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O nosso objeto de estudo é o Estado; uma sociedade política, juridicamente organizada, sob dois
aspectos:
(Acrescenta uma visão do Direito – IED: direito natural é aquele que vem com o ser humano, é
o maior; direito positivo é o posto, obrigatório, conjunto de normas escritas – está dividido em D.
Público, que rege o povo, o Estado, “faz andar a máquina pública”, e D. Privado, que diz respeito
ao povo, às relações intersubjetivas, v.g., Cód. Civil, Cód. Comercial etc.)
Histórico
Aristóteles, precursor, ele se preocupou com a concepção; estudou a polis grega (Polis
é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos, em
grego politikos, isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais).
Tríplice Aspecto
Monística (estatismo jurídico), Hans Kelsen; Estado e direito são uma coisa só;
Dualística (pluralística), Leon Duguit; existe Direito e Estado, todavia o Direito vem antes
do Estado.
Origem
Organicista (naturalista) – o homem procura apoio comum, não existe um homem singular;
Aristóteles: “ o homem necessita dessa para seu bem, evolução e sobrevivência.”
Mecanicista (contratualista) – contrato hipotético (fundado em hipótese) celebrado entre homens;
há a celebração de um contrato social – relações recíprocas -, o dever de um é o direito do outro.
“O Estado é fruto de um contrato”, afirmaram em suas teorias Thomas Hobbes, Jean Jacques
Rousseau e John Locke.
Conceitos
Humanos – pessoas;
Organização – normatividade;
Finalidade – inúmeras (igreja, escola; pessoas jurídicas em geral).
Elementos formadores
Classificação
Sociedade necessária
Família (universal, moral e ética – art. 226, caput, CF); reprodução, educação,
trabalho social, cultural etc.
Religiosa, acreditar em outro plano, independentemente do credo religioso.
Nessa vereda, o Estado é uma sociedade política, juridicamente organizada para atender o bem
comum (entendido esse, o bem comum, como o conceituou o Papa João XXIII, ou seja, o
conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento
integral da personalidade humana". Explanação dada por Dalmo de Abreu Dallari, em Teoria
Geral do Estado.
O Estado existe para realizar o bem comum; o homem sem o Estado não o realiza, mata se
haver necessidade. Bem comum é a felicidade, distribuição de justiça no campo social com
legislação adequada.
Bem comum, razão teleológica (teoria dos fins, finalidades) finalística; o Estado não
constitui um fim em si mesmo, “não é autônomo em seus desejos”, ele é um instrumento (meio)
necessário para que os indivíduos evoluam (nessa vereda, não há que se olvidar, que o ser
humano é frágil, se não houver um Estado o controlando e mantendo tais relações “limitadas”
ele [o homem] tende a agrupar-se).
O Estado os deve proporcionar (deveres do estado segundo sua constituição, com fim no homem
e não em si):
- realizar justiça;
- tutelar os direitos fundamentais;
- desenvolvimento econômico;
- cuidar (providenciar, inclusive) da educação e saúde.
Em nível político:
Esse Estado (do bem-estar), é um Estado reformista (repudia a violência como forma de
ação política); para atingir o bem comum:
Rerum Novarum
Tratar a pessoa humana com dignidade; trabalho compatível com o ser humano; descanso
semanal; férias; amparo à velhice, à maternidade; etc.
- Direta (inviável a nós) - As primeiras democracias foram diretas, como a de Atenas, por
exemplo, na qual o Povo se reunia nas praças e ali tomava decisões políticas. Neste caso, os
cidadãos não delegam o seu poder de decisão, mas, de fato, o exercem. A democracia direta
também é denominada democracia participativa. Um exemplo atual dessa forma de organização
política é o Orçamento Participativo, na qual as reuniões comunitárias, destinadas a submeter
os recursos públicos, são abertas aos cidadãos.
- Indireta – exercida por um representante que tem como incumbência levar em contas
os anseios dos representados, ele representa os órgãos (PJ, PL e PE);
- Mista (a habitual; que vigora no Brasil, inclusive) – tem-se o plebiscito, a priori (consulta
o povo antes da decisão, medida, ato etc.); também se tem o referendo, caracterizado como a
posteriori, no qual há a consulta ao povo após a medida; em derradeiro, a iniciativa popular,
raríssima em uso, mas prevista pela CF, em seu artigo 14.
Sua origem dá-se no século XVIII – o Estado de Direito não era democrático-; tem como
características (princípios básicos):
- Submissão à imperatividade da lei (CF) – a lei é heterônoma, igualmente aplicada a
todos;
- Divisão das funções em órgãos: PJ, PL e PE; não há que se confundir com “poderes”,
as funções são divididas, o poder é único (do Estado);
- Garantia de direitos individuais;
- Princípio da legalidade(art. 5º, II, CF, 1988);
- Princípio da igualdade (art. 5º, I, CF, 1988);
- Princípio da segurança jurídica (art. 5º, XXXIV, LIV e LV, CF, 1988) – a lei não
prejudicará direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada.
- Distribuição de justiça (art. 5º, LIV e LV, CF) – direitos salvaguardados em lei, o acusado
tem direito a defesa.
Em epítome; cabe ao Estado democrático de direito levar em conta as desigualdades
humanas e sociais – tratar desigualmente os desiguais, igualando-os no plano jurídico
constitucional.
Regimes Políticos
OBS: alguns conceitos básicos para o entendimento dos regimes políticos, a posteriori a
substância.
Formas de Estado (não é democrático, é federativo; essa representa sua forma na ordem
jurídica):
Unitário – Estado unitário, governado constitucionalmente, com uma legislação única; o
governo central detém o direito principal.
Federativo, surge no séc. XVIII – aliança entre Estados, ação conjunta visando sobretudo
a preservação da independência. Tem Constituição (não Tratado), o poder é compartilhado pela
União e pelas unidades federadas.
Formas de Governo:
Monarquia – rei – o Estado é unitário, o poder é só do rei.
República – criada por Maquiavel
Regimes Políticos