Sunteți pe pagina 1din 25

FACULDADE DE PINHAIS - FAPI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO


NOME DO(A) ALUNO(A)

TITULO PROVISÓRIO DO PROJETO

PINHAIS
2017
1
NOME DO (A) ALUNO(A)

TITULO DO PROJETO

Projeto de monografia apresentado ao curso


de Graduação em Direito da Faculdade de
Pinhais – FAPI, como requisito parcial para
a obtenção do título de bacharel em direito.

Professor(a) Orientador(a): XXX

PINHAIS
2017

2
SUMÁRIO

1. TEMA................................................................................................................ x
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................................... x
3. JUSTIFICATIVA............................................................................................... x
4. PROBLEMA DA PESQUISA.......................................................................... x
5. OBJETIVO GERAL.......................................................................................... x
6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................... x
7. PRESSUPOSTOS OU HIPÓTESES............................................................... x
8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... x
9. METODOLOGIA.............................................................................................. x
10. CRONOGRAMA ........................................................................................... x
10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁRICAS ............................................................ x

3
1. TEMA

Exemplo 1 : O IMPACTO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL NO


PLANEJAMENTO DOS MUNICÍPIOS: estudos de caso em Municípios mineiros com mais
de 50.000 mil habitantes. (REINALDO CÂNDIDO TEIXEIRA – Dissertação1).
Para nortear nossos estudos a questão central será: Qual o efeito produzido no
Planejamento Orçamentário e Financeiro nos Municípios mineiros com mais de 50.000
habitantes, com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal?

Exemplo 2 : A PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS


E O DIREITO BRASILEIRO: desafios contemporâneos. (Profa. Mestre Vilma Aparecida
Moreira Bartasson – Faculdade Católica de Uberlândia).

Exemplo 3 : Da pulverização ao (quase) monopólio da violência: expansão e


consolidação da dominação do PCC no sistema carcerário paulista (Camila Caldeira Nunes
Dias – Projeto de Doutorado USP)

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Exemplo 1 : Trata-se, nesta pesquisa, de uma análise, a partir de levantamento de


dados no sítio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), análises de documentos e entrevistas
dirigidas e semi-estruturadas, do efeito produzido pela Lei Complementar 101 de 2000, mais
conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no planejamento orçamentário e
financeiro nos Municípios Mineiros com mais de 50.000 habitantes. Para Albuquerque,
Medeiros e Silva (2006, p. 84) planejar é estabelecer, com antecedência, objetivos, ações e
metas, com base em alguma metodologia ou lógica pré-definida. Uma vez que esse conceito
deve ser observado principalmente na administração pública, e considerando que LRF
dedicou grande parte aos instrumentos de planejamento público, nosso estudo foi direcionado
para o processo de construção e acompanhamento dos principais instrumentos de
planejamento público: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária
Anual. O enfoque do estudo foi dado, a Municípios considerados estratégicos do estado de
Minas Gerais. Priorizando as temáticas de educação e saúde, que representam a maior fatia
1
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação das Faculdades Pedro Leopoldo como requisito parcial
para obtenção do título de Mestre em Administração.
4
dos investimentos e demandas dos Municípios. Serão avaliados também, dados relevantes de
sessenta Municípios do estado de Minas Gerais com mais 50.000 mil habitantes. Será dada
maior ênfase ao orçamento público, devido ao fato de ele, antes de qualquer outra definição,
ser uma decisão política por meio da qual ocorre a materialização da despesa pública. O
orçamento público é considerado uma dos mais antigos instrumentos de gestão, e é por meio
dele que os governos nacionais ou sub-nacionais viabilizam suas políticas. Serve como
norteador e limitador para administração direta e indireta e tem a capacidade de aproximar o
administrador público do cidadão. 15 O Brasil conforme dados do Banco Central, possui um
nível alto de endividamento público. Corrobora com este fato para tornar ainda mais difícil a
gestão dos recursos públicos, a falta de recursos para arcar com as demandas da sociedade, os
consecutivos déficits orçamentários e, até mesmo a Constituição Federal de 1988, que
ampliou a receita dos Municípios, vinculando as receitas mais expressivas a determinadas
temáticas, como educação, saúde. Essa são razões para se falar do planejamento público nos
Municípios mineiros e do efeito produzido pela Lei Complementar nº. 101 de 2000 – Lei de
Responsabilidade Fiscal. O Brasil, para a elaboração da referida lei, embasou-se tanto em
modelos aplicados na União Européia quanto em princípios da experiência norteamericana.
Na União Européia, o modelo é o tratado de Maastricht, no qual estão previstas penalidades,
que vão desde multa e restrições de acesso a novos créditos e financiamentos, às ocorrências
de déficits orçamentários considerados excessivos. Neste modelo, admite-se desvios fiscais
desde que mantido o efetivo compromisso de ajuste. Os princípios norte-americanos seguidos
pelo Brasil, referem-se à exigência de compensação de renúncia de receitas e das novas
despesas obrigatórias de caráter continuado. Também seguindo outros modelos bem-
sucedidos, a Lei de Responsabilidade Fiscal brasileira adotou o princípio da transparência,
utilizando-se do modelo da Nova Zelândia. Como exemplo, a elaboração e divulgação do
Relatório de Gestão Fiscal, conforme descrito no artigo 48 da lei brasileira, transcrito a seguir:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal, e as versões
simplificadas desses documentos. Parágrafo único. A transparência será assegurada também
mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos.

5
Exemplo 2 : A dignidade da pessoa humana, conforme elucida Maria Helena
Diniz (1998, v.2), “é o princípio moral de que o ser humano deve ser tratado como um fim e
nunca como um meio”. Para Fábio Konder Comparato (2005, p. 1), “todos os seres humanos,
apesar das inúmeras diferenças biológicas e culturais que os distinguem entre si, merecem
igual respeito, como únicos entes no mundo capazes de amar, descobrir a verdade e criar a
beleza”. Em razão desse reconhecimento universal, conclui: “ninguém – nenhum indivíduo,
gênero, etnia, classe social, grupo religioso ou nação – pode afirmar-se superior aos demais”.
O reconhecimento dos direitos e garantias relativas à dignidade da pessoa humana decorre de
um longo processo histórico. Trata-se de uma conquista gradativa da Humanidade,
estabelecida muitas vezes mediante lutas intensas. Gradativamente, os chamados Direitos
Humanos foram sendo positivados através de tratados internacionais, bem como no direito
interno dos países. O seu reconhecimento é uma característica das Constituições
contemporâneas. Norberto Bobbio (1992, p. 30) sintetiza esse processo: os direitos humanos
nascem como direitos naturais universais, desenvolvemse como direitos particulares (quando
cada constituição incorpora declarações internacionais de Direitos), para finalmente
encontrarem sua plena realização como direitos positivos universais. No processo de
internacionalização dos direitos humanos, três importantes marcos podem ser apontados:
estabelecimento do Direito Humanitário (direitos humanos no âmbito da guerra ou conflitos);
a Liga das Nações (cujo objetivo era promover a cooperação, a paz e segurança internacional)
e OIT (incumbida de estabelecer padrões internacionais de trabalho). Porém, a consolidação
da proteção internacional daqueles direitos ocorre em meados do século XX, no pós-guerra,
motivada pelo horror do holocausto nazista. A Segunda Guerra representou a violação dos
direitos elementares à pessoa humana. Logo, o pós-guerra deveria reconstruí-los, numa
perspectiva internacional. Contribuiu para esse processo, a limitação da soberania estatal, pois
o Estado era apresentado como violador daqueles direitos. Nesse sentido, relata Flávia
Piovesan (2006, p. 110): 3 a necessidade de uma ação internacional mais eficaz para a
proteção dos DH impulsionou o processo de internacionalização desses direitos, culminando
na criação da sistemática normativa de proteção internacional, que faz possível a
responsabilização do Estado no domínio internacional, quando as instituições nacionais se
mostram falhas ou omissas na tarefa de proteção dos direitos humanos. Foram extremamente
salutares para o processo de proteção internacional dos direitos humanos, a criação da ONU e
a Declaração Universal de Direitos do Homem de 1948, ao estabelecer nessa seara, uma ética
universal. A partir daí, inúmeros tratados internacionais de Direitos Humanos foram

6
estabelecidos. A maioria deles conta com a adesão de nosso país. Porém, não obstante o
Brasil incorporar no Ordenamento Jurídico interno os direitos e garantias estabelecidas nos
tratados internacionais de Direitos Humanos, parece-nos que muitas das previsões têm caráter
meramente pragmático. Remanesce a seguinte problemática: os tratados internacionais de
Direitos Humanos dos quais o Brasil faz parte, são dotados de efetividade? O Estado
brasileiro faz cumprir satisfatoriamente as previsões daqueles documentos? Quais são os
principais desafios enfrentados pelo Brasil nessa seara? O Brasil está obrigado a cumprir os
compromissos assumidos mediante tratados internacionais de Direitos Humanos? Quais são
as conseqüências do descumprimento dessas obrigações no âmbito internacional? Quais são
os órgãos jurisdicionais internacionais competentes para apreciar questões de
responsabilidade internacional decorrente de violação de Direitos Humanos? Parece-nos que,
não obstante o Brasil ser parte dos principais documentos internacionais de proteção à pessoa
humana, em muitos seguimentos, remanescem violações gravíssimas. Consideramos que
tratados internacionais são fontes de obrigações perante o direito das gentes, fato gerador de
responsabilidade internacional (FRANCISCO REZEK, 2008, p. 269).
Exemplo 3 :
Só pelo sofrimento que somos obrigados a passar neste lugar constituído de ódio, raiva e
saudades é onde temos mais forças pra nos tornar mais terroristas do que já somos [...]
lutaremos e sobreviveremos em qualquer lugar, pois de lealdade vivemos pra conseguirmos a
nossa meta, que é a paz, justiça e liberdade. E com a união de nossos irmãos espalhados pelo
sistema e apoiados pelos que estão do lado de fora faremos o nº 1 da mídia terrorista
brasileira2. Não somos os melhores nem os piores, pois somos isso que a própria sociedade
criou.
A mensagem transcrita acima foi escrita em uma parede do Pavilhão 9 da antiga
Casa de Detenção de São Paulo, com a inscrição CV – PCC, conforme relato de Jozino (2005,
p. 108). Nos últimos anos, e, especialmente nos últimos meses tem ocupado um enorme
espaço na mídia o noticiário e a discussão sobre esse grupo organizado e constituído
prioritariamente por presos, denominado Primeiro Comando da Capital, cuja sigla é PCC. A
organização não é propriamente nova, no entanto, suas ações têm se intensificado nos últimos
anos, e mais, adquiriram um caráter essencialmente diverso das ações criminosas que
tínhamos presenciado até então no Brasil. Se até pouco tempo atrás eram conhecidas suas

2 Provavelmente houve um erro na construção da frase “faremos o nº 1 da mídia terrorista”. Ao que tudo indica,
o grupo ameaçava ser considerado o principal terrorista na mídia brasileira, uma vez que se auto-denominava
“terrorista” na primeira frase da mensagem. Quanto a afirmação de ser um grupo “terrorista” não faremos a
discussão da aplicabilidade deste termo ao PCC neste momento; estamos apenas trazendo à tona a mensagem
escrita em anos anteriores para confrontá-la com os mais recentes acontecimentos.
7
atividades internas ao sistema penitenciário paulista – no comando de rebeliões, tráfico de
drogas e assassinato de rivais – a organização se mostrou estruturada e capaz de agir também
fora das prisões, não só praticando ataques a alvos militares e civis, como também se
envolvendo em uma série de atividades informais, ilegais e criminosas. Trata-se de um
fenômeno relativamente recente e, por isso, ainda pouco conhecido pelas autoridades públicas
e pela sociedade.
A atuação do PCC representa um novo modelo ação criminosa organizada
comumente relacionada ao crescimento do crime comum nos centros urbanos. Esta associação
entre a atuação de grupos criminosos organizados – em especial aqueles ligados ao tráfico de
drogas - e o aumento exponencial da violência urbana das últimas décadas, coloca a atuação
destes grupos como um problema social e político central para a sociedade brasileira e
apresenta um dos mais prementes desafios às autoridades de segurança pública: o êxito no
combate ao crime dentro dos limites legais impostos para a atuação das forças repressivas no
estado democrático de direito (ADORNO, 2000, 2002, 2003). Os desafios se apresentam
também no âmbito acadêmico, nas – pouco numerosas - tentativas de explicação para estes
fenômenos (...)
A Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté é apontada como o local onde se
constituiu o PCC. A violência arbitrária cometida por funcionários e de conhecimento da
direção do presídio contra os presos confinados em uma das áreas desta penitenciária,
denominada Anexo, teriam sido os ingredientes necessários para sua formação (CAROS
AMIGOS, 2006; CHRISTINO, 2003; JOZINO, 2005; SOUZA, 2006). Apesar de ter se
constituído em 1993, só no ano de 2001, depois de uma ousada ação – a megarrebelião que
atingiu 29 unidades prisionais do Estado de São Paulo – é que o PCC se torna realmente
conhecido do grande público, exigindo das autoridades o reconhecimento de sua existência e
da sua capacidade de organização. A visibilidade adquirida após essa megarrebelião fez com
que este evento representasse um marco na história da facção: por um lado, expressou a
consolidação do seu domínio dentro e fora das prisões e, por outro, a assistiu-se a resposta
extremamente dura do Estado, reforçando os mecanismos de repressão dentro das prisões,
especialmente com a criação do RDD, destinado ao isolamento de suas lideranças CAROS
AMIGOS, p. 11).
A literatura existente sobre o crime organizado no Brasil e, ainda mais
especificamente sobre o PCC, é escassa. As análises atuais sobre esta organização são
constituídas por relatos jornalísticos – como AMORIM (2003), JOZINO (2004), CAROS

8
AMIGOS (2006), SOUZA (2006) – e de membros do Ministério Público (CHRISTINO,
2003), além das análises de Zaluar, que apesar de terem o foco na experiência carioca, são
essenciais para a compreensão do fenômeno paulista. No que se refere à literatura estrangeira
sobre crime organizado3, desnecessário apontar a sua importância e, ao mesmo tempo, a sua
insuficiência para análise deste grupo específico, constituído numa instituição social tão
peculiar, como é a prisão.
Há a necessidade de ir além do relato ou descrição dos fenômenos para elaborar
uma análise que aponte as condições e os processos que permitiram o surgimento, a expansão
e a consolidação do PCC no sistema carcerário paulista. Com este trabalho, o que se pretende
é preencher algumas das lacunas existentes sobre o conhecimento do exercício da dominação
no interior de e por uma organização criminosa. Para discutir essas questões, centralizaremos
nossa análise na atuação do PCC dentro das prisões, o que não significa que desprezaremos as
redes mais amplas nas quais a organização está inserida. Estas serão consideradas na medida
em que auxiliem na compreensão das questões específicas do trabalho.

3. JUSTIFICATIVA
Exemplo 1 : A pesquisa se justifica em função da importância dos
Municípios para a nação brasileira. Conforme Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) os Executivos municipais representam um dos maiores empregadores. 18 Com a
constituição de 1988, os Municípios ganharam mais autonomia e mais receitas, no entanto
com mais responsabilidades e mais demandas por serviços públicos. O controle externo, tanto
técnico como social, tornou-se mais exigente, razão pela qual os principais planos de governo,
foram formalizados, sendo estes planos: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e
Lei Orçamentária Anual. A Lei de Responsabilidade Fiscal, representa um marco histórico
para as finanças. Tendo especialmente tratado um problema antigo que é o controle dos gastos
com pessoal e do endividamento público, esta lei busca o equilíbrio das contas públicas,
fundamental para continuidade e implementação de políticas públicas necessárias e urgentes
para o povo brasileiro.
Exemplo 2 : O Brasil tem aderido aos principais tratados internacionais de
Direitos Humanos. Paulatinamente, dispositivos pertinentes à proteção internacional da
pessoa humana têm sido inseridos no Ordenamento Jurídico pátrio. Todavia, temos convivido
com inúmeros problemas e desafios, tais como: a violência contra mulher; o abandono da

3
Ver Ryan & Rush, 1997.
9
infância e da adolescência; o descaso com a saúde pública e com a educação; o aumento da
criminalidade; a impunidade; a corrupção; o colapso do sistema carcerário; trabalho 5 escravo
em pleno século XXI; conflitos agrários; a burocracia e a falta de incentivos, que emperra o
investimento e a atuação da livre iniciativa; a imensa dívida social com as minorias; a
degradação ambiental, etc. Esse cenário nos leva a crer que não basta ratificar tratados. É
imprescindível implementá-los, torná-los efetivos. Nesse sentido, parece-nos salutar o
pronunciamento do ex-Secretário-Geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuellar (1996, p.
15). Para alcançar [...] uma ordem jurídica internacional justa e duradoura, ideal sobre o qual
abundam sábias idéias e nobres intenções, é preciso encontrar a forma de preencher o largo
trecho que sempre existe entre a palavra e a ação, pois não basta que o ideal se converta em
Direito, é indispensável que o Direito se converta em realidade. Ressaltamos que nossa
pesquisa é extremamente relevante, ao propiciar a investigação científica da proteção
internacional dos Direitos Humanos, sua repercussão no direito interno, bem como os desafios
enfrentados nesse âmbito. Além de oportunizar a reflexão sobre aqueles desafios, é
fundamental buscar na Ciência do Direito, os mecanismos para reverter essa realidade, o que
pode dar suporte para políticas públicas, projetos de lei, dentre outras iniciativas, que venham
de encontro ao desenvolvimento pleno de todas as potencialidades da pessoa humana, razão
última da existência do Direito.

4. PROBLEMA DA PESQUISA

Exemplo 2 : Flávia Piovesan, em sua obra Direitos Humanos e o Direito


Constitucional Internacional (2006), trabalha na perspectiva que nos atende: a Constituição
Federal de 1988 os tratados internacionais de proteção dos direitos humanos. Dispõe ainda
acerca do sistema internacional de proteção dos Direitos Humanos e o Estado brasileiro. Além
de dispor acerca do processo de internacionalização desses direitos, apresenta a estrutura
normativa do sistema global de proteção internacional dos Direitos Humanos. A autora
apresenta os principais tratados, dos quais o Brasil é parte, tais como: 1 – Pacto Internacional
dos Direitos Civis e Políticos; 2 – Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais; 3 – Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial; 6 4 – Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas
Cruéis, Desumanos ou degradantes; 5 – Convenção Internacional sobre os Direitos da
Criança; 6 – Tribunal Penal Internacional, instituído pelo Tratado de Roma; 7 – Convenção

10
sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher; 8 – Sistema
Interamericano de proteção aos Direitos Humanos. A autora supra (2006, p. 275) elucida, com
precisão: ... para que o Brasil se alinhe efetivamente à sistemática internacional de proteção
em relação aos tratados ratificados, é emergencial a revisão dos direitos humanos e
declarações restritivas, a reavaliação da posição do Estado brasileiro quanto às cláusulas e
procedimentos facultativos, bem como a adoção de medidas que assegurem eficácia aos
direitos constantes nos instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos (...).
Pretendemos ainda trabalhar na vertente de Fábio Konder Comparato (2005): Sem dúvida, o
reconhecimento oficial de direitos humanos, pela autoridade política competente, dá muito
mais segurança às relações sociais. Ele exerce, também, uma função pedagógica no seio da
comunidade, no sentido de fazer prevalecer os grandes valores éticos, os quais, sem esse
reconhecimento oficial, tardariam a se impor na vida coletiva. Mas nada assegura que falsos
direitos humanos, isto é, certos privilégios da minoria dominante, não sejam também
inseridos na Constituição, ou consagrados em convenções internacionais, sob a denominação
de direitos fundamentais. O que nos conduz, necessariamente, à busca de um fundamento
mais profundo do que o simples reconhecimento estatal para a vigência desses direitos.
Ressaltamos ainda o fato de que o não cumprimento das disposições de um tratado
internacional pode redundar em responsabilidade internacional, conforme dispõe Ramos
(2004), em seu livro Responsabilidade internacional por violação de direitos humanos. Na
ponderação perceptiva de Tunkin (1986, p. 211), a relevância da responsabilidade
internacional é condicionada pelo fato de ser um meio jurídico indispensável para garantir o
respeito das normas do Direito Internacional. A responsabilidade dos sujeitos desse Direito
“está ligada ao cumprimento rigoroso da legalidade internacional [...]. Ela é um instrumento
da regulação jurídica nas relações internacionais e estimula o funcionamento do Direito
Internacional”. Soma-se a estas ponderações o fato de que o reconhecimento da
responsabilidade internacional está intimamente ligado à seguridade dos povos e à
estabilidade da própria ordem jurídica internacional, afirma Marta Oliveros (1988, p. 22).
Portanto, sua efetivação prática através do aperfeiçoamento de mecanismos eficazes e
pacíficos de solução de controvérsias é um imperativo do Direito Internacional
contemporâneo, pois não basta que a responsabilidade internacional seja reconhecida. É
fundamental que o instituto alcance seus fins. Quantos aos Tribunais Internacionais de
Direitos Humanos, dois deles merecem destaque: A Corte Interamericana de Direitos
Humanos, sediada em San José, na Costa Rica e o Tribunal Penal Internacional, sediado na

11
cidade de Haia, na Holanda. O Brasil se submete à jurisdição desses Tribunais, haja vista o
consentimento expresso em consonância com o Direito Internacional Público. (DINH;
DAILLIER; PELLET, 1999). A respeito do Tribunal Penal Internacional, Valério de Oliveira
Mazzuoli (2006, p. 572) entende tratar-se do tribunal responsável pela “construção de uma
sociedade internacional justa e digna, baseada nos princípios da igualdade e da não
discriminação, que são o fundamento da tutela internacional dos Direitos Humanos”.
Exemplo 3 : Pretende-se com este trabalho desenvolver uma análise das
condições sociais e políticas, bem como dos mecanismos de surgimento, expansão e
consolidação do poder do PCC nas instituições prisionais, avaliando o papel das lideranças
neste processo. Analisaremos também as bases sobre as quais está assentada a legitimidade da
dominação exercida pela facção e os resultados práticos e simbólicos – para a organização e
para a massa carcerária – da medida de maior impacto tomada pelas autoridades para
desarticular o PCC: o RDD. A partir da análise destas questões, pretendemos apresentar um
quadro geral das transformações ocorridas na dinâmica das relações sociais estabelecidas nas
prisões paulistas, em decorrência da mudança no exercício do poder nestes estabelecimentos.
Para fins analíticos, dividiremos as questões da seguinte forma: abordagem
macrossociológica, cujo foco será as condições gerais que podem ter permitido ou estimulado
o surgimento e expansão do PCC – tais como mudanças sociais, políticas e culturais mais
amplas e decisões político-administrativas mais restritas. Por outro lado, realizaremos uma
análise figuracional4, abordando a dinâmica da organização a partir das bases de dominação
da massa carcerária e dos mecanismos internos de disputa pelo poder e de ascensão na
hierarquia.
a-) Abordagem macrossociológica: pretendemos delinear o contexto mais amplo
que permitiu a emergência e, principalmente a expansão e a consolidação da dominação do
PCC, num momento determinado da história do sistema penitenciário paulista, verificando
que elementos novos – se é que eles existiram – emergiram nesta nova figuração caracterizada
pela centralização do poder, considerando as condições sociais e políticas, conjunturais e
estruturais, interna e externa aos estabelecimentos penais, na medida em que estas possam ter
incidido diretamente sobre o fenômeno que estamos analisando.
Ainda no plano de análise mais abrangente e, considerando o RDD o ponto
culminante de uma determinada orientação política marcada pela alteração nos objetivos e nos
discursos sobre o sistema penitenciário, pretendemos verificar os seus efeitos sobre a massa
4
A definição deste conceito e suas implicações na análise estão nas discussões dos fundamentos teóricos e
metodológicos deste projeto.
12
carcerária, considerando os objetivos que oficialmente justificam sua criação. Impondo uma
série de restrições e condições muito mais severas para o cumprimento da pena de prisão, o
RDD é justificado como medida preventiva – para desencorajar os presos a cometerem
infrações disciplinares - e punitiva. Criticado por diversas entidades ligadas a defesa dos
direitos humanos, o RDD5 é considerado a institucionalização e legalização de práticas
arbitrárias que sempre estiveram presentes nas prisões brasileiras – como o uso das celas-
fortes.
Para Garland (apud SALLA; GAUTO; ALVAREZ, 2006, p. 343) a punição deve
ser pensada a partir dos efeitos sobre quem a recebe e dos significados que ela adquire para a
sociedade na qual está inserida. Sendo assim, pretendemos verificar qual o impacto que o
RDD teve, em primeiro lugar, para a massa carcerária e, em segundo, para os presos que estão
ou estiveram neste regime, num sentido prático e simbólico. Do ponto de vista prático,
discutiremos se o RDD provocou alguma mudança efetiva de comportamento por parte da
população prisional bem como dos presos alvos desta punição. E, por outro lado, pretendemos
compreender o sentido simbólico do RDD em termos da imagem construída pela massa
carcerária dos líderes que se encontram sob este regime, discutindo até que ponto atinge o seu
principal objetivo que é o isolamento desses líderes e a desarticulação da facção.
b-) Análise figuracional: pretendemos delinear a dinâmica de atuação do PCC no
interior do sistema penitenciário, a sua relação com diferentes agentes (em especial os presos
e seus familiares), apontando as bases em que se assenta a relação de dominação existente
entre a facção e seus membros, analisando a forma como o PCC se articula para garantir a
dominação dentro desse sistema e, por fim a posição social particular ocupada por alguns
indivíduos e que permitiu que desempenhassem um papel importante no processo de
expansão da organização e de consolidação de uma nova configuração de poder no sistema
carcerário.
Utilizando a nomenclatura utilizada por Lupo (2002) e Mingardi (2006) e as duas
formas de organização das redes exposto por Zaluar (2004)6 podemos obter um modelo
interessante para compreender a dinâmica e o funcionamento de organizações como o PCC.
Power Syndicate ou modelo tradicional: concepção de rede social para analisar
atividades ilegais que fluem por meio de relações baseadas no segredo e na confiança, no

5
Em dezembro de 2003 o RDD se torna lei federal, com o tempo máximo de permanência neste regime
estipulado em 360 dias, podendo ser prorrogado por mais 180.
6
A junção da abordagem desses três autores foi realizada por mim, a partir da semelhança entre os modelos
apresentados pelos mesmos. Em nenhum deles há, isoladamente, todas as características ou nomenclatura
utilizada aqui.
13
conhecimento das pessoas e nos acordos tácitos. Este modelo organizacional caracteriza-se
pelo controle territorial, a partir do qual as organizações criminosas garantem o monopólio
das atividades ilegais. A manutenção deste controle demanda a existência de um aparato
militar para impor o terror e punir quem ousa transgredir as regras da organização.
Corresponde ao modelo da máfia, tal como descrito por Cressey (1997).
Interprise syndicate ou modelo empresarial: rede construída a partir do fluxo de
informações e produtos que passam através das metrópoles internacionais e demais cidades
através dos nós e pontos de interconexão entre elas. Trata-se de um modelo organizacional
muito mais amplo, móvel e fluido, sendo que os negócios ilegais realizados através destas
redes cortam transversalmente as organizações criminosas.
O controle territorial, conquistado e mantido a partir da demonstração da força e
violência, é, aparentemente, contrastante com a fluidez e as conexões internacionais do crime
organizado, como o tráfico de drogas. São, no entanto, duas faces de uma mesma moeda que
reúne, de um lado, os grandes financistas, atacadistas e distribuidores, conectados a uma vasta
rede que envolve empresas legais e ilegais dos mais variados ramos e para executar as mais
variadas funções – desde o refino e transporte da droga, até a lavagem do dinheiro advindo
deste comércio – bem como diversas instâncias dos aparelhos estatais de diversos países. Por
outro lado, na outra ponta deste emaranhado, encontramos uma rede densa que se mantém a
partir do controle e do monopólio territorial do comércio ilegal, que se exerce a partir de um
processo de militarização – possibilitado pela enorme quantidade de armas adquiridas –, da
violência e ameaça, não apenas daqueles diretamente envolvidos nesta rede, mas também da
população que vive nos locais dominados por esses grupos (ZALUAR, 1999, 2000, 2004).
Considerando estes dois modelos de organização criminosa, podemos analisar a
dinâmica do PCC da seguinte forma: dentro da prisão o grupo atua nos moldes tradicionais,
conforme descrito acima e, nas atividades mais amplas nas quais está supostamente
envolvido, atua conforme o modelo empresarial. Conforme já apontado anteriormente, neste
trabalho o foco será a dinâmica do PCC no interior do sistema carcerário, ou seja, a sua
atuação em conformidade com o modelo tradicional. Isto não significa, obviamente, que
desconsideraremos a sua dinâmica empresarial.
De acordo com Elias (2001) é a rede de interdependência na qual os indivíduos
estão inseridos que impõe limites e possibilidades para sua atuação. Rejeitando noções como
liberdade e determinismo, o autor aponta que a margem de decisão individual é dada a partir
da posição ocupada pelo mesmo na rede interdependente na qual está inserido. Neste sentido,

14
mesmo um escravo ou um preso possuem uma determinada margem de ação, ainda que
certamente limitada pela posição ocupada. Da mesma forma, um rei – ou, neste caso, o
indivíduo que ocupa o mais alto posto na hierarquia do PCC –, ainda que pese o espaço mais
amplo para suas ações, também tem sua atuação limitada pela rede da qual faz parte.
Dadas estas considerações, pretendemos delinear as bases em que se assenta a
dominação exercida pelo PCC na grande maioria de prisões do Estado de São Paulo – que
abriga cerca de 140.000 pessoas. Em outras palavras, porque mais de 100.000 presos
obedecem às ordens emitidas pela cúpula do PCC? Que figuração permite que se constitua
posições sociais – como a das lideranças que ocupam a cúpula do PCC e, por conseguinte,
suas instâncias decisórias – com tal margem de manobra e tal poder de decisão?
É consensual que a ameaça e o uso explícito da violência é parte integrante e
fundamental nesta relação, uma vez que ela se baseia no modelo apontado acima, mantida a
partir de um controle territorial e da posse de um arsenal militar suficiente para impor sua
dominação, mediante ameaça do uso da força física. No entanto, conforme aponta Elias, há
sempre um espaço de decisão individual, mesmo na posição de preso, de forma que a ameaça
da violência por si só não explica a questão. Ainda mais quando consideramos o grande
contingente envolvido nesta relação de dominação, a pergunta torna-se ainda mais relevante7.
Considerando, portanto, que é necessária uma base de apoio mínima para manutenção desta
relação de dominação, pretendemos verificar se esta base existe, em que ela está assentada; se
há algum reconhecimento da validade da ordem dada pela cúpula da facção, qual o
fundamento desta legitimação da dominação exercida pelo PCC sobre a massa carcerária? (...)

5. OBJETIVO GERAL

Exemplo 1 : Identificar qual foi o efeito produzido no planejamento orçamentário e


financeiro dos Municípios mineiros com mais de 50.000 habitantes com o advento da Lei
Complementar 101 de 2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal.

7
Conforme Arendt (1999) não existe dominação baseada apenas na violência. O exercício da dominação requer
uma base de apoio mínima, ainda quando carece de legitimidade e tem na violência seu principal instrumento.
Esta base mínima de apoio é constituída pelas pessoas cuja função é fazer com que a ordem seja obedecida,
ameaçar e punir efetivamente quem não a cumpre. No caso de uma organização como o PCC, essa base seria
constituída pelos membros dos níveis intermediários na hierarquia da facção, que exercem funções de mando e
de supervisão do cumprimento das ordens, bem como ordenam a punição severa para os infratores.
15
Exemplo 2 : O objetivo central dessa pesquisa é investigar, por meio de uma
seqüência de monografias, a proteção internacional dos Direitos Humanos e sua repercussão
na ordem jurídica interna.

6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Exemplo 1 :
•Investigar como a Lei de Responsabilidade Fiscal surgiu no Brasil;
• Analisar o processo histórico de planejamento público no Brasil;
• Identificar como funciona o processo de construção e gestão dos principais instrumentos de
planejamento público nos Municípios, com especial atenção para áreas de Educação e Saúde;
• Analisar se a Lei de Responsabilidade Fiscal afetou de forma positiva ou negativa o
planejamento e a gestão dos Municípios mineiros.

Exemplo 2 :
- Levantar os itens que compõem a estrutura da proteção internacional dos Direitos
Humanos;
- Investigar os principais documentos pertinentes à proteção internacional dos Direitos
Humanos, bem como no Sistema Interamericano de Direitos Humanos;
- Analisar o processo de internacionalização dos Direitos Humanos com vistas ao exercício
da cidadania;
- Investigar as conseqüências do eventual descumprimento de obrigações assumidas pelo
Estado brasileiro mediante tratados internacionais de Direitos Humanos;
- Investigar a compatibilização do direito interno e do Direito Internacional na seara de
Direitos Humanos;
- Investigar os principais Tribunais Internacionais destinadas à proteção dos Direitos
Humanos, bem como a constitucionalidade de sua jurisdição sobre o Estado brasileiro;
- Contribuir para o debate científico sobre os Direitos Humanos, na perspectiva do Direito
Internacional;
- Contribuir para com a efetividade dos Direitos Humanos;
- Contribuir para com as atividades de pesquisa no Curso de Direito, visando à participação
dos alunos, numa perspectiva científica, em prol do exercício pleno da cidadania;
- Divulgar os resultados através de publicação científica.

16
7. PRESSUPOSTOS OU HIPÓTESES
Exemplo 3 : Formularemos algumas hipóteses, ressaltando o caráter preliminar
das mesmas por tratar-se de um fenômeno ainda carente de análises científicas:
- De acordo com informações oficiais da Secretaria de Administração Penitenciária de
São Paulo, o incremento da população carcerária na última década é assustador8: ela passa de
55.021 no ano de 1994 a 143.609 indivíduos em julho de 2006, aumentando
aproximadamente 160%. O aumento do encarceramento, contudo, não foi acompanhado da
presença legitimamente constituída do Estado enquanto responsável pela tutela dos
encarcerados. Ao contrário, esse processo culminou com a completa perda de controle da
massa carcerária e dos espaços prisionais pela administração prisional.
- Tem-se uma figuração inicial onde a violência é usada indiscriminadamente e apenas
os mais fortes ou aqueles que conseguiam se unir sobreviviam ilesos. O PCC trazia uma
mensagem inicial centrada na união dos presos contra os abusos do Estado e, ao mesmo
tempo, se apresentava como instância protetora diante das ameaças vindas dos presos que se
aproveitam de sua superioridade física para manter o domínio sobre os demais. Diante da
situação dramática em que viviam a capa protetora do PCC e a idéia de grupo para superar a
fraqueza individual, aparecia como uma opção atraente.
- Quanto ao RDD, nossa hipótese é de que a justificativa deste dispositivo como uma
ameaça para evitar que os presos não transgridam as “regras” da instituição é extremamente
falha por vários motivos. Primeiro: o RDD é destinado aos indivíduos membros de facções
criminosas. Mas, como determinar quem é e quem não é membro das organizações atuantes
no sistema prisional? Podem, se assim o quiserem, os presos se negarem a fazer parte da
facção? Acreditamos que não e, desta forma, o temor de ser transferido para o RDD, ainda
que exista, não altera em muita coisa o comportamento dos presos. Quanto à imagem que o
RDD produz, junto à massa carcerária, sobre as lideranças que permanecem neste regime,
nossa hipótese é a de que esses líderes adquirem um respeito maior, quanto mais longo é o
tempo de permanência no isolamento. A sobrevivência e a manutenção da sanidade mental
diante de tão severas condições de existência garantem a esses indivíduos a ampliação de seu
capital simbólico, reforçando seu papel de líder.
- Em relação à questão da legitimidade e das bases de poder do PCC, a hipótese é de
que a facção age de forma semelhante a outros grupos criminosos, tais como o Comando
Vermelho ou a máfia italiana: elabora um discurso de acordo com o qual a organização teria

8 Essas informações estão disponíveis no site da Secretaria: www.admpenitenciaria.sp.gov.br. Este número


inclui os indivíduos presos sob a custódia da Secretaria de Segurança Pública.
17
como função a mediação e resolução dos conflitos, bem como a regulação e a normatização
do comportamento da massa carcerária, elaborando regras e normas e impondo sua rigorosa
observância. Ao mesmo tempo em que supre o vazio deixado pelo Estado na incapacidade de
gerir a população prisional, o PCC ocupa o lugar do poder público suprindo algumas
necessidades dos presos e de suas famílias, como o fornecimento de cesta básica, transporte
para as visitas às penitenciárias mais distantes e assistência jurídica. Contudo, não obstante a
base de apoio constituída pelo PCC na ocupação das brechas deixadas pelo Estado, a
violência e a opressão permanece como fundamental na manutenção deste domínio. Violência
que tem seu potencial ampliado de forma exponencial pela sua centralização nas mãos de
poucos, bem como pelos sofisticados armamentos possuídos pela organização.
(...)
Como hipótese central deste trabalho está a negação que nesta nova figuração social
teria havido uma diminuição da violência em decorrência da sua centralização pelo PCC. A
violência não foi reduzida, nem em quantidade nem em intensidade, ela apenas mudou de
mãos. Ao invés de estar pulverizada no meio da massa carcerária, ela está centralizada nas
mãos de uns poucos que não hesitam em utilizá-la pelos motivos mais banais. A explicação
para isso é que o PCC nunca se constituiu como uma instância democrática de representação
dos presos, na qual a participação é voluntária. A não adesão ao grupo representa não apenas
a exclusão do indivíduo de todos os benefícios que o PCC alega conceder aos seus membros,
mas também a exposição do mesmo a toda aquela violência que é monopolizada pela
organização. Se há uma diminuição dos conflitos entre os presos, isto se deve ao aumento dos
diferenciais de poder entre os indivíduos envolvidos nesta rede interdependente, que torna
incontornável qualquer manifestação contrária ao grupo dominante (ELIAS, 2006, p. 202).
Permanece e recrudesce o padrão hierárquico, autoritário e violento das relações sociais
estabelecidas na prisão.

8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Exemplo 3 : Conforme já está claro a partir da leitura deste projeto, o


fundamento teórico que norteará esta pesquisa será a teoria de Elias das figurações sociais,
bem como sua análise do processo de monopolização – de recursos financeiros e da violência
– que caracterizaram o surgimento do Estado moderno e da cultura ocidental.

18
Assim, o conceito-chave desta pesquisa é figuração (ELIAS, 1990, p.
249/250) que remete à idéia de uma pluralidade de indivíduos reciprocamente orientados,
constituindo uma rede de interdependência. Trata-se, portanto, de uma formação social de
dimensões variadas e cuja reprodução depende do equilíbrio móvel de tensões estabelecido
entre os indivíduos que ocupam posições determinadas nesta cadeia (CHARTIER, 2001, p.
13). Para Elias (2006, p. 26) o convívio entre os seres humanos, mesmo no caos, na desordem
social, sempre possui uma forma determinada, cujas peculiaridades estruturais o conceito de
figuração exprime. Portanto, a partir da investigação empírica da cadeia de interdependência
que liga os indivíduos entre si é possível verificar o espaço de decisão e de autonomia de cada
um e suas estratégias de comportamento em função da posição ocupada nesta rede (ELIAS,
2001, p. 56).
Além deste conceito, será importante nesta pesquisa o arcabouço teórico
fornecido por Elias na sua teoria do processo civilizatório, sua análise do mecanismo
monopolista que teve como conseqüência o surgimento da civilização ocidental, caracterizada
pelo controle das pulsões. Desnecessário dizer que esta teoria será aqui utilizada com um
escopo muito menor, sem termos, obviamente, a pretensão de seguir o mesmo percurso
realizado pelo autor. No entanto, entendemos ser possível reconstituir na análise o processo de
expansão do PCC no sistema carcerário paulista, a partir de uma centralização de recursos
financeiros e de capacidade de implementação da força física, expropriando os demais
indivíduos da utilização da mesma. Para compreender como se efetivou esse processo é
preciso entender o sistema prisional como um lócus onde o poder estatal nunca se fez
presente, onde nunca tenha havido um monopólio da violência legítima por parte do Estado e
portanto, onde o crime organizado ocupou as brechas deixadas pela ausência do poder
público.
Articularemos a análise a partir de dois eixos: de um lado uma análise
comparativa cujo marco será o surgimento do PCC no sistema penitenciário (1993),
elaborando uma comparação da figuração social existente antes deste surgimento e a atual,
analisando as mudanças no equilíbrio de forças e das tensões existentes nesta rede, a partir de
uma nova organização do poder e da utilização da violência. Analisaremos os elementos
políticos, sociais, administrativos que podem ajudar a entender as condições particulares que
possibilitaram a emergência e a expansão do poder da facção num determinado momento.
Neste sentido, é fundamental a abordagem de Garland (1999) sobre o significado cultural das
práticas punitivas e das políticas públicas de segurança, onde o aumento da repressão não

19
significa necessariamente capacidade do Estado de garantir a ordem social. Por outro lado,
como complemento desta abordagem mais ampla, faremos uma análise da atual figuração,
buscando compreender como o PCC mantém o domínio da ampla maioria dos encarcerados
que compõem o sistema prisional paulista; quais mecanismos são colocados em jogo para
manutenção deste poder; qual a base de legitimidade em que esta dominação se assenta; qual
o papel dos indivíduos singulares nesta nova figuração.
Importante salientar que enquanto para Elias (2006, p. 25/26) o conceito de
processo “refere-se às transformações amplas, contínuas, de longa duração – ou seja, em geral
não aquém de três gerações – de figurações [...]”, nesta pesquisa a análise dos processos de
transformações das figurações situa-se num âmbito bem mais restrito e limitado, tanto no
sentido temporal quanto em termos da dimensão da figuração.

9. METODOLOGIA
Exemplo 1 : Para analisar o impacto da lei, utilizaram-se dados comparativos de
dois exercícios, um período anterior à lei (1998) e outro posterior (2006). Avaliou-se também,
com base em dados disponíveis no sítio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), gastos com
pessoal, dívida, restos a pagar, educação e cultura, saúde e saneamento, assistência social e
previdência referente ao período de 1998 a 2006.
Exemplo 2 :
8.1. Tipo de pesquisa: Será realizada pesquisa bibliográfica de autores que
abordaram o tema. Poderá ocorrer no caso concreto, dependendo da opção monográfica
adotada, Pesquisa Documental e de Campo. 8.2 Método de abordagem: Através dos trabalhos
monográficos, a pesquisa bibliográfica desenvolver-se-á pelo método de abordagem dedutivo,
bem como o hipotético-dedutivo. Na pesquisa documental e de campo poderá ser adotado o
método de abordagem indutivo. 8.3 Procedimento técnico 8.4 Após o levantamento
bibliográfico, proceder-se-á à leitura analítica do material, a qual compreenderá as análises
textual, temática e interpretativa. Quanto à pesquisa documental, poderá ser realizada análise
históricocomparativa e crítica. Com relação à pesquisa de campo, procederemos a formulários
e questionários, roteiro para entrevistas.
Exemplo 3 : As questões tratadas nesta pesquisa são de extrema complexidade na
medida em que envolvem uma perspectiva comparativa, a partir da qual pretendemos
reconstituir uma determinada figuração social e sua transformação, delineando os elementos
constitutivos da atual formação. Essa complexidade demanda, desta forma, uma

20
multiplicidade de técnicas capazes de captar as mudanças, os efeitos das ações, a dinâmica
atual, o papel do indivíduo.
Este trabalho terá duas vertentes de análise:
a-) Pesquisa documental e material jornalístico:
1. Documentos do Ministério Público: analisaremos os documentos produzidos
pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério
Público de São Paulo, envolvido diretamente em investigações sobre o PCC e que já produziu
um farto material sobre a facção a partir, dentre outros meios, de escutas telefônicas e delação
premiada. Em relação a esta última, tem-se depoimentos fundamentais para nossa análise,
como aqueles fornecidos pelos fundadores do PCC e que depois se tornaram inimigos da
facção. Além dos depoimentos de ex-membros da facção e das lideranças atuais, buscaremos
acesso a toda documentação que o órgão disponibilizar, levantando questões que possam ser
aprofundadas na segunda parte do trabalho, durante a pesquisa de campo.
2. Prontuários e relatório de atividades e ocorrências das unidades prisionais9: a
partir da seleção das unidades prisionais onde a pesquisa será realizada, faremos um
levantamento nos documentos que contenham informações tais como brigas, assassinatos,
motins, rebeliões, infrações disciplinares e fugas. A fim de apreender as supostas mudanças
nas relações de poder ocorridas a partir da expansão do PCC, faremos um recorte temporal e
consideraremos o ano de 1990 para o início do levantamento: três anos antes da constituição
inicial da facção (1993) e onze anos antes da consolidação do seu poder (2001).
3. Material jornalístico: será feita uma pesquisa das notícias veiculadas na
imprensa escrita sobre os estabelecimentos prisionais de São Paulo, em especial àquelas
referentes aos temas citados no item anterior, com o mesmo recorte temporal, ou seja, a partir
de 1990. Este levantamento tem como objetivo tentar superar as fragilidades das informações
oficiais, uma vez que sabemos de antemão que poucas vezes elas são sistematizadas, tendo
pouca confiabilidade. Da mesma maneira, o material jornalístico também possui seus vícios e
limitações. Entretanto, somando as duas fontes, buscaremos superar as limitações de cada
uma delas isoladas, considerando possível traçar um panorama histórico das mudanças
produzidas pela expansão do PCC em termos das relações sociais no sistema prisional.
4. Pesquisa bibliográfica: além da literatura estrangeira sobre crime organizado
(até aqui pouco considerada), e da literatura nacional sobre sistema prisional e crime,

9
Esse levantamento será realizado também na Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, isto é, se
esta Secretaria possuir as informações relevantes para esta pesquisa.
21
importante destacar a leitura de biografias de presos ou ex-presos que poderão complementar
a análise das questões apontadas nos itens dois e três.
b-) Pesquisa de campo:
Realizaremos pesquisa de campo em unidades prisionais sob o domínio do PCC e
também naquelas poucas unidades sob o comando de facções rivais, nas quais serão
realizadas entrevistas – gravadas – com roteiro estruturado, a ser formulado posteriormente.
As entrevistas serão realizadas com os seguintes seguimentos: agentes penitenciários com
quinze anos de trabalho; familiares de presos a serem escolhidos aleatoriamente em contato
nos dias de visitas; com os presos, segmentados de acordo com o tempo em que se encontram
na cadeia. Assim, considerando o ano em que foram presos, agruparemos da seguinte forma
os entrevistados: antes de ou em 1992; entre 1993 e 1997; 1997 e 2001 e depois de 2001.
Realizaremos também entrevistas com lideranças que exerciam esse papel junto a
massa carcerária antes do surgimento do PCC e também aqueles que desempenham
atualmente essa função. Quanto aos primeiros, temos um contato já realizado em pesquisa
anterior (ver DIAS, 2005) e, em relação às atuais lideranças – os pilotos – entendemos que
deverão ser identificadas no decorrer da pesquisa de campo, e partir daí, tentaremos
entrevistá-los. Por fim, buscaremos realizar entrevistas com os presos que se encontram sob o
RDD e, em caso de dificuldades para conseguir autorização para tanto, entrevistaremos
aqueles que já estiveram neste regime.
A segmentação acima, a partir do ano de prisão do indivíduo, tem como objetivo
captar os diferentes momentos e as mudanças produzidas pela nova organização do poder no
sistema carcerário. Nestes casos as entrevistas abordarão questões sobre o cotidiano da prisão,
suas normas, o que se pode ou não fazer ou falar, quem e como são supridas as necessidades
materiais dentro da cadeia. Além disso, haverá perguntas sobre os limites – ou a falta de – do
uso da força física na resolução de conflitos, sobre sua posição pessoal na hierarquia da
prisão, bem como sua relação com os supostos membros e com os líderes da facção; sua visão
acerca do papel do piloto, de quem se encontra sob o RDD e das mudanças trazidas pela
facção no sistema prisional. Quanto aos agentes penitenciários e familiares dos presos as
entrevistas abordarão as mesmas questões – adaptadas obviamente à posição de cada um.
Em relação aos líderes – antigos e atuais – além das questões acima, discutiremos
os problemas mais específicos do exercício da liderança, tais como as ações para impor
respeito, ganhar confiança e punir, traços pessoais importantes no exercício desta função etc.

22
E, por fim, junto aos presos sob o RDD além do que já exposto antes, abordaremos,
obviamente, os efeitos deste regime no desempenho de seu papel dentro da organização.
Será elaborado previamente um roteiro de entrevistas que terá como objetivo
permear e abarcar as questões colocadas anteriormente. No entanto, devido às características
das questões abordadas, por estarmos discutindo as ações, efeitos, relações de membros de
uma organização criminosa, é certo que muitas vezes o não dito, o silêncio, podem ser mais
reveladores do que a fala. O roteiro é fundamental, mas a entrevista não pode se esgotar nas
questões nele formuladas. É essencial deixar o entrevistado falar já que, muitas vezes, ele
revela questões que não haviam sido colocadas previamente pelo pesquisador, desvelando
meandros que permanecem submersos e que muitas vezes são imprescindíveis para a
compreensão dos fenômenos. Além disso, ainda que as entrevistas sejam aspectos centrais
neste trabalho, a pesquisa de campo não se esgota nesta técnica. Essencial também são as
observações do que é dito longe do gravador, o que se tenta não mostrar, não dizer.
A escolha das prisões aonde a pesquisa irá se realizar também será feita
posteriormente, devendo ser considerado os seguintes critérios: duas ou três penitenciárias sob
o comando do PCC, uma penitenciária sob o domínio de facções rivais e uma penitenciária
onde seja aplicado o RDD. Quanto à definição da quantidade de entrevistas, pretendemos
realizar entre três e cinco entrevistas com cada um dos segmentos apresentados antes. No
entanto, trata-se de um número aproximado e provisório, tendo a certeza de que isso só será
possível precisar no próprio decorrer do processo de pesquisa, pois as instituições nas quais
esta se realizará possuem uma dinâmica muito particular que acaba influenciando diretamente
e ditando o ritmo dos trabalhos. Se essas peculiaridades impedem uma definição
metodológica mais precisa, entendemos, no entanto, que elas são partes constitutivas deste
mundo social que tentaremos compreender um pouco mais, sendo, portanto, importante essa
compreensão.

10. CRONOGRAMA

Exemplo 2 :
Fases – Agosto 2017 – 1° Semestre 2° Semestre
Julho 2018
Elaboração do Projeto de X
Pesquisa e do Plano de
Trabalho
Levantamento bibliográfico X
23
Localização do material X
bibliográfico e documentos
Elaboração do relatório X
parcial
Compilação X
Fichamento X X
Relatório Parcial X X
Análise e interpretação X
Redação X
Relatório Final X

11. REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Exemplo2 :

ARENDT, Hannah. A condição humana. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense


Universitária, 1987.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos.
3. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
CUELLAR, Javier Pérez. “Da responsabilidade internacional e as Nações
Unidas”. Tradução de Regina Maria Macedo Nery Ferrari. Genesis: Revista de Direito
Administrativo Aplicado, Curitiba, ano 2, n. 8, p. 11-15, abr. 1996. p. 15.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo:
Moderna, 2001.
DINH, Nguyen Quoc; DAILLIER, Patrick; PELLET, Alain. Direito
internacional público. Tradução de Vítor Marques Coelho. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1999.
HERKENHOFF, João Baptista. Curso de direitos humanos. São Paulo: Editora
Acadêmica, 1994, v. 1.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Trad. João Baptista Machado. São
Paulo: Martins Fontes, 1994.
LAFER, Celso. A internacionalização dos direitos humanos. São Paulo:
Manole, 2005.

24
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 10. ed. São Paulo:
Método, 2008.
LLORET, Jaume Ferrer. Responsabilidad internacional del Estado y Derechos
Humanos. Madrid: Editorial Tecnos, 1998.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direitos humanos e relações internacionais.
Campinas: Agá Juris, 2000. MELLO, Celso Duvivier de Albuquerque. Direitos humanos e
conflitos armados. Rio de Janeiro: Renovar, 1997.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2009.
________. Direitos humanos fundamentais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
PIOVESAN, Flávia. “Direitos sociais, econômicos e culturais e direitos civis e políticos”.
Disponível em: . Acesso em 01 dez. 2008.
________. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 7. ed.
São Paulo: Saraiva, 2006.
RAMOS, André de Carvalho. Processo internacional de Direitos Humanos. Rio
de Janeiro: Renovar, 2002.
________. Responsabilidade internacional por violação de direitos humanos.
Rio de Janeiro: Renovar, 2004. RIBEIRO, Maria de Fátima; MAZZUOLI, Valério de Oliveira
(Coords.). Direito Internacional dos Direitos Humanos. Curitiba: Juruá, 2004.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Tratado de direito internacional dos
direitos humanos. Porto Alegre: Safe-Fabris, 1999, v. I, II e III.
________. O direito internacional em um mundo em transformação. Rio de
Janeiro: Renovar, 2002.
TUNKIN, Grigory Ivanovich. Direito internacional. Tradução de J. M. Milhazes
Pinto. Moscovo: Edições Progresso, 1986.

25

S-ar putea să vă placă și