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Presidente da República

Fernando Henrique Cardoso

Ministro da Agricultura e do Abastecimento


Arlindo Porto Neto

Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa


Alberto Duque Portugal

Diretores
Dante Daniel Giacomelli Scolari
Elza Angela Battaggia Brito da Cunha
José Roberto Rodrigues Peres

Coordenaçlo Geral
Embrapa - Departamento de Pesquisa e Difusão de Tecnologia

Coordenaçlo Técnica
Embrapa - Arroz e Feijão

Apoio
Embrapa - Assessoria de Comunicação Social

Coordenaçlo Editorial
Embrapa - Produção de Informação

Colaboraçlo
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás
Vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento
EmpreslI Brllsileirll de Pesquisll Agropecu.rill - EmbrllplI
Centro Nllcionlll de Pesquisll de Arroz e Feij60 - CNPAF
Ministério da Agricultura e do Abastecimento - MA

Recomendações Técnicas para o


Cultivo do Arroz de Sequeiro

Colaboração

Empresa de Assistência Técnica e


Extenslo Rural do Estado de Goi6s
Vinculada' lecr •• "'. ele Aer'cuflur. e Ab .. 'edmento

Serviço de Produção de Informação


BrasOia, DF
1996
Exemplares desta publicação podem ser solicitados ao

Ministério da Agricultura e do Abastecimento


Esplanada dos Ministérios, Bloco O
CEP 70043-900 Brasnia, DF
Fone : (061) 218-2828
Fax : (061) 225-9046

Embrapa - Departamento de Pesquisa e OifusAo de Tecnologia - DPO


SAIN Parque Rural, Av. W/3 Norte (final)
CEP 70770-901 Brasnia, DF
Fone : (061) 348-4451
Fax: (061) 347-2061 E.mail: dpd@sede embrapa.br

Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijio - CNPAF


Rodovia Goiânia - Sto. Antônio de Goiás. km 12
Caixa Postal 1 79
CEP 74001-970 Goiânia, GO.
Fone: (062) 261-3022
Fax: (062) 261-3880

Tiragem: 15.000 exemplares

É proibida a reprodução desta obra, total ou parcialmente, sem


autorização da Embrapa.

CIP. BrasiI.Catalogação-na-publicação.
Serviço de Produção de Informação(SPI) da Embrapa.

Recomendações técnicas para o cultivo do arroz de


sequeiro / Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Ar-
roz e Feijão; Empresa de Assistência Técnica e Ex-
tensão Rural do Estado de Goiás. - Brasflia:
Embrapa-SPI, 1996.
31p.

1. Arroz de Sequeiro - Cultivo - Recomendação Téc-


nica . I. Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de Arroz
e Feijão (Goiânia, GOl. 11. Empresa de Assistência Téc-
nica e Extensão Rural do Estado de Goiás (Goiânia, GOl.
CDD 633.518

© Embrapa 1996
Sumário
Apresentação ............................................................ 5
Orientações técnicas para o cultivo do Arroz
de Sequeiro ........ .................................................... 7
O que fazer para alcançar uma boa produção? ............... 8
Escolha do terreno para o plantio ................................. 9
Manejo e conservação do solo ..................................... 9
Análise do solo .......................................................... 9
Correção da acidez do solo ........................................ 10
Época de plantio ...................................................... 1O
Escolha das sementes .............................................. 11
Escolha da variedade ................................................ 1 3
População de plantas ................................................ 1 4
Preparo do solo ....... ..... ............................................ 1 4
Tratamento de sementes .......................................... 1 5
Adubação ............................................................... 1 6
Manejo da cultura .................................................... 17
Controle de plantas daninhas ..................................... 18
Controle de doenças ............................. .................... 20
Controle de pragas ................................................... 20
Colheita .................................................................. 22
Secagem ................................................................. 22
Armazenamento ...................................................... 24
Comercialização ........................................................ 26
Acompanhamento econômico da produção ................. 26
Apresentação
o arroz constitui parte importante da dieta alimentar do
povo brasileiro. Esse cereal é produzido em todo o Pais, repre-
sentando, em alguns Estados, a principal fonte de renda agrlcola.
Nos últimos anos, em virtude do deslocamento da produção
para áreas mais favoráveis e da adoção, por parte do produtor
rural, de novas tecnologias, a produtividade média do arroz de
sequeiro vem aumentando.
Na safra 1994/95, o arroz de sequeiro ocupou 3.082.700
hectares (69,7% da área total com arroz), com uma produção de
4.560. 700 toneladas, correspondendo a 40, 7 % da produção total
de arroz do Pais.
Para atender ao crescimento da taxa populacional de 1, 7%
a.a., até o ano 2000, o Brasil precisará produzir 12.791.000
toneladas, o que exige um crescimento anual na produção de
3,3%.
Isso será posslvel se for entendido que, para se produzir,
deve-se pensar em custos de produção competitivos com o
mercado, disponibilidade de recursos financeiros e tecnologias,
acesso a essas tecnologias e mercado para os produtos. Há de
ser considerado ainda que, isolado, o produtor dificilmente obterá
sucesso em seus empreendimentos. Ele certamente precisará de
parceiros. A parceria deve ser feita com instituições de pesquisa,
serviços de extensão rural, agentes financiadores e instituições
estaduais e federais, que lhe dlJem segurança para produzir,
armazenar e comercializar seus produtos.
O mais importante, entretanto, é o produtor rural conduzir
sua lavoura com a máxima eficilJncia, tomando as decisões
corretas quanto à escolha do terreno para o plantio, à adubação,
às variedades adequadas e ao controle de pragas e doenças,
entre outras. Esta publicação visa alertar o produtor sobre os
cuidados básicos a serem tomados para que obtenha sucesso na
sua lavoura.
Homero Aida,
Chefe do CNPAF

5
Orientações técnicas para
o cultivo do Arroz de Sequeiro
Este documento tem como objetivo dar suporte ao
produtor de arroz, nas práticas de manejo da cultura, visando
maior produtividade.
No novo contexto de produção agrícola do País, a
rentabilidade na atividade agropecuária é fundamental, pois
o Governo vem promovendo alguns benefícios que outrora
eram facilmente conseguidos pelo produtor rural, como juros
subsidiados, seguro agrícola, etc. Os novos tempos exigem
competência em todas as atividades, e a agricultura não é
exceção; dar a importância do planejamento e do manejo da
cultura segundo as recomendações dos órgãos de pesquisa
e de assistência técnica.
Neste documento, o produtor rural encontrará as
orientações necessárias para obter boa produção de arroz e
maior conhecimento da planta e da cultura como um todo
para a compreensão de suas reações biológicas às práticas
de manejo.

7
o que fazer para alcançar
uma boa produção?
Uma lavoura, como qualquer atividade, requer ações de
planejamento bem definidas . Deve-se planejar desde a aquisição
dos insumos necessários até a melhor época de comercialização
do produto.

Calagem e
adubação

Sementes
Época do plantio
?• Variedades

Escolha do
- -
terreno ~_ _ /
Plantas
daninhas
---- Pragas

Doenças

Preparo do solo - - - -

B
Escolha do terreno para o plantio
A pesquisa recomenda não se plantar arroz na
mesma área, durante dois ou mais anos seguidos, pois a produção
diminui rapidamente. O produtor deve conhecer o histórico de
utilização da área, pelo menos nos três últimos anos. Deve observar
também a intensidade de infestação da área com plantas daninhas
de diffcil controle, como a tiririca.
Feita a escolha da área, o agricultor deve verificar a
necessidade de recursos financeiros (dinheiro), humanos (pessoas)
e físicos (maquinário e insumos). Esses recursos devem ser
previstos antes da implantação da cultura e estar disponíveis na
época de execução das diversas atividades.

Manejo e conservação do solo


O solo é o maior patrimônio de quem o possui e, por
extensão, de toda a humanidade; por isso, é necessário preservar
e. conservar, em todo momento, suas propriedades físicas,
químicas e biológicas, através da escolha da área para utilização
agrícola, do bom preparo para as culturas, da utilização de rotação
de cultivos, da manutenção de sua fertilidade, da eliminação e do
controle de queimadas e, também, pela utilização de outras
práticas conservacionistas, como plantio em nível, terraceamento,
subsolagem e plantio em faixas.

Análise do solo
O agricultor deve mandar fazer análise de fertilidade do solo,
antes da aquisição de alguns insumos, principalmente fertilizantes.
Para tanto, deve, se necessário, dividir a área em subáreas, que
apresentem uniformidade em relação a características conhecidas,
como: utilização da área em anos anteriores, coloração do solo,
textura, relevo, altura do nível de água subterrânea, vegetação
original, etc.
A fertilidade de um solo varia, por exemplo, de acordo com
a forma do terreno. Em geral, as partes baixas são mais férteis do

9
quo os portos do oncosto. As omostras devem sor retiradas em
duas profundidades, sendo a primeira de 0 -20 cm e a sogunda do
20AO cm. As amostros tirodas da mesma subárea do torreno o à
mesma profundidade sao mistur8das para o formaçao de amostras
compostos do solo semelhanto. O peso da amostro dove ser de
oproxilllodolllente 250 g, colhida em vasilhnllles limpos e som
roslduos do odubos ou produtos qulmicos. A olllbnlogom para
envio do omostra ao loborotório dove ser de plástico ou popolao,
SOIll uso de produtos qulmicos.

A análise realizada pelo laboratório indica a quantidade de


adubo a ser aplicada por unidade de áre8, se há ncidez no solo e
se é necessário corrigi-Ia. As amostrns devem ser annlisadns por
laboratórios autorizados por órgaos do Governo, por oferecerem
maior confiabilidade e garantia técnica da análise.

Correção da acidez do solo


A correçAo da acidez do solo é feita por calagem. O calcário
é, ainda, a maneira mais econOmlca e efetiva de corrigir a acidez.
A acidez do solo é medida pelo pH: quanto menor o pH, maior a
acidez do solo. Parn o arroz de sequeiro, em solos de cerrado, o
pH deve ficar na faixa de 4,6 a 6,6. Com as Informações da
análise do solo, o produtor fará a aqulsiçAo de calcário e de adubos
necessários à lavoura. Sempre é aconselhável que o produtor seja
orientado por um técnico, da área agrlcola, principalmente pelos
técnicos da Assistência Técnica e/ou ExtensAo Rural mais próxima
de sua propriedade. Recomenda-se que o resultado da análise
esteja pronto antes do inicio do preparo do solo, para saber a
quantidade necessária de calcário para a correçAo da acidez, e
para fazer sua aplicaçAo antes da araçAo.

Época de plantio
O principal aspecto a se considerar na definlçAo da época
de plantio é o risco de ocorrencia de deficiencia de 6gua na
floraçAo, perlodo mais critico da cultura. Para resolver esse
problema, a pesquisa dispõe, para algumas regiões do Pais, de

10
mapas de zoneamento agroclim4!ltico par a a cultur a do arroz de
sequeiro, com a definiçAo das épocas de plantio mais adequadllS.
Em regiões onde nAo existem Informeções, usam -se variedades
de cicio curto, em plantios realizados logo após o inicio das chuvas.
A época de plantio também é Importante para diminuir os riscos
causados por pragas, como a cigarrinha-das-pastagens, e doenças,
como a brusone .

Escolha das sementes


A semente deve merecer especlalatençAo do produtor, pois
da sua escolha vai depender, em grande parte, o sucesso da sua
lavoura . As sementes, quando compradas de terceiros, devem
proceder de origem conhecida ., confi~vel, que garanta a sua
qualidade flslca e biológica. Caso sejam produzidas pelo próprio
produtor, devem igualmente obedecer ao padrAo de qualidade.
Na decido de compra, é importante que o produtor opte pelas
varlodades recomendadas pela pesquisa para sua regiAo ou estado
(Tabela 1). tendo em vista a aceltaçAo do mercado consumidor
local ou regional, fator ao qual quase sempre esU vinculado o
seu melhor preço.

11
Tllbele 1. Vllrledlldel de IIrroz recomendlldlll por Eltlldo .

E8tado Vartadada
Acre Acrellno, Progrello e Xlngu
----------------
AmapA Xingu
-------------------
Amazonas IAC 47 e Xingu
----------------
Bahill GUllrllnl, IAC 25, IAC 47, IAC 166, lAPA R 9 e Rio
Paranlllba
CoarA IAC 25 e IAC 47
Esplrilo Santo EMCAPA OI, IAC 47 , IAC 164 e IAC 166
GoiAs e Distrito Federal Arllguaia, Caiap6, Caraj6., Guarani, IAC 47 e Rio
Paranalba, Maravilha·
----------------
Mllranhllo Araguaia, Guarani, IAC 47, IRAT 112, Mearlm,
Palha Murcha , Rio Paranalba e Xingu
----------------
Mato Grosao Araguaia, Calap6, Caraj6., Centro Am6rica,
Guarani, IAC 26, IAC 47, Rio ParaguaI. Rio
Paranalba, Rio Verde, Tangar6 e Triunfo
----------------
Mlllo Grosao do Sul Araguaia, Catllp6, Caraj61, Guarani, IAC 47, IAC
201 e Rio Paranalba
Minas Gorais Calap6, Douradlo, Guarani, Rio Doce, Rio
Paranalba, Confiança e Canaltra
----------------
ParA Araguaia, Progrello e Xlngu
----------------
ParanA IAC 47, IAC 164, lAPA R 9, IAPAR 62, IAPAR 63 e
IAPAR 64
----------------
Piaul Araguaia, Caiap6, CarajAI, IAC 47, IAC 164, IAC
166, Rio Paranalba e Urucul
----------------
RondOnia Acrellno, Araguaia, Guapor6, Rio Paranalba, Xlngu
e Progrealo
----------------
Roraima Araguaia, Confiança, Rio Paranalba e Xlngu
-------------------
SlInlll Call1rina Batatala, EEPG 369, IAC 25, IAC 47, IAC 164, IAC
1246 e Pratlio Precoce
-------------------
5110 Paulo Guarani, IAC 25, IAC 47, IAC 165, IAC 201 e Rio
Paranalba
----------------
Tocantins Araguaia, Caiap6, CarajAI, Guarani, IAC 47 e Rio
Paranalba

• hllO.çlo por •• pe,.lo .

72
Escolha da variedade
A escolha da variedade correta é uma das formas mais
baratas para se aumentar a produtividade. Se o agricultor erra
nessa escolha, corre o risco de perder dinheiro.

CONFIANÇA

GUARANI
7• RIO PARANAIBA

CAIAPÓ

Qual variedade plantar?


É recomendada para
a regiAo?
Tem bom mercado?
É tolerante 11 doenças
e pragas?
Produz bem na regiAo?

13
População de plantas
Recomenda-se, para variedades de ciclo curto, 60 a 70
sementes por metro linear, e, para variedades de ciclo médio, 50
a 60 sementes. Em geral, o espaçamento é de 40 a 50 cm, entre
linhas; entretanto, para algumas variedades, o número de sementes
por metro linear e o espaçamento podem variar, dependendo das
caracterrsticas da variedade. Para melhor orientação, o produtor
deve consultar, sempre que possrvel, um técnico da área agrrcola.
Considera-se que uma boa profundidade para o arroz de sequeiro
é de 3 a 5 cm, sendo a menor para solos argilosos e a maior
para arenosos.

Preparo do solo
o preparo do solo tem como objetivo permitir melhores
condições para a germinação das sementes e posterior
desenvolvimento da planta, evitando riscos de erosão e sua
conseqüente degradação. Para o bom preparo do solo, é necessário
analisar, antecipadamente, as condições do terreno que se quer
preparar, isto é, infestação de plantas daninhas, resrduos de
colheita, umidade e grau de compactação. Esses fatores
determinarão o tipo de máquina e as operações que deverão ser
realizadas.
As formas de preparo do solo mais importantes são: a
tradicional, com arado de disco, que consiste na aração inicial,
seguida de uma ou mais gradagens de nivelamento, esta
imediatamente antes do plantio. O preparo com grade aradora
realiza uma semi-aração, o que não permite a incorporação dos
restos de cultura de forma adequada. O processo convencional,
utilizado de forma contrnua, causa a compactação do solo na
camada arável, prejudicando o desenvolvimento da planta pela
falta de um bom enraizamento e diminuição da capacidade de
absorver água do solo.
O preparo gradagem/aração consiste na inversão das
operações realizadas no método convencional. Inicialmente, faz-

14
-se uma gradagem, com grade aradora, entre 10 e 30 dias antes
da aração, para incorporar os restos da cultura anterior e as plantas
daninhas. Logo após, faz-se a aração a uma profundidade de,
aproximadamente, 40 cm, utilizando-se preferencialmente o arado
de aiveca, o qual permite enterrar, em maior profundidade, os
restos de culturas e as sementes de plantas daninhas.
Um bom preparo por esse método pode dispensar a gradagem
de nivelamento. O preparo com gradagem/aração aumenta a
produção das culturas e reduz o risco de danos causados pelas
estiagens (veranicos), graças ao maior armazenamento da água
no solo. Esse processo, além de favorecer a descompactação do
solo, melhora sua qualidade pela incorporação mais profunda dos
resrduos da cultura anterior e das sementes das plantas daninhas,
evitando ou diminuindo o uso de herbicidas para seu controle.

Tratamento de sementes
Em localidades de alto risco climático ou em lavouras
destinadas à produção de sementes, recomenda-se o tratamento
das sementes para o controle da brusone-nas-folhas (Tabela 2).
Sempre que o agricultor tiver de manusear produtos
qurmicos, deve ter o máximo cuidado para evitar o contato direto.
Para tanto, deve usar luvas, máscara e demais proteções
necessárias.

Tabela 2. Fungicidas indicados para tratamento de sementes de arroz.

, Fungicida
Nome t6cnlco Nome comerciai Bruaona Outro.

Carboxin° + Thiram Vitllvllx + Thirllm + +


Pyroquilon o Fongorene +
Quintozene Plllntllcol/Pecenol1Terrllclor + +
Thiabendllzole o Tecto + +

• Fungieidl com Itivid.de lilt.miel .


•• Outrol fungol ...oei.dol com .. ment ...

15
Adubacão I

As plantas, como todo ser vivo, necessitam de alimento


para sobreviver. ° alimento das plantas são os nutrientes, na
maioria provenientes do solo. A planta necessita, no mrnimo, de
16 nutrientes para seu desenvolvimento normal. Entretanto, como
a maioria dos solos apresenta deficiências, é preciso fornecê-los
pela adubação.
A análise do solo pode ser completa, indicando as
quantidades de cada nutriente contido no solo, ou apenas os mais
importantes e indispensáveis: a chamada análise de rotina ou de
NPK. Esses nutrientes são apresentados na sacaria do adubo, em
porcentagens de N - P2 0 5 - K2 0. Conhecendo-se a necessidade
da adubação, através da análise do solo, e a concentração do
fertilizante, pode-se determinar a quantidade certa a ser aplicada,
por unidade de área.
Além dos adubos qurmicos, existem os adubos orgânicos,
de origem vegetal ou animal. Os adubos de origem vegetal,
conhecidos como adubos verdes, são plantas que, incorporadas
ao solo, aumentam a quantidade de matéria orgânica, melhorando
sua qualidade.
É muito importante avaliar também a necessidade de
micronutrientes no solo, pois a deficiência de alguns deles, como
o zinco e o ferro, vem constituindo problema para a cultura do
arroz de sequeiro. Existem no mercado micronutrientes que,
adicionados aos adubos, resolvem os problemas de deficiência.
Esses micronutrientes são encontrados no mercado na forma de
sais, podendo ser aplicados também por via foliar.

o que fazer para comprar o adubo correto?


Para escolher uma fórmula comercial, o primeiro passo é
saber a quantidade de nutriente recomendada pela análise de solo,
e as fórmulas de NPK existentes no mercado. Se a análise de solo
recomenda 20, 60 e 40 kg/ha de, respectivamente, N, P2 0s e
K 20, a relação é de 1 - 3 - 2. Isso significa que qualquer fórmula
que apresente essa relação pode ser adquirida, variando apenas a
quantidade a ser aplicada por hectare. Exemplo: a fórmula
8 - 24 - 16 também apresenta a relação 1 - 3 - 2 da recomendação.
Para saber quanto aplicar, em kg/ha, dessa fórmula, basta proceder
da seguinte maneira:

16
N = 20 x 100 = 250
8
PP5 = 60 x 100 = 250
24
K2 0 = 40 x 100 = 250
16
A quantidade de adubo a ser aplicada da fórmula 8 - 24 - 16 é de
250 kg/ha.

Época e formas de aplicação do adubo

A recomendação geral é aplicar a mistura de NPK no sulco,


por ocasião do plantio. Entretanto, no arroz, o nitrogênio é mais
importante nas etapas de afilhamento e de emborrachamento.
Recomenda-se, portanto, aplicar um terço no plantio, ou seja, a
quantidade contida na fórmula, e mais dois terços na cobertura.
A melhor forma de aplicação do adubo é no sulco de plantio,
a uma profundidade de aproximadamente 5cm abaixo e ao lado
da semente, para evitar-lhe danos. Os micronutrientes podem ser
aplicados em mistura com o adubo NPK, via adubação foliar ou
na semente. A aplicação de um micronutriente pode beneficiar
uma cultura e prejudicar outra; dar, a necessidade de se adotar
um bom critério para a sua aplicação, buscando sempre orientação
técnica.

Manejo da cultura
Observadas as recomendações feitas para o perrodo de pré-
-plantio, em relação ao planejamento da lavoura, à compra dos
insumos e às demais atividades de pré-plantio, o agricultor deve
transferir sua preocupação e seus cuidados para a planta que,
após a semeadura, inicia o seu crescimento e desenvolvimento.
Deve, também, ficar atento a todos os fatores externos que podem
causar dano às plantas.
As plantas são seres vivos; portanto nascem, crescem,
reproduzem-se e morrem. Esse ciclo de vida divide-se em fases e

17
etapas de desenvolvimento, cuja duração depende da espécie e
das condições geográficas e de ambiente onde são cultivadas.
As diversas transformações causadas pelos fatores de
ambiente, desde a germinação de uma planta até a sua total
maturação, são chamadas de desenvolvimento.
Distinguem-se, na planta de arroz, três fases principais:
vegetativa, reprodutiva e de maturação. A fase vegetativa divide-
-se nas etapas de germinação, plântula, afilhamento e elongação
do colmo. A fase reprodutiva divide-se em inrcio de formação da
panrcula, desenvolvimento da panrcula e floração. A fase de
maturação compreende os estádios de grão leitoso, grão pastoso
e grão maduro. Geralmente, o ciclo de desenvolvimento de uma
variedade de arroz é determinado pela duração da fase vegetativa,
pois as fases reprodutiva e de maturação são pouco variáveis.
O conhecimento das fases e etapas de desenvolvimento da
planta de arroz (Figura 1) facilita ao agricultor o manejo da lavoura,
através dos tratos culturais a serem realizados em cada fase ou
etapa, bem como permite-lhe visualizar os problemas que surgem
em cada uma dessas fases e etapas.

Controle de plantas daninhas


As plantas daninhas constituem o principal problema do arroz
de sequeiro, sendo seu controle garantia de boa produção. As
plantas daninhas competem com as plantas de arroz por água,
luz e nutrientes, dificultam a operação de colheita, diminuem a
qualidade do produto colhido e são hospedeiras de pragas e
doenças.
Na fase vegetativa, desde a etapa de plântula até o
aparecimento dos afilhos primários, o agricultor deve prestar muita
atenção às plantas daninhas, fazendo o seu controle sempre que
for necessário.
O controle deve ser feito rigorosamente nas primeiras três
semanas depois do plantio, mantendo a cultura livre de plantas
daninhas até 45 dias após a emergência.
No controle de plantas daninhas, não se deve usar apenas
um método, mas um conjunto de práticas que produzam maior
eficiência no controle e reduzam seus custos.

18
Altura (em)
130 .................................. "
,
100 .. ......... ...... .

40

o 40 65 100 130

65 dias 35 dias 30 dias


vegetativa reprodutiva maturação

Fig. 1. Fases de desenvolvimento de uma planta de arroz de


ciclo médio.

Controle preventivo: Recomenda-se evitar a entrada de


sementes de plantas daninhas na lavoura. Para tanto, devem ser
usadas sementes produzidas por empresas idôneas. Deve-se evitar
também a produção de sementes de plantas daninhas em áreas
em descanso. Nesse caso, recomenda-se a rotação de culturas
ou o plantio de cobertura verde.
Controle meclnico: Por esse método, eliminam-se as plantas
daninhas, através de capina manual e cultivo mecânico. A capina
manual é utilizada em pequenas lavouras. É importante, na capina
manual, ter muito cuidado para não prejudicar as plantas do arroz,
devendo, ademais, ser realizada com solo um pouco úmido. O
cultivo mecânico é realizado com cultivadores tracionados por
animais ou tratores, devendo ser realizado em solos com pouca
umidade e com as plantas ainda novas, pois, do contrário, pode-
-se dificultar a operação e causar dano às plantas.

19
Controle qurmico: Nesse método, utilizam -se produtos
qufmicos (herbicidas). que controlam com eficiência as plantas
daninhas (Tabela 3). Como cada herbicida funciona para
determinado tipo de planta (seletividade). é preciso conhecer as
espécies de plantas daninhas a serem controladas, bem como a
época e a forma de aplicação. Com relação à forma de aplicação,
o controle pode ser feito antes da germinação das plantas daninhas
e do arroz; esses herbicidas são de pré-emergência. Os herbicidas
aplicados após a emergência das plantas daninhas e do arroz são
chamados pós-emergentes. Para um bom controle, as plantas
daninhas devem estar na etapa de plântula, e o controle deve ser
feito na dose recomendada pelo fabricante ou técnico, com
adequada cal ibração dos equipamentos.

Controle de doencas
,
É grande o número de doenças causadas por fungos que
atacam o arroz (Tabela 4). A brusone destaca-se por ter graves
implicações econômicas, causando diminuição da produtividade
das lavouras ao redor de 30%, por ano . Outras doenças, como a
escaldadura, a mancha-parda e a descoloração dos grãos, podem
constituir problemas na lavoura, causando perdas em
determinados anos. Os produtos indicados para o controle qufmico
das doenças estão indicados na Tabela 5.

Controle de pragas
Desde a semeadura até a fase de maturação, a cultura de
arroz de sequeiro pode ser afetada por pragas que causam diversos
danos à planta, diminuindo sua produção e qualidade. Para efeito
de controle , devem ser diferenciados os insetos-praga que vivem
abaixo da superffcie do solo (Tabela 6) daqueles que vivem sobre
a superffcie (Tabela 7).
As pragas devem ser controladas preferencialmente pelo
uso de técnicas de manejo da cultura. Tratamentos qufmicos
devem ser limitados às áreas mais atingidas das lavouras, depois
de analisada a sua necessidade e o seu retorno econômico. Na

20
l.b.le 3. H"blcld •• rlcom.nd.do. pu. o control. d. pl.nt •• d.nlnh •• no .rroz d. IIqu.lro .
Nome comum Nome Compollçio 1 Dou I ou tPoce de Plentaa danlnh.. ObMrv~
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algumas perenes e do emborrechamento.
ciper6ceas
2,4-0 + Propanil Herbanil 368 28+340 gn-C .E. 8,0 - 12,0 Pós Gramlneas, latifoliadas Manter um intervalo de 15 dias entre as
~ anuais I algumas aplicaçOes de inseticidas organofosforados
00&
ciperacla. 1 de 40 dia. paro o. carbamato • .
Fenoxapop-elhyl Furore 120 gn - C.E. 1,0 · 2,0 Pós Gramlneas anuais e Aplicar com ervas em boas condiçOes de
perenes vigor vegetativo.
Laclofen Cobra 240gn - C.E. 1,0 - 2,0 Pré Latifoliada. anuais Em pOs-e.....g6ncia. aplicar. e.tando as
0,6 -1 ,0 Pós ervas no el160io de 2 a 4 folhas .
Molinate + Arrozan 360 + 360 gn-C.E. 5,0-7,0 Pós Gramlneas e latifoliadas Aplicar, e.tando as ervas no Ist60io de 2 a
Propanil anuais 4 em de altura .
Oxadiazon Ronstar 250 250 gn - C.E. 3,0-4,0 Pré Gram/neas anuais e NIo deve.., usado em solos arenosos.
BR algumas latifoliadas Aplicar com o solo úmido.
Pendimethalin Herbadox 500 500 gn - C.E. 2,0 - 3,0 Pré Oramlneas e algumas Aplicar com o solo bem preparado 1 sem
CE latifoliadas anuais torrOes 1 em boas condiçOes de umidade.
Propanil Vários 360 gn · C.E. 10,0 - 14,0 Pós Oramlneas e algumas Manter um intervalo de 15 dias entre
480 gn-e.E. 7,5 - 11 ,0 latifoliada. anuais apficaçOes de inseticidas organofosforados 1
40 dias para carbamatos.
Propanil + Satanil CE 200 + 400 gn-C .E. 6 ,0-8,0 Pós Gramlneas e latifoliadas Observar os perfodos entrl a aplicaçlo de
Thiobencarb anuais inseticidas organofosforados e carbematos .
Thiobencarb Satum OR 100 g/kg-OR 40,0 Pré Oramlneas e latifoliadas Aplicar logo após a semeadura. com o solo
100 anuais úmido.

• P, • • pt' -,rn"G'nc l, di CUItUI' • dI' DI,nl11 di"'""" ; po •• pOI -tm"IJ'nel. d. cultur •• dll pl,ntll d,n,nr".
Tabela 8, estão listadas as principais medidas que devem ser
adotadas para controlar ou pelo menos reduzir os danos causados
pelas pragas de arroz de sequeiro.
Na Tabela 9, encontram-se relacionados alguns inseticidas
que podem ser usados no controle de pragas do arroz. Esses
inseticidas deverão ser aplicados quando os nfveis de infestação
ou danos atingirem ou ultrapassarem os indicados na Tabela 10.

Colheita
A colheita na época certa é muito importante para a
melhoria do rendimento e da qualidade do produto. O arroz está
no ponto de colheita quando 80% da lavoura apresenta panfculas
(cachos) pendentes, com pelo menos dois terços de grãos já
maduros, com umidade entre 18 e 24%.
A colheita antecipada, quando os grãos ainda contêm
umidade muito alta, favorece o aparecimento de grãos
malformados e gessados.
Quando o arroz é colhido com umidade muito baixa, ocorrem
perdas por trincamento e queda natural dos grãos. ~ recomendável
que os trabalhos de colheita sejam iniciados quando o orvalho
tiver secado completamente. A regulagem adequada das
colhedoras é fator decisivo na colheita, a fim de se evitarem perdas
na produção. Atenção especial deve ser dada à velocidade do
molinete, a qual deve ser superior à velocidade de deslocamento
da máquina no campo em até 25%, o suficiente para puxar as
plantas para dentro da máquina.

Secagem
O arroz colhido no campo geralmente contém umidade
excessiva, o que pode comprometer sua conservação, ao ser
armazenado. Por isso, é necessário reduzir sua umidade para
13 a 14%, através de processos mecânicos, para grandes
volumes, e de naturais, para volumes menores, em propriedades
que não disponham de outros meios. O tempo de secagem varia
de acordo com o teor de umidade do grão.

22
Tabela 4. Principais doenças do arroz de sequeiro.

Doenç. F. . . . . . . . .volvilMnto D..,o ceu ....... , ....te n.. ConUOle


IN ...... comuml dlve.... ' .... do
. . .nvolvlmento
V.pt. Repr. M.tur.
Afe,a o crescimento da Tratamento de semente.
planla. pod.ndo cau ••r com fungicidas
8fusone·nl'- mone do. planto. sist'l'nIcoI como
·folha. .usc.tlvei. n. f..e Carbo.in + Thiram,
veg.lativa. Thiabendlzol •
Pyroquilon . Esses
fungicida. controlam I
doença 016 50 dias após
a .emeadura. Nlo .pliclr
nitroglnio em cobertura
enlre 30 . 50 dils .
A do.nça causa reduçlo Recomend.· •• a
Bruson.·na· 10lal ou parcial de peso e pulv.riz.çlo com
·panlcula - - - - e...rilidad. dos grlos d, fungicidas IisUlmicos
ponlcula. como medida preventiva.
A pulv.rizeçlo .v•••r
f.ita uma vez. na
.mis.1o da. panlcul •• ;
ou dua., com inlerv.'o
• dez dia•.
Na. 're •• de alll Semenle. de boi
Eacaldadura ----- precipileçlo. p.r,Ii., o
creacimenlo da pllnl, no
qualidadl ou Ullld..
com fungicidl. e rotlçlo
inicio do .mborllch.menlo. de cullura • . Pulv.rizeçlo
com fungicidu
.i.IAmico. n. fi ••
vegelltivl pode diminuir
I incidlnci. di doençl.
CIU•• lellll. Ia folh ... A Trlt_to d. aemenl.
Mancha-parda· _ _ _ _ _ doença manif••,,·.. nu com fungicida. r.duz o
·na.·folha. folha •• duran.e ou logo in6culo inicial. O
lpó. I lIoreçlo. funglcidl Carboxin +
Thir.m _ n l l I
germineçlo e o vigor.
Ao manch .. eporocem Uso de ............adi ...
Quoima-d..• _ _ _ . . . o Inicio di Trot_tod..
1IIumel •• matureçlo da plnlcull 1.6 _ n t•• com
I mltur.çlo do grlo. fungicidl •. Nlo e.i ••e
cau ••ndo grondn pr.julzOl conuoIe curativo.
n. qualid" • grlo. e
aemente •.
Moncha-pordl' Ao manch.. nos grloa Por. o conUoIe da
-IIO.1Irlol - - - afatlm o peso do. 11'10•• I m,nchl-pordl no. grlos.
percentegem de grlo. eindl nlo foi enconUIdo
cheio•• oc8IT.tem "1Ç1o produto qulmico
no roncIIrnonto di 1ll!l!l1ho. .1icIont• .
-Olno.
- - - Control•.

23
Tabela 5. Fungicidas indicados para aplicaçio na parte aérea da planta
de arroz.
Fungicida Doen§:a
Nome Nome Brusone Mancha- Mancha-
técnico comercial -~arda -estreita
Benomyl" Beniate +
Chlorothalonil Bravonil +
Daconil +
Dacostar +
Funginil +
Vanox +
Edifenfos Hinosan + +
Fenitin acetate Brestan + +
Hokko Suzu +
Fenitin hydroxide Brestanid +
Mertin + +
IBP" Kitazin (Granu) +
Kasugamycin" Hokko Kasumin +
Mancozeb Dithane + + +
Manzate + + +
Tebuconazole" Folicur + +
Thiabendazole· Tecto + +
Thicitazole" Bim +
Ziram Funaitox + +
• Fungicida com atividade sistlmicl.
Os sinais + • - significlm que o fungicidl ti indicado e nlo-indicldo plr. o controle da doença.
respectivamente .

Armazenamento
A limpeza do armazém ou lugar do armazenamento do arroz
é indispensável para evitar problemas de contaminação e danos
causados por insetos. Antes do armazenamento da produção,
deve ser feito um tratamento preventivo, através de fumigações
periódicas com inseticidas. O local deve ser seco e ventilado, e o
conteúdo de umidade do grão precisa manter-se em torno de
13 a 14%.
Quando se utiliza a secagem mecânica, a temperatura não
deve passar de 42°C. O arroz, no armazém, deve ficar embalado
em sacos empilhados, evitando-se o contato da sacaria com o
piso. Para tanto, utilizam-se estrados de madeira. Deve-se evitar
também o acesso de animais ao local de armazenamento.

24
Tabela 6 . Insetos-praga do arroz que vivem sob a superfrcie do solo.
In.ato h.a da O.no c.u•• do • pl.nt. n•• dlvar •••
INoma comum) da ..nvolvlmanto f •••• da da ..nvolvlmanto
V.gat. Rapr. M.tur.
Paquinha Ninfas e adultos escavam túneis e , ao se
alimentarem das plantas, causam sua
morte.
Cupim·rizófago Causam tombamento e secamento das
plantas pela completa destruiçiio das
raizes. Causam danos 11 semente,
diminuindo sua germinação.
Percevejo·castanho Ninfas e adultos sugam a seiva das raizes,
causando atrofia e secamento parcial das
plantas.
PulgAo-da-raiz Sugam a seiva das raizes, causando lesões
que provocam amarelecimento e morte
das plantas.
Broca-do-colo A lagarta perfura o colo, logo abaixo da
superflcie do solo, causando a morte da
planta.
Cascudo-preto Os adultos invadem grandes éreas da
cultura nova, causando danos em grande
extensiio .
Bicho-bolo Siio as larvas do cascudo·preto; destroem
as raizes das plantas, impedindo·lhes a
absorçiio de nutrientes e égua.
Formiga-cortadeira Cortam as folhas das plantas do arroz,
causando sua morte antes e no inIcio do
afilhamento.

Tabela 7. Insetos-praga do arroz que vivem sobre a aupertrcie


do solo.
In..to F... da O.no c.u..do • planta n.. dlvar...
INome comum) da..nvolvlrnento f .... da da..nvolvlmanto
V!J!. Rapr. M.tur.
Percevejo-dal- Aparecem quando o arroz elté emitindo a
-panlculas panlcula_ Alimentam-se de elpiguetal de
grAol leitolol. tomando-os vazios ou
manchados.
Lag8rta-dol-cereail AI lagartas danificam aI folhas durante a
fase reprodutiva e tamWm as panlculal.
Curuquerê-dos- Alimentam-se daI folhal, principalmente na
-capinzail fale reprodutiva. e tamWm daI panlculas.
Voador OI adulto. e aI larvas alimentam-se daI
folhas daI plantaI, cauaando-lhel baltante
dano.

continua

25
Continuação da Tabela 7
In ••to F••• d. O.no c.u •• do • pl.nt. n.. div.r•••
(Nom. comum) d ••• nvolvim.nto f •••• d. d ••• nvolvim.nto
V.S _ R.pr _ M.tur_

Broca-do-colmo As lagartas penetram e alimentam-se da


parte interna do colmo . causando coração-
-morto e panlcula-branca _
Percevejo-do-colmo Alimentam-se dos colmos_ Os danos
causam. na fase vegetativa . coração-morto
e, na reprodutiva. panlcula-branca.
lagarta-dos- O dano é causado pelas lagartas que.
-arrozais quando atacam em grandes populações.
chegam a destruir totalmente a lavoura.
Pulga-da-folha Alimentam-se das folhas . fazendo
perfurações muito pequenas. deixando a
folha esbranquiçada .
Delfacldeo São insetos sugadores; excretam uma
substência que favorece a formação de
fungos_ A planta é infestada desde o inicio
até a maturação.
Cigarrinha-das- Sugam a seiva das plantas. causando sua
-pastagens morte. O perlodo mais crItico de ataque é a
fase vegetativa da plêntula. até os 45 dias
de idade da planta _

Comercializacão
,
A etapa final da atividade de produção do arroz é a
comercialização. O produtor, de grandes ou pequenas áreas, deve
ficar atento aos preços de mercado para colocar seu produto à
venda. Muitas vezes o lucro de uma boa produção é diminurdo ou
perdido por má comercialização.

Acompanhamento
econômico da produção
Quando a relação custo/benetrci.o, numa atividade
econômica, não é bem estabelecida, corre-se o risco de insucesso,
principalmente tratando-se de agricultura. O agricultor deve fazer
um registro minucioso de quanto gastou, para saber quanto lucrou

26
rebele 8. M edldel pere reduzir Inf .. teçlo ou deno por In .. tol Im .. Uglol denlnhol. que vivem lob I lobre I
luperflcle do 1010.
_ cio rnonejo
Rtót.go aob o .alo. Rtófego ,otn o 1060·
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
A· Cultu ..,
• Evitar plantar arroz 8 menos de 500 m de cana ·de·açúca,. milho. braquiária e x x X X
outras gram'neas hospedeiras de pragas.
• Evitar plantar arroz em 'reas anteriormente ocupadas com gramfneas muito x
infestadas por cupim .
• Manter o solo livre de vegetação por um perrodo de 15 a 20 dias antes do x
plantio.
• Antecipa, ou retardar as 6pocas de semeadura de acordo com os surtos de x X
pragas.
• Evitar plantio escalonado de arrOI na mesma 'rea ou em 'reas próximas; x x x x X
quando is$O nlo for possrvel, fazer os plantios em sentido contrario a direçlo
do vento dominante na 'rea.
• Efetuar o plantio em solo úmido. após o inIcio das chuvas . X
• Manter o interior 8 IS margens dos campos livres de plantas hospedeiras de X X X X x
pragas e o ac6mulo de quaisquer materiais que possam abrigar pragas.
• Utilizar adubaçlo de base equilibrada, evitando e.cesso de adubo X x
nitrogenado.
• Utilizar arroz como cultura armadilha, plantando 5 a 10'M. da 'rea com X X X X X X X
aplicaçlo de inseticida. 10 a 15 dias antes do plantio geral.
• Evitar preparos de solo com grade em 'reas infestadas de cupim rizOfilo . X
f\) • Oestruir os restos de cultura após a colheita ou no inIcio da época seca, por X X X X X X x X X X
"-I araçlo ou pré-incorporaçlo com grade e araçlo profunda de pré-plantio.
• Fazer o preparo do solo com duas gradagans e compactaçlo do sulco X
semeado.
• Fazer a araçlo e a gradagem para expor as diversas formas de insetos. X
I·V_
• Utilizar cultivares de maior crescimento inicial . X X
• Utilizar cultivares de ciclo cuno. X X
• Utilizar cultivares de maior volume radicula' . X
• Utilizar cultivares afilhadores. X X X
• Utilizar cuttivares resistentes (potencial' . X X X
C ·Me....1co
• Coletar plantas com alta concentraçAo de ovos para 8 d.struiç~o de ninfas. X
Roçar vegetaçlo infestada ou passar rolo compressor sobre ela. X X X
D·FfoIco
• Utilizar armadilha luminosa. X
E· IIoIdglc:.
• Preservar os inimigos naturais (predadores. pa,asitóides. patógenosl. X X X X X X X
• Utilizar agentes microbiológicos de controle (em estudo) . X X
F· OuImIco
• Utilizar inseticidas de modo preventivo ou curativo. X X X X X X X X X
• Fazer o tratamento da sementes. X
• Utilizar iscas granuladas. X
• Utilizar iscas envenenldu. x
·1- "Quln".; 2 • Cuplm · ,lrOhgo ; 1 - P,fe.v.jo ·ellun"o ; 4 • Pulglo ·d. -,.I, ; ! • aroe. -do -colo ; e • Cllcudo ' pu'o ; 1 • Blcho ·bolo ; e - For,..". ·
-eon.d.I,. ; , • p.,e.w.lo -du -p.nleul.,; 10 • L.g,r •• -do, -e., •• I. ; 11 • CuruQu.,t : 12 - Vo.dor; 13 - aroc. ·do ·colmo ; 14 - P.fe.v. Jo ·•• ·c.I,... ;
1! _ L.g.rll -do, -."olll, : 1 e _ Pula. -Cl. -folh. ; 1} _ O.II.elel.o :
l' . Clg."lnh. ·ellI ·Pllt.g.n, .
Tabela 9. Do.agen., modo. de aplicaçlo, carlncla. e grupo. tóxico.
de algun. In.etlclda. permitido.· para tratamento contra
f1tófago. do arroz.
Nome comum ou ONPO Prag. D.... 111"" ou 11/100 kll Modod8 C,"nd.
Ing....nl8 .!lvo t6x1ce controlad8 •• lIPIIceçlo ••• Idlul
d8 .. ~I8.1
Blcil/us Ihurigiensis IV 5,6 13-20 a
Carbaryl 75P 111 3,5,6 ,7 1.000-1 .200 b 14
Cerbaryl 850PM 11 2,3,5,6 ,7 1. 000-1. 300 a 14
Carbaryl 480SC 11 5,6,7 900-1. 100 a 14
Carboluran 350SC 1,4 ,7 525-550 c
Carbolullan 350TS 11 1,4 ,7 525-700 c
Thiodicarb 350SC 11 1,4,7,9 525-600 c
Furathiocarb 400SC 111 7 320 c
Oeltamethrin 25CE 11 6 5-12 a 37
Cypermelhrin 20CE 11 5 10-14 a 11
Cyllulhrin 50CE 2,5 7-10 a 20
E.lenvalerate 25CE 5 25 • 21
Fenval.r.te 200cE 5 60-90 8 21
Fenitrolhion 500cE 11 2,3,5,6,7,8 625-1.250 a 14
lambdacyalolhrin 50CE 11 5 7,5 a 14
Malathion 500cE 111 2,3,5,6 1.000-1.250 a 7
Paralhion melil 600CE 2,3,5 210-400 a 15
Permelhrin 384CE 11 5 25 a 20
Trichlorfon 500SC 11 2,5,6,7 500-1.000 a 7

• Com b.le n. v.lid.de dOI registrol do MA, fornecido. em 1993/94, por empre••• f.bric.nle. ,
•• 1 - cupim, 2 - percevejo--do-colmo; 3 - percevejo-dl-plnrcull; 4 - ciglrrinhl-dl.-plstlgens;
5 - I.glrll-militlr; 6 - curuQuer.-dol-capinzais; 7 - broc.-do-colo; 8 - broc.-do-colmo;
9 - cascudo-preto Ibicho-bolol,
•••• -= pulverizaçlo; b - polvilhamento; c = no tratlmento di' •• mente•.

na sua atividade. Para facilitar essas contas, sugere-se o


preenchimento dos formulários apresentados a seguir: (1)
Acompanhamento econômico e (2) Resumo dos resultados
econômicos.
O formulário 1 tem duas formas de preenchimento: se o
registro dos dados for de estimativa de custos, deve-se preencher
só a data do inrcio do formulário e os preços de mercado vigentes
na data. Se for de acompanhamento de custos de produção, deve-

28
Tabela 10. Nrveis de infestaçlo ou dano para aplicar tratamentos contra
os principais flt6fagos do arroz.
F1t6fago Nlval da Infastaçlo doa arrozal. para Inicio do trata manto
Cupim . Proeornitermes Quando o plantio antarior tiver apresentado manchas de
triaeifer plantas atscadas , correspondentes a 10% da 6rea.
Percevejo-do-colmo . Quando as plantas com 40 a 50 dias de idade
Tibraea limbativentris apresentarem uma proporçlo média de um a dois
insetos/15 colmos.
Percevejo-da-panrcula Quando , nas duas primeiras e nas duas últimas semanas
Oebalus poeeilus após iniciar a emisslo das panlculas, for coletado, em
média, 0 ,5 e 1,0 percevejo por redada ou quando for
observado 0,8 a 1,0 inseto/l0 panlcula .
Cigarrinha-das-pastagens Quando, na ausência de tratamento preventivo, for
- Oeois flavopieta encontrada, em média, uma ou mais cigarrinhas/30
colmos (antes do afilhamentol e duas ou mais após esse
est6dio.
Lagarta-militar - Quando a porcentagem de folhas atacadas (limbo
Spodoptera frugiperda reduzido em mais de 50%1 nas fases vegetativa e
reprodutiva estiver entre 25-30% e 15-20%,
respectivamente, estando as lagartas em plena atividade.
Curuquerê-dos-capinzais Quando a porcentagem de folhas atacadas (limbo
- Moeis latipes reduzido em mais de 50%1 nas fases vegetativa e
reprodutiva estiver entre 25-30% e 15-20%,
respectivamente, estando as lagartas em plena atividade.
Broca-do-colo - Quando, na ausência de tratamento preventivo, o número
Elasmopalpus lignose/lus médio de colmos correr risco de ficar inferior a 201m 2
após essa fase, em arroz de sequeiro .
Broca-do-colmo - Quando, durante a fase vegetativa e reprodutiva das
Oiatraea saeeharalis plantas, forem encontradas quatro e duas posturas/l 00
colmos, respectivamente, e se o parasitismo de ovos
estiver inferior a 50%.
Cascudo-preto (bicho- Quando, antes ou depois do plantio, apresentar uma
-bolol - Euetheola humilis infestação média de quatro larvas ou dois adultos/m 2 •

-se preencher a primeira coluna com as datas em que foi realizada


cada compra ou operação, com o seu respectivo preço.
Após o preenchimento do formulário 1 e serem estabelecidos
os totais, deve-se preencher o formulário 2, com os dados gerais
obtidos, seguindo o exemplo apresentado nos próprios formulários,
a fim de ser verificado o resultado econômico da atividade agrrcola.
O último item, custo/beneffcio desse formulário, mostra o resultado
final da atividade. Se o resultado for maior que 1,0, a atividade
teve lucro. Se o resultado for 1,15, por exemplo, significa que
todos os custos operacionais foram pagos e ainda houve um lucro
de 15%. Se o número for menor que 1,0, significa perda.

29
Cultura: Arroz Áraaaler plantada: _ _ _ _ __
~poca : c:Jéguas c:Jseca
Data do plantio: _ _ ' __ '19_ Data da colhaita: _ _ ' __ '19
Produtividade esperada: ___ sc . 160kg' Produtividade alcançada : ___ IC. 160kg,
Data da coleta dos preços : _ _ , _ _ , _ _

Data Insumos/Serviços Preço Uni!. IR.' Custo Total IR.) %

CALAGEM
Calcério t
Distribuição do calcário hm
Mão-de-obra calagem dh
Subtotel CellIgem
PREPARO 00 SOLO
Grade aradora hm
Arado aiveca'disco hm
Grade niveladora hm
Subtotel Prapuo do Solo
Data Insumos'Serviços Unid." Quant. Preço Uni!. IR., Custo Total IR.) %

PLANTIO
Semanta. anoz kg
Adubeçlo
Fórmula I ) kg
Micronutrientes - FT kg
- Sulfato de zinco kg
Trat. da .amanta.
Inseticida I ) It
Fungicida I ) kg
Plantadora hm
Mlo-da-obra plantio dh
Subtotel Plantio
TRATOS CULTURAIS
Adubaçlo cobertura
,
Adubo I
Adubo I , kg
kg
Aplicação mecânica hm
Aplicaçio manual dh
Umpaza da 6raa
Capina manual dh
Capina cultivador hm
Capina animal da
Herbicida I ) It/kg

30
Data Insumos/Serviços Unid o• Quant . Preço Uni! . IR$I Custo Total IR$) %
PulverizaçAo herbicida hm
PulverlzlIÇlo
Inseticida I Itlkg
Inseticida 1
Fungicida 1 Itlkg
Fungicida 1
Aplicaçlo mecAnica hm
AplicaçAo manual dh
Subtot" Treto. Cuhur-'.
COLHEITA
Colhedora hm
Colheitad.1 % da prad. sc
Colheita manual dh
Mlo-de-obra colheita dh
Sacaria u
Secagem/armazanagam
Tranapone interno hm
Outro.
Subtot"
AdmlnletrllÇlo 13%)
TOTAL GERAL

• hm - horl/mAquinl I lugldl ou própria . dh - dillhomem. dI - dia/lnimal.

Formulário 2
Resumo dos resultados econômicos

1. Produçlo (sc. 60 kg)


2. Preço de venda do produto (Re/por sC. 60 kg)
3 . Receita total (R., (Item 1 mult~icado pelo Item 21
4. Custo de produçlo (R.,
5. Custo de produçlo (sc.60 Itill (Item 4 dividido pelo Item 21
6. Margem bruta (R., (Item 3 menos Item 4)
7. Margem bruta (ac.60 ~gl (Item 1 menos Item 51
8. Rei. custolbenef/cio (Item 3 dividido pelo Item 41

31
Impresslo e Acabamento: Embrapa - SPI
Ministério
da Agricultura e
do Abastecimento

Ap o IO

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