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2-O que é a fossa séptica e como funciona 3-Restrições ao uso, Localização e Distâncias
Mínimas
6-Quantitativo
8-Exemplo de Dimensionamento
9-Referências Bibliográficas
1. Generalidades1. Generalidades
-Quando não há disponibilidade de uma rede de esgoto pública, torna-se obrigatório o uso de
instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuárias.
- As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas. Existem
vários tipos de de fossas, alguns já patenteados. Fisicamente consistem basicamente em uma
caixa impermeável onde os esgotos domésticos se depositam.
-As fossas sépticas têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nas águas
de esgoto, descarregando-a no terreno, onde o se completará o tratamento.
-A altura mínima do líquido no interior da fossa para garantir a ação neutralizante das bactérias
é de cerca de 1,20 m.
-Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e
forma-se na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias
insolúveis e mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das
bactérias. Como resultado há a destruição total ou parcial de organismos patogênicos.
-As fossas sépticas devem ser localizadas o mais próximo possível do banheiro,com tubulação
o mais reta possível e distanciadas no mínimo a 15m abaixo de qualquer manancial de água
(poço, cisterna, etc)
OBS: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos
elementos considerados.
-2º) O segundo passo consiste na elaboração das fôrmas, para moldar a estrutura da fossa. É
aconselhável o uso de tábuas de 1 ½ “ (3,8cm). Para evitar a aderência excessiva do concreto
às fôrmas, recomenda-se pintá-las com óleo (tipo automóvel) antes da concretagem. A figura a
seguir apresenta um esquema da configuração das formas.
-Para confecção da laje de cobertura, usar fôrmas com dimensões tais que fiquem bem
apoiadas nas laterais.Para facilitar a remoção, podem-se usar, em vez de uma única laje,
várias lajes menores de 60cm de largura e 8,5cm de espessura.
-Para armação da laje, usar 3 ferros de 1\4 “ na parte inferior. Confeccionar também alças com
ferro de 1\4” para remoção das tampas (ver figura a seguir).
-5º Lajes das chicanas:
As lajes das chicanas terão a espessura de 5cm e poderão ser feitas em partes, para facilitar a
remoção. Elas serão colocadas nas ranhuras deixadas durante a concretagem.
-Esquema de fossa com especificação das espessuras das paredes e ferragem da laje de
cobertura
a)Um saco de cimento (50kg); b)Para a areia e a brita, fazer uma caixa com as dimensões
internas de 50 X 34 X 2 (cm). Adicionar duas caixas de areia e três caixas de brita; se a areia
for úmida, tomar 2 caixas e meia.
c)A quantidade de água a empregar por saco de cimento é de 30 litros (areia seca) ou 24 litros
areia úmida
-Para estipular as dimensões da fossa, é necessário o cálculo do volume útil total ( que será
apresentando nos itens seguintes).
5. Dimens5. Dimensõõeses
-Para levantamento do material necessário Segue a tabela:
6. Quantitativo6. Quantitativo
-A NBR-7229/1993 prevê três tipos básicos de fossa sépticas: Câmara única, câmaras
sobrepostas e câmaras em série. -A geometria da fossa é em geral prismática ou cilíndrica.
Este trabalho tratará apenas das fossas sépticas prismáticas de Câmara única.
-Considerações de Uso:
-Os despejos da cozinha devem passar por caixas de gordura antes de serem lançados às
fossas sépticas. -Águas pluviais não devem ser lançadas
a)Número de pessoas a serem atendidas, não inferior a cinco; b) O consumo local de água e,
na falta desses dados, utilizar os valores Apresentados na Tabela1 da norma, item 5.7.
-Volume útil total do tanque séptico: Consiste no espaço interno mínimo Necessário ao correto
funcionamento do tanque séptico, correspondente à somatória dos volumes destinados à
digestão, decantação e armazenamento da escuma. É dado pela expressão:
Em que:
TABELA 1: Contribuição diária de esgoto(C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e ocupante.
TABELA 2: Período de detenção (T) dos despejos, por faixa de contribuição diária.
TABELA 3: Taxa de acumulação total de lodo (K), em dias por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio
Taxa de acumulação de lodo: Número de dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao
volume de lodo digerido a ser armazenado no tanque, considerando Redução de volume de
quatro vezes para o lodo digerido.
Profundidade Útil: Medida entre o nível mínimo de saída do efluente e o nível da base do
tanque.
-Aberturas de inspeção:
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição tais que
permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução dos
dispositivos internos. As seguintes relações de distribuição e medidas devem ser observadas:
a)todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual ou superior a
0,60m, que permita acesso direto ao dispositivo de entrada do tanque.
c) a menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deve ser igual ou superir a
0,20m.
-Identificação:
Os tanques devem conter uma placa de identificação com as seguintes informações, gravadas
de forma indelével, em lugar visível (ver modelo a seguir):
-Inspeção:
• Verificação de Estanqueidade:
-A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após preenchimento, até a altura
da geratriz inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3% da altura
útil, a estanqueidade é insuficiente, devendo-se proceder à correção de trincas, fissuras e
juntas. Após a correção, novo ensaio deve ser realizado.
• Manutenção
-O lodo e a escuma acumulados nos tanques devem ser removidos a intervalos equivalentes
ao período de limpeza do projeto conforme Tabela 3 da norma NBR 7229/1993.
- O intervalo pode ser encurtado ou alongado quanto aos parâmetros de projeto, sempre que
se verificarem alterações nas vazões efetivas de trabalho com relação às estimadas.
-Quando da remoção do lodo digerido, aproximadamente 10% de seu volume devem ser
deixados no interior do tanque.
-Anteriormente a qualquer operação que venha a ser realizada no interior dos tanques, as
tampas devem ser mantidas abertas por tempo suficiente à remoção de gases tóxicos ou
explosivos.(mínimo 5 min).
Exemplo: Dimensionar uma fossa séptica para uma residência com cinco quartos, sendo um
deles de serviço.
Solução:
2ºPasso: Determinação das Contribuições unitárias de Esgotos (C) e de Lodo Fresco (Lf)
-Tomando a residência como padrão médio, pela tabela 1 da norma NBR 7229/1993: C=130
litros/ dia x pessoa e Lf= 1 litro/ dia x pessoa
Tomando 650 litros/dia como a contribuição diária consulta-se a Tabela 2 da norma obtendo-se:
T= 1dia
4ºPasso: Determinação da taxa de acumulação total de lodo (K), por Intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio.
-Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano compreendido entre o
intervalo 10 ºC e 20º, para o caso do Distrito Federal, e um intervalo entre limpezas da fossa de
2 anos, consulta-se a Tabela 3 da norma, obtendo-se: K= 105 dias
N= 5 pessoas C= 130 litros/dia x pessoa Lf= 1 litro/ dia x pessoa T= 1 dia K= 105 dias
- Arbitrando um valor para a altura H de 1,50 m e para largura W de 0,90 m, para o volume útil
obtido de 2,1m³, o comprimento L deve ser de 1,56 m. Como, 2 <= L/W <=4, adota-se, L=1,80m
deixando também uma folga de cerca de 14% entre o volume útil e o volume total. Dessa
forma, têm-se para as dimensões da fossa:
-Caso fosse consultada a tabela apresentada no item 5-Dimensões desta apresentação, para
N=5 pessoas têm-se:
7ºPasso: Detalhamento Fossa Planta Baixa 7ºPasso: Detalhamento Fossa Planta Baixa
MEMÓRIA DE CÁLCULO DA FOSSA SÉPTICA E FILTRO ANAERÓBIO
Coeficientes de dimensionamento :
Contribuição de despejos : C = 50 l / pessoa.dia
Número de pessoas : N = 200 pessoas/ dia
Contribuição diária:
Contribuição : N x C = 200 x 50 = 10.000 litros / dia
Período de detenção:
Para a contribuição diária antes calculada, temos segundo a Tabela 4 da NBR 13969/97,
o período de detenção para temperaturas superior a 20°, T = 57 dia.
Taxa de acumulação de lodo:
Segundo a Tabela 3 da NBR 7229/93, para um intervalo entre limpezas de um ano e
temperatura ambiente abaixo de 10oC, temos a taxa de acumulação de lodo K = 57.
Contribuição de lodo fresco:
Conforme a Tabela 1 da NBR 7229/93 o fator de contribuição de lodo fresco (Lf) é 0,2.
Cálculo do volume útil do tanque séptico:
V = 1000 + N x ( C T + K x Lf )
V = 1000 + 200 x ( 50 x 0,75 + 94 x 0,2 ) = 12.260 litros.
O tanque séptico terá as seguintes dimensões: D= 2,50 metros, Hutil = 2,50 metros e
Vutil =
12,27 m³.
Cálculo do volume útil do filtro anaeróbio:
V = 1,6 x N x C x T
V = 1,6 x 200 x 50 x 0,75 = 12.000 litros.
Serão utilizados dois filtros anaeróbios, perfazendo um volume total de 12,96 m² com as
seguintes dimensões:
Filtro 1: D = 3,00 metros, Hutil = 1,20 metros e Vutil = 7,07 m³.
Filtro 1: D = 2,50 metros, Hutil = 1,20 metros e Vutil = 5,89 m³.