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Questão

Explique o que é norma penal em branco, homogênea e heterogênea,


e como se dá a retroatividade dessas espécies de normas.

R: A norma penal em branco é aquela em há necessidade de complementação para


que possa compreender o âmbito de aplicação de seu preceito primário. Todavia,
mesmo que haja uma descrição de uma conduta proibida, é obrigatório um
complemento extraído de outro diploma legal, visto que, sem o complemento, torna-se
impossível a sua aplicação.

As normas penais em branco homogêneas são aquelas que o seu complemento é


oriundo da mesma espécie legislativa que editou a norma que necessita do
complemento. Lei complementando lei. Já as normas penais em branco homogêneas
estabelece que o seu complemento é oriundo de fonte diversa daquela que a editou.
Regulamento complementando lei.

Em decorrência do princípio da legalidade, a Constituição Federal, em seu artigo 5º,


XL, e também o Código Penal, em seu artigo 2º, dispõem que a lei penal não poderá
retroagir, salvo se for para beneficiar o réu, o que justifica para se alvejar uma medica
isonômica e justa.

Questão

Com relação ao princípio da insignificância, responda:

a) qual o conceito e a natureza jurídica.

R: O referido princípio traduz a ideia de proteção subsidiária de bens jurídicos, ou seja,


se a lesão for insignificante ao bem jurídico tutelado pelo Direito Penal, essa
conduta deverá ser considerada irrelevante e atípica materialmente. A natureza
jurídica deste princípio é o seu funcionamento como causa
supralegal de exclusão de tipicidade, que torna o fato atípico pelo não
preenchimento da tipicidade material.

b) sua origem

R: Sua origem mais remota vem do Direito Romano (no qual se aplicava o brocardo
minimus non curat praetor), mas passou a ser difundido a partir da abordagem feita
por Claus ROXIN, na década de 60 do Século passado. No Brasil, foi popularizado
sobretudo por Francisco de ASSIS TOLEDO.

c) Requisitos objetivos impostos pelo STF

R: Os requisitos objetivos são: a) a mínima ofensividade da conduta do agente; b)


nenhuma periculosidade social da ação; c) o reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento; e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.

d) Requisitos subjetivos: aplica-se o princípio ao criminoso habitual, reincidente


e militar?
R: a jurisprudência impõe a necessidade do preenchimento de requisitos subjetivos,
tais como: a) condições pessoais do agente: apesar de prevalecer no STF que não se
aplica ao reincidente, o STJ possui diversos julgados no sentido que o referido
princípio diz respeito à tipicidade material do fato, não tendo relevância o requisito
subjetivo para aplicar ao fato concreto. Ademais, para o STF, há ainda óbice de
aplicação aos casos de criminoso habitual. b) condições da vítima: analisando-se
especificamente as condições financeiras da vítima.

e) se é aplicável aos crimes contra a administração.

R: A Súmula 599 STJ estabelece que ‘’ o princípio da insignificância é inaplicável aos


crimes contra a administração pública”. Isso porque tutela-se nestes crimes contra a
administração a moralidade pública, a ética administrativa, sendo incompatível,
portanto. Apesar do entendimento sumulado, há alguns casos em que a jurisprudência
aplica a exclusão da tipicidade material.

Questão
Apresente as principais características do Direito Penal do inimigo e
relacione com a Lei 13.260/2016 (Antiterrorismo).

R: O Direito Penal do Inimigo surge quando a resposta do Estado ao crime é muito


rápida e intensa, e ao final ainda há prisão do cidadão, com a supressão de direitos e
garantias constitucionais e processuais, a chamada “terceira velocidade” do Direito
Penal. Ainda, conforme os 4 critérios de Jakobs definidores do Direito Penal do
Inimigo, quais sejam: a) a ampla antecipação da punibilidade; b) a falta de redução
da pena proporcional a esta antecipação ; c) a transposição de legislação própria
de Direito Penal para uma legislação combativa e d) supressão de garantias
processuais penais.

A Lei 13.260/2016 - Lei Antiterrorismo no Brasil - deve ser analisada sob à ótica
prospectiva dentro de um Direito Penal de terceira velocidade, que visa a
supressão de direitos e garantias constitucionais e processuais de forma a uma
resposta do Estado mais rápida e intensa com a prisão do cidadão. Há de ser
observado que o Brasil é signatário de tratados internacionais, nos quais
comprometeu-se a proibir as práticas terroristas.

Questão
Tendo por base os estudos apontados em aula aponte qual o
principal reflexo do sistema finalista no Direito Penal e apresente
quais contribuições o sistema funcionalista tem acrescentado.

R: Para a teoria finalista da ação, a ação deixa de ser entendida apenas


como um movimento corporal voluntário, um acontecer causal, e
passa a ser conceituada como o movimento finalisticamente dirigido a
um objetivo, ou seja, a ação se torna como “o conceito central do
fato punível e a estrutura final da ação humana fundamenta as
proibições e mandados das normas penais”6.
Esta concepção traz importante alteração no conceito analítico de
crime: a transposição dos elementos subjetivos (dolo e culpa) da
culpabilidade (elemento subjetivo) para a tipicidade (elemento
objetivo).
Quanto à antijuridicidade, adota-se a chamada teoria indiciária,
segundo a qual a tipicidade representa um indício de ilicitude – sendo
esta afastada quando se verificar a existência de uma causa
excludente.
Como já apontado, o dolo e a culpa deixam de constituir a
culpabilidade, mas mantêm-se, aqui, a potencial consciência da
ilicitude, como elemento de reprovabilidade. A culpabilidade,
portanto, é integrada pela imputabilidade, pela potencial consciência
da ilicitude e pela exigibilidade de conduta diversa.

Além da teoria da imputação objetiva, o funcionalismo também se


encabulou de outro componente nuclear: a expansão do conceito de
culpabilidade para uma ideia de responsabilidade, ou teoria
funcionalista da culpabilidade, que é a verificação da necessidade de
imposição da pena.

Por assim sendo, adota-se a estrutura do crime como sendo o injusto


somado à responsabilização. O injusto se enquadra como fato típico
e antijurídico, nos mesmos moldes do sistema finalista. Juntando a
esta estrutura do crime, soma-se a responsabilização, que é a soma
da culpabilidade (Imputabilidade, Potencial consciência da ilicitude, e
exigibilidade de conduta diversa), juntamente com a análise da
satisfação da necessidade preventiva (saber se a aplicação da pena
atende alguma necessidade preventiva, se prevenirá novos crimes).
Dessa maneira, a culpabilidade, “deixa de ser considerada como
reprovabilidade do ato, visão que subsistiu por quase um século
(desde FRANK) e até hoje ainda tem grande aceitação, passando a
ser expandida para a noção de responsabilidade

Questão
Quais são os critérios de imputação (ou níveis de imputação)
adotados na aplicação da teoria da imputação objetiva proposta por
Claus Roxin?

R: Roxin inova ao adotar mais uma dimensão: a normativa (material), que se resume
em analisar a criação ou incremento de um risco não permitido (risco que a sociedade
não tolera) e analisar se houve a realização do risco no resultado (se resultado está na
linha de desdobramento causal normal da conduta).

Essa teoria, portanto, surgiu como um progresso das teorias causais, porquanto tinha
como finalidade de restringir a tipificação penal infinita permitida pela teoria da
adequação social e causalidade adequada e também em solucionar os problemas em
especial aos delitos culposos.

No que pertine à teoria da imputação objetiva, afirma-se que ela se traduz no estudo
do risco, sendo este risco determinante para se limitar a interferência do Estado na
liberdade de cada indivíduo. É classificada como objetiva em razão de se pautar no
conhecimento de um homem médio e não do agente no caso em concreto.

Desta forma, para não se esgotar na causação do resultado e para verificar a


causação objetivamente típica, a teoria mais moderna e dominante de Roxin, sentiu a
necessidade de formular o princípio do risco para analisar mais dois critérios além
desses oriundos do sistema naturalista: a criação de um risco juridicamente
desaprovado e a realização do risco no resultado.

Assim, pela teoria da imputação, “o resultado causado pelo autor só deve ser
imputado ao tipo objetivo se o comportamento do autor criar um perigo para o objeto
da ação, não compreendido no risco permitido, e este perigo se realizar no resultado
concreto”

Constatada a possibilidade de imputação do delito, a teoria da imputação objetiva


ainda apresenta três níveis de imputação: criação de um risco relevante e proibido +
realização do risco no resultado + resultado dentro do alcance do tipo.

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