Sunteți pe pagina 1din 3

Universidade Federal de Juiz de Fora

Instituto de Ciências Humanas


Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

CHAMADA PARA RENOVAÇÃO DE BOLSAS PPGCSO – Março 2019/Fevereiro 2020


FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome: Maicon do Couto Fecher


Curso:
MESTRADO DOUTORADO X
ANO DE INGRESSO ANO DE INGRESSO 2018

Disciplinas cursadas:
Teoria em Ciências Sociais Sem nota
Teoria Antropológica Sem nota
Tópicos Especiais em Ciências Sociais IV Sem nota
Atividade Prática Docente em Ciências Sem nota
Sociais II
Atividade Prática Docente em Ciências Sem nota
Sociais III

Data do exame de qualificação (alunos do 3º ano doutorado): ___________


Desenvolvimento da pesquisa do mestrado/doutorado:
A pesquisa “O uso de plantas professoras nas dietas de iniciação de pajés entre os
Huni Kuin do rio Jordão – AC: etnografia da dieta da Muká como ritual de iniciação
xamânica” foi iniciada ao final de meu curso de mestrado em julho de 2017, após contato com
alguns indígenas Huni Kuin que circulavam pelo estado do Rio de Janeiro. Após ser aprovado
no curso de Doutorado, durante o ano de 2018 continuei a revisar a extensa bibliografia sobre a
etnologia amazônica, assim como alguns temas sobre botânica visto minha formação na
graduação ser em Biologia, e tais conhecimentos serem de extrema importância para meu objeto
de pesquisa. A pesquisa apesar de encontrar-se em estágio inicial, já avançou em pontos
fundamentais que se concretizaram em três acontecimentos.
O primeiro tratou-se do convite da unidade da Funai de Cruzeiro do Sul – AC, para a
segunda conferência indígena da Ayahuasca na Terra Indígena Puyanawa, que se localiza no
munícipio de Mâncio Lima - AC. A conferência se tratou de um evento de importância política
fundamental para os coletivos indígenas da região que buscam avanços no âmbito legislativo
sobre o uso, o consumo e o transporte da bebida “ayahuasca”. Lá, apesar de convidado como
observador visitante para um conferência dessa bebida que havia estudado no mestrado, tive a
oportunidade de conversar com 8 lideranças Huni Kuin sobre diversos pontos da minha
perspectiva de pesquisa sobre a muká, e sobre solicitação de autorização para minha estada na
Terra Indígena do Jordão. Dentre os líderes mais importantes, me aproximei muito de Ibã Sales,
um Txana, que significa cantor das músicas do cipó, que cordialmente me convidou a realizar
meu campo em sua aldeia e me hospedar em sua casa em julho de 2019. Outro ponto alto sobre
a visita foi o contato com a planta muká, encontrada na casa de um Huni Kuin casado com uma
mulher Puyanawa. Pude retirar fotos das flores e folhas, mas não coletar devido a tradição desse
povo.
O segundo acontecimento que tornou possível o avanço da pesquisa foi o contato o
sobrinho de Ibã Sales, o Txana Kixtîn, pajé e também “cantador do cipó”, o qual esteve em Juiz
de Fora, Petrópolis e Rio de janeiro. Tivemos 4 encontros, nos quais conversamos sobre muitos
mitos relativos às plantas de poder, sobre a dieta da muká e sobre o elevado status espiritual que
essa planta apresenta dentro deste contexto etnográfico. Outros dois pontos fundamentais foram
a programação de minha ida em julho de 2019 por 10 dias para sua casa, e mais dez dias na casa
de seu tio Ibã. Kixtîn me autorizou também a acompanhar parte de sua dieta da muká que pensa
em realizar em início de 2020, fui autorizado a acompanhar metade da dieta, totalizando um mês
de meio que se realizará provavelmente em julho.
O terceiro foi o contato com 4 pessoas que me ajudaram consideravelmente e se tornaram
parceiros informais de minha pesquisa, me ajudando com informações etnográficas, processos
burocráticos e com contato com indígenas. O primeiro se trata de Jairo Lima, indigenista da Funai,
profundamente conhecedor das terras indígenas do Acre, assim como a indigenista Dedé Maia,
que passou boa parte de sua vida em terras indígenas Huni Kuin. Eles foram fundamentais para
a aceitação de minha pesquisa entre os Huni Kuin visto se tratar de um tema tabu e um segredo
espiritual pra esse povo. Outra pessoa foi o contato com a etnológa Elsje Lagrou, que prontamente
vem me ajudando com materiais etnográficos de suas próprias pesquisas. Tivemos um encontro
e conversamos por email. Os encontros continuarão acontecendo após finalizar as leituras a que
nos propomos a fim de debater algumas particularidades culturais desse povo. Outro foi Dário,
dono do Espaço Aldeia Aksha – o espaço se trata de um sitio em minha própria cidade
(Petrópolis-RJ) dedicado a reuniões mensais xamânicas em que pajés de inúmeras etnias são
anfitriões (dentre eles muitos Huni Kuin, devido ao local ser amplamente utilizado por um grupo
denominado Guardiões Huni Kuin - tal grupo se trata de um coletivo que intermedia o contato
dos indígenas com a cidade, a fim de ajuda-los a levar recursos para suas aldeias). Também
trabalham com projetos de canalização de água, dentre outros projetos nas terras indígenas do
Jordão. Esse contato é de grande importância visto Dário ter me convidado a estar mais próximo
de seu sítio para conversar com os indígenas que circulam por lá periodicamente. Tal entrada será
muito importante pois além de minha ida a campo, também terei a oportunidade de fazer campo
em minha própria cidade com os indígenas.
Em paralelo cursei as disciplinas obrigatórias, eletivas e de estágio de docência,
as quais foram importantes para algumas reflexões e rememoramento de certas categorias
fundamentais para meu trabalho. Em 2019, pretendo aprofundar minha relação com esses
indígenas com minha ida a campo em julho, além de finalizar dois artigos relativos a
minha dissertação, e uma proposta de escrita de um artigo com minha orientadora sobre
os Guardiões Huni Kuin.

Juiz de Fora, 24 de novembro de 2018

Assinatura da(o)aluna(o): Maicon do Couto Fecher


____________________________________________________________
Assinatura do(a) orientador(a): Profª Drª Elizabeth Pissolato
____________________________________________________________

S-ar putea să vă placă și