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O documento resume a Teoria da Psicodinâmica do Trabalho desenvolvida por Dejours, que estuda como o trabalho pode ser fonte de sofrimento psíquico e doença, mas também de prazer e saúde mental. Dejours analisou como os trabalhadores preservam o equilíbrio mental em situações difíceis e desenvolvem estratégias defensivas individuais e coletivas contra o sofrimento no trabalho. A ressonância simbólica entre o trabalho e a história psíquica do indivíduo permite que o trabalho benef
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Titlu original
MODELO_RESUMO- aspectos psicologicos do acidente de trabalho.doc
O documento resume a Teoria da Psicodinâmica do Trabalho desenvolvida por Dejours, que estuda como o trabalho pode ser fonte de sofrimento psíquico e doença, mas também de prazer e saúde mental. Dejours analisou como os trabalhadores preservam o equilíbrio mental em situações difíceis e desenvolvem estratégias defensivas individuais e coletivas contra o sofrimento no trabalho. A ressonância simbólica entre o trabalho e a história psíquica do indivíduo permite que o trabalho benef
O documento resume a Teoria da Psicodinâmica do Trabalho desenvolvida por Dejours, que estuda como o trabalho pode ser fonte de sofrimento psíquico e doença, mas também de prazer e saúde mental. Dejours analisou como os trabalhadores preservam o equilíbrio mental em situações difíceis e desenvolvem estratégias defensivas individuais e coletivas contra o sofrimento no trabalho. A ressonância simbólica entre o trabalho e a história psíquica do indivíduo permite que o trabalho benef
Nomes: ALEX ALEXANDRE MATOS BRUNA HARA TEIXEIRA RAFAEL SILVA RODRIGO MACHADO THAIANY RIBEIRO
RESUMO: TEORIA PSICANALÍTICA NA ORGANIZAÇÃO: A PSICODINÂMICA DO TRABALHO.
A Teoria da Psicodinâmica do Trabalho foi desenvolvida pelo psiquiatra e psicanalista
francês Dejours. A hipótese central desta teoria é que a relação homem x trabalho é de sofrimento e doença, embora o trabalho possa também ser fonte de prazer e saúde. Dejours desenvolveu a Psicodinâmica do Trabalho a partir da indagação de como os trabalhadores, em sua maioria, conseguem preservar o equilíbrio psíquico e manter-se na normalidade em situações de constrangimento. Esse equilíbrio seria resultado de uma regulação que requer estratégias defensivas especiais elaboradas pelos trabalhadores. Assim, Dejours chegou à conclusão de que o equilíbrio, a estabilidade e a normalidade são uma luta do indivíduo contra a doença mental. A normalidade sendo conservada intermedia o sofrimento, que é um espaço de luta entre a sanidade e a loucura. Quando a loucura sobrepõe a sanidade surgem consequências como: delírio, depressão, fobia, inibição, excitação, que são originados mais da organização da personalidade e da predisposição do indivíduo, do que da situação de trabalho, sendo esta apenas desencadeadora da doença. Dejours analisou o sofrimento do indivíduo no trabalho em duas dimensões: diacrônica e sincrônica. A dimensão diacrônica é o sofrimento singular herdado da história psíquica de cada indivíduo(seu passado, sua memória e sua pernsonalidade). Enquanto que a dimensão sincrônica é o sofrimento atual surgido do reencontro do sujeito com a situação de trabalho. Na luta contra o sofrimento, o indivíduo cria soluções favoráveis à produção da saúde, no qual é denominado sofrimento criativo. A Psicodinâmica do Trabalho busca compreender a forma pela qual o equilíbrio mental do indivíduo é ameaçado e quais as consequências para sua saúde mental. Os elementos das condições de trabalho são: condiçoes físicas (barulho, vibração temperatura e irradiações ionizantes), condições químicas (poerias e vapores) e condições biológicas (vírus, bactérias e fungos). Os trabalhadores deselvolvem duas estratégias de preservação da saúde mental, são elas: as defesas coletivas e as individuais. As coletivas e ideologia defensive da profissão afirma que todos os trabalhadores são marcados pela pressão organizacional e com isso desenvolvem comportamento estereotipados e/ou alienados. As defesas individuais são as doenças que são jogadas para o corpo (doenças psicossomáticas e stress) produzidas a partir das pressões de trabalho e o aparelho psíquico. O sofrimento mental começa quando o homem já não se sente como parte de uma mudança em sua tarefa no sentido de torná-la mais satisfatórias adequando-as às próprias necessidades fisiológicas e desejos psicológicos, ocasionando o bloqueio da relação homem-trabalho. Uma das estratégias defensivas da profissão ocasiona a repressão pulsional, mecanismo de defesa utilizada para proteger a saúde mental através da transferência dos sintomas para o corpo, provocando o LER( Lesão por esforço repetitive), muito comum em profissões com movimentos repetitivos. A relação entre organização do trabalho e aparelho mental pode também ser favorável, ao invés de conflituosa. Isto pode ser alcançado através de uma boa adequação no trabalho, evitando fadiga e stress. É possível conseguir este equilíbrio alocando o profissional de acordo com as suas respectivas exigências intelectuais, motoras e psiconsensoriais, deixando-o satisfeito. Outra forma é caracterizada pelo profissional que possui uma satisfação sublimatória, executando sua tarefa com espontaneidade. Dejours retoma o conceito de alienação no sentido em que Marx o compreendia, isto é, a tolerância graduada. Alienação é entendida, também, no sentido psiquiátrico, como substituição da vontade própria do sujeito pela do objeto. A alienação é a habitação do corpo do outro. A organização do trabalho aparece como veículo da vontade do outro, e o operário se sente habitado pelo estranho. Para Dejours, o recurso da palavra é a única forma de se estudar a relação psíquica do indivíduo com o trabalho. É por meio do discurso na organização que se lê e se entende o sofrimento do indivíduo. Partindo dessa leitura, é possível perceber as estratégicas defensivas que os funcionários utilizam coletivamente. Essa é a diferença do espaço público da empresa para a psicanálise. A psicanálise ouve o indivíduo particularmente; na empresa; a estratégica é coletiva. Os programas de qualidades tentam destruir esses esquemas defensivos como se fossem boicotes á produtividade e ao compromisso com a organização. Quando tenta padronizar os comportamentos e as formas de sentir e pensar de seus funcionários. A Psicanálise entende que os traços mas estáveis da personalidade enraízam-se na infância e nas experiências precoces. Na teoria psicanalítica, a organização mental passa por etapas, cada umas delas marcada pelas relações da criança com os pais. Cristalizam-se aí formas que definem a linha da personalidade. Esse processo envolve obstáculos e incidentes até que se estabilize, em suas forças e fragilidades, seu eu adulto.Os obstáculos no desenvolvimento psicoafetivo da criança darão lugar ao ponto crítico da ralação psíquica do adulto com o trabalho. A criança angustia-se com a angústia dos pais e faz disso seu próprio sofrimento. É na impossibilidade de uma solução que se cristaliza uma zona de fragilidade psíquica. A criança, mas tarde, na idade da fala, quer compreender uma incógnita e penetra na experiência da angústia e do abandono, da rejeição dos pais. As preocupações dos pais tornam-se um enigma para a criança. Esse enigma estará na origem da curiosidade jamais satisfeita, no desejo de saber as preocupações paternas. A partir daí, a criança vai desenvolvendo teorias sucessivas e a criança da infância ocupará lugar no psiquismo do futuro adulto. O teatro do trabalho é a transposição do teatro infantil para a organização: os parceiros, agora, são companheiros de trabalho. É nesse novo cenário que ocorre a repetição, com a possibilidade de simbolização. Quando existe a ressonância simbólica entre o teatro do trabalho e o teatro do sofrimento psíquico, o sujeito aborda a situação concreta sem ter der deixar sua história, seu passado e sua memória “no armário”. Ele por meio do trabalho pode satisfazer sua curiosidade, perseguir seu questionamento interior e traçar sua história. A ressonância simbólica aparece como uma condição bem-sucedida da dicotomia singular com a sincronia coletiva. Esse ponto é essencial porque, em relação á produção e a qualidade do trabalho, a ressonância simbólica permite fazer o trabalho beneficiar-se de uma força extraordinária, que é a mobilização dos processos psíquicos do inconsciente. A escolha da profissão é a condição primeira da ressonância simbólica. Esta depende do sujeito e não do trabalho. Resta avaliar as condições reais de trabalho porque, entre profissão e função, aparecem numa organização diferenças relevantes. O trabalho requer elaboração e essa atividade substitui o lugar do jogo (o teatro); na sublimação, ocorre a mudança de parceiros do espaço privado (os pais) para o espaço social (os trabalhadores). O indivíduo não pode escapar do desejo de conhecer o julgamento dos outros e, nesse momento, ele se expõe ao público e a crítica (o espaço social), para aceitação, rejeição ou reconhecimento. Quando o sujeito se submete á crítica, solicita julgamento e espera reconhecimento. Esse reconhecimento é a retribuição fundamental da sublimação, que tem importante papel na conquista da identidade. Embora o processo originado na criança seja referente ao sofrimento, mesmo experimentado por ele, o sujeito pode, graças a dissonância simbólica, (é quando o indivíduo não encontra no trabalho as possibilidades de vivenciar as suas necessidades psíquicas inconsciente, como é o caso da ressonância simbólica), encontrar no trabalho a ocasião de retornar pra onde havia deixado lá na infância. Mesmo com o reconhecimento, essa satisfação tem curta duração e o sofrimento ressurge. Muitas pessoas só conseguem salvar seu equilíbrio psíquico e obter satisfação afetiva por meio do trabalho, de forma que o trabalho e a sublimação aparecem como operadores da saúde mental. O sofrimento patogênico e a entrada em círculo vicioso, que desestabilizam o indivíduo, são conseqüências da falta de condições oferecidas pelo trabalho ao indivíduo para realizar a sublimação. O sofrimento é o cerne da psicopatologia do trabalho e se torna instrumento de compreensão no campo da subjetividade, das condutas e da produção. Segundo Dejours, há muitos esforços, por meio da pesquisa, para que o sofrimento desapareça, visando a saúde dos trabalhadores e/ou a eficácia das empresas. Porém o sofrimento sempre terá algum lugar na vida de todas as pessoas. Como, querendo ou não, há sofrimento, o homem busca reconhecimento e identidade na tentativa de atribuir significado ao sofrimento. A cada sofrimento superado, o indivíduo se reconstrói. A produção prazerosa do trabalho é a sublimação derivada do sofrimento. Ao buscar o trabalho desafiador e superá-lo, o homem adquire reconhecimento e identidade e dá sentido à existência. O desafio mental e a elaboração reconciliam a saúde mental e o trabalho. A motivação é a dinâmica do sofrimento, o desafio gera produção criativa que gera reconhecimento e saúde mental. A desmotivação seria o efeito patogênico do trabalho. A organização científica do trabalho separa corpo e pensamento. O trabalhador luta contra a vontade de pensar espontânea através da repressão pulsional. Esse processo é penoso e não se mantém por si mesmo. Os trabalhadores, para não interromper a repressão pulsional, ficam próximos à inércia psíquica e esta, por sua vez, está associada a doenças somáticas crônicas. Isso justifica a depressão. O ponto final do sofrimento psíquico manifesta-se em doença física e não mental. A repressão do funcionamento psíquico reflete-se em suas relações familiares e sociais. Para não suspender a repressão, ele não desempenha seus papéis afetivos, familiares e sociais e se torna agressivo. Isso leva o filho, caso tenha, a exercitar a retração e a imobilidade. Nota-se o padrão: esse pai foi aquela criança que será o pai do futuro e tudo se repete pelas gerações. As consequências do sofrimento patogênico sobre a produtividade foram estudadas em uma central nuclear. Havia uma desmotivação generalizada. Fazia-se sessões de discussões coletivas onde foram apresentados os problemas observados e os trabalhadores tentaram encontrar soluções. Os funcionários perceberam a possibilidade de transformar a subversão do sofrimento em criatividade. As pressões psíquicas foram justificadas pelas arbitragens e concluíram que o risco era parte integrante da carga de trabalho. É por meio do trabalho que surge o conhecimento sobre o trabalho real, o que até então é oculto pelo sofrimento e auto-defesa do mesmo. O sofrimento corresponde ao risco moral da fraude pela estratégia do segredo. A comunicação possibilita que as condutas dos trabalhadores sejam modificadas, tornando- as relações mais transparentes. Esta demonstração pública possibilita o deixar-se ver e conhecer fazendo o trabalhador sentir-se como parte da organização. O espaço para a palavra é o processo de reconhecimento coletivo, sendo oposto ao individualism. A comunicação da palavra transforma o sofrimento em criatividade. Este espaço público é capaz de reconstituir condutas individuais e de mobilizar a criatidade investida no trabalho, ocorrendo a sublimação, que é a origem da criatividade. É no espaço público que uma adminitração participative explicam as suas estratégias defensivas contra o sofrimento,transformando a criatividade é a ressonância simbólica. O profissional pode alcançar o equilíbrio(saúde mental e psiquico ) através do prazer da sublimação. Segundo Dejors há um elo entre qualidade, segurança, saúde e prazer no trabalho. A segurança depende dos funcionários que podem garantir o bom funcionamento da organização tavés do interesse individual e coletivo de bem-estar. A administração tem a responsabilidade social de manter um espaço público, citado anteiormente, para que todos possam confronter-se na organização de modo a manter a saúde mental e física assim como a segurança da organização. A relação conflituosa entra a organização do trabalho e o aparelho mental deve ser resolvida quando estão em jogo a felicidade das pessoas, a produtividade e a motivação para o trabalho.