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Paulo Bonavides
Sendo assim, para fins de meu próprio estudo, dividi o primeiro capítulo
em três partes, para maior acesso ao denso conteúdo que ali se encontra.
Chamei a primeira parte, preguiçosamente, de “desbravamento do
conceito de ciência”. Como é, afinal, meu estudo, fiz comentários e estendi
considerações – ainda que breves – sobre pensadores e aspectos não
citados pelo autor. Em resumo, o autor traça uma linha de Aristóteles a
Kant, com o último pensador finalmente vindo a definir com clareza
ímpar o conceito de ciência. O arcabouço de ferramentas que o
pensamento de Kant traz para o desenvolvimento da ciência, dessarte,
acaba por emancipar a mesma, enquanto ideia, e permitir que as
próximas gerações de pensadores preocupem-se em descrever sua
autonomia e dinâmicas próprias. Esta seria a segunda parte do capítulo,
que chamei pouco apropriadamente de “narrativa interna do conceito de
ciência”, mas que pelo perfil do blog não poderá ser publicada em
conjunto com a primeira. Será próprio desta segunda parte o embate
entre a escola positivista e os neo-kantistas acerca da orientação
metodológica para o cientista, e do lugar epistemológico que as já muitas
ciências devem ocupar. Finalmente, temos uma terceira parte, que será a
síntese efetuada por Rickert, na esteira mais generosa de Dilthey e dos
neo-kantistas, e que ao que parece coincide com a posição defendida pelo
autor.