos. São Paulo: Imprensa Batista
Regular, 1989.

RIDDERBOS, H. A Teologia do Apostolo Paulo. Tradução: Susana Klassen. 1ª edição.


São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.

WIERSBE, W.W. Comentário Bíblico Warren W. Wiersbe. São Paulo: Central


Gospel, 2000.

S-ar putea să vă placă și