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Esclarece o autor que, não foi o indivíduo, o Estado ou uma companhia de comércio que desde o

século XVI se apresentou como grande fator colonizador em nosso país. A família foi esse grande
fator colonizador, uma vez que constituiu a unidade produtiva, o capital que desbravou o solo, que
instalou fazendas, que comprou escravos, bois e ferramentas. A partir de 1532, a família rural ou
semi-rural exerceu domínio exclusivo, tendo sido a força social que, em seu desdobramento político
figurou como a aristocracia colonial mais poderosa da América.
As bases da formação da sociedade brasileira contribuíram para que surgisse um tipo de família
patriarcal sediada nas Casas-grande do Nordeste açucareiro que, de certa forma, se assemelhava aos
feudos medievais, no que tange à concentração de poder nas mãos do patriarca.
A família patriarcal vai além do modelo de família nuclear burguesa que o substituiu a partir do
século XIX e ao qual estamos acostumados contemporaneamente. A família patriarcal é uma
família nuclear (pai, mãe e filhos) ampliada por um grande número de criados, escravos, parentes e
agregados submetidos ao poder absoluto do chefe da família, ou seja, do patriarca. Assim, o
patriarca submete a todos econômica e politicamente, já que todos dependem dele com o provedor e
todos estão subordinados a sua autoridade. É importante notar que, a autoridade do patriarca vai
além do círculo familiar, muitas vezes estando subordinadas a sua autoridade, autoridades
religiosas, jurídicas e políticas. A figura do senhor de engenho é a que mais se aproxima desse
modelo.
Os senhores das Casas-grande representaram na formação brasileira a tendência mais
caracteristicamente portuguesa, no sentido de estabilidade patriarcal, apoiada no açúcar e no negro.
A Igreja foi a única instituição a concorrer com o poderio dos senhores das Casas-grande, pois a
princípio manifestou a intenção de ser a dona da terra. No entanto, a Casa -grande foi presença
predominante durante os três séculos de colonização. Vencido o jesuíta, o senhor de enge nho
passou a dominar a Colônia quase sozinho. Com toda a força concentrada em suas mãos, os
senhores rurais eram os donos das terras, dos homens e das mulheres. Para Freyre, suas casas
representavam esse imenso poderio feudal. As Casas-grande eram feias e fortes, com paredes
grossas e construídas sobre alicerces profundos, tendo sido a escravidão, um de seus alicerces mais
importantes.
A contraposição entre a Casa-grande (senhor = superior) e a Senzala (escravo = inferior) gerou uma
sociedade profundamente dividida. A estrutura social brasileira poderia ser descrita da seguinte
forma: senhores de um lado, escravos de outro e um contingente insignificante de homens livres
entre os extremos antagônicos. É nesse sentido que Freyre afirmou ser a nossa maior cont radição a
relação desigual entre senhor e escravo. Essa profunda contradição e a concentração do poder
aliada a condição de senhor cercado de escravos e animais dóceis induziu à bestialidade e ao
sadismo 1, segundo Gilberto Freyre (1973). Quando em posição elevada, política ou de
administração pública, o brasileiro nascido ou criado em

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