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2019 03 14 – MONA LISA / 1986, UM FILME DE NEIL JORDAN NO

AUGOSTO-AUGUSTA – CONTINUANDO CICLO 2019 DE FILMES


DO AMOR “NOIR” EM FILMES TECHNICOLOR

Este segundo mês de filmes de amor não convencional, subversivo e mesmo escandaloso, trazendo novos
aspectos do amor noir em technicolor, apresenta hoje o filme Mona Lisa de Neil Jordan.

Filme que acrescenta e apresenta novos traços à figura da mulher-fatal, então fixados nos anos 1980,
sobretudo o seu caráter enigmático. A destacar que seu mais completo “retrato em noir” entretanto já nos
fora dado anos antes, em 1959 por Kim Novak encarnada em VERTIGO/ UM CORPO QUE CAI.

É precisamente este aspecto enigmático que Neil Jordan privilegia em Mona Lisa, cuja trama gira na
paixão que surge entre um ex-presidiário, ladrão gangster, que recém solto consegue emprego como
chofer de uma garota de programa. Estranho amor que surge entre os dois e que a chamada publicitária
traduz na seguinte consigna: “ Sometimes love is a strange and wicked game”.

A exibição em sequência de Matador e este Mona Lisa, ajuda a identificarmos as semelhanças e os


muitos pontos em comum aos dois filme. Ambos diretores têm como preferência afetiva a visão
homossexual, nos dois casos trata-se de uma paixão fatal, porém já se nota uma forte e expressiva
divergência no tratamento do erótico. No Matador predomina ou se faz presente a questão do sofrimento
e da cunha moral subjacente à toda piedade cristã, enquanto que na Mona Lisa os reenvios são de outra
ordem, pois evocam diretamente Salomé, Oscar Wilde e mesmo a Pre-Raphaelita Brotherwood [a matriz
religiosa inglesa não é a mesma da igreja romana].

Outro aspecto a se destacar é que estes filmes de amour noir, via de regra um “estranho e perverso jogo”.
são exceções nas filmografias de seus realizadores, pois não chegam a formar um padrão ou modelo de
realização. E nem se pretendem – justamente porque se afirmam como um cinema fora do comum, o
cinema cinema extra-ordinário.

Além do mais, o amor-paixão, capitular e índice do Romantismo, não corresponde à visão de Almodóvar.
Porém neste caso os dois filmes têm mais coisa em comum que seus diretores. Ambos apresentam uma
visão do romance exasperado do amor-paixão. Ambas estrelas têm o mesmo tipo de corpo, o mesmo bio-
tipo.

As semelhanças continuam com os duplos simbólicos de toureiro e gunfighter, do dia solar do primeiro
em duplo contrário com a noite-narcotráfico do segundo. Quero destacar entretanto, por seus aspectos de
feitiço e ambiguidade, da perversidade de duplo feminino que escapa aos racionalismos dos usuais
enredos lineares, previsíveis nas suas tramas de causa-e-efeito.

Aqui no cinema do amour noir é que ressurge a mulher como grande deusa, ela a feiticeira, ela a
“predadora sexual”, pois igual a louva-deus(mante religieuse), é a figura toda outra de mulher que rompe
com o padrão de gênero e das narrativas convencionais.

MONA LISA, 1986, 110 minutos -Technicolor. Director: Neil Jordan. Argumento e roteiro Neil Jordan.
Screenplay de Neil Jordan e David Leland. Producer: Patrick Cassavetti. Cinematography by Roger Pratt.
Production Design by Jamie Leonard. Art Direction Gemma Jackson. Film Editing by Lesley Walker.
Music by Michael Karmen . Stars: Cthy Tyson, BobHoskins, Michael Cain e, Kate Hardie, Zoë
Nathenson, Sammi Davis, Clarke Peters, Robbie Coltrane.

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