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1ª edição
PMCG
CAMPO GRANDE-MS
1
SUMÁRIO
1. ALFABETO MANUAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS............................4
2. NÚMEROS ........................................................................................................5
3. A LÍNGUA DE SINAIS É IGUAL EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO?........ 7
4. PARÂMETROS FORMACIONAIS DA LIBRAS................................................. 8
5. CUMPRIMENTOS E APRESENTAÇÕES.........................................................11
6. LEGALIDADE DA LIBRAS................................................................................13
7. FAMÍLIA E A QUESTÃO DO GÊNERO EM LIBRAS........................................15
8. ADVÉRBIOS.................................................................................................... 20
9. VISÃO CLÍNICA E PEDAGÓGICA DA SURDEZ..............................................23
10. SINAIS RELACIONADOS AO TEMPO.............................................................23
11. É POSSÍVEL LER SEM DECIFRAR?.............................................................. 27
12. HORAS.............................................................................................................29
13. A SURDEZ (CLÍNICA)......................................................................................31
14. PRONOMES.....................................................................................................34
15. PRONOMES PESSOAIS................................................................................. 35
16. PRONOMES DEMONSTRATIVOS E POSSESSIVOS.....................................37
17. CORES............................................................................................................ 38
18. ALIMENTOS.................................................................................................... 40
19. BEBIDAS......................................................................................................... 43
20. FRUTAS.......................................................................................................... 44
20. LEGUMES E VERDURAS............................................................................... 46
21. AMBIENTE ESCOLAR – PARTE I.................................................................. 48
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................ 52
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LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
LÍNGUAS DE SINAIS são línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As
línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais,
sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As línguas de
sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. A
LIBRAS é a língua utilizada pelas comunidades surdas brasileiras. (QUADROS,
2004).
ALFABETO MANUAL
É comum, entre as pessoas que tem contato pela primeira vez com a língua de
sinais, acreditar que o alfabeto manual ou alfabeto datilológico seja a língua
completa, no entanto, é apenas um dos recursos utlizados na comunicação dessa
língua. O alfabeto manual é uma representação manual da ortografia do português,
envolvendo uma sequência de configurações de mão (QUADROS e KARNOPP,
2004) e, em geral, é usado na soletração de nomes próprios de pessoas ou lugares,
de siglas, dos empréstimos linguísticos, etc. Esse alfabeto pode ser sinalizado com
uma mão (unimanual) ou duas (bimanual). No caso da Língua Brasileira de Sinais o
alfabeto é unimanual mas, o da Inglaterra é bimanual, conforme figura abaixo.
3
ALFABETO MANUAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
4
NÚMEROS
5
Ex.: Andar de um prédio, colocação numa competição, etc.
Para QUANTIDADE os numerais são sinalizados sem adição de movimento,
porém, há diferenças na configuração de mão e no posicionamento dos
números de 1 a 4, observe:21
UMA-VEZ VÁRIAS-VEZES
6
LEITURA
7
PARÂMETROS FORMACIONAIS DA LIBRAS
8
TABELA DE CONFIGURAÇÕES DE MÃO DA LIBRAS
Como vimos anteriormente, as configurações de mão são as diversas
formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização do sinal e estas fazem parte da
construção do seu significado. A tabela a seguir foi adaptada do dicionário de Libras
(FELIPE, 2005) e ilustra 74 tipos diferentes de configurações (apesar de terminar no
número 64, observe que algumas se subdividem em a/b). Se olhar com atenção vai
perceber que o alfabeto e os números fazem parte destas configurações.
24
9
10
CUMPRIMENTOS E APRESENTAÇÕES
O ato de saudar está presente em todas as culturas. Geralmente quando
as pessoas são apresentadas umas às outras se cumprimentam dizendo o primeiro
nome. As pessoas surdas além de dizer o nome em datilologia, se apresentam pelo
seu sinal pessoal. O sinal pode ser uma representação visual da pessoa ou um
atributo dela. (FELIPE, 2007). Vejamos algumas saudações em LIBRAS e sinais
relacionados:
11
POR-FAVOR LEGAL REPETIR IDADE
LIBRAS
12
LEITURA
Legalidade da LIBRAS
13
IMPORTANTE!: “Surdo-mudo” - Não é correto dizer que alguém é surdo-
mudo apenas pelo fato de não ouvir. A pessoa surda tem seu aparelho fonador
preservado, logo, pode emitir sons ou até mesmo pode desenvolver a fala por meio
de terapia fonoaudiológica (em alguns casos). Para ser mudo, o surdo precisa
apresentar também alterações psíquicas e/ou orgânicas que o impeça de emitir som.
Além disso, para as pessoas surdas que fazem o uso da língua de sinais, esta
exerce a mesma função que a fala. (Os Surdos não são mudos. Disponível
Portuguesa em que o uso das desinências servem para identificar se uma palavra
desinência de gênero, usa-se o símbolo @ indicando que este sinal pode ser usado
14
SINAIS REALCIONADOS À FAMÍLIA
FAMÍLIA
15
HOMEM MULHER PAI (1) PAI (2)
17
PESSOA AMIG@ MADRINHA PADRINHO
VIUV@ UNIÃO-ESTÁVEL
18
LEITURA
LINGUAGEM X LÍNGUA
19
ADVÉRBIOS
21
EM FRENTE AINDA NÃ0 LÁ
JUNTO
22
LEITURA
Visão clínica e pedagógica da surdez
Visão clínica – Através da visão clínica os surdos são categorizados
pelos graus de surdez e não pelas suas identidades culturais. A fala seria a única
possibilidade de viver bem na sociedade. Ela vê os surdos como pacientes que
necessitam ser tratados através de exercícios terapêuticos ( treinamento auditivo,
exercícios de preparação do órgãos do aparelho fonador, etc.).
Visão Pedagógica - Nessa visão a surdez é considerada como
experiência visual que traz aos surdos a possibilidade de construir sua subjetividade
por meio de experiências cognitivo-linguísticas diversas, sendo a língua de sinais
seu principal meio de concretização. Dessa forma, ela vê os surdos como pessoas
que necessitam ser respeitados pela sua singularidade linguística, com direito a uma
educação bilíngue, ou seja, a Língua Brasileira de Sinais – Libras como língua de
instrução, por ser sua primeira língua, e o aprendizado da Língua Portuguesa como
segunda língua. (BRASIL, 2006).
23
3º FEIRA 4º FEIRA 5º FEIRA 6º FEIRA
24
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
CALOR FRIO
26
LEITURA
27
Se você conseguiu ler a mensagem sem dificuldades é porque seu
dicionário mental reconheceu todas as palavras e lhes atribuiu um sentido, não
necessitando soletrar letra por letra para compreender a palavra invertida. É esse o
mecanismo cognitivo que permitirá que os surdos passem da palavra ao significado,
sem conhecer seus sons!
Lembre-se:
Rota lexical ou ortográfica – é o percurso cognitivo utilizado para a leitura pelos surdos. A
identificação da palavra ocorre sem a pronúncia da palavra (rota fonológica) mas por meio
de seu reconhecimento visual . As palavras são lidas com base em sua forma ortográfica,
ou seja, a palavra impressa é imediatamente relacionada a um conceito, sem que seja
necessário recorrer à sua estrutura sonora.
28
HORAS
Na Libras, há dois sinais para se referir à hora: um para se referir ao
horário cronológico (sinalizado com um apontar para o pulso) e outro para a
duração/tempo decorrido (sinalizado por um círculo ao redor do rosto).
Para as horas do dia sinaliza-se o sinal HORA (cronológico), seguido de
numerais para quantidade (1 a 12), acrescidos dos sinais MANHÃ, TARDE, NOITE
OU MADRUGADA , quando necessário, já que na LIBRAS não se usa as
expressões “treze horas”, “quatorze horas”, “quinze horas”, etc. (FELIPE, 2007).
29
45 MINUTOS 3 HORAS E 30 MINUTOS 6 HORAS E 30 MINUTOS
30
LEITURA
A SURDEZ (CLÍNICA)
31
QUANTO AO PERÍODO DE AQUISIÇÃO, A SURDEZ PODE SER DIVIDIDA EM DOIS GRANDES GRUPOS:
• CONGÊNITAS • ADQUIRIDAS
Quando o indivíduo já nasceu surdo. Nesse caso Quando o indivíduo perde a audição no decorrer
a surdez é pré-lingual, ou seja, ocorreu antes da da sua vida. Nesse caso a surdez poderá ser pré
aquisição da linguagem. ou pós-lingual, dependendo da sua ocorrência
ter se dado antes ou depois da aquisição da
linguagem.
Surdez provocada por fatores Surdez provocada mais Surdez provocada por doenças
genéticos e hereditários, freqüentemente por parto adquiridas pelo indivíduo ao
doenças adquiridas pela mãe na prematuro, anóxia cerebral longo da vida, como: meningite,
época da gestação (rubéola, (falta de oxigenação no cérebro caxumba, sarampo. Além do
toxoplasmose, logo após o nascimento) e uso de medicamentos
citomegalovírus), e exposição trauma de parto (uso ototóxicos, outros fatores
da mãe a drogas ototóxicas inadequado de fórceps, parto também têm relação com a
(medicamentos que podem excessivamente rápido, parto surdez, como avanço da idade e
afetar a audição). demorado). acidentes.
Quando está localizada Quando a alteração está Quando a alteração A alteração pode se
no ouvido externo e/ou localizada no ouvido auditiva está localizada localizar desde o tronco
ouvido médio; as interno (cóclea ou em no ouvido externo e/ou cerebral até às regiões
principais causas deste fibras do nervo médio e ouvido interno. subcorticais e córtex
tipo são as otites, rolha auditivo). Esse tipo de Geralmente ocorre cerebral.
de cera, acúmulo de lesão é irreversível; a devido a fatores
secreção que vai da tuba causa mais comum é a genéticos,
auditiva para o interior meningite e a rubéola determinantes de má
do ouvido médio, materna. formação.
prejudicando a vibração
dos ossículos
(geralmente aparece em
crianças
frequentemente
resfriadas). Na maioria
dos casos, essas perdas
são reversíveis
após tratamento.
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O audiômetro é um instrumento utilizado para medir a sensibilidade auditiva de um
indivíduo. O nível de intensidade sonora é medido em decibel (dB). Por meio desse instrumento faz-
se possível a realização de alguns testes, obtendo-se uma classificação da surdez quanto ao grau de
comprometimento (grau e/ou intensidade da perda auditiva), a qual está classificada em níveis, de
acordo com a sensibilidade auditiva do indivíduo:
AUDIÇÃO NORMAL de 0 15 dB -
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PRONOMES E CORES
Pronomes Interrogativos
QUAL QUANTOS
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Pronomes Pessoais
A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas do
discurso. Assim como na Língua Portuguesa os pronomes podem ser omitidos. Os
pronomes na 3ª pessoa não possuem marca para gênero. (FELIPE, 2007).
SINGULAR
EU VOCÊ EL@
PLURAL
35
NÓS-TOD@S VOCÊS-2 VOCÊS-3 VOCÊ-4
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PRONOMES DEMONSTRATIVOS E POSSESSIVOS
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
AÍ LÁ
37
PRONOMES POSSESSIVOS
CORES
38
PRETO (2) ROSA MARROM VERDE
39
ALIMENTOS
FÍGADO LASANHA 40
BIFI DOBRADINHA
MACARRÃO MIOJO SOBÁ
43
CERVEJA GELO
FRUTAS
45
LEGUMES E VERDURAS
46
MILHO AZEITONA BETERRABA
PIMENTÃO REPOLHO CENOURA
VOCÊ SABIA?
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AMBIENTE ESCOLAR – PARTE I
48
LÁPIS LÁPIS DE COR LAPISEIRA
LIVRO APONTADOR COLA
50
MATRÍCULA COPIAR BOLETIM
ENSINAR
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBRES, N. A. Surdos & Inclusão Educacional. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2010.
52
GESSER, A. Libras? Que língua é essa? : Crenças e preconceitos em torno da
língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
SACKS, O. Vendo Vozes: uma jornada pelo mundo dos surdos. São Paulo:
Companhia das Letras,1999.9
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LIMA-SALLES, H. M. M. et al. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos:
caminhos para a prática pedagógica. Brasília, DF. SEESP/MEC, v.2, 2004.
Disponível em: <http: // portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lpvol1.pdf> Acesso em:
25/07/2012.
SILVA, F. I. et al. Aprendendo libras como segunda língua: nível básico. Santa
Catarina: CEFET/NEPES, 2007.
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