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CORRENTES E TENDÊNCIAS DA GEOGRAFIA

GEOGRAFIA TRADICIONAL
• Clássica( Alemã): Sistematização com Humboldt e Ritter, funda a Geografia acadêmica e estabelecem princípios,
objetos e objetivos para a ciência geográfica. Geografia surge nos moldes positivistas de uma ciência natural. A
combinação e entre fenômenos inter-relacionados (clima, relevo, vegetação, geologia e outros) resultam nas correlações
causais que resultam na unidade da natureza( visão universalista, enciclopédica, empirismo descritivo, ...).
• Determinismo Ambiental: Ratzel e a Escola Alemã (espaço vital, geopolítica, ambientalismo). Visão naturalista aplicada
ao estudo da sociedade.
• Possibilismo: La Blache e a Geografia Regional (escola francesa: paisagem-região, gênero de vida). Analogia
organicista: processo evolutivo e de maturação da região, onde muitas obras humanas se fixam incorporados sem
contradições ao quadro final da ação humana sobre natureza Região e paisagem se equivalem representando uma
entidade concreta, visível, palpável. Componentes humanos e da natureza se entrelaçam harmoniosamente. (alguns
autores identificam no Possibilismo a entrada do historicismo na Geografia).
• Geografia Racional e Método regional: (HETTNER E HARTSHORNE): Richard Hartshorne é considerado um dos
responsáveis pela transição para a renovação na Geografia. Moraes (2003, p. 85) denomina como Geografia Racional
devido a menor carga empírica dessa corrente. Alfred Hettner, que publicou suas obras entre 1890 e 1910 influenciou
diretamente Hartshorne. Hettner foi uma espécie de terceiro caminho para a análise geográfica no período de maior
confronto entre o Determinismo e Possibilismo. HETTNER propôs a Geografia como estudo de áreas,. A geografia tem
para ele, o objetivo de explicar as razões pelas quais as diversas porções da superfície terrestre se diferenciam. O caráter
singular das diferentes parcelas do espaço viria da forma particular de inter-relação entre os fenômenos aí existentes,
cabendo á geografia descobrir e explicar. HARTSHORNE teve como maior característica a discussão epistemológica da
Geografia. O método regional, criado por Hartshorne (obra data de 1939) entendia ser objeto específico da geografia a
diferenciação de áreas que constituiria na própria regionalização, na consideração do conjunto de fenômenos
heterogêneos que definiria cada espaço. A região seria produto mental obtido a partir do uso pelo pesquisador de
critérios metodológicos para o recorte espacial. Hartshorne salientava a necessidade do estudo de casos individuais. A
generalização viria depois com a comparação dos diferentes estudos.

MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO DA GEOGRAFIA


Tem início um movimento de renovação no momento em que a Geografia tradicional conhece uma crise. A busca de
novos caminhos, nova linguagem, novas propostas, enfim uma liberdade maior de reflexão e criação.
Em meados do século XX a Geografia, orientada pelos seus velhos paradigmas, consegue apenas descrever e
compreender realidades de um mundo tradicional.
Mudanças:
• econômicas (ex. época monopolista dos trustes e do grande capital, visão de estado como regulador e na ordenação
da vida econômica);
• tecnológicas (avanços na física, química, engenharia, novos inventos, descobrimentos e procedimentos entram em
cena);
• no pensamento e método científico (corrente filosófica do chamado positivismo lógico que privilegia a
quantificação com o uso de modelos matemáticos e estatísticos, representando uma aplicação do método científico
aos fatos sociais);
Fatores:
• planejamento econômico (arma da intervenção do Estado) e territorial coloca função para as ciências humanas de
gerar instrumental de intervenção (assumem feição mais tecnológica). A Geografia não apontava nessa direção, por
isso a razão da crise (crise de linguagem – descritiva, insuficiente; crise metodológica e instrumental). Deveria se
buscar novas técnicas para análise geográfica.
• Urbanização atinge graus até então desconhecidos;
• Quadro agrário modifica-se com a industrialização e mecanização da atividade agrícola;
• O “local” perde espaço para o internacional devido a articulação cada vez mais crescente com uma economia
mundializada (centros de decisão internacional) o que defasou o instrumental de pesquisa de uma Geografia criada
para resolver situações simples, quadros locais fechados (complexidade da organização do espaço).

GEOGRAFIA PRAGMÁTICA (NOVA GEOGRAFIA OU GEOGRAFIA TEÓRICO-QUANTITATIVA)


Delineada por métodos quantitativos, utilizando-se da estatística e de modelos teóricos, a Nova Geografia converge-se
numa aplicação pragmática dos conhecimentos e conceitos fundamentados no neo-positivismo lógico. Os modelos utilizados
foram herdados, na grande maioria dos casos, de outras áreas como a Economia, Sociologia, Etnologia, Psicologia, etc. Um dos
poucos modelos tomados de geógrafos, foi o de Walter Christaller, precedente ao movimento de renovação, a Teoria dos
Lugares Centrais, que de certa forma foi uma redescoberta (publicada em 1933 e traduzida para o inglês em 1955). A Teoria dos
Sistemas, a tese da difusão de inovações e as noções de percepção e do comportamento foram também utilizadas (SANTOS,
1979, p. 43).
A utilização do termo “Nova Geografia” foi proposta por Manhey em 1966 (e fixada por Peter Gould num artigo de
1968), considerando a difusão e desenvolvimento do conjunto de idéias e abordagens durante a década de 1950
(CHRISTOFOLETTI, 1982, p. 71). Características da Nova Geografia (CHRISTOFOLETTI): a) Rigor maior na aplicação da
metodologia científica. b) Desenvolvimento de teorias. c) O uso de técnicas estatísticas e matemáticas. d) A abordagem
sistêmica.e) O uso de modelos
Deve-se enfatizar que não houve uma ruptura completa, uma sucessão precisa no tempo, permanecendo a existir
trabalhos de ambas perspectivas, a “Nova” e a “velha” Geografia. O corte epistemológico, no entanto, elevou ao nível e estatuto
“mais indispensável ao desenvolvimento das outras ciências humanas e sociais, confirmando ao mesmo tempo, as estreitas
relações com as ciências do meio” (CLAVAL, 1982, p. 11). As raízes do movimento que culminou na Nova Geografia estão
presentes na ação científica para tentar solucionar a crise econômica capitalista, buscar instrumentos eficazes de controle social
e nas exigências de um planejamento regional e urbano. Questões colocadas às ciências sociais no período Pós-2ª Guerra
Mundial. Para atingir os objetivos expostos, a Geografia recorre ao método científico e aos modelos espaciais a partir de uma
linguagem quantitativa.
Uma das contribuições da Geografia está justamente no fato de permitir que um novo objeto de estudo dominante
emergisse: o espaço. As relações espaciais e a sua organização (materializadas na reordenação do território e no planejamento)
passam a constituir como principal categoria de análise da Geografia.

GEOGRAFIA CRÍTICA (RADICAL OU MARXISTA)


As principais críticas á Nova Geografia ocorrem com a sua prática, internamente pelos próprios praticantes que
constituem correntes desejando seu aperfeiçoamento ou até mesmo a sua superação. Segundo FERREIRA e SIMÕES (1986, p.
90), as principais críticas surgidas são:
“- Os modelos em que ela se apóia são insuficientes para explicar a realidade;
- Os modelos encontram-se afastados da conduta real do homem;
- os modelos procuram apenas descobrir o aspecto que tomaria o mundo em consideração
apenas certos pressupostos da racionalidade econômica; e
- A Nova Geografia não se preocupa com a resolução dos problemas sociais.”
Esta última, talvez a crítica mais forte, serviu de ideal aos descontentes na formação de uma linha opositora mais
radical. Os críticos alegavam que a Nova Geografia e seu neo-positivismo cientificista se colocava a serviço da ideologia
capitalista. Seu fraco embasamento teórico deixava a Geografia neutra como ciência crítica que deveria ser. Seu limitado
instrumento estatístico era ineficaz ao estudo sócio-econômico e às explicações históricas dos fenômenos. Alguns ainda
contestavam a própria “eficiência matemática”, como a afirmação de SILVA (1988, p. 107): “Os primeiros trabalhos com os
quais tive contato pareciam-me simples exercícios técnicos que de matemática tinham pouco e de geografia menos ainda.” Esse
mesmo autor contesta a utilização da expressão “revolução quantitativa”, pois a estatística não termina com as descrições
deficientes tradicionais.
A influência do pensamento marxista na Geografia (final dos anos de 1960) significou uma ruptura com os vínculos
positivistas da ciência geográfica. O espaço geográfico é visto como a própria sociedade (espacializada), fruto da reprodução do
modo capitalista de produção. A Geografia Crítica na sua versão Radical (ou marxista) assume a característica de uma ciência
militante voltada a denunciar e combater as contradições, injustiças e desigualdades sociais. Surge uma ciência com caráter
social e até mesmo revolucionário.
“A geografia é uma prática social em relação à superfície terrestre” (Yves Lacoste).
“A questão do espaço não pode ser não pode ser uma resposta filosófica para problemas filosóficos, mas uma resposta
calcada na prática social” (David Havey).
“O espaço é a morada do homem, mas pode ser também sua prisão”. (Milton Santos).

FONTE:
AMORIM Filho, Oswaldo B. Reflexões sobre as tendências teórico-metodológicas da Geografia. Belo Horizonte, ICHS,
UFMG, 1978
CHRISTOFOLETTI, Antonio. As perspectivas dos estudos geográficos. In: Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982.
CLAVAL, Paul.. A Nova Geografia. Coimbra: Almedina, 1982.
CORRÊA, Roberto L. Região e organização espacial. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
FERREIRA, Conceição C.; SIMÕES, Nataércia N. A evolução do pensamento geográfico. Lisboa: Gradiva, 1986.
MORAES, Antonio C. R. Geografia: pequena história crítica. 19ª ed. São Paulo: Annablume, 2003.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova: da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo: Hucitec, 1978.
SILVA, Armando Corrêa da. O espaço fora do lugar, São Paulo: Hucitec, 1988.

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