Sunteți pe pagina 1din 11

ANÁLISE EXPERIMENTAL: APLICABILIDADE DE TERMOGRAFIA INFRA-

VERMELHA PARA DIAGNÓSTICO DE CONEXÕES DE BARRAMENTOS


ELÉTRICOS

Felipe de Souza Santos (1)


Pablo Rodrigues Muniz (2)

RESUMO

A termografia infravermelha é uma técnica de inspeção não nociva ao meio am-


biente e amplamente utilizada em manutenção preditiva de conexões elétricas,
que apresentam alterações em suas temperaturas como indicativo de falha.
Ainda que amplamente empregada em várias áreas da ciência, há poucos estu-
dos publicados sobre o uso dessa técnica na análise de falhas de conexões a
parafusos de barramentos elétricos, dispositivo amplamente utilizado em conjun-
tos de manobra e controle. Nesse contexto, a proposta deste estudo é justa-
mente analisar a viabilidade técnica de se diagnosticar conexões de barramentos
elétricos utilizando termografia infravermelha, visando a racionalização dos cus-
tos relacionados à gestão de ativos por parte das empresas. Foi elaborado e
executado um planejamento experimental através do qual três barramentos de
diferentes dimensões, conectados por parafusos de diferentes diâmetros, foram
analisados. Buscou-se avaliar a relação entre elevação de temperatura e a con-
formidade das conexões, representada pelo torque aplicado em seus parafusos.
Os resultados obtidos apresentam diferenças de temperatura não significativas
sob diferentes condições de qualidade nas conexões elétricas. Isso levou à con-
clusão de que não há correlação significativa entre a variável mensurável por
termografia infravermelha - elevação de temperatura - e a conformidade da co-
nexão elétrica – torque em seus parafusos, inviabilizando o diagnóstico de falha
em conexões de barramentos elétricos utilizando a inspeção termográfica infra-
vermelha.

Palavras-chave ⎯ Imagem infravermelha, Manutenção preditiva, barramentos


elétricos.

1. Introdução

A termografia infravermelha (IRT, do inglês infrared thermography) se apresenta


como uma técnica não destrutiva para detecção e caracterização de defeitos
devido à sua versatilidade como facilidade de uso, operação em condições
ambientais severas e de simples interpretação de dados [1]. Por ser uma técnica
não destrutiva e não invasiva, a inspeção pode ser conduzida de forma eficiente,
mantendo-se a uma distância segura do equipamento inspecionado. Não há

(1) Graduando em Engenharia Elétrica no Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Vitória
(2) Professor , Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Vitória
necessidade de interromper a operação do equipamento durante uma inspeção.
Por essas razões, a termografia por infravermelho é amplamente utilizada em
muitas aplicações que envolvem manutenção preventiva [2]. A termografia é
também uma técnica de inspeção que não apresenta risco ao meio ambiente,
fator esse de suma importância na atual busca crescente pela preservação am-
biental.

A IRT tem sido utilizado com sucesso em diversas aplicações de monitoramento


de condições operacionais de diversos [3], além de métodos de inspeção e de
diagnóstico de equipamentos elétricos e mecânicos como, por exemplo, inspe-
ção de módulos solares fotovoltaicos [1], diagnóstico de equipamentos elétricos
de alta tensão com falhas internas [4], manutenção preditiva e preventiva de
defeitos térmicos em equipamentos elétricos [2], entre outros.

Os barramentos são uma parte importante das usinas e subestações e, uma vez
que ocorre falha, o equipamento conectado ao barramento pode ser facilmente
danificado e, em casos graves, até mesmo um blecaute em grande escala pode
ocorrer [5]. Isso faz do barramento um ativo importante que requer uma alta con-
fiabilidade e alta disponibilidade operacional.

Entretanto, não se encontram na literatura publicações que mostrem estudos


conclusivos sobre critérios de diagnóstico de conexões a parafusos de barra-
mentos elétricos, configuração comum em conjuntos de controle e manobra de
instalações elétricas. Portanto, o objetivo deste estudo é avaliar a viabilidade
técnica de diagnosticar tais falhas com o uso da técnica termográfica infraver-
melha, visando uma racionalização dos custos relacionado à gestão de ativos
por parte das empresas.

2. Metodologia

Para se atingir o objetivo deste trabalho, foi desenvolvido um planejamento ex-


perimental que considerou três conjuntos de barramentos de três diferentes di-
mensões, portanto com diferentes capacidades de condução de corrente. Cada
conjunto foi constituído por dois barramentos conectados por parafusos adequa-
dos às suas dimensões, portanto com diferentes diâmetros. Foi definido como
variável de interesse o nível de corrente elétrica na conexão a parafusos em
função da corrente máxima do barramento. Outra variável de interesse, repre-
sentativa da qualidade da conexão, é o torque aplicado nos parafusos de cone-
xão. A tabela 1 lista as dimensões de tais barramentos bem como sua capaci-
dade máxima de condução de corrente enquanto a tabela 2 lista o diâmetro e o
torque nominal dos parafusos de conexão de cada barramento.

Tabela 1. Características dos Barramentos


Barramento Largura (mm) Espessura (mm) Corrente Máxima (A) 1
1 25 3 260
2 50 6 670
3 100 10 1510

1Informação obtida no catálogo “Capacidade de corrente elétrica em barras de cobre” da em-


presa SIBRATEC – Tecnologia Global.
<https://www.sibratec.ind.br/binario/5945/Tabela_capacidade_de_corrente_em_barras_de_co-
bre.pdf> Acesso em: 25/08/2017.
Tabela 2. Características dos Parafusos de Conexão
Barramento Diâmetro dos Parafusos (mm) Torque Nominal (N.m) 2
1 5 6,0
2 6 10,5
3 7 15,0

Foram estabelecidos os valores de 20% e 100% do torque nominal dos parafu-


sos, e de 20%, 40%, 60% e 80% da corrente máxima do barramento como valo-
res experimentais. Em especial para o barramento 3, por limitações laboratoriais,
os valores de corrente estabelecidos foram de 20%, 35%, 50% e 65%. Caso os
resultados obtidos para os valores de torque estabelecidos se mostrassem pro-
missores, outros ensaios seriam realizados estabelecendo valores intermediá-
rios de 40%, 60% e 80% para o torque dos parafusos. Os ensaios foram feitos
com quatro repetições para cada par torque-corrente, aplicando a corrente elé-
trica desejada nos barramentos conectados a parafusos durante o tempo neces-
sário para estabilização térmica.

Uma vez definidas as variáveis de entrada ou independentes, torque aplicado


aos parafusos de conexão e corrente elétrica dos barramentos, foram definidas
as variáveis de saída, ou dependentes, que seriam potencialmente sintomas das
variáveis de entrada. Essas variáveis foram obtidas selecionando regiões de in-
teresse nas imagens termográficas, produzidas por um termovisor Flir E60, e
analisando as temperaturas registradas nessas regiões através do programa de
computador FLIR Tools.

A figura 1 apresenta um exemplo de conexão de barramento analisada. A figura


2 exemplifica a análise de temperatura das regiões de interesse, ou seja, os
(quatro) parafusos de conexão, a região do barramento entre esses parafusos,
e uma região do barramento próxima aos parafusos. Mais detalhadamente, as
regiões selecionadas representam as seguintes variáveis:

− El1, El2, El3 e El4 - Temperaturas dos quatro parafusos de conexão.


− Li1 - Temperatura da superfície onde há junção entre os barramentos.
− Li2 - Temperatura da superfície vizinha à conexão, onde não há junção
entre os barramentos.

2 Informação obtida no catálogo “Informações técnicas – Uso orientativo” da empresa Ciser Pa-
rafusos e Porcas.
<http://www.ciser.com.br/htcms/media/pdf/tabela-de-precos/br/informações_tecnicas.pdf>
Acesso em: 25/08/2017.
Figura 1. Exemplo de Barramento utilizado

Figura 2. Exemplo de Análise de Imagem

No caso do Barramento 1, devido às suas dimensões consideravelmente meno-


res que os outros dois barramentos, a conexão é feita com somente um parafuso.
Logo, para este caso aplica-se análise somente à região El1, não existindo as
regiões El2, El3 e El4.

As regiões El1, El2, El3 e El4 foram utilizadas para se analisar suas elevações
de temperatura individuais em relação à temperatura atmosférica, e também a
diferença de temperatura entre elas próprias, duas a duas. Todos esses valores
de diferenças de temperatura foram comparados entre si sob as diferentes situ-
ações experimentais, ou seja, sob diferentes valores de torque e corrente apli-
cados.

3. Resultados

Todas as variáveis levadas em consideração durante o ensaio foram registradas


em planilha eletrônica. As tabelas 3 a 14 apresentam os resultados de elevação
de temperatura da região Li1 dos barramentos para cada valor de corrente e
torque, em formato de média e desvio padrão para as medições realizadas em
quatro repetições.

Tabela 3. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 1 com cor-


rente elétrica de 20%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 3,2 ± 1,6
100% 4,4 ± 1,4

Tabela 4. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 1 com cor-


rente elétrica de 40%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 6,8 ± 1,7
100% 7,1 ± 1,6

Tabela 5. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 1 com cor-


rente elétrica de 60%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 12,0 ± 2,4
100% 12,6 ± 1,5

Tabela 6. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 1 com cor-


rente elétrica de 80%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 19,0 ± 3,6
100% 19,2 ± 2,1

Tabela 7. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 2 com cor-


rente elétrica de 20%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 6,2 ± 2,1
100% 8,8 ± 2,0

Tabela 8. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 2 com cor-


rente elétrica de 40%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 10,7 ± 2,4
100% 11,7 ± 3,1

Tabela 9. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 2 com cor-


rente elétrica de 60%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 22,1 ± 3,6
100% 22,5 ± 2,7

Tabela 10. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 2 com


corrente elétrica de 80%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 34,7 ± 2,6
100% 35,2 ± 2,5
Tabela 11. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 3 com
corrente elétrica de 20%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 12,8 ± 5,9
100% 14,6 ± 6,4

Tabela 12. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 3 com


corrente elétrica de 40%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 19,0 ± 8,4
100% 22,3 ± 9,2

Tabela 13. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 3 com


corrente elétrica de 60%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 29,7 ± 9,0
100% 34,1 ± 8,4

Tabela 14. Elevação de temperatura da região Li1 para o Barramento 3 com


corrente elétrica de 80%.
Torque dos parafusos Elevação de temperatura (°C)
20% 41,5 ± 1,2
100% 45,1 ± 0,9

As tabelas 15 a 20 apresentam as diferenças de temperatura entre as regiões


de interesse, duas a duas, em formato de média e desvio padrão. Nestes casos,
os ensaios foram feitos em triplicata. A princípio, a análise foi feita levando em
consideração apenas os valores extremos de torque, 20% e 100%, e corrente,
20% e 80%, e, caso os resultados se mostrassem promissor, seriam analisados
também os valores intermediários dessas variáveis.

Tabela 15. Diferenças de temperatura entre as regiões de interesse no Barra-


mento 1, com corrente elétrica de 20%
Regiões analisadas Torque Diferença de temperatura
(°C)
20% -0,6 ± 0,3
El1-Li1
100% -0,4 ± 0,6
20% -0,5 ± 0,2
El1-Li2
100% -0,3 ± 0,3
20% 0,1 ± 0,3
Li1-Li2
100% 0,1 ± 0,5

Tabela 16. Diferenças de temperatura entre as regiões de interesse no Barra-


mento 1, com corrente elétrica de 80%
Regiões analisadas Torque Diferença de temperatura (°C)
20% 2,4 ± 1,2
El1-Li1
100% 3,1 ± 1,1
20% 1,8 ± 0,9
El1-Li2
100% 2,9 ± 0,8
20% 0,9 ± 0,6
Li1-Li2
100% 1,4 ± 0,7
Tabela 17. Diferenças de temperatura entre as regiões de interesse no Barra-
mento 2, com corrente elétrica de 20%
Regiões analisadas Torque Diferença de temperatura (°C)
20% -0,8 ± 0,2
El1-El2
100% -1,0 ± 0,5
20% -0,3 ± 0,2
El1-El3
100% -0,4 ± 0,1
20% -0,9 ± 0,2
El1-El4
100% -0,9 ± 0,3
20% 1,0 ± 0,2
El1-Li1
100% 1,2 ± 0,8
20% -0,8 ± 0,2
El1-Li2
100% -0,7 ± 0,3
20% 0,5 ± 0,0
El2-El3
100% 0,6 ± 0,5
20% -0,2 ± 0,1
El2-El4
100% 0,1 ± 0,3
20% 1,8 ± 0,4
El2-Li1
100% 2,2 ± 1,3
20% 0,0 ± 0,1
El2-Li2
100% 0,3 ± 0,3
20% -0,7 ± 0,1
El3-El4
100% -0,5 ± 0,3
20% 1,3 ± 0,4
El3-Li1
100% 1,6 ± 0,8
20% -0,5 ± 0,1
El3-Li2
100% -0,4 ± 0,3
20% 1,9 ± 0,4
El4-Li1
100% 2,1 ± 1,0
20% 0,1 ± 0,1
El4-Li2
100% 0,2 ± 0,1
20% -1,8 ± 0,4
Li1-Li2
100% -2,0 ± 1,0
Tabela 18. Diferenças de temperatura entre as regiões de interesse no Barra-
mento 2, com corrente elétrica de 80%
Regiões analisadas Torque Diferença de temperatura
(°C)
20% -4,2 ± 0,4
El1-El2
100% -4,9 ± 0,9
20% -1,4 ± 0,3
El1-El3
100% -1,9 ± 0,8
20% -5,0 ± 0,4
El1-El4
100% -6,3 ± 0,9
20% 5,4 ± 0,3
El1-Li1
100% 5,7 ± 0,9
20% -5,2 ± 0,5
El1-Li2
100% -6,0 ± 1,0
20% 2,7 ± 0,2
El2-El3
100% 3,0 ± 0,3
20% -0,8 ± 0,0
El2-El4
100% -1,4 ± 0,8
20% 9,6 ± 0,5
El2-Li1
100% 10,6 ± 0,7
20% -1,0 ± 0,4
El2-Li2
100% -1,1 ± 0,6
20% -3,5 ± 0,2
El3-El4
100% -4,4 ± 0,5
20% 6,9 ± 0,4
El3-Li1
100% 7,6 ± 0,3
20% -3,8 ± 0,3
El3-Li2
100% -4,1 ± 0,3
20% 10,4 ± 0,5
El4-Li1
100% 12,0 ± 0,2
20% -0,2 ± 0,4
El4-Li2
100% 0,3 ± 0,4
20% -10,6 ± 0,5
Li1-Li2
100% -11,7 ± 0,2
Tabela 19. Diferenças de temperatura entre as regiões de interesse no Barra-
mento 3, com corrente elétrica de 20%
Regiões analisadas Torque Diferença de temperatura (°C)
20% 0,6 ± 0,1
El1-El2
100% 1,0 ± 0,1
20% 0,1 ± 0,2
El1-El3
100% 0,3 ± 0,3
20% -0,1 ± 0,3
El1-El4
100% 0,5 ± 0,2
20% -1,5 ± 0,3
El1-Li1
100% -1,9 ± 0,2
20% -3,2 ± 0,4
El1-Li2
100% -3,8 ± 0,2
20% -0,5 ± 0,2
El2-El3
100% -0,7 ± 0,3
20% -0,7 ± 0,3
El2-El4
100% -0,5 ± 0,2
20% -2,2 ± 0,3
El2-Li1
100% -2,9 ± 0,2
20% -3,9 ± 0,3
El2-Li2
100% -4,8 ± 0,2
20% -0,2 ± 0,3
El3-El4
100% 0,2 ± 0,2
20% -1,7 ± 0,2
El3-Li1
100% -2,2 ± 0,2
20% -3,4 ± 0,4
El3-Li2
100% -4,1 ± 0,2
20% -1,5 ± 0,1
El4-Li1
100% -2,4 ± 0,1
20% -3,2 ± 0,3
El4-Li2
100% -4,3 ± 0,0
20% -1,7 ± 0,3
Li1-Li2
100% -1,9 ± 0,1
Tabela 20. Diferenças de temperatura entre as regiões de interesse no Barra-
mento 3, com corrente elétrica de 65%
Regiões analisadas Torque Diferença de temperatura
(°C)
20% 2,1 ± 0,3
El1-El2
100% 2,5 ± 0,2
20% 1,5 ± 0,2
El1-El3
100% 2,4 ± 0,3
20% 2,0 ± 0,2
El1-El4
100% 2,2 ± 0,5
20% -4,6 ± 0,5
El1-Li1
100% -5,2 ± 0,2
20% -7,9 ± 0,5
El1-Li2
100% -9,2 ± 0,9
20% -0,5 ± 0,2
El2-El3
100% -0,2 ± 0,3
20% -0,1 ± 0,1
El2-El4
100% -0,3 ± 0,3
20% -6,6 ± 0,7
El2-Li1
100% -7,7 ± 0,4
20% -10,0 ± 0,7
El2-Li2
100% -11,8 ± 0,9
20% 0,5 ± 0,1
El3-El4
100% -0,1 ± 0,4
20% -6,1 ± 0,5
El3-Li1
100% -7,5 ± 0,5
20% -9,5 ± 0,5
El3-Li2
100% -11,6 ± 0,7
20% -6,6 ± 0,6
El4-Li1
100% -7,4 ± 0,7
20% -9,9 ± 0,6
El4-Li2
100% -11,5 ± 0,8
20% -3,4 ± 0,2
Li1-Li2
100% -4,1 ± 1,1

Analisando todos os resultados experimentais de elevação de temperatura apre-


sentados nas tabelas 3 a 20, nota-se que, independente do barramento anali-
sado, as diferenças entre as elevações de temperatura ou entre as temperaturas
de duas regiões distintas, sob diferentes torques aplicados à conexão do barra-
mento, sob a mesma corrente elétrica, não ultrapassaram 4,4°C. Ressalta-se
que já era esperado que diferentes valores de corrente alterariam a temperatura
do barramento e, por isso, o objetivo era apenas comparar a temperatura para
diferentes valores de torque e avaliar como essas diferenças se comportavam
em diferentes valores de corrente.

Uma vez que diferenças de temperatura inferiores a 5°C não podem ser consi-
deradas como indicativo de defeito [6], nota-se que a inspeção termográfica não
foi capaz de diagnosticar os defeitos de torque inadequado, inferior ao nominal,
em conexões a parafusos de barramentos elétricos.
4. Conclusão

Como as diferenças de temperatura na conexão de barramentos elétricos sob


diferentes condições de torque aplicado aos parafusos, obtidas experimental-
mente, foram muito baixas, inferiores a 5°C, concluiu-se que, sob as condições
estabelecidas neste estudo não há correlação significativa entre a elevação de
temperatura das conexões, tampouco diferença de temperatura entre as super-
fícies dos parafusos, a superfície onde há junção entre os barramentos e a su-
perfície vizinha à conexão, e a qualidade da conexão, aqui representada pelo
torque aplicado em seus parafusos, para que seja feito um diagnóstico dessa
falha utilizando a inspeção termográfica infravermelha.

Diferentemente do que há publicado sobre conexões de cabos elétricos, a cone-


xão a parafusos de barramentos elétricos não tem variação significativa de tem-
peratura como sintoma de falha dentro das condições operacionais estabeleci-
das neste estudo, inviabilizando o uso da termografia infravermelha como téc-
nica de manutenção preditiva para essa situação.

Sob o ponto de vista da gestão de ativos, essa conclusão é importante para ava-
liar para quais condições a termografia infravermelha pode ser utilizada para di-
agnosticar falhas, ressaltando que foram citados outros estudos que comprovam
a utilização desta técnica em diversas situações.

5. Agradecimentos

Ao Instituto Federal do Espírito Santo pelo financiamento parcial desta pesquisa,


através de bolsa de Iniciação Científica.

À Tereme Engenharia pelas contribuições técnicas e pela cessão de equipamen-


tos.

6. Referências

[1] S. Kumar, P. Jena, A. Sinha, and R. Gupta, “Application of infrared


thermography for non- destructive inspection of solar photovoltaic module,”
no. December, pp. 25–32, 2017.
[2] A. S. N. Huda and S. Taib, “Application of infrared thermography for
predictive/preventive maintenance of thermal defect in electrical
equipment,” Appl. Therm. Eng., vol. 61, no. 2, pp. 220–227, 2013.
[3] S. Bagavathiappan, B. B. Lahiri, T. Saravanan, J. Philip, and T. Jayakumar,
“Infrared thermography for condition monitoring - A review,” Infrared Phys.
Technol., vol. 60, pp. 35–55, 2013.
[4] N. H. N. Hou, “The infrared thermography diagnostic technique of high-
voltage\nelectrical equipments with internal faults,” POWERCON ’98. 1998
Int. Conf. Power Syst. Technol. Proc. (Cat. No.98EX151), vol. 1, pp. 110–
115, 1998.
[5] Z. Ouyang et al., “Summarization of busbar protection principle
Summarization of busbar protection principle,” IOP Conf. Ser. Earth
Environ., vol. 113, 2018.
[6] Flir, “User ’ s manual FLIR InfraCAM SD,” p. 168, 2008.

S-ar putea să vă placă și